No fim-de-semana passado, os holandeses deram-se conta que o governo os ia condicionar a um pequeno confinamento a partir das 21:00 e até às 4:30. Os protestos começaram numa pequena aldeia, e espalharam-se rapidamente às grandes cidades, particularmente Eidhoven, com confrontos com a polícia. Ver por exemplo a notícia em BreitBart (25 de Janeiro):
Claro está, e nesse ponto não podemos dizer que não sabíamos, porque o antigo ministro das finanças holandês já se tinha queixado...
- Enquanto os holandeses continuavam na sua vida de trabalho, os portugas estavam a descansar em casa com as mulheres e a beber bom vinho.
Para quando também um recolher obrigatório na Holanda? O povo holandês exasperava!...
Finalmente, neste fim-de-semana sai a lei, e mesmo assim não chega aos calcanhares do que Costa conseguiu para os portugueses. Em Portugal às 20:00 tem que estar tudo fechado. Os holandeses, povo habituado a grande sofrimento (onde as mulheres que estão em montras não são manequins, e onde o cheiro a erva não vem dos relvados), ficaram estupefactos! Desde a 2ª Guerra Mundial que não tinham recolhimento obrigatório, e agora que apareciam finalmente umas férias, era só a partir das 21:00.
Estranhamente, há quem diga que os holandeses não querem o recolher domiciliário (para os mais distraídos, recolher obrigatório é só em ditaduras, coisa que não existe na Europa), dizem que os holandeses estão contra o confinamento, etc, etc... mas só pode ser gente parva, porque o recolher domiciliário é bom, protege o povo, que confia nas melhores decisões, que são as que interessam, tomadas pelos sábios ungidos pelo comité-central da internacional socialista.
Em Portugal está tudo pensado para as 20:00.
A sessão de missa que todos os serviços religiosos, noticiosos, emitem, é às 20:00, quando todo o povo já está em casa para assistir às palestras dos párocos do Telejornal da RTP, do Jornal da Noite da SIC, do Jornal das 8 da TVI, e do CM Jornal da CMTV, que professam o mesmo credo criativo, independente da paróquia, e do pároco de serviço:
E que bravas lições de moral os brilhantes pastores de ovelhas tresmalhadas nos dão. Até arrepia, quando nos fazem sentir os maiores pecadores do mundo e arredores... nem o mais ardente Torquemada, nos saudosos tempos da Santa Inquisição Espanhola, metia tanto medo ao demo.
Primeiro, os números que assustam até o mais beato, ungido pela fé na santa Ursula von der Leyen. O demo já não tem espaço no inferno para tanta alma pecaminosa, como aquelas que vão apostar no Placard às 15:00 de um sábado, quando o recolher termina às 13:00. Valha-nos Deus!
Depois o povo vê os grandiosos planos e acções de guerra dos bispos da igreja universal, transmitidos pelos gurus-supremos, almas ungidas pelo socialismo universal.
Chegam então as notícias da falta de meios. São os hospitais sem camas para as vítimas desta guerra, são as vacinas que não chegam. Enfim, um pandemónio bem arquitectado pelo Satanás da Covid.
Depois o teatro de guerra nos outros países. Sempre os bons pastores, como Santa Ursula, almas caridosas, que sofrem, por nós pecadores, a tentar combater esta malvada pandemia.
Após esta missa que anuncia o apocalipse, previsto nas Escrituras, o povo pode então entreter-se com uma novela descontraída, meter os chinelos, tomar o seu Xanax ou Serenal, para os nervos, e dormir um bom soninho. Amanhã, é dia de trabalho, ou de descanso, já nem sabe, porque os dias são todos iguais.
Fecha a porta, tranca a janela, não fala com nenhum vizinho, e mesmo assim, com toda a gente mais presa e recolhida do que numa solitária em Sing-Sing, o sacana do vírus continua a entrar pelas frinchas, e a aumentar o número de infectados, e mortos todos os dias.
O bicho é tão maligno, que até nos dá volta à cabeça! Que havemos de pensar?
Se não vemos ninguém há meses, se já há 700 mil infectados, se o governo já fez 7 milhões de testes (quase a população inteira). Será que os testes não funcionam bem, será que em vez de nos sujeitarmos à violação nasal, deveríamos optar por violação anal?
Os chineses dizem que sim, que não há nada melhor, do que enfiar uma sonda pelo anús:
Ah! mas depois há os negacionistas, malta que nega tudo, excepto negar as teorias da conspiração.
Dizem que voltou a Idade Média, que a diferença entre estar doente com Covid e ter coronavirus deixou de ser feita.
Dizem que isto é uma forma de dominar os países, e interrogam-se como as sociedades se deixam levar nesta paranóia...
Pessoas, enfim como o Prof. Jorge Torgal do Conselho Nacional de Saúde Pública, epidemiologista, que diz ter colegas a quem as televisões não dão palavra... porque preferem dar notícia das bichas, bichas de ambulâncias à porta das urgências, porque há malta que prefere pagar aos bombeiros para estar na bicha de ambulância, do que se sujeitar a apanhar frio na sala de espera.
Pandemia: «Não há justificação para esta paranóia»
Jorge Torgal (Conselho Nacional de Saúde Pública)
E a prova que estão enganados, é simples. É que se isto fosse a Idade Média, já estavam com um auto de fé, e juntava-se uma lenha no Terreiro do Paço. Agora que até faz um frio, como não se tinha visto há décadas, dizem que dava jeito (que me perdoe Santa Greta das Meias Altas, pelo aquecimento global).
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Nota adicional:
Bom, e para não se pensar que foram só os holandeses, ficam aqui outros exemplos:
Viena 15 de Janeiro de 2021, protesto contra a "ditadura" Covid Thousands march in Vienna against coronavirus restrictions (Reuters, 16 Janeiro) - Friede, Freiheit, Keine Diktatur - que é como quem diz - liberdade, liberdade sem ditadura.
com uns criativos (há-os também no lado negro) dizendo "Máscaras para o resto da vida"
Policemen remove an Ultra-Orthodox Jew during a protest over the coronavirus restrictions in Ashdod, Israel, January 24. REUTERS/Amir Cohen
Demonstrators gather near burning tires during a protest against the lockdown and worsening economic conditions in Tripoli, Lebanon, January 25. REUTERS/Walid Saleh
Demonstrators hold a banner reading 'Black-clad resistance' during a protest by a group called Men in Black against COVID-19 restrictions in Copenhagen, Denmark, January 23. Mads Claus Rasmussen/Ritzau Scanpix
Curiosamente, não se vêem em iniciativas, nem vontade nenhuma de desobedecer das ordens dos pastores do bem sanitário e do confinamento universal em Portugal, porque será?
Dizem que o bem obedecer ficou no DNA lusitano, depois de passarem por aqui os nossos hermanos Filipes, e especialmente depois desse grande déspota iluminado pela luz das fogueiras e incêndios, que foi o Marquês de Pombal.
Morto todo o bicho que dissesse ai ou ui, pretendeu-se que sangue rebelde não tivesse hipótese alguma de ser passado às próximas gerações. Pombal estaria muito à frente do seu tempo em selecção genética, não fôra essa prática ser já usada pelos romanos, sem grande sucesso.
As palavras litígio e lítio têm a mesma raiz, que será "lithos" (pedra em grego), ainda que litigar remeta para um termo latino apropriado a tribunais, o que será uma evolução do método de resolução de conflitos baseado em apedrejamento.
Sendo hoje dia eleitoral, para a presidência do país, de facto interessa pouco saber quem será escolhido para a fazer esse papel de actor popular, porque os máximos representantes em Portugal, são mínimos representantes no panorama global. Tendo Marcelo Rebelo de Sousa a reeleição previsível, a ida dos portugueses às urnas, é mesmo só para passear, ou para se chatearem... portanto, tratou-se de um não assunto.
Entretanto, e como é um dia indicado para falar do que se vai passando em Portugal, esta reportagem da televisão franco-alemã ARTE, aborda o assunto da exploração de lítio por estas bandas:
Portugal: The dirty truth behind green cars. (ARTE)
A maior parte das pessoas não conhecerá a reportagem da ARTE, mas já conhecerá razoavelmente a questão. Portugal tem alguns recursos minerais de lítio, e especialmente tem recursos infindáveis de esperteza saloia, pelo que deveria procurar exportar esse produto nacional, dos quais os vários candidatos presidenciais são uma boa amostragem, com excepção talvez do candidato João Ferreira, que parece estar a fazer um frete, a que o PCP o obriga. Poderia dizer-se que Tino era o melhor exemplar, mas os esquemas de Marcelo para contornar as leis de confinamento, que ele próprio promulga, são uma pérola, típica de uma classe beta (notando que não é alfa, que é pior).
A questão do lítio do ponto de vista ambiental é um pouco complicada, tendo obviamente os problemas de atingir parques naturais, e já foi pouca a paisagem que não ficou afectada por eólicas, barragens, etc, de forma que é só ver a paisagem interior polvilhada de iniciativas deste tipo,
Interessa notar que curiosamente, a seguir ao Hidrogénio (1), os elementos mais abundantes na superfície da Terra são também aqueles constituem a maior parte da matéria orgânica - Carbono, Azoto e Oxigénio (6, 7, 8), sendo razoavelmente raros o Hélio, Lítio, Berílio e Boro (2, 3, 4, 5), existindo depois muitos outros.
Acerca do lítio, o primeiro composto que o continha, a petalita, foi descoberta por José Bonifácio de Andrada, na Suécia em 1800. Aliás, há andradites, um tipo de granadas, que têm o nome deste químico luso-brasileiro. O lítio, sendo metal alcalino tem propriedades similares ao sódio e potássio, mas é muito mais leve (pode aparecer como gás), e a série "Periodic Videos" sobre a tabela periódica, é instrutiva:
Uma questão neste tipo de coisas, não é apenas o lado ambiental, é também a perda de recursos, que existem naturalmente no território nacional. Convém notar que, por exemplo, os EUA têm uma fonte imensa de petróleo, que prescindiram de explorar internamente, para aproveitarem os recursos de outros países.
Além disso, o lítio que existe em Portugal pode ser importante no contexto europeu (a Espanha deverá ter uma quantidade similar), mas é residual no contexto mundial. Também existiram em Portugal e Espanha importantes jazigos de ouro (ver Tagus Aureo) que os fenícios, cartagineses, e depois os romanos, exploraram até à exaustão. Mesmo o ouro colonial que chegou a Portugal, teve o habitual destino do desaparecimento. Ou seja, seria incomparavelmente melhor investimento essa produção ser acompanhada por uma política de recuperação e reciclagem do lítio... e quem o fizer, acabará por acumular os recursos de lítio dos outros.
Energia negra Quanto ao problema de energia, e a utilização de fontes mais ou menos "verdes", é mais uma vez, um não problema, destinado pelo status quo a manter entretido o povo com não-problemas, quando se conhece tecnologia há décadas... ou já um século, pelo menos. Já referimos o caso dos antigos modelos de carros eléctricos (Detroit, 1907) que tinham autonomia superior a 300 Km... mas sabemos que estas coisas, demoram séculos a avançar, no que a certos assuntos diz respeito:
Detroit Electric (1911)
Além disso, há uma fonte de energia que é um problema em si mesma - o Sol.
Se fosse fonte que desse para desligar, teria havido guerras apocalípticas para o seu controlo... mas um problema que surgiu, foi tornar-se numa fonte gratuita de energia para toda a população humana.
Ora, isso significaria independência e liberdade, algo muito aborrecido de ser dado aos cidadãos a troco de coisa nenhuma.
Damos um exemplo caricato, que é uma das formas mais hipócritas e degradantes de fazer negócio, que depois se explica vendo quem esteve durante anos à frente do negócio da energia. Já nem falo do escândalo de subsídios às eólicas, e outras enormidades. A EDP tenta vender o programa "Energia Solar" para a "geração zero", e de facto será zero em termos de miolos, porque um gerador solar permite praticamente ser auto-suficiente em termos energéticos, de forma que traduzir isso numa poupança da conta, é quase um explícito engano ao consumidor, por via de uma publicidade cor-de-rosa, com figurinhas cor-de-rosa.
- Ah... mas e tal, porque à noite não há luz, e tal, e depois só com energia solar ficávamos sem energia.
Isto é a conversa do enganado, desculpando o logro em que o metem.
Acontece que, desde há muito tempo, se conhecem imensas de formas de energia potencial, que permitem acumular a energia de um certo tempo para outro.
- Como?
Por exemplo, gastando a energia durante o dia, para meter água num reservatório, pode depois usa-la à noite deixando-a escorrer, como fazem nas barragens.
- Ah... pois, é! Então e ninguém pensou nisso ainda?... - Acha? Acha, mesmo?
Mais simples, e portátil - comprimindo ar a um ponto extremo, e depois libertando-o, como fizeram os promotores de veículos a ar-comprimido. Mas atenção, depois vêm os problemas (é preciso inventar uma série de problemas)... e espera-se o tempo suficiente até que o pessoal desista das ideias.
Estou agora à espera da invenção que irá surpreender toda a gente!
Sim, nem a Tesla, nem nenhum dos outros construtores automóveis eléctricos pensou nisso!
Vão falar com eles, que eles vão delirar com esta ideia. Qual é?
- Baterias já carregadas! Uau... sem precisar de perder horas a carregar de novo.
Em vez de chegar à estação de serviço, e ficar horas à espera de carregar, tira a bateria anterior, já gasta, e coloca uma nova carregada!
- Ah... pois, é! Então e ninguém pensou nisso ainda?... - Acha? Acha, mesmo?
Efectivamente, sabe-se há um século, pelo menos, que a energia poderia ser fornecida a custo zero, ou quase, tirando os custos mínimos de manutenção. Já falámos aqui de Tesla e dos iglús...
Por isso, a forma mais barata que encontraram de manter a energia cara, foi a de convencer os jovens que o problema foi sempre da geração anterior, que não se interessava pelo ambiente... até que os jovens crescem e são os seus filhos a fazer o mesmo papel - assim, se espera.
Com efeito, saímos pouco da época feudal, em que os servos da plebe não tinham terra, e tinham que pagar impostos aos senhores feudais, para se poderem auto-sustentarem.
Agora, com a República, é tudo diferente.
Somos cidadãos, que pagamos impostos, para nos auto-sustentarmos.
Muito menos impostos, é claro.
Por exemplo, antigamente o conde pagava ao jardineiro, e lá iam eles tratar de pagar o IRS ao rei.
Pagavam ao sapateiro, e ia o sapateiro dar 23% de IVA ao rei.
Pronto, mas somos cidadãos proprietários e livres...
Quanto à propriedade - como se chama a renda de propriedade? IMI?
Quanto à liberdade... dadas as circunstâncias de mascarilha e confinamento, que vigoram há quase um ano, se outra coisa não bastasse, acho que estamos falados!
Só ainda não passamos fome - mas já faltou mais.
Felizmente, o voto é um direito. Claro, exercemos o voto de não ter voto no assunto.
Depois de dois processos de destituição (impeachments) a Donald Trump, a congressista republicana Marjorie Greene acabou de apresentar no Congresso um impeachment contra Joe Biden, no dia seguinte à sua tomada de posse. O que está em causa? - Exactamente o mesmo caso que levou ao primeiro impeachment contra Donald Trump, ou seja os casos de corrupção em que alegadamente esteve envolvido o filho Hunter, e onde o pai Joe Biden fez pressão para que Obama pedisse a substituição do procurador ucraniano.
Na novilíngua instituída na Wikipedia o facto dessa pressão ter ocorrido está descrito como "Teoria da Conspiração Biden-Ucrânia", enquanto que a denúncia que Trump fez disso, para repor o anterior procurador ucraniano, é classificado como "Escândalo Trump-Ucrânia". Em termos análogos, é como dizer que o Processo Marquês seria a "Teoria da Conspiração sobre Sócrates" e a tentativa de o expor foi o "Escândalo do juiz Carlos Alexandre"... só que José Sócrates não teve a ajuda da imprensa, para esse efeito.
... make no mistake, there will be a trial and when that trial ends senators will have to decide if they believe Donald John, Donald John Trump, incited the erection, insurrection, against the United States.
Portanto, começa com falta de erecção a nova presidência, podendo ter no Senado dois processos de impeachment, um contra Trump, e outro contra Biden, se este de Marjorie Greene passar no câmara dos representantes - o que é improvável, já que os democratas alcançaram a maioria.
Começou ainda bem Biden, com o primeiro sinal da sua integridade, ao fazer passar uma lei que obriga o uso de máscara em todos os espaços federais... lei que se apressou a desrespeitar logo de seguida, aparecendo sem máscara na visita ao monumento a Lincoln:
O comentário da Casa Branca, foi que "... tinham coisas mais importantes com que se preocupar", e de facto uma da primeiras "importantes" com que Biden se preocupou foi em fazer remodelar o salão oval, que poucas horas depois de Trump sair, já estaria com um visual completamente diferente:
Alguém reparou que o próprio papel de parede era diferente, e remetia para um link (que entretanto deixou de funcionar), onde se clamavam coisas mais exóticas (que Biden não estava na Casa Branca, que o vídeo da tomada de posse tinha chegado 10 horas antes, etc, etc), de que não vi qualquer substrato.
Interessa aqui este ponto para vermos como se passam estas coisas...
O link da reportagem é da CNN (assumida opositora de Trump), que mostrou o gabinete de Trump, antes de várias remodelações que este fez em 2017, argumentando que Obama tinha deixado as paredes cheias de nódoas. A CNN tirou assim partido da remodelação de 2017 de Trump, imputando-a a Biden, logo no primeiro dia, para dar uma ideia de um gabinete mais luminoso, do que era... o de Obama, que associou a Trump.
De forma que os opositores a Biden, pegaram nessas imagens do gabinete antigo, clamando que Biden nem sequer estava na Casa Branca!
Ainda me demorou algum tempo para esclarecer esta trapalhada, de tal forma a confusão está instalada, havendo agora só contra-informação e contra-contra-informação, sendo certo que neste último ano tivemos tudo menos informação. Essa parece mesmo não interessar a ninguém!
A história do rapaz que corria, para poder correr.
O rapaz fugiu para os montes, correu durante horas, para lado algum, para lado nenhum.
Quem o perseguia? - Boa questão!, pensou, se o tivesse pensado.
Não, não o pensou.
Não, o rapaz não fugia de nada, nem de ninguém.
A culpa de tudo isto é sua: - Sim, estou a falar consigo, caro leitor!
O rapaz fazia aquilo todos os dias, porque o podia fazer, porque o queria fazer.
Não procurava o topo de nenhum monte, nem nenhum lugar em particular. Não era um atleta, nem era vigilante ou mensageiro. Pior que isso, detestava correr. O calor, o suor que lhe escorria pela face, as pernas que começavam a doer, o coração batia forte, e a respiração era trôpega. Não sabia correr, nem queria saber.
Se pudesse, detestaria cada um dos leitores: - Sim, estou a falar de cada um de vós.
Não adianta parar de ler, a culpa permanecerá: - Recusaram continuar, negaram o futuro.
Chegado ao topo de um monte, ou apenas a meio, vergado pelo cansaço, o rapaz parava, até conseguir recompor-se. Depois, começava a andar, devagar, procurando ganhar forças, para correr de novo até ao palácio.
Sim, o rapaz morava num palácio, mas não era nenhum príncipe.
Assim que o viam ao longe, os camponeses começavam a saudá-lo, passavam a palavra, e pouco tempo depois chegavam os seus serviçais, sempre preocupados com saúde dele.
Ele mal tinha forças para falar, fazia apenas alguns sinais para se afastarem, enquanto recuperava do novo cansaço. Seguia depois a passo, completamente estourado, até entrar quase de rastos no palácio, acompanhado da mordomia que vinha sempre colocar-se ao seu serviço.
Era assim, todos os dias.
De manhã, no quarto imperial virado a nascente, ia até à varanda e desfrutava da magnífica vista à sua frente, até que o Sol lhe aquecesse o rosto. Pouco depois de um esplendoroso pequeno-almoço, chegava o primeiro-ministro com despachos para assinar. Falavam brevemente, abertamente, e despediam-se quase sempre em grande amizade.
Toda a gente à sua volta lhe parecia satisfeita, e feliz, de uma felicidade que ele nunca antes vira na cara das pessoas. É claro que tinha desconfiado, e por isso começou a correr, a fugir do palácio, para se certificar de que as coisas corriam tão bem, tão bem quanto lhe diziam. Quando aprendeu a bem cavalgar, afastou-se até 50 quilómetros, e tudo parecia acontecer efectivamente conforme lhe relatavam. As pessoas viviam melhor que nunca, havia abundância, e todo o reino parecia prosperar.
Depois da revolução, soubera que os nobres tinham sido presos, e arriscaram um final funesto, se não fosse a intervenção do seu pai, que era agora um dos ministros do reino. Evitava ter a família por perto, apenas tolerava o suficiente para os deixar satisfeitos. Tentaram casá-lo cedo, mas também aí deixou correr a situação o suficiente para não se envolver muito com ninguém. Estava naquele ponto em que vislumbrava o futuro, e o que parecia permitir a felicidade de quem o rodeava, era também aquilo que o iria prender definitivamente a uma vida que não lhe agradava.
Por isso, naqueles tempos, seria ele a pessoa mais apreciada e menos feliz num reino de pessoas felizes.
Toda a gente conhece a história inicial, e dispensou de a continuar, porque a criança foi usada para um propósito adulto. Todos usaram a criança e nunca quiseram saber do que aconteceu depois. Não interessava!
Aquela criança ficou parada no tempo, sem os leitores lhe terem dado hipótese de crescer. Não quiseram saber do seu futuro.
Usando as palavras que o rapaz confidenciou a uma das suas consortes:
- Quando a procissão real desfilava na rua, urrei "vai nú" para o meu pai, apontando para o imperador. O meu pai repetiu a frase, duas vezes, e as pessoas continuaram a repetir "vai nú"... como se ninguém tivesse visto antes! Como é isso possível? Só se estivessem todos enfeitiçados!
E ao leitor, poderá interessar saber se o rapaz engravidou a consorte, e viveram felizes para sempre, mas a mim interessa fazer notar que o leitor nunca deixou a criança crescer. Nunca quiseram continuar as histórias começadas na vossa cabeça, e esperaram sempre que alguém lhes desse continuação. - Ah!, pois e tal... não se está mesmo a ver que a história só interessa como alegoria? Não, não está! Quando a história é passada como uma meia-história, é passada como meia-verdade. O mais natural numa situação dessas seria o pai dar-lhe um safanão e dizer "está calado".
Hans Christian Anderson disse que o rei prosseguiu como se nada estivesse a acontecer, de certa forma tal como o próprio Anderson fez como se nada tivesse acontecido, quando pegou nesta história do autor espanhol Don Juan Manuel, do Séc. XIII, e lhe tirou o desfecho original, em que a criança que tal coisa haveria de notar, seria um filho bastardo do imperador. Mas o que é que isso interessa, se esse próprio autor já tivesse ido buscar fábulas do tempo do escravo grego Esopo, tal como o fez ipsis verbis La Fontaine? - Não interessa nada!
Interessa que o rapaz, fosse ou não filho do imperador, ou rei, ficando famoso por ter denunciado a situação surreal, permitiria ao povo despir a sua cegueira social, e olhar sem panos para um imperador que se exibia orgulhosamente nú. Ora, a revelação que quiseram atribuir à criança, não era nenhuma propriedade sua, era um defeito congénito dos outros. Como pode depois a criança se sentir bem, por nascer com alguma visão, se está num mundo de cegos?
Snow Patrol - Run (2005)
A situação "de quem quer acertar antes de tempo" é uma pena dupla ou tripla. Primeiro, porque quando faz o prognóstico, está a remar contra a maré, normalmente isolado. Segundo, porque quando acerta, os outros raramente aceitam a própria cegueira, e olham com maus olhos para alguém que, com razão, os acusou de ser cegos, antes do tempo. Nesse aspecto a cegueira nunca é uma visão, é apenas uma nova cegueira. Terceiro, porque não é a sua visão que retira a cegueira dos outros, e é com isso que terá que viver, mesmo se acidentalmente todos os cegos o viessem a louvar.
Finalmente, como é claro, este texto não fala do leitor que está a ler, mas sim de todos os outros...
Hoje será dia de tomada de posse de Joe Biden, e portanto espera-se a partir de hoje que os media tratem o novo presidente da mesma forma que trataram o cessante. Para culminar o desplante e provocação, à excepção da Newsmax, as restantes cadeias de televisão ignoraram o discurso final de Trump:
Uma estação (CSPAN 3), decidiu passar o discurso final de Clinton, enquanto Trump falava. Trump fez mais um bom discurso, que será ignorado, mas cujo conteúdo por escrito está aqui:
I also want to take a moment to thank a truly exceptional group of people: the United States Secret Service. My family and I will forever be in your debt.
Four years ago, I came to Washington as the only true outsider ever to win the presidency.
Also, and very importantly, we imposed historic and monumental tariffs on China; made a great new deal with China. But before the ink was even dry, we and the whole world got hit with the China virus.
We’ve never seen numbers like we’ve seen, and that’s before the pandemic and after the pandemic. We rebuilt the American manufacturing base, opened up thousands of new factories, and brought back the beautiful phrase: “Made in the USA.”
Another administration would have taken 3, 4, 5, maybe even up to 10 years to develop a vaccine. We did in nine months.
And perhaps most importantly of all, with nearly $3 trillion, we fully rebuilt the American military — all made in the USA. We launched the first new branch of the United States Armed Forces in 75 years: the Space Force.
I am especially proud to be the first President in decades who has started no new wars.
Our allegiance is not to the special interests, corporations, or global entities; it’s to our children, our citizens, and to our nation itself.
I did not seek the easiest course; by far, it was actually the most difficult. I did not seek the path that would get the least criticism. I took on the tough battles, the hardest fights, the most difficult choices because that’s what you elected me to do.
At the center of this heritage is also a robust belief in free expression, free speech, and open debate. Only if we forget who we are, and how we got here, could we ever allow political censorship and blacklisting to take place in America. It’s not even thinkable. Shutting down free and open debate violates our core values and most enduring traditions.
In America, we don’t insist on absolute conformity or enforce rigid orthodoxies and punitive speech codes. We just don’t do that. America is not a timid nation of tame souls who need to be sheltered and protected from those with whom we disagree. That’s not who we are. It will never be who we are.
As I think back on the past four years, one image rises in my mind above all others. Whenever I traveled all along the motorcade route, there were thousands and thousands of people. They came out with their families so that they could stand as we passed, and proudly wave our great American flag. It never failed to deeply move me. I knew that they did not just come out to show their support of me; they came out to show me their support and love for our country.
Now, as I prepare to hand power over to a new administration at noon on Wednesday, I want you to know that the movement we started is only just beginning. There’s never been anything like it. The belief that a nation must serve its citizens will not dwindle but instead only grow stronger by the day.
Aparentemente há ainda quem considere que este vídeo é também forjado, mas neste caso não me parece. Dadas as circunstâncias posteriores, será de colocar em questão a suspeita de que o outro vídeo tenha sido forjado ou não - e continuo a pensar que sim, que foi. A referência de agradecimento especial aos Serviços Secretos, "que o protegeram a ele e à família", poderá não ser apenas algo formal.
Secret Service - A flash in the night (1982)
É claro que Trump sai completamente derrotado deste processo, e a afirmação "I will never concede", pesa forte num discurso em que de facto concede o poder ao adversário, mas o que poderia Trump fazer?... e relembro o que escrevi no primeiro postal sobre este tema:
Trump é por enquanto quem detém o poder de fazer uma transição pacífica, e não é nada claro como sectores mais radicais vão reagir, quando a rendição de Trump se tornar inevitável. Ao terminar com "our hearts bleed in red, white and blue", Trump foi buscar o azul dos democratas, e aparentemente terá sido uma mensagem de união, do presidente de todos os americanos.
Esta receita da maçonaria, da transição de um regime para uma ditadura "iluminada", já tivemos dela notícia, quando subiu ao poder o Nero da Trafaria, ou seja, o Marquês de Pombal, com a sua ditadura sanguinária. A ditadura vai denegrir ao máximo o legado de prosperidade anterior, ao ponto de a fazer esquecer após umas dezenas de anos, vendendo o ditador como regenerador. Nesse aspecto, se não tiver o devido cuidado, Trump arrisca a ter um azar dos Távoras. Tem ainda a acusação sobre a encenação do Capitólio, que parece ter sido mesmo encenada (ver link no comentário de A. Saavedra, onde Nuno Rogeiro mostra um protestante "anti-Trump" de um certo grupo Black Fist Coalition a incitar a invasão do Capitólio, e coordenação/cumplicidade com outros elementos "brancos" no interior do Capitólio).
Na aparência de sair derrotado, Trump foi um dos mais bem sucedidos vencedores, conseguindo fazer soar ao mesmo tempo diversas campainhas que não tocavam há décadas. Por isso, e pela sua popularidade, irá ficar ao nível de Kennedy no coração de muito americanos, que disso não se irão esquecer durante as próximas décadas... se, como tudo aparenta, entrarmos agora numa espiral recessiva. As bolsas especularam para máximos, e podem agora cair a pique, a bem dos especuladores, porque nós pagamos, para nos deixarem em paz! Chama-se a isso extorsão, mas atenção - as palavras estão a mudar...
Como descreve em palavras simples - prémios às mais descaradas mentiras e à propaganda mais estúpida!
Pior actor político
Mnistro da saúde inglês (Matt Hancock) chorando ao ver Shakespeare ser vacinado.
Matt Hancock cries live on GMB TV and says ‘I’m proud to be British!
Ficam aqui dois snapshots: o primeiro homem a ser vacinado era William Shakespeare:
e depois, com o ministro supostamente a chorar, ou a rir, enquanto os apresentadores comentavam... chamar-se William Shakespeare não pode ser coincidência!
Continua com outras categorias, destacando-se:
O mais falso Fact-Check - Corbett, vai mostrar o próprio Kary Mullis (inventor dos testes PCR), argumentando que os testes podiam servir para tudo e para nada, usados por pessoas sem critérios (mencionando concretamente Anthony Fauci, depois responsável covid dos EUA).
Filme para Adultos do Ano - Corbett, vai buscar a história dos corpos a serem enterrados em valas comuns na ilha Hart... que afinal era uma prática comum, que ocorre há 150 anos, para corpos que não têm familiares a reclamá-los.
Novilingua Orwelliana - neste caso, os repórteres tentam dizer que os protestos Black Lives Matters são pacíficos, ao mesmo tempo que cobrem incêndios de esquadras, e outros, provocados pelos manifestantes.
Melhor supressão de história real - Corbett dá relevo a ligações e financiamento pela China de Joe Biden, através do filho Hunter, por provas nos seus emails e computador. História que foi silenciada, sendo claro todo o contexto, que levou a investigação pelo FBI.
Hipócrita do confinamento - refere-se aqui a Neil Ferguson, responsável inglês da saúde, que deu ordem de confinamento total no Reino Unido, para logo depois viajar para se encontrar com a sua amada, que vivia com o marido e filhos.
Ficção científica falsa do ano - Corbett escolhendo o relato de que a vacina de Oxford era "segura e efectiva", remetendo para uma história entretanto apagada, e arquivada. Note-se que pode aí ver-se que a Sputnik V, era mais eficaz, e só essa de Oxford seria mais barata. No entanto, nem a de Oxford, nem a Sputnik, usavam indução genética, não eram RNA, que é a novidade que se quer enfiar pela população (agora já com 29 mortos na Noruega, 10 na Alemanha, enquanto a enfermeira portuguesa morreu de "segredo de justiça").
Falsa notícia do Ano - é dada a Anthony Fauci, anterior responsável da saúde dos EUA, que disse que o coronavirus era 10 vezes mais mortal do que a gripe, quando na realidade o relatório que citava mencionava que era 10 vezes mais contagiosa.
Reportando ao caso português, há obviamente coisas tão ou mais ridículas, e basta chamar as sucessivas contradições da DGS, ou do governo. Ora a máscara não serve para nada, ora é obrigatória, ora não haverá mais prisão domiciliária, ora só acabou temporariamente nas férias, ou para ir trabalhar (agora nem isso).
Tendo 839 mortos por milhão de habitantes, estamos já no 33º lugar, enquanto o Brasil do irresponsável Bolsonaro, está no 25º lugar, com 971. Estamos a falar de números oficiais hoje.
Onde estão as piadas sobre Costa, comparando-o a Bolsonaro?
E quem lidera a lista dos países mais irresponsáveis?
Sim, a Bélgica, os belgas sempre foram conhecidos por ser o povo mais irresponsável de todos, deve ser piada francesa, e lideram a tabela com o dobro (1747), seguida de perto pela Eslovénia e a Itália.
Sabe-se afinal que no coração da UE, Bruxelas, é onde está um centro da ditadura viral.
O supremo exercício de perversão, na dívida dos estados à elite mandante, é classificada como triplo A:
AAA = Amochar, Amordaçar, Aplaudir
Em 2050 ou em 2500, depende de como a geração actual reagir, dir-se-à que houve diversos factores que contribuíram para que a sociedade em 2020 aceitasse sem pestanejar imposições ridículas, que levaram ao estabelecimento de uma ditadura mundial. Como o assunto foi já tratado no aspecto trágico (as imagens são tiradas da Nova Ordem Germânica, imposta em 1933-45), aprendamos com os judeus.
Antes que se faça a análise do presente no futuro, façamos uma análise do futuro sobre este presente...
(i) O que foi a Glozis? A política Glozis (Global Science) viu a face do dia em 2020, usando uma forte propaganda, em todos os canais de comunicação. Já tinha sido iniciada em 2000, com a indução do medo de um aquecimento mundial incontrolável, mas nada que se assemelhasse ao que se viu 20 anos depois.
Em 2020 foram declarados os primeiros confinamentos, o que era algo semelhante a uma prisão domiciliária, e as pessoas tinham que fazer fila para ir aos supermercados, comprar bens essenciais. Pode parecer incrível, mas foi isto que aconteceu.
Havia ainda uma clara discriminação, as pessoas que duvidavam eram chamadas "negacionistas", achincalhados no espaço público, banidos de espaços sociais, e os médicos negacionistas chegaram a ser internados em hospícios. Quem não usasse máscara arriscava a ser preso ou até espancado pela polícia.
A partir de 2021, começaram a ser implantadas vacinações em massa.
Só quem concordava cegamente com a política, obedecendo sem questionar, ou por vontade própria, era vacinado, e assim poderia aceder a alguns bens, que antes eram coisa vulgar, como viajar, etc.
Convém notar que quase toda a população achava isto bem, lembrem-se que nessa altura as pessoas estavam convencidas que se tratava de algo parecido com a peste negra, devido à intensa propaganda, mesmo que nada evidenciasse tratar-se de ser mais do que uma gripe. Aliás o único sintoma que a distinguia de outras gripes, era uma eventual perda de paladar. De entre as pessoas declaradas com o vírus, apenas 1% tinha necessidade de ser internada. Em Portugal, no início de 2021 eram 0.05% os internados associados à tal gripe chamada covid, quando foi declarado o 2º confinamento geral!
(ii) A vida antes da Glozis Antes, a ciência era definida por um certo consenso comunitário, em que bastava uma teoria não se verificar, para ser rejeitada por razões lógicas. A sociedade beneficiou bastante do avanço que a ciência trouxe, tornando os cientistas como uma classe social respeitada, ao ponto de bastar um governo argumentar que tinha ouvido os "cientistas", para isso ser entendido como sendo uma opinião bem informada... no entanto, nesta altura, ao contrário do que se tinha passado nas décadas anteriores, havia demasiados cientistas, e a maioria tinha pouco ou nenhum interesse cientifico - tinha mais um desejo de protagonismo e reconhecimento público.
(iii) Como chegou a Glozis ao poder? Tal como no caso dos nazis, a Glozis teve como principal arma a publicidade selectiva, difundida por órgãos de comunicação manipulados. Com a ausência crítica dos cientistas, perante evidências, devido a um certo desejo de financiamento e protagonismo, verificou-se primeiro uma completa falha crítica ao chamado "aquecimento global". Essa falha evidente, tornou-se uma oportunidade de avançar com teorias sem verificação, desde que se assegurasse a inacção dos cientistas que se opunham, e não lhes fosse dada a palavra em igualdade de circunstâncias, actuando com publicidade opinativa e agressiva nos principais órgãos.
Convém lembrar que esta altura era o princípio da internet, com pouco mais de 25 anos, e as principais empresas a quem foi dado destaque, comportaram-se como autênticas predadoras monopolistas e donas da verdade, ao ponto de banirem um presidente dos EUA (caso de Trump). Por interesses comerciais, o número de visualizações era apenas um número comprado, por acessos automáticos. Em 2020 não fazia sentido um músico da moda lançar uma canção e não ter logo milhões de visualizações - isso era visto como um falhanço... por isso todos esses números passaram a ser tratados como ficções, mas a maioria da população dava-lhes valor. Ainda assim, neste tempo, a principal comunicação ainda era feita pelas televisões, e contou com a cumplicidade de todo o poder dos órgãos de comunicação social.
Ao contrário do que aconteceu no tempo dos nazis, em que também a propaganda foi o principal motor de implantação, aqui não se usou a congregação em torno de um ideal. Ou seja, não se iludam com nenhuma imagem deste tipo:
Atenção: isto não se verificou!
Não havia nenhum motivo agregador, o principal foco neste caso, foi desagregador. Ou seja, as pessoas foram isoladas, presas em suas casas, estavam até proibidas de contactos familiares, com o pretexto de serem uma ameaça social na propagação do vírus.
(iv) A vida no mundo controlado pela Glozis
Se estivessem 6 pessoas reunidas na rua, sem autorização, poderiam ser presas. As comemorações da passagem do ano 2020 para 2021 foram proibidas, em todo o mundo. As pessoas estando isoladas, nada podiam fazer ou sequer planear fazer, contra o monstro social, definido pelos poderes vigentes ou emergentes. A sua melhor possibilidade era passarem despercebidas, para não serem alvo de perseguições e censura. De certa forma, as pessoas ficavam já satisfeitas com a possibilidade de poderem sobreviver, e aguardavam que as coisas passassem, para voltarem a viver.
O regime de terror era implantado pela ameaça de denúncias, até pelo medo latente que os vizinhos denunciassem alguma festa, existente ou não.
Na chamada TINA (there is no alternative), que era propagandeada pela Glozis, era aceite que não havia alternativa aos confinamentos. Na prática, havia ainda os que achavam que os governos estavam a fazer pouco, e queriam ainda medidas mais restritivas. Muita gente que não tinha vida social, e acabou por aceitar bem as restrições. Não se importava de impor a ausência de vida social aos outros - porque também não a tinha!
(v) Houve guetos ou campos de concentração? Não houve necessidade inicial de fazer campos de concentração porque as pessoas já estavam presas em casa. Isso poupou um esforço e aparato exagerado, tornando mais fácil a aceitação geral. Os oponentes tinham uma capacidade de difusão extremamente limitada, porque toda a circulação na internet era condicionada e determinada pelos servidores. Desde a Antiguidade que se sabia que controlar ou condicionar a comunicação, desempenhava um papel fulcral nas definições e decisões do combate. No Séc. XX, estabelecer linhas de comunicação eficazes, e baralhar ou impedir comunicações inimigas, eram entendidas como fases fulcrais de uma operação, que visasse um número reduzido de vítimas. Foram inicialmente toleradas manifestações de descontentamento, desde que não se propagassem. Isso dava a ideia de que o regime não estava a impor uma verdadeira censura de opinião, permitindo agregar em guetos controlados, pessoas que tinham opinião diferente. Ao mesmo tempo, isso dava ideia às restantes de que não havia nenhuma imposição forçada, e que o discurso livre era possível, mesmo que percebessem que não iria levar a parte alguma, devido à TINA.
(vi) Como e porquê aconteceram as 2 milhões de mortes no primeiro ano? Num planeta com 60 milhões de mortes anuais, esse número corresponderia a menos de 5% das mortes globais, estando aí incluídas todas as mortes de pessoas que estavam infectadas pelo vírus, mesmo sendo assintomáticas, ou seja, esses 5% serão 0.05% efectivamente ligadas a episódios covid. Mesmo que sejam 600 mil mortes, seriam metade do número de pessoas que morre de acidente rodoviário. A necessidade de atribuir um maior número de mortes, deveu-se à necessidade de fazer acreditar minimamente que existia um perigo real, para que a população aceitasse as medidas restritivas que as tornavam prisioneiros do sistema.
(vii) Resistência, resposta e colaboração Resistência houve, mas muito espalhada, na fase inicial. Convém notar que no início a Itália foi o primeiro foco de preocupação, com números que poderiam antever um crescimento exponencial. Numa altura em que não se conhecia a doença e a OMS desvalorizava o seu impacto, inclusive desaconselhando máscaras de protecção, foi a população a tomar cuidado suplementar. Quando no final de Março se percebia que a experiência não tinha impacto, foi tudo preparado para um maior impacto subsequente a partir de Outubro. Mas se em Abril, já havia grupos a denunciarem o esquema, esses grupos foram perdendo força, organização e coesão, caindo efectivamente para uma expressão insignificante nos momentos posteriores. A farsa foi inundada de situações caricatas nos dados, cujo caso mais falado foram homens grávidos... o secretismo da informação e a esperança de uma vacina, que Trump quis alimentar, visando a sua reeleição, serviram apenas o prato mais quente, dada a impassividade e aceitação da população e classe política.
(viii) Sobrevivência e legado Este capítulo deixo por escrever, porque ainda só estamos no princípio de 2021...
Finalmente, após quase uma semana posto fora de cena, Donald Trump apareceu em público, e neste caso não deixou para duvidar muito que era o próprio, e mesmo que condicionado disse:
The 25th ammendment is of zero risk to me, but it will come back to haunt Joe Biden and the Biden administration. As the expression goes "be careful what you wish for".
The impeachment hoax is a continuation of the greatest and most vicious witch hunt in the history of our country and is causing tremendous anger and division and pain, far greater than most people will ever understand. Which is very dangerous for the USA, especially at this tender time
Certamente que terá sido pouco para quem prometera tanto. Dizer que a liberdade de expressão está sob assalto, que continua a caça às bruxas, ou deixar um aviso a Biden, parece pouco para quem há menos de uma semana levava uma multidão ao rubro. Mesmo que invocasse a transição pacífica e ordeira, e que a maioria das pessoas não iria entender a fúria, divisão e dor que atravessa o país, é muito curto para quem começa o discurso, com a versão inglesa de "Gloria":
Como esta versão espanhola da canção italiana de Umberto Tozzi deixa implícito:
... la verdad y la mentira, se llaman Gloria
E assim, parece mesmo mais adequado o final com YMCA dos Village People, mesmo que os fãs queiram entender que com as referências a criminosos dentro da fronteira se referiria aos seus inimigos.
... e não, o jogo que foi cancelado não era de hóquei no gelo! No entanto, pode considerar-se o aparecimento de Espanha nas diversas modalidades dos Jogos Olímpicos de Inverno.
Bom, os extremos não interessam nada, o que interessa ser o pior inverno desde há 50 anos, ou o ano passado ter sido o pior desde há 30 anos no Reino Unido? Não interessam nada os invernos frios, porque depois faz calor no Verão, e isso sim, é ser-se apanhado pelo clima.
Em termos de aquecimento global, o único sítio onde as temperaturas parecem fazer derreter os termómetros, é mesmo Washington, porque o casal presidencial está desaparecido:
Conforme se pode reparar pela agenda presidencial... o "presidente está a trabalhar":
ou como é dito no artigo da Forbes:
But Trump doesn’t appear to be taking a vacation either: On Thursday he canceled a pre-planned weekend trip to Camp David, according to CNN and ABC News.
As has become unflinchingly habitual, Trump’s empty public schedule for the weekend insists he is, despite appearances, hard at work: “President Trump will work from early in the morning to late in the evening. He will make many calls and have many meetings.”
Complicating matters for the spotlight-craving president is the fact that his Facebook and Instagram accounts have been banned indefinitely, as has his beloved Twitter account, with Twitter also banning any account he tries to use as a conduit.
Claro que o jornalista da Forbes não pode dizer que o último vídeo de Trump é falso, porque senão o artigo não seria publicado, e ponto final, mas acaba por sugerir a mudança de atitude, ao fim de dois meses:
Trump has not since made a public appearance beyond releasing two videos to Twitter, one telling supporters to “go home” but defending the attack and a second finally conceding the election after a two-month period of refusal.
No entanto, depois das sucessivas notícias que davam "Melania farta de Trump", consubstanciadas na verdade de serem notícias falsas, algo que qualquer bolígrafo Bic não dirá, mas insinua-se sem problemas que Trump será sempre suspeito de qualquer mal.
Neste momento já há pessoas que conheço a terem textos sinalizados no facebuço apenas porque referem que o homem cornudo é um actor, o que está mais que confirmado, até pelas tatuagens,
... e além disso, posou com Michiel Vos, o genro de Nancy Pelosi, antes de se ir plantar no lugar dela no Congresso:
Portanto, tendo aspecto de ser coisa feita com meios extremos, parece uma coisa ali feita em Estremoz...
Trump é por enquanto quem detém o poder de fazer uma transição pacífica, e não é nada claro como sectores mais radicais vão reagir, quando a rendição de Trump se tornar inevitável. Ao terminar com "our hearts bleed in red, white and blue", Trump foi buscar o azul dos democratas, e aparentemente terá sido uma mensagem de união, do presidente de todos os americanos.
A data, 6 de Janeiro de 2021, não foi novidade, Trump já a tinha sinalizado, e convocando os americanos, com um impressionante número de apoiantes discursou:
We will never give up, we will never concede!
It doesn't happen. You don't concede when there is theft involved.
sinalizando a forma maliciosa como a fake media procurava ignorar a multidão presente:
O discurso no total durou um pouco mais de uma hora, e Trump como habitual esteve em grande forma. Vale a pena ouvir, é um excelente orador, mas ouça-se sem os olhos fechados... No final, as centenas de milhares de pessoas, que Trump dizia estarem presentes (estranhamente não encontrei imagens globais) devem ter dispersado... mas uns tantos, uma coisa pequena, como vários milhares de pessoas (que os media recusaram mostrar antes), rodearam o Capitólio, e foi o que já se sabe... pela frente:
e por trás:
Pelas contas dos media, devem-se ver ali umas 50 pessoas no total... e quem tiver dificuldade em aceitar isto, pois terá um problema com os tempos que se avizinham. É melhor reaprender a contar, na covi-matemática da nova ordem mundial.
Passámos agora à fase seguinte, que é a mais complicada, porque Trump não desistiu, continua a argumentar sobre os 250 mil votos a mais que os votantes, votos de mortos, etc, pelo que tudo vão fazer para que ele desista. Procuraram que Mike Pence declarasse a sua incapacidade, para o internarem, querem invocar outros argumentos de deposição, e agora chegámos ao ponto, em que os media silenciam o Presidente dos EUA, começando pela coisa mais ridícula e absurda, que foi bloquear a sua conta do Twitter:
Estamos a ver o Twitter a bloquear a conta de Marcelo Rebelo de Sousa, de Emmanuel Macron, de Boris Johnson, ou as televisões bloquearem-lhe o discurso, sem que houvesse uma crítica dos jornalistas ou das comentadeiras de serviço?
Chegar ao ponto de bloquear a liberdade de expressão, é um passo com que os apoiantes de Trump não contavam. Trump, entretanto, com a Fox News já alinhada contra si, contaria com as novas companhias, como a Newsmax ou a OAN, que mantinham uma cobertura pelo seu lado, mas mesmo nesse caso, já as vemos a torcer pelo rabo... lançando notícias de que Trump já aceitou a deposição.
Porque afinal de contas, qual é a dificuldade em fazer um vídeo e um áudio manipulado, anunciando isso mesmo?
O vídeo e áudio estão bem feitos, as Big Tech, têm gente boa a trabalhar, mas não atingem aquele ponto em que não se nota, e aqui nota-se logo à primeira visualização-audição que há pausas e descontinuidades nas palavras, que não correspondem a um discurso fluido, e a inserção do movimento da boca no contexto do vídeo, está um pouco mal feita.
Portanto, teremos a consumação deste golpe da maçonaria, num país que foi criado por ela.
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Nota adicional (09.01.2021):
Conforme adicionei em comentário, alguns utilizadores do Parler apressaram-se a concordar que o vídeo era uma manipulação digital, e por exemplo este cromo aponta um defeito muito visível no vídeo [correr em full screen]. Mesmo a cara parece ter ficado mal colada ao corpo!
... e a colagem fica mais realçada na maçã da Adão, mudando as intensidades.
Ora, o problema é que este vídeo não é suposto ser falso propositadamente, e para a coisa estar a este ponto, ao ponto de Nancy Pelosi estar com medo dos códigos nucleares,
... será de considerar a hipótese mais extrema, veiculada pelos mais indefectíveis, ou seja, que Trump está a levar a coisa até ao limite, para ver quem resta fiel, para depois limpar os EUA?