Sai Carles Puigdemont... porque os tribunais alemães não quiseram repetir a história, e desta vez consideraram inadmissíveis as acusações de rebelião e alta-traição, pedidas pelo judicialismo espanhol.
Num comentário, escrevi que estava "com alguma curiosidade para perceber o que a Alemanha iria fazer, porque tinha independência económica para fazer o que lhe apetecesse à Espanha, e não iria ficar muito bem na fotografia se participasse directamente na entrega do Puigdemont para o cárcere." Acabaram por decidir bem, para surpresa geral, especialmente dos Torquemadas espanhóis, que nem se atreveram a criticar a decisão alemã...
Num comentário, escrevi que estava "com alguma curiosidade para perceber o que a Alemanha iria fazer, porque tinha independência económica para fazer o que lhe apetecesse à Espanha, e não iria ficar muito bem na fotografia se participasse directamente na entrega do Puigdemont para o cárcere." Acabaram por decidir bem, para surpresa geral, especialmente dos Torquemadas espanhóis, que nem se atreveram a criticar a decisão alemã...
Entra Lula... porque já falámos aqui sobre o juiz brasileiro Sérgio Moro,
e portanto, não é de espantar que tenha decidido a rápida prisão de Lula, dada a sua apadrinhada ascensão pela novela político-judiciária brasileira.
Não Lulia, porque Michel Temer Lulia (sim, o apelido é Lulia...) foi gravado a autorizar um suborno. Ora, um detalhe, que pouco impressiona o justicialismo exemplar de Brasília, capaz de destronar e prender presidentes.
Quando a população prefere esmagadoramente Lula a Lulia, nada como uma justiça selectiva, para completar o sistema democrático. Não nos esquecemos das exemplares democracias, onde o Politburo conhecia melhor o bem para o povo, do que a maioria do próprio povo.
Não Lulia, porque Michel Temer Lulia (sim, o apelido é Lulia...) foi gravado a autorizar um suborno. Ora, um detalhe, que pouco impressiona o justicialismo exemplar de Brasília, capaz de destronar e prender presidentes.
Quando a população prefere esmagadoramente Lula a Lulia, nada como uma justiça selectiva, para completar o sistema democrático. Não nos esquecemos das exemplares democracias, onde o Politburo conhecia melhor o bem para o povo, do que a maioria do próprio povo.
Lei
A lei do leitão é a do leite - mama ou morre.
A porca - no leito, e a lei do leite entre leitões, que se deleitam.
A coisa complica-se quando são muitos a mamar, e há mais leitões que tetas ou leite.
Aqui funciona a lei preferida dos bacorinhos - a lei dos "mais aptos", normalmente os mais velhos, que tendo acesso às primeiras tetas, crescem e vão remetendo os mais novos para as mais pequenas... ou para nenhuma.
A celebração do poder judicial como não escrutinável...
Lei na pedra
É mais conhecida a lei da pedra, em apedrejamentos, praticados pelos judeus.Porém, para a mitologia religiosa, ficou a lei escrita na pedra, como Mandamentos.
Há um pequeno detalhe, um eventual Moisés é colocado historicamente no Séc. XIII a.C., portanto uns 300 a 600 anos antes de serem encontrados os primeiros escritos hebraicos.
O paleo-hebraico, que é fenício pintado pelos judeus como "hebraico antigo" é do Séc. X a.C., e pelo menos estamos com 300 anos de diferença.
Os mandamentos em francês - Phillipe de Champagne (1648)
Ou seja, havendo algo escrito na pedra, não seria em hebraico... mas também não é relevante, porque acreditando em milagres, nada é impossível, e o racional não interessa. Ou para grandes racionalistas, como os franceses, obviamente, teria sido escrito em francês...
Leitura
Lei aparece como forma imperativa do verbo ler.
Agora dizemos irregularmente "lede", mas a sua forma regular seria "lei".
Isto é um indicador da forma escrita da lei, e terá sido essa a novidade... especialmente se escrita em pedra, porque seria mais dificilmente falsificável.
Quando vemos em latim "legis", e os diversos prefixos que herdámos - legislar, legislação, legítimo,... devemos notar que o "g" foi uma letra usada como o "h", muitas vezes sem valor fixo, variando, confundindo-se ainda com o "c".
Assim, também "legis" poderá ser lido como "lehis", ou seja, "leis".
Quanto ao leite, aparece na forma latina como "lacte", e conforme já referi, muitas são as palavras latinas onde o "ct" foi substituído por "it" (direito - directo, respeito - respecto, eleito - electo, ...).
Se aqui fizermos o mesmo, obtemos "laite" e a diferença para "leite" é mínima.
Interessa que há uma conexão entre as palavras, que é mesmo reconhecida, remetendo-a a um termo indo-europeu primitivo "leg" que significaria colectar. Interessando referir que "colecta" pareceria ter a variante "coleita", que é como quem diz "colheita", só que nesse caso ambos vêm de "colher"...
A relação da lei com os leitões, explanada acima, fica ao leitor... ou lector.
Ahh muito bom!! Mais uma vez que grande viagem filológica!!Portanto, quem não respeita os "mandamentos da pedra", leva uma pedrada que nada mais é que um "mandar uma pedra". Ehehe um pobre contributo mas de boa vontade.
ResponderEliminarBom fim de semana,
JR
Obrigado... já foi fora de tempo, porque hoje tinha uma reunião cedo. Já tinha esta do leite e dos leitões, e da porcaria em geral, guardada há muito tempo. Só escrevi um bocadito, e já ia grande demais.
EliminarEssa dos Mandamentos também é interessante.
Mandamento, tal como Comandar, vem de Mandar.
Ora, Mandar é Mã+dar, ou seja, Mão Dar.
Dar a Mão, poderia ser uma espécie de analogia com o pai que leva o filho pela mão. Porém, parece que ganhou um significado menos benigno, e em vez de "Dar a Mão" parece que ficou "Dar com a Mão", que é como quem diz, uma valente palmada.
Como há ainda o significado de enviar em Mandar, que é um "Dar com a Mão", mas arremessando qualquer coisa, é mais natural que fosse mesmo mandar um estalo.
Seja de uma forma ou doutra, parece-me que Mão+Dar está na origem de Mandar.
Por exemplo, Comandar, lê-se claramente Com+Mão+Dar, e portanto o comando deveria envolver tabefes... Pelo menos em casa, quem Com a Mão Dava, era quem Comandava.
Mandamento, para além da declinação habitual de Mandar, aqui tem outra particularidade, porque lendo Manda+Mente, refere-se ao propósito de Mandar nas Mentes. Era esse o propósito dos mandamentos, mandar as mentes para uma vida menos pecaminosa.
Como bem referiu, primeiro a lei era escrita na pedra, depois se não entrasse assim na cabeça, na mente, a forma de tratar o problema era enviar as pedras directamente à cabeça, numa manifestação cultural perdida - o apedrejamento. Um tratamento literal, digamos.
Bom fim de semana.
Ainda se podia interpretar de outro modo... No seguimento da hipótese "mão+dá+mente" vamos lá ver é se a "mente" não virá de "mentira". Sabemos que por vezes para comandar, a mão que dá, mente. Eehehhe outro humilde contributo.
ResponderEliminarCumpts,
JR
Sim, claro que... de mente demente, a mente mente.
EliminarE os ingleses diriam mind your mind.
https://odemaia.blogspot.pt/2011/06/la-palisse-roma-e-pavia-verdadeira.html
porque depois há todos os advérbios de modo terminados em "mente".
Abç