Uma característica típica do Séc. XXI foi a substituição da racionalidade pela publicidade, começando com os turras de Bush, e com os polutos de Al Gore, mostrando que a escolha seria entre Cila e Caribdis.
A maçonaria iria usar os meios publicitários à sua disposição para alterar uma mentalidade herdada de um colonialismo pesado, e só conseguiu usá-los na sua plenitude com o fim do Muro de Berlim. Jovens idiotas como eu, fomos completamente endrominados na conversa Leste-Oeste, acreditando que, quando o Muro caísse, grande parte dos problemas mundiais iriam desaparecer.
Para aqueles que nasceram ontem, é preciso notar que no Portugal pós o 25 de Abril, todos os assuntos que aparecem hoje como "novidade", foram logo metidos em cima da mesa, e em 1976, as agendas anti-racistas, anti-poluição, anti-machista, etc... foram todas implementadas, pelo menos nas cidades. Depois, com a vinda do cacau da CEE, a malta do campo saiu da miséria em que vivia e muitos trocaram o burro por uma Nissan pickup, e em tudo quiseram imitar os citadinos.
Se isto era assim em Portugal, mais cedo tinha sido implementado noutros países europeus, Portugal estaria com uns 15 anos de atraso, mas recuperou rápido, porque quando é para estar na moda, a malta abandona depressa as calças "boca de sino", cabelos repicados, ou meias brancas "pé de gesso", para o que for considerado estar na moda. Actualmente estão na moda as vacinas...
Por isso, quando a malta da esquerda apareceu no Séc. XXI com uma agenda "progressiva" que cheirava a mofo, com pelo menos 20 ou 30 anos de atraso, pensei que tinham sofrido de amnésia.
A sociedade tinha evoluído e eles não...
É verdade que quando apareceram os primeiros casos de SIDA, e com a morte de Rock Hudson (1985), notou-se que a sociedade ainda não estava à vontade com a homossexualidade... mas também trinta anos antes, no Reino Unido, Alan Turing tinha sido condenado a castração química. Quando Freddie Mercury morreu em 1991, ainda havia pessoal que associava a SIDA à homossexualidade, que censurava, mas era já tratado como "bronco".
Só que a agenda que vinha para o Séc. XXI não era de tolerância. Pelo contrário!
A agenda do Séc. XXI era de intolerância, com toda a carga negativa da falsa positividade.
Após os protestos em Los Angeles em 1992, houve uma paranóia tão grande em Hollywood, que passou a ser "praticamente obrigatório" incluir um actor negro no elenco, chegando mesmo ao ponto de alterar contextos históricos, em que praticamente a sua presença seria improvável, como em sociedades europeias medievais. A ligação com a realidade era um ponto secundário, quando comparada com a necessidade do "politicamente correcto".
Misturou-se tudo, e já nessa década se queixava um cientista americano que conheci, que as melhores hipóteses que tinha para dirigir um departamento seriam "se passasse a ser mulher negra".
Ora, uma coisa foi um combate meritório à discriminação, outra coisa completamente diferente, foi avançar com discriminação no sentido contrário. Tivesse a Suécia dado eco ao mesmo lobby que funcionou nos EUA, e o prémio Nobel teria que passar a ponderar factores raciais... e se Portugal e Espanha pedissem para se inserirem nos "hispânicos" (que é uma "raça/etnia", no conceito abstruso dos EUA) talvez tivessem hipóteses de os ganhar.
Ora, esta agenda mediática do "politicamente correcto" que querem impor nas nossas cabeças, nem que seja para isso preciso uma velha lobotomia, à maneira de Egas Moniz (o nosso único prémio Nobel científico...) chega ao ponto de atacar qualquer um que desagrade, tal como antes se puniria quem fosse apontado como bruxo, herege ou ateu.
Há zelotas avençados que se esforçam por trabalhar para o efeito, e não se importam de ser profundos racistas para acusarem os outros de racismo, ou de se afirmarem como analfabetos funcionais, distorcendo o significado das palavras quando lhes convém. Ao ponto de hoje as pessoas terem medo de escrever preto ou negro, não sabendo se estão a ofender alguém com isso, de tal forma chegámos a um estado de perfeita ditadura da boçalidade dominante.
Portanto, mais do que qualquer outra coisa, o que pretende esta cambada de mentecaptos, é fazer com que as pessoas se passem da cabeça, e passem a estar verdadeiramente contra tudo e contra todos.
Veio a este propósito, uma polémica começada com uma notícia no DN, acerca da nomeação de João Caupers, para presidente do Tribunal Constitucional, dizendo:
TC. Novo presidente revoltado com "lobby gay" e "promoção da homossexualidade"
e cita para este efeito, um texto do baú de 2010, como se fosse algum crime em si mesmo:
"Uma coisa é a tolerância para com as minorias e outra, bem diferente, a promoção das respetivas ideias: os homossexuais não são nenhuma vanguarda iluminada, nenhuma elite. Não estão destinados a crescer e a expandir-se até os heterossexuais serem, eles próprios, uma minoria. E nas sociedades democráticas são as minorias que são toleradas pela maioria - não o contrário. (...) A verdade - que o chamado lobby gay gosta de ignorar - é que os homossexuais não passam de uma inexpressiva minoria, cuja voz é enorme e despropositadamente ampliada pelos media."
O texto está cortado, onde o jornalista quis omitir, mas não há aqui nada que revele coisa nenhuma, que não seja racional e óbvia, excepto que o chamado "lobby gay" continua extremamente activo e com vontade de censurar pessoas na praça pública, que é onde gosta de se exibir despudoramente.
Ouvi outros perfeitos idiotas argumentarem que o sentido jurídico de "minoria" não era o de minoria numérica... ou seja, vamos mudar a matemática, e dizer que o menor é maior. Ou então que o uso da expressão "lobby gay" era provocatório, como se só palavras autorizadas pela nomenklatura pudessem ser pronunciadas, ou seja... vamos mudar o português.
E esta agenda não foi só porque os meninos do PS não gostavam desta escolha do PSD.
Esta agenda está presente no politicamente correcto, que impacta diariamente, e que é a retórica de uns atrasados mentais, analfabetos na prática, meninos de jotas, que estão deslumbrados com a retórica e que com ela podem manobrar para dominar o mundo.
Portanto, o que se pode concluir com esta indignação parvinha, dos zelotas avençados, é que há mesmo um "lobby gay" que sempre esteve interessado em crescer, em expandir-se, até que os heterossexuais sejam uma minoria. Não suportam que os critiquem, e os seus planos estão ainda no começo...
Português e matemática não interessam, podem ser distorcidas, porque não serviram para nada, e só chatearam a progressão no aparelho partidário. Assim, com esta malta, não é só preciso ter cuidado a escrever, como também a fazer contas. A essa malta, sugiro um aumento do seu rendimento, passando para metade o seu salário, talvez assim percebam a diferença entre maior e menor... e já agora se entenderam o texto no sentido de os diminuir, usem do subterfúgio retórico, e entendam como indiscutível e manifesto elogio.
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