terça-feira, 16 de março de 2021

Mascarados

Em 1918, com a gripe espanhola, também houve uma vaga para o uso de máscara obrigatória nos EUA.


A vontade de prender quem desobedecesse à lei de S. Francisco ficou evidente nesta fotografia.
Portanto, não se trata de nada de novo.
Pior, S. Francisco foi um caso único, houve imediatamente quem se opusesse, e a restrição não durou mais do que algumas semanas. Mais tarde, vieram estudos a mostrar que em comunidades com ou sem máscara os resultados tinham sido similares, de certa forma como se foi verificando pelo exemplo sueco.
Mas, como a eclosão da gripe desapareceu, houve quem tivesse ficado convencido que era uma boa ideia, e de facto... quanto à questão de usar máscara, parece uma coisa sensata, que evita surtos de gripe (pelo menos aparentemente, já que ninguém se dá ao trabalho).

O grande problema com a (extrema) esquerda e a extrema-direita, é que nesses conceitos sociais o cidadão não tem valor individual, sendo mais importante obedecer a um consenso social, por vezes dito científico.
Quer no exemplo soviético, quer no exemplo nazi, os propalados consensos científicos caíam como ordens sobre a população, e quem não estava a favor, estava contra todo o estado, contra a nação, etc.

Um consenso nazi foi sobre a "pureza de raça", e nesse aspecto, uma forma de publicidade eficaz era suscitar o medo de vergonha pública. Neste caso, uma mulher alemã foi sujeita a vergonha pública por andar com um homem polaco:
Claro que estas imagens causam alguma impressão... mas se estivesse ali no cartaz: 
"Recusei-me a levar a vacina. Sou uma criminosa propagadora de doenças."
Nesse caso, já se juntaria hoje muito povo capaz de atirar umas pedradas. Os mais insatisfeitos gritariam e alguns diriam que isto não era pena suficiente, e o melhor mesmo era voltar a acender fogueiras no Terreiro do Paço. De um momento ao outro, não são precisos anos, nem dias, bastam alguns minutos...

Depois estas modas passam, surge um contra-movimento, e mostrando que são completamente diferentes e incapazes de tais humilhações públicas, a vontade de mudança, pede uma ligeira vingança.
Na imagem seguinte, exercida sobre belgas colaboradoras.
Para quem se esqueceu, o termo "colaborador" não era um termo para designar um emprego instável, mas naquele tempo, há 75 anos, denunciava uma colaboração com políticas nazis.

Passados alguns anos, jura-se que tais coisas nunca podem voltar a acontecer, que desta vez é que se acabará a barbárie entre humanos... e é claro, passados alguns anos volta a acontecer. Ah, mas depois é longe, num daqueles países que nunca se ouviu falar, há a política e real-politik, etc, etc, etc...

Entretanto e tendo em atenção as leis da eutanásia, que vieram apressadamente a ser aprovadas, em vários países, e que o nosso Tribunal Constitucional agora parou: 
convém lembrar que sob o pretexto de "eutanásia" aplicada a pessoas com alguma deficiência mental, e que portanto "não poderiam decidir por si", Hitler aprovou um programa denominado:
que foi usado para eliminar cerca de 300 mil pessoas, na Alemanha e Polónia.
No intuito de apurar a raça ariana, e impedir um fardo sobre o Reich, creio que se poderia encontrar uma justificação científica para o assunto...

Os excessos médico/sanitários nazis, que levaram ao desenvolvimento de grandes multinacionais farmacêuticas que ainda hoje operam, causaram algum coro de repulsa no pós-guerra, tendo sido feito o Código de Nuremberga:
dez pontos, que convém trazer à mão nos dias que correm.
É claro que as potências "mais civilizadas" acharam um absurdo subscrever tal coisa, porque nunca passaria a ninguém bom da cabeça fazer o mesmo que tinham feito os nazis... mas quando começaram a ser feitas experiências com prisioneiros, militares, etc, verificou-se que o código afinal sempre era preciso. Eis alguns pontos:
  • 1. The voluntary consent of the human subject is absolutely essential.
  • 5. No experiment should be conducted where there is an a priori reason to believe that death or disabling injury will occur; except, perhaps, in those experiments where the experimental physicians also serve as subjects.
  • 9. During the course of the experiment the human subject should be at liberty to bring the experiment to an end if he has reached the physical or mental state where continuation of the experiment seems to him to be impossible.
Portanto, qualquer ideia de impor uma injecção forçada, mesmo que lhe chamem "vacina", está fora de causa. Como já se sabe que houve casos em que a vacina provocou mortes, todos os que estão dispostos a injectar a mistela, têm por obrigação tê-la injectado antes em si mesmos. A qualquer altura, quem estiver arrolado para uma experiência em massa, tem a liberdade de cair fora, e fugir enquanto é tempo.
Isto, mesmo que sejam muito consoladores os conselhos de Graça Freitas: 
... e não pode haver aqui dúvida que é o grau de tranquilidade de quem já foi vacinado pela mesma mistela, que deu aos outros como rebuçados revigorantes.

Outra possibilidade, é termos voltado a outros tempos... porque 
e está aí fora de questão o consentimento das próprias crianças, ou sequer o seu efectivo tratamento face a uma doença que não as tem como vítimas.

Não, não é possibilidade, é certeza quando uma das premissas fundamentais foi descurada:
  • 3. The experiment should be so designed and based on the results of animal experimentation and a knowledge of the natural history of the disease or other problem under study that the anticipated results will justify the performance of the experiment.
... ou seja, para não perder muito tempo, a mistela foi aplicada directamente em humanos, prescindindo o necessário teste prévio em animais.
Não houve necessidade de canários na mina, porque quem seria posto num campo minado seria a própria humanidade. Mas, está tudo bem... "mantenham-se tranquilos", que a seguir vem um duche revigorante. 
- Herr Kosta, já pode ligar o gás!...

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