Vender frigoríficos a esquimós...
Tarefa de grandes vendedores, tem sido basicamente passada para os apologistas do "aquecimento global", durante os últimos frios invernos, conforme temos
vindo a repetir aqui desde o inverno de 2014/15.
Se seria ineficaz a um vendedor de frigoríficos anunciá-lo com a vantagem do frio a esquimós, também aos vendedores do "aquecimento global" passou a ser conveniente anunciá-lo como "alteração climática"... dado o frio que se foi sentido. Sendo que uma alteração climática, seria alteração das estações, e só faria o mínimo sentido se tivéssemos visto invernos muito mais quentes e verões muito mais frios.
Depois dos recentes "Snowmageddon" (ou Snowpocalypse) nos EUA, que seriam afinal uma boa venda para um "arrefecimento global", publicitado
nos anos 70 (conforme relembrámos), foi agora a Europa atingida com vagas de frio polar que gelaram as praias gregas:
O que vemos não é areia branca, mas sim neve, em praias gregas, neste inverno.
Como a vaga de frio polar afectou a Europa central, incluindo até Itália, Grécia e Turquia.
Apesar da vaga de frio lhes afectar a vista, como cataratas congeladas, não é de esperar que nada mude nas mentalidades mais empedernidas que o gelo mais duro.
Os vendedores de banha-da-cobra têm sempre um rol de argumentos contra a realidade.
Linha de gelos no mapa nazi (a vermelho) era geralmente mais recuada do que actualmente (a azul).
Ou seja, ao contrário do que é propalado, o gelo terá aumentado bastante nos últimos 80 anos.
Portanto, se a linha dos gelos aumentou, de um modo geral, a conversa que serviu para sustentar o "arrefecimento global", nos anos 1970, tinha mais pernas para andar que o teatro do "aquecimento global", em cena nos últimos 20 anos.
Pós da verdade
Curiosamente, acusando o mundo de estar a viver numa época de "
pós-verdade", por via de resultados eleitorais (Brexit, Donald Trump, ...), que iam contra o politicamente correcto (Trump criticou as teorias de aquecimento global), e no sentido de teorias de conspiração.... são agora os fortes críticos das teorias de conspiração a inventar e divulgar a nova "teoria de conspiração":
- A Rússia estará por detrás da eleição de Trump...
... e não só!
Já se diz que o Sr. Putin, afinal o grande conspirador sentado em Moscovo, mexe os cordelinhos, fazendo os americanos eleger Trump, fazendo os ingleses votarem no Brexit, e prepara-se para fazer os franceses eleger Marine Le Pen... tudo parte de
um grande plano conspirativo.
Estes teóricos do politicamente correcto, são os mesmos que caricaturavam as "teorias da conspiração" como coisas de maluquinhos, mas que agora inventam sem problemas a sua "teoria da conspiração" em que Putin condiciona Trump, e espante-se.... por haver vídeos sexuais deste com prostitutas russas. Pois, e Putin também é capaz de condicionar a política italiana com os vídeos pornográficos da ex-deputada, Cicciolina.
Não que Trump ou Putin sejam figuras muito agradáveis, mas os agentes dos pós da verdade politicamente correcta, estão a entrar em parafuso, e a cair nos limites do ridículo!
Temperatura de Casino
Bom, mas o que a maioria do povo não saberá é que o negócio da Temperatura entrou nas Bolsas há praticamente 20 anos. Para isso é preciso notar na definição de "Derivados de Temperatura" (Weather derivatives):
Weather derivatives are financial instruments that can be used by organizations or individuals as part of a risk management strategy to reduce risk associated with adverse or unexpected weather conditions. (in wikipedia)
A ideia não deixa de fazer sentido. O aumento ou baixa de temperatura tem repercursões económicas directas. O aumento do calor, ou do frio, faz disparar o consumo de electricidade/gás, pelo simples ligar de aquecedores, ou ar condicionado. Com mais calor, bebe-se mais cerveja... por isso o custo de produção é diferente se for atempada a vaga de calor, e as companhias protegiam-se com as seguradoras, para eventuais falhas de produção, etc...
Em 1996 foi feito o primeiro contrato sobre Temperatura entre companhias eléctricas, para caso de necessidade suplementar no mês de Agosto de 1996. A ideia espalhou-se rapidamente e em 1997 havia já múltiplas transacções de negócios envolvendo "previsão de temperaturas". Em 1997 o vice-presidente Al Gore começou a envolver-se directamente no assunto e em Dezembro de 1997 foi assinado o Protocolo de Quioto, para controlar a emissão de CO2.
Em 1999 já havia uma bolsa de valores em Chicago dedicada às transacções sobre a variação dos valores da temperatura. Pouco depois, em 2001, Al Gore, na sua candidatura, apareceu como grande estrela, paladino da luta contra o aumento de temperatura global.
Apostando no controlo do CO2 imposto pelo Protocolo de Quioto, os fabricantes de automóveis passaram a desenvolver tecnologia de controlo de poluentes para incorporar nos veículos (além do conversor catalítico), o que era também vantajoso para manter fora competidores sem acesso a essa tecnologia e que poderiam fazer veículos baratos (caso de países em desenvolvimento, como Índia ou China). Por exemplo, a UE legislou em 2001 sobre o controlo de emissões.
Toda uma enorme negociata passou a depender do clima... e o clima era bom para apostadores, porque batia certo com o politicamente correcto - baixar a emissão de poluentes.
Não significa isto que a aposta seja num aumento de temperatura... porque se há agora a moda do "aquecimento global", financiada por múltiplos interesses, os maiores especuladores tanto podem ter interesse em aumentar ou baixar a temperatura.
Simplesmente havendo grande interesse financeiro em jogo, apostando num sentido ou no outro, todo o resto dos argumentos são mera retórica decorativa, destinada a não revelar diversos propósitos subjacentes.