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domingo, 13 de abril de 2014

Aviam avião MAS 37 0

O que é preciso para um avião desaparecer sem rasto?
A lista é extensa:
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_aerial_disappearances
e inclui, por exemplo, Sacadura Cabral.
Desde há várias décadas que não se ouvia falar de algo semelhante, sendo algo particularmente errado quando a vigilância global é exibida despudoradamente, e ainda que o vôo tenha sido nocturno, há todo um conjunto de emissões electromagnéticas que podem ser monotorizadas.

MAS 370 era a identificação do vôo desaparecido da Malasia Airlines (MAS).
Chegaram-me links sobre uma tese de que o avião foi "aviado":

... que tem a vantagem de não se resumir à ideia básica de um sequestro ovni (fica aqui um link e chega), exibindo um nexo, que sendo verdadeiro, tem bastante nexo. 

O assunto é perfeitamente lateral, e não me parece envolver nenhum mistério.
Há ocultação de informação, o que é uma coisa completamente diferente.
Por isso nem tinha intenção de falar sobre o avião. 
Só coloco este texto, porque a certa altura se refere que os novos aviões podem ser controlados remotamente, sem possibilidade de intervenção dos pilotos.
Tal como é tendência generalizada com toda a nova tecnologia... o mundo wireless tem esse problema. Não é apenas deixar de haver coisas escritas em papel, agora é moda estarem guardadas na "cloud", como é o caso do email. 
Tudo está bem quando corre bem, mas... o utilizador perdeu o nexo do controlo (e ainda que alguns já mal funcionem, fui guardando os computadores velhinhos, de quando ainda havia disquetes).

Quem compra tecnologia, não controla tecnologia... para isso é preciso fabricar, e assim sempre me pareceram ridículas as compras de armas sofisticadas pelos estados - só servem para exibição interna ou para meter medo a vizinhos. O vendedor não vai correr o risco de ser atacado pela venda...

Porém, quem fabrica tecnologia também não a controla completamente... porque há sempre um pai presente neste mundo - o caos. O caos serve a inspiração criadora, mas serve também a confusão, o erro, e a incerteza sobre os processos físicos.
Assim, não é improvável que o avião da Malásia possa ter mesmo ter desaparecido sem rasto... outras teorias podem ser lidas aqui, e claro... incluem o já esquecido Triângulo das Bermudas (onde a fonte de mistérios parece ter secado).

domingo, 23 de março de 2014

HARP e HAARP, harpas e hárpias

Projecto HARP 
Uma das ideias que constava já nos livros de Júlio Verne, seria a de enviar um projéctil, disparado por um canhão, com velocidade suficiente para escapar à atracção terrestre, e pelo menos entrar em órbita.

Essa ideia pode parecer caricata, tal como foi ilustrada num filme mudo conhecido de George Méliès
Le voyage dans la Lune - George Méliès (1902)

No entanto, o canadiano Gerald Bull levou a cabo uma série de iniciativas entre as quais:
um projecto iniciado em 1961 e que visava a colocação de satélites em órbita, não através do lançamento por um foguetão, mas sim por um enorme canhão... tal como pensado por Verne e encenado por Méliès.

A certa altura houve uma desistência do projecto, mas Gerald Bull não desistiu de colocar a ideia no espaço. Teve então uma proposta de Saddam Hussein para a construção do canhão no Iraque, tendo muito sido feito para evitar isso, nomeadamente a sua prisão nos EUA, e em 1990, Gerald Bull acabou assassinado. Em 1991 começaria a primeira Guerra do Iraque.

O nome do projecto com Saddam Hussein era Projecto Babilónia, e pouco depois deu origem a um filme sobre a vida de Gerald Bull.
Filme de 1994 sobre Gerald Bull

Projecto HAARP
Hoje em dia fala-se pouco desse projecto HARP e o mais comum é haver referências ao projecto
... as siglas são curiosamente semelhantes, mas este é dedicado à investigação sobre a ionosfera, onde se produzem auroras, e tem sido mantido sob um certo sigilo. Esse sigilo e o intuito real do programa tem despertado uma série de acusações sobre eventual associação a uma série de fenómenos, nomeadamente terramotos (do Haiti, ou do Japão - "Last year I confronted the former Japanese Finance Minister over control of the Japanese Finance System to a group of American and European Oligarchs. He and his envoy told me that because Japan has been threatened by an earthquake machine." - vídeo de Benjamin Fulford). Outras associações dizem respeito a eventuais fenómenos de "ball lightning".

Como em muitos outros casos, o que não se sabe sobre o assunto leva a imensa especulação, sendo que a produção de eventuais ressonâncias na ionosfera não é facilmente relacionável com movimentos na crosta terrestre. Há fenómenos de vibração bem conhecidos, que começam por ser evidenciados na simples vibração de cordas, como numa harpa... e a escolha da sigla não será completamente ocasional, da mesma forma que o duplo "a" pode simplesmente servir para a distinção relativamente ao programa anterior.
Acresce que há ainda a referência a hárpias... as hárpias estão mitologicamente ao serviço de Zeus, por sua vez conectado às manifestações atmosféricas.
As hárpias aparecem na mitologia ligadas à viagem de Jasão pelas paragens do então grande Mar Negro, e faziam cumprir uma punição de Zeus ao Rei Phineas da Trácia, pela revelação de segredos pertencentes apenas aos deuses. Seriam os argonautas de Jasão que o livrariam dessa punição.

A questão principal sobre o HAARP ou similares é mais genérica. Diz respeito à possibilidade de criação de armas que passam por ser efeitos naturais... os governantes saberiam da ameaça, mas a sua concretização dificilmente poderia ser ligada ao executante, porque poderia ainda ser um simples fenómeno atribuível a causas naturais. O ministro não pode dizer à sua população que a inundação ou um sismo foi devido a um outro país... passaria por simples lunático. Por outro lado, a ideia de que estes fenómenos seriam controláveis passaria a responsabilizar a nação que detivesse tal tecnologia, mesmo que estivesse ilibada.
Este tipo de ameaças existe desde que há armas biológicas, que podem espalhar uma doença num determinado ponto, mas que são incontroláveis... o vírus pode sofrer mutações imprevisíveis e vir a afectar o próprio atacante. Da mesma forma quando se joga com outra simulação de fenómeno natural, as suas repercursões podem passar o alvo, e afectar todo o sistema.

O caos, que normalmente é visto como um obstáculo ao controlo humano benigno, tem também esse aspecto de evitar o controlo humano maligno... Porque num mundo completamente ordenado, quem detivesse a ordem controlaria o resto sem aparentes restrições. Digo "sem aparentes" porque a restrição maior, que surge inevitavelmente, mais tarde ou mais cedo, é o confronto com a cópia. Porque um universo que cria uma estrutura, criaria sem problemas uma réplica... se a ideia fosse o inevitável confronto só com vista a uma melhoria infindável.

Aditamentos (23/03/2014)
1. Convém notar que o veículo das notícias que mostram um embuste global é praticamente o oficial, ou seja, o mesmo. Portanto não devemos ser ingénuos e pensar que quem controla a informação por um lado, a deixa escapar pelo mesmo lado. É claro que há sempre imprevistos, mas o desenvolvimento de "teorias da conspiração" foi alimentado pelo mesmo lado que é atacado. Desta forma, sabendo que é uma fraqueza, controla o ataque informativo, definindo os pólos de atenção.
Quando se fala de mapas antigos, vai-se sempre buscar o de Piri Reis... os outros são sempre ignorados. Quando se fala de controlo antigo vão-se buscar os Anunaki, que afinal eram chamados Anedotos.
Portanto há uma mistura de denúncias que fazem sentido com outras que não fazem.

2. Neste caso do Iraque, creio que nunca foi enfatizado este projecto Babilónia, e o canhão HARP seria uma razão popular para justificar uma intervenção americana, juntando a isso as armas químicas ou biológicas. Assim, quando não foi encontrado nada no Iraque não significa que nada tenha sido encontrado. Se foi fácil convencer previamente da existência dessas armas, com o controlo absoluto sobre o Iraque, teria sido igualmente fácil fabricar provas de que havia efectivamente essas armas. No entanto, houve uma clara opção de tornar aquela intervenção como completamente injustificada nesse aspecto. Se pensamos que as notícias foram manipuladas num sentido, não é de estranhar que tenham sido no outro.

3. Tem-se notado uma sucessiva tentativa de despertar uma consciência internacional de que há uma manipulação global. Desde a ocasião do 11 de Setembro de 2001, ele próprio cheio de contradições, que se notou uma inconsistência noticiosa sem precedentes. Isso tem alimentado a questão conspirativa muito para além dos mistérios habituais que eram divulgados anteriormente - Atlântida, Bermudas, Ovnis, etc...
Essa tentativa de despertar consciências tem dois aspectos:
- procura motivar e avaliar a capacidade de percepção e resposta da população ao embuste;
- torna clara a impotência da população para se opor a isso, pelos meios convencionais.
O último aspecto disso é a impotência das democracias alterarem a forma de governação, já que não se nota qualquer diferença no governo pela mudança de governantes. Esta última forma de explicitação é especialmente desmoralizante, porque como é óbvio também não será pelo efeito de manifestações que nada será mudado.

4. Num dos links que o Paulo Cruz acabou de colocar:
http://www.bibliotecapleyades.net/haarp/esp_HAARP_51.htm
acrescenta-se a informação de que o projecto HAARP chegou mesmo a envolver experiências ao nível da Cintura de Van Allen, e conforme ali é informado num relatório de 1998 da União Europeia, os buracos feitos a nível da ionosfera, ou ainda mais alto, podem abrir o escudo defensivo natural que a Terra tem contra a perigosa radiação cósmica. O caso do ozono era só um aspecto muito particular e levou a grandes preocupações à época. Aqui o perigo poderia ser ainda maior... quando se deixa actuar livremente aprendizes de feiticeiro. Daí haver também esta necessidade de tornar público os maiores perigos, por parte de alguns elementos mais conscientes.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Cataratas à vista

À vista dos que viam um "aquecimento global", aparecem as cataratas.
Neste caso, as Cataratas do Niágara, geladas... segundo a Euronews, pela primeira vez neste milénio, ou seja, desde 2000, altura em que começou a divulgar-se muito a ideia de "aquecimento global".
O frio extremo que se faz sentir nos Estados Unidos e Canadá gelou parte das Cataratas do Niágara. É a primeira vez este milénio que ocorre um fenómeno deste género nesta fronteira natural entre os dois países.
Entretanto já se fala em vórtice polar, designação reservada aos vórtices dos pólos norte e sul... a menos que o pólo norte tenha migrado para os EUA.
A coisa promete conversa, já que há pessoal que, nem com o nariz congelado, deixará de manter a sua tese do "aquecimento global". 
É claro que estes fenómenos são singulares, significam pouco, exactamente como significavam pouco as conclusões anteriores. 
O problema é só a casmurrice, pura casmurrice perante evidências, porque há intuitos diversos, que servem muitos serviços.


Nota (21.12.2019): Os links da Euronews mudaram, as páginas ficaram inactivas, e aqui acompanhei essa mudança.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Levitar sonoro

Num vídeo que chegou à caixa de comentários do blog alvor-silves, de uma conferência de Michael Tellinger, acerca de estruturas na África do Sul:

... começa por falar-se do som e de algumas propriedades.

1) É colocada a questão de ultrassons permitirem aquecer água... 
Qual é a novidade?
Há certas coisas que me espantam sempre, e uma delas é não se fazer uma simples consulta à internet.
Antigamente poderia aceitar-se alguma falta de informação, mas com o Google, Wikipedia, Youtube, houve milhares e milhares de pessoas que colmataram voluntariamente essa falta informativa. 
Há quem insista em não pesquisar... tudo bem, pode não ser fácil sempre, nem sempre as palavras chave funcionam. Mas vejamos este caso, que já conhecia. 
Tentamos "Ultrasound heating", o tema em questão, e zás:
onde se lê:
The first large scale application of ultrasound was around World War II. Sonar systems were being built and used to navigate submarines. It was realized that the high intensity ultrasound waves that they were using were heating and killing fish. This led to research in tissue heating and healing effects. Since the 1940s, ultrasound has been used by physical and occupational therapists for therapeutic effects.
Portanto, de facto, desde 1940 que se sabe que os ultrassons permitem aquecer água... não há nenhum conhecimento secreto. Pelo contrário, há terapias a serem desenvolvidas, usando o aquecimento dos ultrassons, e aplicam-se na próstata e outros tumores.
Por isso, estas coisas deixam-me espantado pelo orador e a passividade da assistência.
Tudo o resto vai do estilo conferência TED "bate-punho", até chegar ao lado místico, para apimentar.
Este é só um exemplo, que até é razoável até certa altura... depois perde-se a paciência!
Há tópicos que chamam a atenção... Atlântida, Pirâmides, Maias, Incas, Stonehenge, etc. junta-se tudo com ETs, Anunaki, etc., e temos 90% dos vídeos deste género no youtube.

Temos vantagens e desvantagens nisto. As vantagens são que no meio de tanta desinformação acaba por haver informação relevante, mesmo. As desvantagens é que a maioria das pessoas não conseguirá distinguir o trigo do joio... Isso também se passa comigo, como é óbvio, mas por isso mesmo é importante partilhar e trocar opiniões e informações.

2) Outra questão diferente, e esta é mais pertinente, é a da levitação por ultrassons.
Felizmente aqui o orador fez pesquisa no Youtube e partilha um vídeo ilustrativo, mas há muito outros, com experiências reais em laboratório. Deixo aqui mais um:

E neste assunto, faz todo o sentido a associação a velho conhecimento.
Temos um exemplo rudimentar com uma tigela tibetana:
... não será muito espectacular, mas dá para ver que a ideia estava presente no Tibete, um sítio aliás bem popularizado pela "levitação". Talvez não chegasse ao ponto de levantar monges, mas talvez fosse suficientemente impressionante para criar esse mito.

Portanto, mesmo no meio de uma conferência especulativa, acabamos por ser alertados para ideias a que não tínhamos dado relevo... seja porque fazem parte do discurso, seja porque o discurso nos levou a pensar nelas. A informação tem esse aspecto sugestivo, que não é menos importante.

Soar e suar
Não suava quem soava bem... o aspecto do trabalho físico versus intelectual esteve sempre em causa - uns soavam ordens e os outros suavam trabalhos, nem sempre suaves, nem sempre na sua vez.
O soar chega a confundir-se com o ser, quando soo que sou.
O som passou a ser o meio de comunicação privilegiado por uma boa parte dos animais, em particular mamíferos e aves.
Para vós, a voz, o vocal. No bucal estava a foz de um sopro de cordas, onde a língua servia uma língua, e no agir, uma linguagem inspirada no acordo fonético. Esse acordo serviria a ligação social.

O som permitiu a arte, mas é pura matemática... uma expressão em que se nota como a simplicidade da base pode levar a uma enorme complexidade no resultado. Com apenas sete notas musicais se escreveram partituras que nos tocaram desde os tempos mais infantis...

O que se ouve dessa criança passada que fez sonhos? - Dó de ser ré de mim, que faz sol lá em si, dó se o acordo desperta dor.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Alfaborboleto

Sei que algumas das coisas que aqui escrevo parecem estranhas, julgadas mais fabulosas do que ligadas à realidade desvendada pelos olhos... e por isso é também aconselhado ver o que as borboletas nos trazem aos olhos, sem ser figurativamente. 
Neste caso um alfabeto borboleta!

Kjell Bloch Sandved, um fotógrafo de borboletas compilou padrões nas asas de borboletas, que se parecem bastante com números e letras do nosso alfabeto:
Padrões alfanuméricos em asas de borboletas (imagem em io9.com)

É claro que haverá quem diga que se trata de coincidência, de pareidolia, como quando uma mancha ou uma nuvem nos lembra uma cara, uma região... mas não vale a pena discutir sobre isso.
As imagens estão aí, e há muitas outras que Sandved recolheu desde 1960, publicou na revista do Smithsonian, e apresenta no seu site:


domingo, 3 de novembro de 2013

Eclipse now... hoje 03-11-2013

Por volta do meio-dia de hoje, 3 de Novembro de 2013, está previsto um eclipse do sol híbrido

Curiosamente, conforme refere a wikipedia, irá ser visível em todos os países de língua oficial portuguesa (menos Timor)... É um eclipse que se inicia sobre o Atlântico, da costa leste da América do Norte à costa norte da América do Sul, e que depois cobre praticamente toda a África. Na Europa estará restrito praticamente a Portugal, Espanha, Itália e Grécia.

Eclíptica
Aproveito para uma daquelas observações simples, mas que podem ser instrutivas.
Se o céu estivesse "fixo"... a cada ponto da Terra corresponde exactamente um ponto do Céu.
Ou seja, fixado esse céu, pelo zénite, cada estrela teria uma posição exacta sobre a Terra, e vice-versa.


Uma indicação de que algo desse género poderá ter estado na demarcação das constelações tem a ver com alguns nomes e mitos. 
Por exemplo, Perseus, que pode ser ligado à Pérsia está acima de Touro, e Taurus era a cadeia montanhosa que definia a Turquia, com clara proximidade à Pérsia. Além disso, abaixo de Touro encontramos Oríon, que tem sido identificado ao Egipto. Há quem veja nas 3 pirâmides de Gizé uma associação às 3 estrelas do cinto de Orion (se bem que estas estrelas estão demasiado abaixo, cruzando a linha do Equador). Outras associações são mais difíceis, até porque não é claro se havia ou não redução ao espaço conhecido. 
Porém, Hércules poderia ser remetido facilmente às Colunas de Hércules, pois esse era um nome de referência na geografia antiga.

Bom, e praticamente ficamos por aqui, ainda que possamos estabelecer outro tipo de relações. 
Por exemplo, seguindo Hércules temos Lira e Cisne. São dois símbolos conhecidos. A lira está ligada a Apolo, mas também ao filho Orfeu - poeta e um dos Argonautas, ligados à viagem de Jasão. Por outro lado, o Cisne esteve ligado a mitos de passagem do Atlântico, por Lohengrin.
Seguindo por esta ordem, surgiria imediatamente Pégaso, Cefeu, Cassiopeia, o que se liga directamente a toda a história de Andrómeda e Perseu. 
Para se manter algum nexo, deveríamos considerar a visão antiga, de Colombo, que ligaria directamente o Atlântico à Índia e Etiópia. De facto, Cefeu surge como rei da Etiópia, e assim Andrómeda surgiria como associada a uma Índia presa. Andrómeda sofria punição de Neptuno, o que poderia referir-se à proibição de navegações, mas seria salva por Perseu. O corte da cabeça da Medusa, poderia ser um corte da liderança dos Medos, que colocou os Persas no comando.
Por outro lado, Cappela, a cabra, e Auriga, pela quadriga, ligariam à Grécia e/ou à Itália, ainda que esta relação seja menos clara, tal como a Ursa Maior poderia ligar à parte continental europeia, onde o urso era um símbolo (por exemplo, o "Ber" em Berna ou Berlim estão-lhe associados). Isto implicaria uma associação geográfica algo grosseira, mas que tem sentido nas representações antigas do mundo.

É claro que tudo isto são meras especulações, mas um maior estudo poderá permitir outras conexões. De qualquer forma, este tipo de ligação sempre me parece fazer mais sentido do que a simples ideia difundida de que a associação de constelações corresponderia a ver figuras desenhadas pelas estrelas... algo que só em raros casos tem algum sentido, mesmo com grande esforço de imaginação.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Herança genética - o reino das amebas

Um dos mitos que deve ter caído da cadeira do preconceito genético terá sido saber-se que a maior sequência genética não está entre os seres humanos.

Se olharmos para a herança genética que passa de progenitores para descendentes, a actual liderança destacada vai para uma Ameba, com menos de meio milímetro, de nome Polychaos dubium:
A ameba Polychaos dubium tem a maior sequência genética (encyclopedia of life)

O genoma desta ameba é 200 vezes superior ao dos humanos, e apesar do seu tamanho insignificante, tem algumas particularidades notáveis. Entre essas particularidades estão cristais de forma bipiramidal que guarda em si, ou uma notável capacidade de alterar a sua forma, criando protuberâncias - chamadas pseudopodes ou pseudo-pés. Esta ameba pode ser encontrada na Europa ou América do Norte, em locais de água doce, alimentando-se de algas...

Vemos aqui um claro exemplo de como a complexidade pode ter outras formas. Se o genoma do homem (3.2 Gb) cabe bem numa pequena Pen de 4 Gb, o desta senhora ameba precisa de um disco com mais de 500 Gb, para armazenar 670 Gb.

Tratando-se de um ser unicelular, não indicia haver um processo de meta-conhecimento.
É uma alternativa evolutiva em que parece não haver colaboração com outras células.
Enquanto no caso de animais multicelulares cada célula individual é apenas uma contributo para uma forma de vida agregada, de onde resulta um conhecimento superior  (através da interacção, confiança na dependência, que coloca decisões nos múltiplos neurónios de um cérebro), neste caso a solução é individual. 

Seres multicelulares
Mesmo do ponto de vista de seres multicelulares, o genoma humano fica bastante atrás de dois casos conhecidos, que têm genomas pelo menos 40 vezes superiores.
No caso de plantas, o recorde de 150 Gb está actualmente numa espécie de lírio, denominada Paris Japonica, encontrada com outros lírios no Monte Haku:
Paris Japonica, lírio com o maior genoma entre os multicelulares

Outros lírios mais vulgares, como a fritillaria assyriaca ou uva vulpis, chegam a ter 130 Gb, rivalizando com o maior genoma encontrado num animal vertebrado:
- Trata-se do Peixe Pulmonado Protopterus aethiopicus, com também 130 Gb, e que pode ser encontrado no Rio Nilo:
O peixe pulmonado tem o maior genoma entre os animais multicelulares

Sobre o lírio não conheço nada em especial que justifique tão pesada herança - talvez um nariz mais apurado consiga perceber alguma subtileza no aroma produzido. 
Já o peixe pulmonado é notável por conseguir respirar ar, estando numa categoria particular dos Tetrapodes - ou seja, animais com quatro patas, levando-o ao antecessor vertebrado de onde terão partido a maioria dos animais terrestres - quando saíram da água (época Devoniana), por conseguirem respirar directamente ar, podendo gerar os anfíbios.

Cadeia informativa
O genoma, ainda mal compreendido, pode ter informação redundante. Em seres microscópicos parece haver uma relação mais clara entre a sua complexidade e o comprimento da cadeia genética, no caso de seres macroscópicos isso não é tão evidente... até porque haverá diversos níveis de redundância.

Os seres multicelulares começam por ter 100 Mb e como vemos podem ser até 1500 vezes mais longos, enquanto os mais pequenos animais unicelulares começam nos 20 Mb e podem ser até 33 000 vezes mais longos no seu genoma. Ou seja, a variação entre os seres unicelulares é bem maior, permitindo a existência de animais com complexidade mais pequena.

Se o vertebrado com o maior genoma encontrado é um peixe que respira ar, o mais pequeno é um peixe vulgar - uma espécie de peixe-balão de aquário, chamado Tetraodon nigroviridis, e com 385 Mb tem o seu genoma com apenas um tamanho 9 vezes inferior ao dos humanos. Algumas formigas têm mesmo um genoma superior ao deste peixe (formiga-de-fogo).
Estas contas simples colocam os humanos num patamar pequeno ao nível do tamanho do genoma... são apenas 9 vezes maiores que o peixe-balão, e 40 vezes menores que o peixe pulmonado.

Se outras contas fossem necessárias, parece claro que a novidade humana não se deu pelo tamanho da herança genética. Os factores externos pesaram de sobremaneira na definição dos animais superiores, e o registo de herança genética foi reduzido a um nível muito pequeno - ninguém nasce ensinado - se isso contar para alguma coisa é para uma ameba!

Estamos habituados a que o esquema de interdependência celular tenha levado aos maiores organismos, e que os organismos unicelulares pouco mais sirvam do que acessórios... contudo os próprios organismos unicelulares podem organizar-se em colónias - como é o caso das bactérias, dos fungos, etc.
Não é completamente claro que estes seres separados não deixem de actuar em conjunto. Ainda que não se perceba nenhuma comunicação detectável entre si, como entre formigas, ou entre abelhas numa colmeia, há alguns aspectos em que denotam mais do que uma coordenação acidental.
Quando começamos a ver as coisas numa perspectiva de organismos desconexos, mas em que o propósito pode ser conexo e desconhecido, então estes seres unicelulares, que optaram por não depender de outras células, têm uma dimensão planetária cuja massa total é gigantesca e por reciprocidade oposta faz o conjunto de todos os outros seres parecer uma ameba ao pé de si!

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O Abade e o hábito

Imagine-se que, ao passear por uma praia da Bretanha, nos deparamos com uma escultura destas:

- Restos de monumentos de civilização antiga, perdida?
Seria uma possibilidade... por perto encontramos outras esculturas igualmente estranhas:

Acontece que estas e outras esculturas na Praia de Rothéneuf são atribuídas a um padre:
vítima de acidente que o deixaria surdo e mudo (no registo municipal de 1894 de Langouet, é registada uma "dureza de ouvido"). Recolhe-se a uma praia de Rothéneuf, onde durante 13 anos vai fazer mais de 300 esculturas nos rochedos da praia.
 
O Abade Fouéré e algumas esculturas mais "naïves" nas rochas de Rothéneuf.

Portanto, toda a história é assim consistente. Temos um abade, que se isola e vai esculpir 300 obras no seu retiro. Essas obras são ainda hoje visíveis, excepto alguns totens e outras esculturas em madeira, que desaparecem em 1940 (não sei se antes ou depois da invasão alemã da França).

No entanto...
No entanto, esta situação levanta algumas questões interessantes.
Há outros casos semelhantes?... alguns que podemos ver listados aqui, em particular o Facteur Cheval, anterior a este, iniciado em 1879, e que pode ter inspirado a ideia.

Ou seja, para aqueles que vendem livros, enchendo os programas do "Canal História", dizendo que os trabalhos de maçonaria antiga eram algo só possível de fabricar com a ajuda de "civilizações extra-terrestres", os exemplos de realização individual são elucidativos de como essa ideia é exagerada e completamente dispensável... pode servir outros propósitos de alienação, com ideias alienígenas.

Efectuar grandes monumentos reside muito mais na vontade e determinação de os realizar, do que na capacidade e recursos técnicos ao alcance. Se há algo estranho, é não haver muito mais casos destes espalhados pelo mundo...

Bom, e como distinguir se se tratam de realizações recentes, ou mesmo de realizações antigas?
Na prática, sem registo histórico fiável, ou técnica fidedigna de datação, é um exercício de fé!
Podemos pensar numa história completamente diferente... qual?
- E se... e se o Abade Fouéré tivesse apenas esculpido apenas algumas das rochas, bonecos mais naïves, que contrastam claramente com outras esculturas de traço sofisticado?
 
... uma coisa são bonecos meio infantis (veja-se o desenho da casa), 
outra coisa são esculturas com alguma sofisticação.
Trata-se de obra do mesmo artista?

(fotos: waswoutch em tejiendoelmundo.wordpress.com)

Ou seja, será que a reclusão do Abade Fouéré não seria uma missão de despiste, com o propósito de evitar a completa destruição dos monumentos existentes na praia... a que ele juntou outras esculturas mais simples?

Acresce que a segunda imagem que aqui colocámos (parecendo a "velha da Serra da Estrela"), é uma pedra diferente, que teve de ser erguida para ser colocada ali... algo difícil de ser feito numa praia de calhaus, por uma só pessoa!

As esculturas em causa poderiam ter sido feitas em qualquer época, por qualquer escultor dotado, e não propriamente por um abade amador... talvez se tenha perdido o registo. 
Antes da menção ao Abade Fouéré, parece não haver muitas menções a Rothéneuf. 
Encontrei esta citação na Revue de Paris de 1841 (pág. 172), que fala de "esculturas e degraus gigantes feitos pela natureza", que se viam na entrada do forte :
Lorsque, du haut des remparts de Saint-Malo, l'œil suit, dans sa courbe régulière et gracieuse, le large ruban de sable qui tranche d'un côté sur le cordon d'écume, éternelle bordure de l'Océan, de l'autre sur la pâle verdure des miels, le regard se trouve arrêté par une masse de roches escarpées qui forment cap et s'avancent brusquement dans la mer. Le fort de Rotheneuf est perché, comme un nid d'aigle, sur l'extrême pointe de ce cap. Sa situation est telle que, vus de profil à une certaine distance, ses ouvrages avancés paraissent dépasser le bord et pendre, soutenus par une force inconnue, sur le gouffre qui mugit et tourmente incessamment leur base. Le côté du cap qui regarde la ville surplombe et forme comme un immense perron renversé, dont chaque marche serait un accident du roc, une saillie bizarrement découpée dans la pierre. Cet escalier géant, que nul être humain ne s'est sans doute avisé de descendre, a son dernier degré sur la plage, toute hérissée en cet endroit de rescifs aux pointes abruptes et dentelées. L'autre côté, qui domine la baie de Rotheneuf, descend par une pente, praticable il est vrai, mais bien rapide encore, jusque sur la grève. 
A referência não é muito significativa, e nada esclarece sobre a existência prévia de esculturas... também é natural que se tais referências existissem, elas não sejam do conhecimento público, dada a história oficial que tudo atribui ao Abade.
Neste caso, o Abade Fouéré fez o hábito...

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Nomes pelos tempos

[Augusto]
Um dia, o Saraiva de Carvalho foi propor a revolução ao Latino: 
– Mas há-de ser tudo assassinado – toda a família real.
in Memórias, Raúl Brandão (Dezembro de 1900)
[Otelo] 
Saraiva de Carvalho garante que, se soubesse como o País ia ficar, não teria realizado a revolução.

[Francisco] Sousa Tavares
"O que é um grande exemplo de lealdade Portuguesa, posto que não sei como o diga, que dos leais estão cheios os Hospitais."
(Prólogo do Tratado dos Descobrimentos ... até 1550, de António Galvão)

[Francisco] Sousa Tavares 
"Vivemos um momento histórico como talvez desde 1640 não se vive. É a libertação da pátria."

[Duarte] Pacheco Pereira
"Nesta viagem se fizeram tantas e tão grossas despesas com tão poucas naus que, por não parecer grave de ouvir e crer, o deixo de dizer pelo miúdo das quais o nosso Princípe por então não houve mais utilidade que somente ser descoberta e novamente sabida alguma parte daquela Etiopia Sob-Egipto e o princípio da Índia Inferior".
(sobre a viagem de Vasco da Gama, in Esmeraldo de Situ Orbis, c. 1510) 

[José] Pacheco Pereira
"Quanto menos se pode ou se quer falar do presente, vai-se ao útil baú das citações. Nas comemorações do 25 de Abril na Assembleia chovem citações por todo o lado: Shakespeare, Habermas, Kant, Saramago, Sophia, Arendt, e muitos mais. A Wikipedia reina. Quanto mais se cita, menos se diz".

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Canto das Canárias

À frente, no trabalho das minas, seguia o canário, sinalizando a qualidade do ar.
Tremiam as pernas do canário, logo tremiam as dos mineiros.
Tremem as Canárias... nesse canto da Europa, a tocar a África, e algum alarme surgiu no ar.
Sucessivos sismos têm levado, nestes dias finais de Setembro, ao alerta de provável erupção vulcânica, com evacuação na ilha de Hierro. Um eventual desabamento da ilha poderia resultar num tsunami de grandes proporções.

Etimologia
A etimologia Canárias parece vir da designação Insula Canari, que teria origem na grande quantidade de cães que haveria numa das ilhas, conforme reportado por Plínio (cf. elcastellano.org)

Pela mesma época greco-romana podem ter sido designadas como Ilhas Afortunadas, designação que é também vista como extensiva a toda a Macaronésia (conjunto que engloba os arquipélagos dos Açores, Madeira, Canárias, e por vezes Cabo Verde).
Neste local paradisíaco, dizia Plínio que confluíam aves de todo o tipo, mas também dava conta de que apodreciam ali corpos de monstros expelidos pelo mar (cf. wiki). Aqui quem quiser opta pela sua interpretação de "monstros", que tanto poderiam ser as conhecidas baleias, como também algo diferente!

Canários
Sobre as aves de todo o tipo, é inevitável falar dos canários.
Foram as ilhas a nomear as aves, e não o inverso (conforme já apontámos).
Os canários, aves frágeis, primeiras a sucumbir à falta de bom ar, eram autóctones das Canárias, Madeira e Açores, ou seja do conjunto da Macaronésia. Na Europa e África teriam como espécie aparentada o chamariz... porém naquele canto, o canto surgiu incomparável.
Canário selvagem nas Canárias

Os três arquipélagos são suficientemente distantes para serem único albergue do pássaro cor-de-sol. Não podem ter evoluído para a mesma espécie em três partes distintas. Estes locais surgem assim como único reduto, ou talvez último reduto.

O amarelo característico do canário, identificou o chamado canarinho brasileiro... e também são canários os habitantes de Canelones no Uruguai, aparentemente por ter sido primeiro colonizada por imigrantes das Canárias. Um pouco mais acima, já no Brasil, encontramos os Gaúchos, e o termo parece ainda vir da colonização espanhola com o estabelecimento de Guanches, das Canárias, cujo nome se deturpou em Gaúchos (cf. wiki). Subitamente, há uma colonização espanhola sobre território anteriormente português, resultado da ruinosa condução do Marquês de Pombal. Aparece então essa justificação de imigração das Canárias, associada à população daquelas paragens. 
Poderia haver uma conexão com as Canárias, muito anterior?
- A avaliar pelo relato da descoberta de túmulos com armas macedónicas, em Montevideo (Dores), conforme relatava Cândido Costa, a ligação àquelas paragens podia remontar ao Séc. IV a.C. 

Na exploração mineira, os Canários seguiam à frente, como experiência.
A primeira experiência de descoberta e conquista, foi exactamente assim nas Canárias.

Para além dos relatos de Plínio que fala numa expedição do reio núbio Juba II, e dos vestígios arqueológicos cartagineses, seria quase tão difícil não dar com as Canárias, como não dar com a Inglaterra... sendo que as Canárias estão mais próximas da saída do Estreito de Gibraltar!

Houve viagens... mais ou menos reconhecidas, sendo notória a preocupação de Afonso IV a reclamar as ilhas em 1345, e de onde Lanzarote pertenceria à Ordem de Cristo, sendo depois esse direito invocado pelo Infante D. Henrique. 

No entanto, o ponto principal é a passagem ao domínio espanhol, em 1496, e a aniquilação quase total dos Guanches, povo autóctone das Canárias.
Esta experiência genocida seria depois a matriz para o tratamento dos aztecas e incas.
Os Canários seguiram à frente, e foram os primeiros a sucumbir à falta de ar respirável, pelos conquistadores dos descobrimentos!

Digamos, que este será o primeiro relato genocida... não é de forma alguma claro que só as Ilhas Canárias estivessem habitadas. Por melhores condições, mais facilmente seria habitável a Madeira, ou mesmo as ilhas dos Açores... mas se houve genocídios semelhantes, pelo lado português, ultrapassaram não apenas uma extinção do povo, mas também a extinção do registo e memória!

Ilha de Hierro
Como a ilha de Hierro, onde se têm centrados os epicentros das dezenas de recentes sismos de intensidade pequena (entre 2 e 3 na escala de Richter), é uma ilha turisticamente pouco conhecida, apresentamos uma figura com a localização de 4  epicentros de recentes abalos consecutivos, a profundides próximas dos 10 a 15 Km.

Na imagem salientamos o Roque de Bonanza... um Rochedo da Bonança, que tem um aspecto singular, merecendo a nossa atenção:
Roque de Bonanza

Não há muitas formas resultantes de erosão marítima que tenham produzido uma figura de rochedo tão estranha, parecendo quase uma escultura, havendo ainda vários pontos de interesse nesta ilha, que se tornou parte Reserva da Biosfera da UNESCO.

Enquanto escrevíamos este texto, os sismógrafos registavam mais 8 pequenos sismos naquela mesma zona! Tremem os canários, tremem os mineiros...

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Naica e os cristais gigantes

Na mina de Naica, no meio de um deserto mexicano, zona de Chihuahua, foi encontrada em Abril de 2000 uma surpreendente caverna, a uma profundidade de 350 metros.
Naica project (imagem) Discovery channel

O notável é a dimensão dos cristais que se produziram... estamos habituados a ver formações de cristais deste tipo, mas em escalas 10 vezes menores. Aqui os cristais surgem como autênticas colunas que atravessam a caverna. Quando vi estas imagens pensei que se tratava de manipulação fotográfica (... já começamos a pensar assim, de forma naturalmente desconfiada), porém o assunto tem merecido a devida atenção científica, como podemos ver na reportagem do Discovery Channel:

Reportagem da National Geographic (vídeo anterior inactivo)

Numa região "Chihuahua" é um pouco irónico encontrar estruturas gigantescas.
Porém esta descoberta não é propriamente um "grande mistério", só o será em termos da escala, e deveria levar os geólogos a reverem algumas das convicções enraizadas. Contudo, é até engraçado ver na sequência de vídeos a equipa de especialistas a tentar produzir uma data... o esquema é o "mesmo de sempre", ver o crescimento hoje, durante um ano, e depois dividir pelo tamanho dos cristais! É assim que se faz ciência... o que se mede hoje e aqui serve para toda a eternidade e mais além! Não é que seja um exercício inútil, e pode dar uma ideia... o problema é que passados uns anos esta "primeira aproximação" já serve para quase tudo! A maior piada que daí resultou são as medições astrofísicas e as conjecturas sobre o "início do universo"...

O único ponto aqui, para além de apontar as notáveis imagens, será enfatizar que estas estruturas se encontraram a 350 metros do solo... Nem sequer estamos a explorar a 1 Km no interior da Terra, e já estamos a encontrar estruturas menos vulgares - que parecem doutros tempos, digamos de um tempo de gigantes. A crosta é suposto ser bastante maior, podendo atingir perto de 100 Km... pelo que há uma "infinidade" de desconhecimento interno, especialmente se notarmos que nem a superfície (por exemplo, as profundezas marítimas) estão bem identificadas. O modelo mais simplificado, que remonta a Rayleigh, já foi revisto para comportar uma divisão entre litosfera e astenosfera, pelas inconsistências das medições sismográficas do terramoto de 1960 no Chile.

Não será novidade dizer que bastarão 100 metros de entulho em cima da nossa "avançadissima" civilização, para que ninguém suspeitasse que aqui alguma vez tinha existido alguma coisa! No sentido contrário, talvez se escavássemos a algumas centenas de metros aparecessem mais grandes surpresas, de outros tempos... 
Bom, e quem pode fazer perfurações na Terra? 
As indústrias petrolíferas... e as perfurações vão continuando a ser necessárias, porque o petróleo continua a não ser substituído por fontes alternativas de energia...

terça-feira, 17 de maio de 2011

O halo de Ourém

O ano de 1917 ficou particularmente marcado por vários acontecimentos interessantes...
A nível nacional será conhecido pelas "aparições de Fátima", mas a nível internacional é marcado decisivamente pela Revolução de Outubro, ocorrida em Novembro, na Rússia. 
Nesse mesmo mês de Novembro de 1917 é assinada a declaração de Balfour, que define o contexto de Jerusalém e Palestina, após a tomada britânica que ocorrerá em Dezembro. É aqui colocada essa carta de Balfour dirigida a Lord Rotschild, da Federação Zionista, sobre o objectivo de formação do estado judeu.


Misturamos aqui coisas aparentemente diversas, mas que estavam de alguma forma previstas nos denominados Protocolos de Sião, de 1897... bem como alguns dos acontecimentos que se lhe foram sucedendo ao longo do Século XX.

As previsões de Fátima, nomeadamente a antecipação, por alguns meses, do domínio comunista na Rússia, quase poderiam ser repetidas por alguém que tivesse tido acesso a esses protocolos. Assim, o sucesso dessas previsões acabou por estar intimamente ligado ao próprio sucesso no cumprimento dos protocolos.

Algo fascinante na questão de Fátima é a adopção do nome árabe, sendo Fátima nome da filha de Maomé!
A região tinha sido denominada Ourém, pois segundo a lenda local teria havido uma Fátima, jovem árabe, que se teria casado com um cavaleiro de Cristo, circa 1170. Tendo deixado o nome Fátima, ao tornar-se cristã pelo casamento, passou a chamar-se Ouriana (ou Oriana)... de onde teria vindo o nome Ourém para a vila. Após a morte de Gonçalo Hermiges, seu esposo, cavaleiro de Cristo, recolheu-se ao Mosteiro de Alcobaça.
Fátima não existia, nem enquanto aldeia, à época dos "milagres de 1917"... as terras da zona talvez mantivessem o nome de Fátima, e Vilhena Barbosa, no Séc. XIX, refere a existência de uma igreja paroquial, nas vizinhanças de Ourém:
Nossa Senhora dos Prazeres de Fátima

Portanto, muito antes de 1860 (altura do relato de Vilhena Barbosa), já existia uma igreja a Nossa Senhora de Fátima... o nome "Prazeres" era acrescentado à época.
Não sei se há outro caso em que um nome tipicamente relacionado com Maomé é usado no culto católico, mas como já foi referido no blog Portugalliae no Canadá haveria várias referências a Fátima, nomeadamente num município das Iles-de-la-Madeleine, Québec, do Séc. XVIII...
A dimensão que este culto atingiu ultrapassou claramente fronteiras, e é bem conhecida a importância que o Papa João Paulo II atribuiu a esta questão. A formação do culto com o nome Fátima não deixa de poder estar ligada a uma presença ibérica dos Fatimidas, xiitas, na única linha que assegurou a descendência de Maomé, pelo casamento da filha com Ali (ver wiki).
A utilização deste nome meses antes da tomada de Jerusalém, e da Declaração de Balfour, que levou à formação do Estado de Israel, e à segregação palestiniana... acontecimento quase simultâneo com a Revolução Bolchevique na Rússia, contida nas previsões de Fátima, não deixa de ser um marco de intersecção de factos dispersos.

Porém, como bem sabemos, Fátima ficou ainda no imaginário popular, pelo chamado Milagre do Sol, ocorrido em 13 de Outubro de 1917, durante 10 minutos.
O artigo da Wikipedia, a que remeti é bastante detalhado e com boa base bibliográfica - desconheço se há outro fenómeno da mesma natureza presenciado por quase 100 mil testemunhas...

Devido a essa tradição de fenómenos solares, e estando a ler Plínio, pareceu apropriado colocar no dia 13 de Maio, no blog Alvor-Silves, uma descrição antiga dessas observações místicas. Tal publicação acabou por ocorrer mais tarde, devido aos problemas com o Blogger, que teve os serviços suspensos até à tarde desse dia.

Mas... é sempre surpreendente ser depois notícia do dia seguinte o aparecimento de um halo, em Fátima, nesse dia 13. Não sendo um fenómeno raro, cuja explicação científica é resultado da refracção atmosférica local, deverá ter constituído motivo de espanto, mesmo para os peregrinos! Tivesse ocorrido no ano anterior, altura da visita papal, e teria um significado completamente diferente para o pontificado do sucessor de João Paulo II. Há coincidências... mas nem sempre favorecem o papado.
O halo solar em Fátima/Ourém, em 13/05/2011,
no Jornal de Notícias, do dia seguinte (imagem)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Alinhamento piramidal (via alvor-silves)

Conforme referido no blog alvor-silves as duas grandes pirâmides de Gizé estão alinhadas, e sendo aí referido a afirmação de G. Magli, face ao alinhamento a Baalbec, podemos extrapolar a linha, e seguir ainda a linha perpendicular. 
No sentido desse alinhamento corresponder a uma possível indicação de um antigo equador... 
se o admitirmos, o aspecto desse outro alinhamento terrestre seria este:
... ou seja, temos uma perspectiva em que o clima teria forçosas alterações. 
A zona europeia mais a norte corresponderia à Galiza, Bretanha, Irlanda e Grã-Bretanha, Noruega.
A Islândia (Thule) e a Gronelândia (Ultima Thule), teriam climas amenos, e o pólo norte ficaria próximo de Washington! A América do Norte faria o papel de uma enorme Antártida, enquanto esta faria o papel de uma luxuriante América do Sul!
A inclinação axial da rotação terrestre é de 23º face à normal órbita. Esta alteração corresponderia ao dobro, ou melhor 45º, e a uma rotação não inclinada face à órbita. Pode já ter acontecido? Poderá corresponder a uma transição brusca, quando o eixo de rotação ultrapassa uma exagerada inclinação?

Curiosamente, um dos dois pontos, onde se intersectam o actual equador e este meridiano de Gizé (que poderia referir um antigo equador) está em São Tomé e Príncipe, mais propriamente, no (ou próximo do) Ilhéu das Rolas 
Esta é uma boa imagem, pois mostra o mapa, apontando justamente na direcção do meridiano de Gizé...

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A electricidade e a luz...

É bem conhecida a afirmação de Einstein que estabeleceu como dogma na sua teoria:
- nada se propaga mais rapidamente do que à velocidade da luz (no vácuo).

Haveria pouca evidência experimental relevante da sua teoria, mas a aceitação foi quase absoluta em termos da comunidade científica, em pouco tempo. Sem razão aparente, todos aceitavam um máximo de velocidade, como se tal fosse natural, e nunca se tivesse falado em nada mais rápido...

Não é bem assim. Fomos encontrar, num artigo de 1866 do Intelectual Observer, a seguinte tabela:
O que é surpreendente, é haver uma tabela com valores praticamente correctos para todas as velocidades, e aparecer uma velocidade superior à velocidade da luz... a "velocidade da electricidade":
464 000 Km/s.
Ora tem sido bastante desacreditada a velocidade da electricidade, dizendo-se que os "electrões são lentos" , e só que por efeito dominó, o resultado da velocidade será maior. Desconheço a base destes valores apresentados, nem tão pouco que experiências foram feitas para a medição, e sob que condições (por exemplo, se seria um valor máximo, ou médio...).
A actual pesquisa na internet não deu em nada... é como se tal coisa não tivesse sido nunca considerada.

Ao longo dos anos, manteve-se esta ideia da electricidade ser muito mais lenta que a luz, apesar de ser quase uma constatação prática sermos presenteados com velocidades altíssimas. Ninguém se lembra de ter um delay na resposta quando efectuava um telefonema para a Califórnia ou para a Austrália... e falamos de cabos não ideais, em condições de passagem por vários circuitos.

Porém, estas coisas vão mudando com os tempos...
e encontramos um artigo na Scientific American (18 Junho 2010):
Faster-than-light electric currents could explain pulsars

Acho que a introdução do artigo diz tudo:
Claiming that something can move faster than light is a good conversation-stopper in physics. People edge away from you in cocktail parties; friends never return phone calls. You just don't mess with Albert Einstein.
Não se trata exactamente do mesmo assunto... mas não é de deixar ficar surpreendido.
  • Primeiro, porque houve uma pretensa medição correcta acima da velocidade da luz.
  • Segundo, porque o dogma de Einstein acabou definitivamente com essas considerações.
  • Terceiro, porque apesar de evidências que tornam difícil continuar a aceitar o dogma de Einstein, as novas experiências que se vão realizando começam a desafiar o silêncio... e o politicamente correcto pode começar a estalar o verniz académico.
[Adição em 28/01/2011, a propósito do comentário de JM-CH]
Quando se assume a propagação de uma partícula, pois o fotão é aquele que temos como partícula elementar mais veloz... No entanto aqui não se trata de supor isso!
Como no caso do pêndulo de Newton:
A velocidade de propagação do sinal entre as 3 bolas estáticas, parece instantânea, pois é muito superior à velocidade do movimento da bola que embate. Essa é uma velocidade de propagação interna, que neste caso se propaga enquanto onda de choque à velocidade do som.
Da mesma forma, é diferente assumir-se a velocidade do fotão (que se move), relativamente ao sinal electrónico transmitido pelos electrões na camada superior dos átomos metálicos... e este poderá ser mais rápido. Tal como no pêndulo, o último electrão sai, quase instantâneamente... tudo depende da propagação do sinal, do choque, a nível intra-atómico. Estas considerações não fazem parte das teorias físicas estocásticas habituais a nível intra-atómico, pois aí o conceito de partícula é meramente estatístico.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Entre a calma e o insólito

As notícias sobre a morte insólita de centenas de pássaros, vieram acrescentar mais polémica à quantidade acumulada de mistérios. De facto, as tentativas de explicações oficiais são por vezes banais e dirigidas a indigentes, e nada mais fazem do que adensar o mistério.
Entretanto, o Pravda continua as notícias na linha especulativa:


(imagem que ilustra a primeira noticia)

sábado, 18 de dezembro de 2010

Ancoras de Wreck Beach

As imagens das ancoras de Wreck Beach, na Austrália falam por si:


Oficialmente são ancoras de dois navios naufragados: o Marie Gabrielle (1880) e o Fiji (1891).
O que fica à vista é que estas ancoras estão bem incrustadas no recife, coisa surpreendente para naufrágios ocorridos à pouco mais de 100 anos. Fica ainda à vista que os modelos destas ancoras não são muito típicos do séc. XIX, mas isto é apenas uma hipótese, já que não consegui encontrar nenhum estudo acerca da evolução das ancoras ao longo da história.
Tenho uma grande suspeita de que estas ancoras seriam muito semelhantes às dos navios dos séc. XVI, XVII, sendo que as ancoras do séc XVII, como esta de um navio sueco tinha já um traço bem mais moderno e diferente.

Por vezes em Portugal os pescadores encontram vestígios interessantes, a que cuidadosamente não se dá qualquer relevo.
Há mesmo em Tavira uma praia cheia de ancoras de navios (usados na pesca do atum...) que passa despercebida, excepto a quem visitar:
trata-se de um "cemitério de ancoras", e talvez uma adequada lápide à memória da navegação portuguesa.

domingo, 25 de julho de 2010

China UFO

O evento é de 7 de Julho...
Antigamente estas notícias de visionamentos de OVNIs eram habituais, com a devida moderação, mas apareciam rapidamente. Actualmente, parece que os jornalistas (portugueses e outros) já não se importam muito com estas coisas! Mesmo assim, apareceu qualquer coisa (timidamente) na TVI-24-online e depois uma pseudo-explicação (típica: míssil) no Correio da Manhã Online.
Para todos os efeitos, como levou ao encerramento de um aeroporto na China, dificilmente se encontram casos tão flagrantes de OVNIs - ou seja, tratou-se mesmo de um Objecto Voador Não Identificado pelas autoridades chinesas, que assim tomaram as devidas precauções!
Fotografia de OVNI na China (7 de Julho de 2010) (link)
 Vídeos relacionados apresentados em TV. (ex link)

Podemos falar que só no dia 16 ou 17 de Julho, é que foi conhecido no "Ocidente" (10 dias, certamente fruto da censura chinesa... é claro!), mas ainda mais impressionante é que deverá ter havido imensas notícias importantes que impediram a habitual divulgação disto entre nós (aqui a censura chinesa deve ainda ser mais forte!).

Outras fontes sobre a mesma notícia:
Ver também:

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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Triamgo Bermudas

Nos mapas antigos é possível encontrar uma ilha denominada Triamgo nas Bahamas:
Livro de Marinharia, de João de Lisboa, início Séc. XVI
(assinalamos Triamgo num rectângulo verde)

Ao analisar a batimetria disponível no Google Maps, reparamos haver exactamente duas linhas rectas, no fundo submarino, entre as Bahamas e a Bermuda, conforme se pode observar:
tornamos isso mais evidente, colocando a amarelo as depressões que se evidenciam, e a branco uma extensão dessas rectas, que acidentalmente se cruzam nas Bermudas, dando assim ideia de um triângulo, com vértices nas Bermudas, em Triamgo (actualmente Mayaguna, que foi a famosa ilha de piratas) e em Great Abaco, ambas no arquipélago das Bahamas.

A costa da Florida foi denominada Terra de Bimini (mapa de Jorge Reinel, 1519) e esse nome ainda se mantém associado a outras ilhas a noroeste, e esteve associado a um mito da fonte da juventude...
Podemos encontrar vestígios submarinos denominados "Estrada de Bimini" a baixa profundidade, próximo de Bimini
(img) img

Há, é claro, uma explicação científica para esta estrutura peculiar, que ainda assim aparenta ser única e se estende por 800 metros.