domingo, 15 de janeiro de 2017

Snowmageddon (4)

Vender frigoríficos a esquimós...
Tarefa de grandes vendedores, tem sido basicamente passada para os apologistas do "aquecimento global", durante os últimos frios invernos, conforme temos vindo a repetir aqui desde o inverno de 2014/15. 
Se seria ineficaz a um vendedor de frigoríficos anunciá-lo com a vantagem do frio a esquimós, também aos vendedores do "aquecimento global" passou a ser conveniente anunciá-lo como "alteração climática"... dado o frio que se foi sentido. Sendo que uma alteração climática, seria alteração das estações, e só faria o mínimo sentido se tivéssemos visto invernos muito mais quentes e verões muito mais frios.  

Depois dos recentes "Snowmageddon" (ou Snowpocalypse) nos EUA, que seriam afinal uma boa venda para um "arrefecimento global", publicitado nos anos 70 (conforme relembrámos), foi agora a Europa atingida com vagas de frio polar que gelaram as praias gregas:

More people die as European chill maintains its grip  (Sky News, 9 de Janeiro de 2017)

O que vemos não é areia branca, mas sim neve, em praias gregas, neste inverno.
Como a vaga de frio polar afectou a  Europa central, incluindo até Itália, Grécia e Turquia.


Apesar da vaga de frio lhes afectar a vista, como cataratas congeladas, não é de esperar que nada mude nas mentalidades mais empedernidas que o gelo mais duro. 
Os vendedores de banha-da-cobra têm sempre um rol de argumentos contra a realidade.

Porém, ao ver o antigo mapa nazi de NeuSchwabenLand a linha dos gelos há 80 anos (a vermelho) indicava menos gelo do que a linha dos gelos actual (a azul):
Linha de gelos no mapa nazi (a vermelho) era geralmente mais recuada do que actualmente (a azul).
Ou seja, ao contrário do que é propalado, o gelo terá aumentado bastante nos últimos 80 anos.

Portanto, se a linha dos gelos aumentou, de um modo geral, a conversa que serviu para sustentar o "arrefecimento global", nos anos 1970, tinha mais pernas para andar que o teatro do "aquecimento global", em cena nos últimos 20 anos.

Pós da verdade
Curiosamente, acusando o mundo de estar a viver numa época de "pós-verdade", por via de resultados eleitorais (Brexit, Donald Trump, ...), que iam contra o politicamente correcto (Trump criticou as teorias de aquecimento global), e no sentido de teorias de conspiração.... são agora os fortes críticos das teorias de conspiração a inventar e divulgar a nova "teoria de conspiração":
- A Rússia estará por detrás da eleição de Trump...
... e não só! 
Já se diz que o Sr. Putin, afinal o grande conspirador sentado em Moscovo, mexe os cordelinhos, fazendo os americanos eleger Trump, fazendo os ingleses votarem no Brexit, e prepara-se para fazer os franceses eleger Marine Le Pen... tudo parte de um grande plano conspirativo.

Estes teóricos do politicamente correcto, são os mesmos que caricaturavam as "teorias da conspiração" como coisas de maluquinhos, mas que agora inventam sem problemas a sua "teoria da conspiração" em que Putin condiciona Trump, e espante-se.... por haver vídeos sexuais deste com prostitutas russas. Pois, e Putin também é capaz de condicionar a política italiana com os vídeos pornográficos da ex-deputada, Cicciolina.
Não que Trump ou Putin sejam figuras muito agradáveis, mas os agentes dos pós da verdade politicamente correcta, estão a entrar em parafuso, e a cair nos limites do ridículo!

Temperatura de Casino
Bom, mas o que a maioria do povo não saberá é que o negócio da Temperatura entrou nas Bolsas há praticamente 20 anos. Para isso é preciso notar na definição de "Derivados de Temperatura" (Weather derivatives):
Weather derivatives are financial instruments that can be used by organizations or individuals as part of a risk management strategy to reduce risk associated with adverse or unexpected weather conditions. (in wikipedia)
A ideia não deixa de fazer sentido. O aumento ou baixa de temperatura tem repercursões económicas directas. O aumento do calor, ou do frio, faz disparar o consumo de electricidade/gás, pelo simples ligar de aquecedores, ou ar condicionado. Com mais calor, bebe-se mais cerveja... por isso o custo de produção é diferente se for atempada a vaga de calor, e as companhias protegiam-se com as seguradoras, para eventuais falhas de produção, etc...
Em 1996 foi feito o primeiro contrato sobre Temperatura entre companhias eléctricas, para caso de necessidade suplementar no mês de Agosto de 1996. A ideia espalhou-se rapidamente e em 1997 havia já múltiplas transacções de negócios envolvendo "previsão de temperaturas". Em 1997 o vice-presidente Al Gore começou a envolver-se directamente no assunto e em Dezembro de 1997 foi assinado o Protocolo de Quioto, para controlar a emissão de CO2
Em 1999 já havia uma bolsa de valores em Chicago dedicada às transacções sobre a variação dos valores da temperatura. Pouco depois, em 2001, Al Gore, na sua candidatura, apareceu como grande estrela, paladino da luta contra o aumento de temperatura global.

Apostando no controlo do CO2 imposto pelo Protocolo de Quioto, os fabricantes de automóveis passaram a desenvolver tecnologia de controlo de poluentes para incorporar nos veículos (além do conversor catalítico), o que era também vantajoso para manter fora competidores sem acesso a essa tecnologia e que poderiam fazer veículos baratos (caso de países em desenvolvimento, como Índia ou China). Por exemplo, a UE legislou em 2001 sobre o controlo de emissões.
Toda uma enorme negociata passou a depender do clima... e o clima era bom para apostadores, porque batia certo com o politicamente correcto - baixar a emissão de poluentes.

Não significa isto que a aposta seja num aumento de temperatura... porque se há agora a moda do "aquecimento global", financiada por múltiplos interesses, os maiores especuladores tanto podem ter interesse em aumentar ou baixar a temperatura.
Simplesmente havendo grande interesse financeiro em jogo, apostando num sentido ou no outro, todo o resto dos argumentos são mera retórica decorativa, destinada a não revelar diversos propósitos subjacentes.

21 comentários:

  1. Como é mais fácil acreditar em pessoal com um prémio Nobel, e nem todos estão coniventes com a situação... e há mesmo quem se dê ao incómodo de falar contra, fica aqui o link para um vídeo de Ivar Giaever, Prémio Nobel da Física (1973), que explica bem o disparate científico:

    https://www.youtube.com/watch?v=TCy_UOjEir0

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  2. Caro Maia,
    não sei se conhece mas os amigos brasileiros já estão bastante (alguns) avançados sobre as tretas aquecimentistas, entre os quais este jornalista: http://richardjakubaszko.blogspot.pt/2015/08/aquecimento-maior-mentira-do-seculo-xxi.html
    Outro Professor, Ricardo Felicio: https://fakeclimate.wordpress.com/2012/05/07/ricardo-felicio-no-jo-soares-o-que-rolou/
    Outro Professor, Luiz Carlos Baldicero Molion: https://youtu.be/ODC3AQt55kU
    ainda há outros mais, mas por enquanto estes são os principais que "lutam" contra os aquecimentistas!
    Cumprimentos.

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    1. Bons links, caro Bate n-avó, e alguns bem antigos, como esse do Prof. Ricardo Felício, que é de 2012.
      Mas depois vemos que passados 4 anos tudo continua na mesma, e são vozes algo isoladas, mesmo que o Jô Soares mantenha um programa de grande audiência no Brasil. O jornalista vende o livro como edição de autor, e não houve nenhuma editora ou meio de comunicação interessado em promover o lado contrário do assunto.

      Aliás, o sistema não se importa muito que haja quem fale contra, porque dá aquele "aspecto democrático" de que todas as opiniões são ouvidas, ao mesmo tempo que faz questão de notar que são "opiniões marginais", fora do mainstream... como se fossem maluquinhos a quem é preciso dar atenção, algo politicamente correcto.

      Mas tem razão, os brasileiros costumam ser mais críticos, até talvez pelo hábito de serem mais vezes enganados, e não terem tantas ilusões sobre o seu sistema social.

      Isto tem todo o aspecto da patranha da Tulipomania:
      http://alvor-silves.blogspot.pt/2012/11/as-tulipas-e-os-futuros.html

      Também nessa altura foi possível enganar praticamente todos os holandeses, que passaram por parvos, chegando a pagar por um bulbo de túlipa mais do que o seu peso em ouro. Ao fim de três anos, em que ninguém se atrevia a dizer que um bulbo de túlipa não valia nada, a verdade bateu à porta, e a casa de sonhos, em que as túlipas eram rainhas, caiu com estrondo.

      O principal problema destas coisas é que quando a mentira pega, todos têm razão para se manter com ela, especialmente os que investiram na farsa... porque caindo no valor real seria muito pior.

      Assim, a mentira sendo alimentada ganha adeptos, comprometidos, que tudo fazem para manter a mentira.
      Só que há outro lado... quando a mentira se acaba por impor como "verdade social", a verdade passa a ser a "mentira social".
      Nesse momento, há outro negócio que aparece, o negócio da verdade, que destruirá quem investiu na mentira.
      Tal como no caso das túlipas, foi ganho dinheiro ao inventar a mentira das túlipas, e foi consolidado e ganho ainda mais dinheiro, quando foi decidido revelar a verdade sobre as túlipas.
      Ganharam no processo de construir e destruir a mentira.
      Por estranho que pareça, como o pessoal não aprende nada... e gosta destes esquemas de "dinheiro fácil", isto continua a ser um negócio promissor.

      Mas não será difícil de prever, agora que o Trump foi eleito, que o clima mudará, a menos que lhe arranjem moçoilas muito escaldantes.

      Abraços.

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  3. Estou-me aqui a roer todo e não aguento...

    Seguir cegamente um lado é tão mau como seguir cegamente o outro.

    Esse prémio Nobel Sr.Ivar tem muito mérito mas convenhamos que se esquece da poluição causada pelo queimar de combustíveis fósseis (e não são só os carros!). Não é só a questão do aquecimento global ou das mudanças climatéricas, é toda a poluição causada e esta questão não se pode dissociar uma da outra. Vejamos, uma das armas dos que acreditam na teoria do aquecimento global é precisamente os malefícios para o planeta pelo uso dos combustíveis fósseis. Ora esta gente está correcta, a sua intenção é boa, está é mal orientada ou direccionada. A grande maioria pelo menos,não os poucos que ganham dinheiro com a "negociata". A qualidade do ar e da água e a destruição da camada de ozono para o Sr Ivar simplesmente não interessam. A mim soa-me muito convenientemente de mãos dadas com as companhias petrolíferas... (Ora aí está uma contra - teoria da conspiração). Se por um lado fala do desperdício de dinheiro empregue nas energias renováveis por outro esquece o desperdício de dinheiro empregue na obtenção, transformação, transporte e uso dos combustíveis fósseis que só alguns alguns países privilegiados extraem. Vento, mar e sol estão alcance de muitos mais países e não sei se isso agradará a certas elites. Certo, não sejamos alarmistas mas também não sacudamos a água do capote. Isto funciona para ambos os lados. (Basicamente uma tradução do comentário que postei no vídeo do youtube)

    Ab

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    1. Certo, João.
      Já mencionei aqui que um aspecto positivo da histeria contra o aquecimento global tem sido um certo controlo dos graus de poluição, nomeadamente a poluição automóvel. E hoje em dia os carros poluem muito menos, mas é mais pela obrigatoriedade de utilização dos conversores catalíticos, do que pela redução do CO2.
      O maior produtor de CO2 não são carros, são florestas, e também os animais quando respiram, ao converterem o oxigénio em dióxido de carbono.
      Portanto, para terminar com o CO2, também se deveriam arrasar com florestas... e convenhamos que isso não seria "politicamente correcto", nem seria bom para o ecossistema.
      A produção de oxigénio é feita pela fotossíntese convertendo CO2 em O2, portanto sem CO2, as plantas não produziriam oxigénio. Mas assim como têm esse ciclo de produção diurna de oxigénio, têm um ciclo de produção nocturna de CO2.

      É simplesmente uma discussão ridícula, querer ver o CO2 como um gás nocivo, sendo essencial e fazendo parte da respiração dos seres vivos.
      Quanto ao ozono, teve apenas a ver com o uso dos CFC que acabou proibido, assim como outros poluentes tiveram redução com aplicação dos conversores catalíticos. Essas regulações eram já aplicadas com sucesso. A conversa do CO2 e do aquecimento global, é que foi uma paranóia, sem qualquer fundamentação, tirando dois ou três anos quentes no final dos anos 90... e o mais ridículo é que não se justificou nos 20 anos seguintes. Mais ridículo, andando 20 anos para trás, no início dos anos 70, falava-se de arrefecimento global.

      O facto de o Ivar Giaever ter explicado o caricato de se extrair petróleo, alimentando a plataforma de extracção de petróleo com electricidade, é só um paradoxo do politicamente correcto. É a mesma coisa que impor a um talhante que não coma carne... pode vender, mas não pode comer.

      A história do interesse das companhias petrolíferas na contra-argumentação, é uma boa questão... na realidade, parece que nunca foram incomodadas com a discussão. Porque se quisessem fazer a contra-argumentação teria sido muito fácil patrocinar uma campanha no outro sentido. No entanto não o fizeram, tal como as companhias tabaqueiras, a partir de certa altura desistiram de fazer publicidade ao tabaco. Isso só baixa os custos de produção, favorecendo as companhias já implantadas - só quem chega de novo é que precisa mais de fazer publicidade.
      É preciso notar que no Séc. XXI deixou de haver grupos económicos dedicados apenas a um produto. Passou tudo a jogar nos movimentos financeiros. Ou seja, quem controla a BP, tem também interesses e investimentos nas energias renováveis. Jogam em vários tabuleiros, apostam a favor, mas também são capazes de apostar contra o seu negócio tradicional, se virem que daí tiram benefício. As coisas deixaram de ser simples. O talhante no Séc. XXI é também um negociante que tem uma loja vegetariana. Se o negócio da carne falhar, o outro dá certo, porque as pessoas têm que comer qualquer coisa!

      Abç

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  4. Bom dia,

    Não estou dentro do assunto mas penso que a poluição atmosférica não é causada apenas pela emissão de CO2. Falar apenas de CO2 quando existem outros tantos gases nocivos a serem libertados para a atmosfera e resíduos para os rios parece-me algo como atirar areia para os olhos das pessoas porque o CO2 é "bom" e sempre se desviam a atenção sobre os outros poluentes. CO2 é bom em certa medida. Sempre aprendi que tudo o que demais é mau mas realmente não sei qual a quantidade certa. Depois também acho uma certa piada porque todas as medições que apontam para o aquecimento global são mal medidas, incorrectas, ineficazes etc mas curiosamente as que apontam para o sentido contrário são cientificas e factuais. A questão da plataforma é ridícula e mostra toda a hipocrisia na questão, de um lado e do outro. Lá está a habitual falta de bom senso. O sr Ivar continuo na minha tem todo o mérito mas age como se a humanidade só tivesse a ganhar com o uso de combustíveis fósseis, aliás até faz bem ao planeta, conforme ele afirma no slide final. Essa duplicidade de negócio de que fala é precisamente o inicio do caminho para a mudança. A aposta em energias renováveis mesmo por parte das empresas petrolíferas é positivo a meu ver e talvez apesar de ser por interesses financeiros se consiga chegar (perto) do equilíbrio.

    Ab

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  5. Gostaria só de acrescentar ainda sobre a duplicidade de negócio que sim parece-me ser esse um dos caminhos a seguir, o problema vem de um certo "establishment" que vê com resistência a mudança. Para muitas empresas essa adaptação ao novo negócio, ou, se for o caso, a vivência com novos concorrentes é indesejável e lutam para que as coisas não mudem. Para muitos pode não ser tão simples o facto de deixar de vender carne para vender verduras ou até vender ambos.

    Ab

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  6. Caro João,
    a questão do CO2 é porque o argumento usado é o do CO2. É claro que poderiam argumentar com o CO (monóxido de carbono) que é bastante tóxico, mas esse gás é agora removido, justamente através da produção de CO2.
    Ninguém está a favor de poluição, e há muito que há tecnologia para fazer veículos com energias alternativas (não só eléctricos), baratos e eficazes... mas nunca houve interesse em dar esse passo.
    Tem múltiplas soluções alternativas - só alguns exemplos:
    https://en.wikipedia.org/wiki/Alternative_fuel_vehicle#Engine_Air_Compressor

    Costumava-se gozar com o Al Gore, porque andava a passear de conferência em conferência, no seu jacto particular, queimando combustível, em vez de usar vôos regulares.
    Como verá aqui, até era possível fazer ciclo-aviões...
    http://odemaia.blogspot.pt/2012/04/homem-ciclo-voador.html

    A situação não é nenhum equilíbrio, onde ninguém tem razão... esse argumento é apenas conveniente a quem não tem razão.

    O Giaever explica como foram distorcidos os gráficos, aumentando a temperatura incluindo novas medições das temperaturas dos Oceanos, que não existiam antes.
    Mas, não é preciso nenhum argumento mirabolante.
    É muito mais fácil ver a mentira pegada...
    Se até aos anos 70 os mesmos dados permitiam vender o arrefecimento global, como já mostrei aqui, num artigo de 1975:
    http://odemaia.blogspot.pt/2015/12/snowmageddon-2.html

    ... como é que subitamente os mesmos dados passaram a servir para justificar o aquecimento global?
    Lê o gráfico ao contrário?
    Nos anos 70 estavam a mentir, e agora é que chegaram os anjinhos?

    Pode entreter-se com notícias como esta:

    "Portugal vai estar abaixo de zero na quinta-feira. Mas é normal"
    http://www.dn.pt/sociedade/interior/portugal-vai-estar-abaixo-de-zero-na-quinta-feira-mas-e-normal-5607226.html

    ... onde é basicamente dito que estas vagas de frio são normais.
    Então não são?
    É isso e a neve no Algarve:
    http://www.terraruiva.pt/2017/01/19/temperaturas-baixas-trazem-neve-ao-algarve/

    ... o pessoal quando quer ver neve vai ao Algarve.
    Já quando quer ir à praia tomar um banhinho quente, vai à Serra da Estrela.

    Por exemplo, está documentado:
    http://www.dn.pt/sociedade/interior/caiu-neve-no-algarveesta-manha-nao-acontecia-ha-63-anos-5615327.html

    Há 63 anos, deve ter caído neve no Algarve, devido às alterações climáticas, ao aquecimento global, e à poluição...

    Tudo malta que está boa é para ir viver em Marte ou Júpiter.

    Abç

    ps: Quanto às negociatas, não falamos do pequeno negócio que tem dificuldade em mudar de ramo, falamos de pessoal que faz negócio em qualquer ramo de actividade.

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  7. Olá


    Não sei se o Mundo está a aquecer ou arrefecer mas também não sei se o argumento será o CO2 ou se não existirão vários argumentos(?) Parece-me estranho que com todo o conhecimento científico dos nossos dias a voz acusatória se baseie (só e apenas) no CO2. Parece que uns têm todo o conhecimento científico do Mundo e os outros a total ignorância... Não será antes o CO2 o bode expiatório? O argumento eleito por aqueles que refutam o aquecimento global para que se olvidem os outros poluentes, precisamente porque o C02 é “natural” e logo fácil de ridicularizar? Não sei, estou só a levantar uma questão. Na verdade o que digo corre paralelamente ao tema de o aquecimento global ser real ou uma treta. Na minha opinião esta luta contra a histeria do aquecimento global é aproveitada para propagandear o consumo dos combustíveis fósseis.

    O meu problema com o Sr. Ivar é um pouco o mesmo com a Lyndon Larouche Movement. Muito bem, querem fazer passar a sua mensagem mas para o fazerem ridicularizam os movimentos ecológicos e a ecologia em si. Certo, alguns movimentos ecológicos têm interesses perversos por trás, (parece que tudo tem, é triste...) mas a ecologia é algo positivo. Serve a tentativa de menorizar a libertinagem com que estragamos o planeta, não é algo para se ridicularizar e muito menos menosprezar as energias renováveis. O caro Da Maia sucinta bem o ponto a que chegamos:

    “há muito que há tecnologia para fazer veículos com energias alternativas (não só eléctricos), baratos e eficazes... mas nunca houve interesse em dar esse passo.”

    Estes Srs fecham os olhos ao mundo, apelam ao consumos de combustíveis fósseis e dormem descansados. Eu continuo a pensar que um equilibro é necessário porque não podemos descartar por completo os combustíveis fosseis, era estúpido se o fizemos, devíamos sim moderar a sua utilização e construir uma maior sinergia com as energias renováveis até porque isto iria criar um desenvolvimento económico mais repartido, quiçá justo e obviamente maiores benefícios ecológicos. E isto traz-nos de volta às negociatas... Ter o mundo inteiro energéticamente dependente de meia dúzia de corporações é por ventura diferente do que ter os próprios países a extraírem a sua própria energia através das suas próprias energias renováveis.


    Ab

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    1. Caro João, há várias questões, que se misturam.

      Antes disso quero deixar claro que só comecei esta sequência em 2014:
      http://odemaia.blogspot.pt/search/label/Snowmageddon

      quando disse:
      A coisa promete conversa, já que há pessoal que, nem com o nariz congelado, deixará de manter a sua tese do "aquecimento global".

      Há 3 anos, a menos que eu tivesse dons divinatórios, estava longe de pensar que todos os anos iriam ocorrer invernos com recordes de baixas temperaturas...

      Ora, o nome "Snowmageddon" já era usado desde 2010:
      https://en.wikipedia.org/wiki/February_5%E2%80%936,_2010_North_American_blizzard

      ... e continuou a ser usado depois, daí eu considerar que havia dados "esquisitos" ou contraditórios.

      Eu até pensava que havia dados objectivos para um recuo dos gelos na Antárctida, mas afinal o que mostrei aqui (por comparação ao mapa nazi), é um dado adquirido - Giaever refere que os gelos na Antárctida aumentaram, tendo diminuído um pouco no Árctico (... mas só a parte do Árctico é que divulgada, porque interessa à narrativa).

      Eu não vou atrás de qualquer "teoria da conspiração", só porque sim... aliás se reparar, só em 2016 falei aqui do 11 de Setembro, e já muito antes o assunto mereceria que tivesse falado dele.

      Já me bastava a polémica da falsificação histórica, e era essa que me interessava mais... porque a falsificação noticiosa, sempre a tivemos, e normalmente só pode ser analisada mais substancialmente com distância histórica.
      Porém, quando se cai no absoluto ridículo contraditório, pode, e deve, ser assinalada o quanto antes.

      Quanto aos combustíveis fósseis, aconselho o livro de Engdahl:
      "A Century of War. Anglo-American Oil Politics and the New World Order (2004)"

      http://alvor-silves.blogspot.pt/2012/09/a-century-of-war.html

      ... que dá uma versão baseada no interesse da oligarquia petrolífera em fomentar e manter oligarquias no Médio-Oriente.

      Portanto, dei desde logo espaço a o que pode ser visto como uma "teoria da conspiração" baseada em interesses petrolíferos... mas, com base no que tinha investigado, não me pareceu que fosse por aí que se percebesse o principal alfa e ómega "interesseiro".

      Quanto à questão de outros poluentes, deve notar que a maioria dos poluentes são mais pesados que o ar... por isso acabam por cair, e a poluição deixa de ser atmosférica, para ser uma poluição dos solos.

      Infelizmente é como diz...
      Certo, alguns movimentos ecológicos têm interesses perversos por trás, (parece que tudo tem, é triste...)

      É triste, sim... mas o que me interessou perceber desde o princípio, foi a motivação de tudo isso, ou ainda, uma justificação intrínseca da perversão. Podemos considerar que pode acontecer, que tem acontecido... isso é pelo lado da constatação.
      O que me interessou mais saber, é se havia algo universal que beneficiasse um comportamento negativo. E havia... mas já não há!
      Até que se perceba isso podem passar muitos anos, ou até séculos, mas o desequilíbrio está condenado ao colapso, em torno de um equilíbrio.
      E o maior desequilíbrio que poderá vir a acontecer, é a contra-compensação pelo desequilíbrio causado... se os prejudicados exigirem vingança.

      Abç

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  8. Olá,

    Os Invernos mais frios são só um dos aspecto mas é o que se dá mais importância e será realmente assim? Talvez seja mas lembro-me de cair granizo todos os anos na minha terra e até chegou a never, coisa que não vejo há alguns anos. Por simples constatação ao longo da minha vida reparo sim que os Invernos têm tido menos pluviosidade e menos constante mas mais repentina e agressiva. O Outono parece-me cada vez mais quente e o Verão e a Primavera nem sei bem, por vezes parecem estações trocadas. Quando era criança sentia existirem 4 estações bem diferenciadas, agora nem por isso. Pode ser a tal visão romântica com associações de ideias que fazemos da nossa infância porque "antigamente é que era bom" mas é o que realmente sinto. A verdade é que estamos perante alterações. Se são "normais" não o sei dizer e pelo que tenho visto nem um lado nem o outro me convencem pelo que até então não tomo partidos. Por isso o que me mais interessa nesta questão não é quem fica com a bicicleta nem o porquê, é a destruição ambiental que está ou poderá ser causada no processo.

    Ainda assim fiquei curioso...

    "O que me interessou mais saber, é se havia algo universal que beneficiasse um comportamento negativo. E havia... mas já não há!" ?

    Ab

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  9. Certo, é claro que isso das lembranças, cada um tem a sua, e em geral não vejo grande diferença, semana aqui, semana ali.
    Tanto me lembro dos agricultores a queixarem-se das secas e do sol, como do frio e da chuva... isso era mais na altura dos subsídios da CEE, em que disparavam os termómetros locais.
    A maior diferença vem da mania de declarar "meses mais quentes" (normalmente quando está calor), e por isso é que é bom lembrar estes detalhes - da neve na zona costeira algarvia... senão no Verão ainda dizem que este Inverno foi dos "mais quentes", e para ilustrar mostram o Marcelo no banho de Ano Novo.
    Agora, com o Trump a mandar notícias, já está a esquentar... eh eh!

    Quanto à frase "havia... mas já não há", é apenas uma repetição do que tenho dito, mas sem tempo para o repetir. Até porque já o tinha escrito no Alvor-Silves, no último post.
    Pode pensar-se que a evolução não está acabada, e que o Homem seria só mais um passo na evolução da macacada. Na minha opinião é o último passo, e foi isso que fui fundamentando, ao ponto de não me restarem dúvidas.
    Agora, a questão é... está mesmo interessado em discutir o assunto evolutivo?
    É que já percebemos que não estamos muito de acordo, e eu tenho opiniões muito contundentes sobre o assunto.

    Abç

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  10. E voltámos ao mesmo,em tom de ameaça!

    "Agora, a questão é... está mesmo interessado em discutir o assunto evolutivo?
    É que já percebemos que não estamos muito de acordo, e eu tenho opiniões muito contundentes sobre o assunto."

    Então mas afinal não estávamos de acordo? Eu afinal não estava apenas a constatar factos até já ditos por si? Parece que sendo assim, a partir de determinado momento começou a discutir consigo próprio, eu só dei corda. Assim que concordou comigo, eu obtive o que queria e retirei-me.

    O que me aborreceu não foram as ideias opostas como escreveu no último comentário (ao qual eu não respondi) e nem sequer foram as ofensas mais ou menos declaradas, foi a tentativa de manipulação das minhas palavras e dar o dito por não dito. Aquilo que precisamente tanto se insurge contra é o que acabou por fazer. Já agora aproveito para agradecer as palavras do José Manuel na ocasião. Uma pequena confidência... Achei piada à vossa carolice. Darem palmadinhas nas costas de solidariedade como dois velhos companheiros de luta, ehehh.

    Quanto à sua opinião de isto ou daquilo ainda bem crê nelas e se sente satisfeito, fico feliz por si.

    Xiça que andamos sempre às turras é cansativo...

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    1. João,
      a minha observação no comentário anterior foi o mais amigável possível, mas se a entendeu como uma ameaça, pois não lhe posso fazer nada, dado o historial acumulado.
      Agora, se acha que subiu aos píncaros, para se pôr a criticar impunemente quem despende o seu tempo partilhando informação a custo zero, é melhor pensar duas vezes.
      Especialmente quando pretende fazer um bullying, não apenas a mim, alargando agora também ao José Manuel.
      Enfim, a ignorância jovial parece ser inimputável, mas não é.
      Quando tiver qualquer coisa de interessante a dizer, é sempre benvindo, mas para provocações gratuitas, usarei o botão de "Eliminar comentário", sem quaisquer problemas.

      Cumprimentos

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  11. Deixe-me só esclarecer isto. Ao José Manuel apenas agradeci e mencionei que achei piada à vossa troca de comentários "paternalista" sobre a nossa discussão. Isto não tem maldade nenhuma, já me disse coisas bem piores. Relembro-lhe que nas nossas discussões quem sempre puxou pela ofensa foi o caro Da Maia, pelo contrário eu já o lisonjeei por diversas vezes. Apenas não percebi o comentário anterior e felicitei-o por se sentir feliz com as suas descobertas.

    Muito do problema aqui é falha de comunicação e de compreensão e isso talvez se deva a incompatibilidade de feitios. Parece mesmo que a "ignorância jovial" não se adapta à prepotência de um menino mimado que nunca cresceu.

    Se era amigável, percebi mal, precisamente pelo mesmo historial e desde logo apresento as minhas sinceras desculpas mas desde já lhe digo que reajo mal a ameaças. Elimine o que quiser.




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    1. Não sei se reparou, mas pode comentar com o nome que quiser, o que elimina qualquer historial.
      Por isso, reitero o que disse - quando tiver qualquer coisa de interessante a comentar, como qualquer comentador, é benvindo.
      Não gosto é de perder tempo com retórica inútil.
      Cumprimentos.

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  12. Não, eu só uso um nome não se preocupe.

    Cumpts,

    João Ribeiro

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    1. Alvor Silves da Maia e da Companhia Anónima25 de janeiro de 2017 às 13:34

      Certo, mas eu não uso só uma ideia.
      Cumprimentos.

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  13. Isto acaba por ser caricato... Ok ok pronto está tudo bem e tenho todo o gosto em que fique com a última palavra.

    Ab

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  14. Olá, isto é mais simples do que parece, o planeta Terra tem um acerto cíclico da rotação feita em cima do seu eixo em torno do Sol resultando o arrefecimento e gelo duma sempre mesma área geográfica que fica mais exposta ao Sol do que outra que entra em era glacial, creio ser possível prever com precisão a data do próximo acerto do pião, antes uma certa elite se meterá ao abrigo algures, penso que o processo está em marcha.

    Cumprimentos a todos.

    Le réchauffement climatique est-il cyclique ?

    Oui, le réchauffement climatique, ou plutôt les variations climatiques sont cycliques. Cela dépend de l'échelle de temps considérée. Ainsi, durant le dernier million d'années, l'hémisphère Nord a subi une alternance d'environ 6 glaciations et de périodes interglaciaires avec une périodicité d'environ 150'000 ans. Plusieurs hypothèses sont avancées pour expliquer ces glaciations. Il pourrait s'agir d'une variation périodique de l'excentricité de l'orbite elliptique de la Terre autour du Soleil. Au cours de la période historique, on constate aussi des alternances de périodes plus chaudes ou plus froides. Ainsi, la période romaine, entre - 200 et +200, a été une période particulièrement chaude et les glaciers étaient probablement encore plus en retrait qu'aujourd'hui. Ils semble que les troupeaux de vaches pouvaient passer de Zermatt vers l'Italie sans emprunter un glacier (le glacier du Théodule aurait disparu à cette époque). On observe ensuite un net refroidissement durant le Moyen-Age avec une avance des glaciers, puis un réchauffement et un retrait progressif des glaciers dès le début du 18ème siècle. Ce réchauffement a été brièvement interrompu par une avancée des glaciers entre 1850 et 1860. Puis, on observe un réchauffement continu jusqu'à aujourd'hui. Ces variations historiques n'ont pas trouvé d'explications convaincantes.

    Le climat résulte d'un équilibre extrêmement précaire qui tient compte des mouvements plus ou moins aléatoires des courants atmosphériques, des courants marins, de la teneur en poussières et en polluants de l'atmosphère. Ainsi, des périodes d'activité volcanique intense peuvent voiler le ciel de poussière et faire baisser la température ou, au contraire la faire monter si d'énormes quantités de gaz carbonique sont émises par ces mêmes volcans.

    Aujourd'hui l'homme ajoute son grain de sel et participe à l'altération de l'atmosphère par les émanations qu'il rejette par dessus son épaule. Est-il le seul responsable de la variation climatique actuelle ? C'est très difficile à dire. Mais ce qui est certain, c'est que la pollution que nos activités engendrent est nocive pour notre environnement. Si vous voulez en savoir un peu plus, allez sur le site www.kasuku.ch et cliquez sur les textes "Presque tout sur l'énergie", "Presque tout sur la pollution" et "le devenir de l'Homme".

    Jacques Deferne
    Conservateur honoraire
    Muséum de Genève

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    1. Sim, José Manuel, é claro que também há esse processo de variação do clima que tem mais ou menos um período de 500 anos, e que vai variando entre uma época mais quente - final da Idade Média, início dos Descobrimentos, até uma época mais fria - que começou no tempo dos Filipes até esfriar ao máximo no final do Séc. XIX. Agora está a aquecer de novo, o que é natural.
      Mas o pior não é isso... o pior é que como se trata de analisar as coisas em períodos curtos, faz-se uma completa manipulação dos dados, que tanto deu nos Anos 70 para falar em arrefecimento global, e deu agora para falar em aquecimento global. Mas há outros interesses nessa manipulação da opinião, que se misturam, e favorecem a finança do Casino.

      Abraço.

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