Já tomou a segunda dose da vacina contra a Covid-19 e por isso pede para dar esta entrevista sem a máscara no rosto, mas com a distância social recomendada. António Araújo é diretor do serviço de oncologia do Hospital de Santo António, no Porto, o primeiro hospital a receber um doente infetado a 3 de março do ano passado. A este cargo, junta também os de presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, presidente da Associação Portuguesa Contra o Cancro do Pulmão e professor no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.
No seu gabinete, lamenta a falta de médicos no país e garante que existem “muitos recursos humanos que não estão a ser aproveitados”. Em plena pandemia, acusa o Governo de se contradizer, de não delinear estratégias de planeamento e de ir “a reboque da crise”, defendendo que os setores privado e social poderiam estar mais envolvidos no combate àquele que é um dos maiores desafios da história do Serviço Nacional de Saúde.
O médico não tem dúvidas de que a articulação entre hospitais públicos e privados “funciona muito mal” e se resume a acordos pontuais. Confessa que hoje a região Norte respira de alívio e não pratica uma medicina de catástrofe, mas acredita que está preparada para um aumento do número de casos positivos. Apesar das filas de ambulâncias à porta dos hospitais e do alargamento consecutivo da capacidade de internamento em quase todas as unidades de saúde, António Araújo considera que transferir doentes para outros países é “uma estratégia ridícula”.
Fala das novas variantes “pouco surpreendentes” do vírus, do poder da vacina e da diminuição significativa de profissionais de saúde infetados. Explica que os doentes oncológicos sentem medo de ir aos hospitais e, por isso, têm chegado cada vez mais tarde e numa situação mais grave. “O cancro não espera, não mente”, diz. https://observador.pt/especiais/antonio-araujo-diretor-de-oncologia-do-hospital-de-santo-antonio-transferir-doentes-para-o-estrangeiro-e-uma-estrategia-ridicula/
Calma, José Manuel, o número de mortos com cancro poderia diminuir a valores nunca antes vistos, é claro, se a causa da morte fosse só a Covid. Porém, os senhores das estatísticas têm cuidado, e hoje em dia já ninguém morre apenas de uma coisa. Os doentes de cancro vão morrer também com Covid, basta que o teste dê positivo, e se não der coloquem-se na enfermaria Covid, que depois vemos.
A sátira é a uma possível compreensão do mundo, daqui a mil anos, quando lhe cairem acontecimentos catastróficos em cima, fazendo desaparecer toda a memória, tal como desapareceu na Idade Média.
As referências a haver uma posterior invenção do carro, é uma crítica implícita a ter "engenhos a vapor que se vaporizaram":
sff divulguem:
ResponderEliminarJá tomou a segunda dose da vacina contra a Covid-19 e por isso pede para dar esta entrevista sem a máscara no rosto, mas com a distância social recomendada. António Araújo é diretor do serviço de oncologia do Hospital de Santo António, no Porto, o primeiro hospital a receber um doente infetado a 3 de março do ano passado. A este cargo, junta também os de presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, presidente da Associação Portuguesa Contra o Cancro do Pulmão e professor no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.
No seu gabinete, lamenta a falta de médicos no país e garante que existem “muitos recursos humanos que não estão a ser aproveitados”. Em plena pandemia, acusa o Governo de se contradizer, de não delinear estratégias de planeamento e de ir “a reboque da crise”, defendendo que os setores privado e social poderiam estar mais envolvidos no combate àquele que é um dos maiores desafios da história do Serviço Nacional de Saúde.
O médico não tem dúvidas de que a articulação entre hospitais públicos e privados “funciona muito mal” e se resume a acordos pontuais. Confessa que hoje a região Norte respira de alívio e não pratica uma medicina de catástrofe, mas acredita que está preparada para um aumento do número de casos positivos. Apesar das filas de ambulâncias à porta dos hospitais e do alargamento consecutivo da capacidade de internamento em quase todas as unidades de saúde, António Araújo considera que transferir doentes para outros países é “uma estratégia ridícula”.
Fala das novas variantes “pouco surpreendentes” do vírus, do poder da vacina e da diminuição significativa de profissionais de saúde infetados. Explica que os doentes oncológicos sentem medo de ir aos hospitais e, por isso, têm chegado cada vez mais tarde e numa situação mais grave. “O cancro não espera, não mente”, diz.
https://observador.pt/especiais/antonio-araujo-diretor-de-oncologia-do-hospital-de-santo-antonio-transferir-doentes-para-o-estrangeiro-e-uma-estrategia-ridicula/
Cumprimentos
José Manuel
Calma, José Manuel, o número de mortos com cancro poderia diminuir a valores nunca antes vistos, é claro, se a causa da morte fosse só a Covid.
EliminarPorém, os senhores das estatísticas têm cuidado, e hoje em dia já ninguém morre apenas de uma coisa. Os doentes de cancro vão morrer também com Covid, basta que o teste dê positivo, e se não der coloquem-se na enfermaria Covid, que depois vemos.
Cumprimentos.
Sugeriu o José Manuel que eu poderia estar a fazer uma sátira ao Espaço 1999, mas é claro que não, porque como já o disse fui um grande fã:
ResponderEliminarhttps://odemaia.blogspot.com/2014/02/the-ego-has-landed.html
A sátira é a uma possível compreensão do mundo, daqui a mil anos, quando lhe cairem acontecimentos catastróficos em cima, fazendo desaparecer toda a memória, tal como desapareceu na Idade Média.
As referências a haver uma posterior invenção do carro, é uma crítica implícita a ter "engenhos a vapor que se vaporizaram":
https://alvor-silves.blogspot.com/2011/02/o-engenho-vapor-que-se-vaporiza.html
... e ninguém hoje vai achar nada estranho, como daqui a 1000 anos não iria achar, se o sistema publicitário, endoutrinário, etc, for o mesmo.
Cumprimentos.