segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Podemos contar de novo?

Basta ver o lado Trumpista, para perceber que o problema ainda não acabou...

Mesmo com a votação dos grandes eleitores, feita a 14 de Dezembro, os republicanos mostram-se seriamente relutantes em aceitar os resultados de Biden, tendo por comparação as multidões que Obama e Trump deslocaram nos seus comícios.


A comparação pode parecer "pouco justa", porque Biden não fez campanha, devido à Covid... mas surge também um pequeno factor estranho. É sabido que os concelhos ou condados (counties), são em muito maior número republicanos, mas por terem pouca gente, isso conta menos em termos eleitorais. Tudo certo, mas Obama ganhou praticamente o dobro dos concelhos de Biden, e mesmo assim, este conseguiu 12 milhões de votos a mais. 

Quando comparado com Trump, este ganhou num número de concelhos 5 vezes superior ao de Biden.
Se compararmos os azuis (Biden) com os vermelhos (Trump), poderá dizer-se que um azulinho consegue andar pelos EUA sem sair de algumas grandes cidades?
A esmagadora vitória de Trump (vermelho) vs Biden (azul), nos concelhos dos EUA (resultados dados pelos "media").

Portanto, o problema nem é tanto o que disse Rudolph Giuliani (aconselho os primeiros 15 minutos), mas é um pouco o que se está a passar em bastidores, ou seja, há um grande sector que não está propriamente muito calmo com o resultado.

Biden, já se sabe, nem sequer se atreve a sair da casota, por causa do vírus... e eu diria que o panorama ainda não está muito claro, enquanto Trump se recusar a aceitar os resultados. 
Porque quando se chegar a Janeiro, e a dramatização aumenta, e de um lado, há quem está na Casa Branca, e do outro lado há quem quer entrar... e aparentemente não vai poder enquanto quem lá estiver não quiser sair, e também não está prevista nenhuma força militar especial que dali o tire, pelo menos que se saiba.
Entretanto, Trump, que mantém os poderes presidenciais, pode considerar que pelo facto da eleição ter sido fraudulenta, isso lhe dá o direito de invocar um acto de excepção, enquanto o problema não for resolvido:

On Tuesday December 15, President Donald Trump sent out a series of messages that shudder of law and order, giving off the feeling that greater law enforcement action is imminent to preserve the integrity of US elections, now and for the future.
The President must defend the Constitution against all enemies, foreign and domestic. Adamantly, Trump warned that the fight is not over, that there is “much more to come.”

O silêncio dos media a este respeito, é razoavelmente estranho, sendo claro que se deve a ordens superiores de não abrirem a sua enorme bocarra por enquanto. Aguardam-se novos capitulos...

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