segunda-feira, 22 de março de 2021

Cartonização (6) da caverna

Quando Platão decidiu escrever a Alegoria da Caverna, não era suposto ser no sentido literal...

Nova Suécia (ex-Piauí) em 2100.

Porém, com todas as paranóias que invadiram a sociedade, parece que fomos levados para um sonho psicadélico dos anos 60, numa "trip" verde, que um qualquer "boomer", ainda pedrado dessa altura, quis tornar realidade. Se a coisa pegou mal aos filhos, parece que os netos alinharam nessa onda... e este será grosso-modo o futuro radioso que parece aguardar aos netos dos netos.

As ideias malthusianas, ou seja, do "colapso do planeta" face ao crescimento populacional, revelaram-se um completo disparate, ou para outros uma profecia, anunciada em 1800. 
No entanto, é sempre aconselhado relembrar o pároco Thomas Malthus e as suas recomendações:


«Em vez de recomendar limpeza aos pobres, 
devemos encorajar hábitos contrários. 
Nas nossas cidades devemos estreitar as ruas, aglomerar mais pessoas nas casas, 
e solicitar o retorno da peste

Medalha do diabrete conde "Malthus" (ou "Halphas")
que na "demonologia" comanda 26 legiões de espíritos danados.

Uma característica típica de regimes despóticos é fazerem aparecer profecias que se cumprem, ditas autorrealizáveis (self-fulfilling prophecies). Por exemplo, proclamando a existência de traidores internos, quando vão procurá-los, ainda que antes não existissem... passam a existir.

A profecia Malthusiana cumpriu-se no sentido oposto.
Em 1800 haviam cerca de mil milhões de pessoas, e alguns problemas de fome, e temia-se que se a população continuasse a crescer não haveria produção de comida para todos. Isso seria obviamente verdade, se nada mudasse. 
No entanto, o brilhante David Ricardo (sefardita que renunciou ao judaísmo) argumentava em sentido oposto, clamando pelos benefícios do comércio livre... usando em particular, exemplos das vantagens que a Inglaterra retirava de Portugal com isso.
David Ricardo (1772-1823) economista inglês,
com família sefardita portuguesa.

Com efeito, passado um século, e especialmente com a intensificação do capitalismo nos EUA, a produção alimentar iria atingir níveis que decuplicavam o anterior, pelo que o problema deixou de existir na produção e passou a existir apenas na distribuição.
De forma simplificada, ou como diria Thatcher, políticas de esquerda (distribuição) só podem existir depois de políticas de direita (produção).

As ideias malthusianas podem ser originais de um aborígene australiano, que há milhares de anos atrás instituiu a lenda de Tjilbruke e das fêmeas emus... ou de um qualquer outro homem das cavernas que via os mamutes desaparecerem. No entanto, após a caça seguiu-se a agricultura, que permitiu uma explosão demográfica, e a segunda explosão demográfica deu-se com a revolução industrial.

Os Malthus ou Tjilbruke desta vida, acham que é melhor cortar a gula ou ímpeto reprodutivo à geração seguinte, para evitar conflitos que irão descambar em guerras de estômago - ou seja, pela comida, que em casos mais drásticos levaram inclusive a um canibalismo cultural.

Pensou-se que os métodos contraceptivos iriam dissociar o problema sexual do reprodutivo, depois que a SIDA iria ser um factor de medo dissuasor, mas ainda não vimos nada... e mesmo que aí venha um "novo normal" (sabe-se lá quando), virá sem beijinhos nem apertos de mão. 

Essa vacina já foi tomada por quase toda a gente, e estender a mão ao próximo, é agora um símbolo de tentativa de contágio.

As profecias autorrealizáveis, nesta nova ditadura sanitária, são enumeradas como lista de compras.
Como não parecia haver restrições ao génio humano, para assegurar a alimentação de dez vezes a população da Terra, foram introduzidos problemas acrescidos... uns reais, outros ficcionados.
Reais foram e são problemas de lixo e reciclagem, ficcionados foram e são os problemas climáticos.
Depois, como o consumo de animais começou a atingir níveis de chacina nunca antes vistos, uma forma de o aplacar foi induzir uma cultura mentecapta de animalização humana. Teve a vantagem de reduzir o número de animais mortos, mas trouxe uma peste de ideias de jerico vindos dessas alimárias, que chegam a preocupar-se mais com os animais de estimação do que com os seus semelhantes.


Neste exemplo "activistas pelos direitos dos animais" roubam um cão a um sem-abrigo, para depois o doarem a lares que o "tratassem com dignidade". Pelo meio do processo, nem se dão conta do racismo social extremo que exercem sobre o sem-abrigo, "bicho desprezível". O PAN em Portugal, já procurou fazer o mesmo, revelando que a sua sensibilidade animal não se aplica a humanos.
Depois de exercerem este racismo social, são capazes de se intitular anti-racistas.
O anti-racismo tem servido para um racismo social da pior espécie. Se negros vivem em más condições, será porque são vítimas de uma sociedade racista, mas se brancos vivem em más condições, é porque são uma escumalha da pior espécie, cheia de oportunidades que desperdiçaram.
De facto, não há limites desumanos para a estupidez humana. 

A ideia climática serviu como dispositivo europeu de travar o livre comércio no mercado automóvel. Temeu-se que os Tata indianos, comercializados a metade do preço, pusessem em risco as fabriquetas de calhambeques francesas e alemãs. O plástico, esse problema gritante, não existe para as embalagens de refrigerantes, de champôs, etc.

Os jovens, enquanto cérebros fresquinhos, prontos a encher-se da primeira balela que está na moda nos seus clubes sociais, são o alvo preferencial, cabeças moldadas como barro, por uma comunicação social e publicitária, totalmente manipulada. 
Nos tempos que correm, o maior perigo que o status quo enfrenta são os poucos que no meio deste processo ziguezagueante e manipulador, permaneceram razoáveis. Ser normal, não influenciável, e responder perante aquilo que se vê, e não sobre o que se ouve dizer, é a atitude mais revolucionária, combatida como peste pelo poder instalado.

2 comentários:

  1. Sensação de já visto ao sair da ária internacional do aeroporto de Lisboa para entrar em Portugal, acesso à zona de recolha de bagagens vedada por três longos corredores cada qual guardado por guardas, como nos filmes dos campos de concentração nazis filas de pessoas para entrarem, corredores laterais guardados por PSP's opto pelo do meio onde está um tipo um tipo vestido de azul-escuro sem insígnias e me veda a saída, como sou um lobo bom com teste PCR negativo antes de viajar não esperava ser controlado, pois a companhia aérea não deixa embarcar ninguém sem teste ao covid, diálogo entre emigra esclarecido JM e homem de azul SEF:

    JM: quem é o senhor?
    SEF: inspetor "Zaratojo" do SEF!
    JM: há agora já controlam covides!
    SEF: e desde … (dito com muito orgulho) e exige ao JM teste PCR
    JM: saca do passaporte português mais PCR dá ao SEF e diz-lhe; felizmente que não sou ucraniano!
    SEF: fica de cabeça baixa recupera e empinasse retorça o que tem contra ser português !?
    JM: não tenho que responder a isso !, Zaratojo insiste com a questão, JM, não entra no jogo responde com um já respondi a isso!
    SEF: não podendo vergar JM contra ataca com tem o passaporte caducado, JM emigra esclarecido mata a conversa com que é válido por cinco anos depois de caducado, SEF desviasse para o lado deseja felicidades a JM e emigra entra no campo de concentração português com o sentimento de ter vingado o assassínio de Ihor Homenyuk.

    Mais tarde fiquei triste de ter descarregado a minha revolta naquele inspetor Zaratojo. Isto relatado à uma portuguesa, minha companheira bloquista reformada de funcionária do estado, foi uma afronta minha que devia ser punida, como segundo ela todos os que estiveram em desacordo com as restrições de liberdade e direitos por causa desta falsa crise sanitária devem ser. Penso que a maioria dos portugueses, como a dos alemães dos nazis, estão e estavam de acordo com as autoridades em tudo o que lhes é imposto, cada vez mais esta pandemia me faz lembrar o processo com que os nazis chegaram ao poder, e lembra também o tal " a bem da nação"…

    Como tenho dois novos vizinhos polícias no condomínio, PSP e GNR, vou tentar resistir à vontade de os questionar, se a ocasião se proporcionar, com um também faz o "mata leão"? mas parece que para o covide não como se viu na Tv do CM e que aqui deixo o link com quem melhor descreve a situação:

    A Covid transformou os jornalistas em bufos
    https://observador.pt/programas/ideias-feitas/a-covid-transformou-os-jornalistas-em-bufos/

    Cumprimentos
    José Manuel

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    1. Obrigado pelo relato, já que aeroportos é coisa que não visito desde 2019, devido a isto. Na realidade, desde 2001 que viajar passou a ser um acto de submissão a um despotismo que tem o direito de vasculhar, e tive discussões com polícias/guardas em diversos aeroportos.
      Pela minha experiência, acho que o JM teve sorte, esse pessoal não perde oportunidade para mostrar o pequeno poder que tem... e às vezes descamba!

      Sim, esse link do Alberto Gonçalves é muito bom. Ainda é dos poucos que tem coragem de falar...

      Cumprimentos.

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