Eunice significa: Boa (Εὐ) vitória (νίκη).
Repare-se na sombra da estátua da Vitória.
A estátua da Vitória (Nice), encontrada em Samotrácia, e que encima uma escadaria do Museu do Louvre, será a que facilmente considero como a mais bela estátua esculpida.
Juntei a esta uma outra bela estátua de bronze, encontrada no Cabo Artemísio, que provavelmente retrata Zeus... simplesmente porque reparei na sombra projectada pela Nice, e os contornos dessa sombra na foto fizeram-me lembrar a outra.
Curiosamente, enquanto a sombra de uma asa faz lembrar um braço estendido, a sombra da outra asa, fez-me lembrar o perfil do rosto nas estátuas de Zeus.
É claro que suprimi o braço direito que arremessaria um raio, pois a sombra sugere mais que um braço esquerdo segura um livro.
Curiosamente, ainda... se à estátua de Vitória lhe falta a cabeça, ela pareceu desenhar-se na sombra.
Ora, este postal não seria sobre as estátuas, nem sobre Eunice - uma ninfa nereida, ou uma das jovens oferecidas ao Minotauro (em conjunto com Timóteo), nem sobre a mãe de São Timóteo, que também se chamava Eunice. Porém, dadas as circunstâncias passou a ser...
Colombo poderá vir ainda a ser desclassificado da gloriosa vitória na corrida para a descoberta da América... não porque se determine que até os homens das cavernas iam à América, que isso não interessa à verdade do politicamente correcto... mas se um "Comité do Olimpo" determinar que algum membro da tripulação da Niña, da Pinta, ou da Santa Maria, ingeriu alguns cogumelos psico-trópicos, toda a Armada Espanhola de 1492 poderá ser desclassificada da corrida à descoberta do encoberto.
ResponderEliminarDando o exemplo, o Comité Olímpico foi desencantar, ou decantar, os restos de urina dos Jogos Olímpicos de 2008, desclassificando a equipa jamaicana:
IOC SANCTIONS TWO ATHLETES FOR FAILING ANTI-DOPING TEST AT BEIJING 2008
e promovendo a equipa de Trinidad e Tobago ao primeiro lugar... ainda assim, a "ourina" ficou em paisagens caribenhas.
Depois do caso de Lance Armstrong, desqualificado em 2012 das sete "Voltas à França" que tinha vencido consecutivamente entre 1999 e 2005, estas decisões anti-doping com efeitos retroactivos, prometem reescrever a história pelo Olimpo.
É claro que se sabe do caso generalizado dos atletas que tomavam substâncias ilegais, como era mais que evidente em atletas da RDA (Doping in East Germany), sendo mesmo programa estatal.
Como é óbvio, os estados mais avançados tecnologicamente conseguem fazer passar substâncias que não são consideradas, ou detectadas, pelos testes.
A questão não é essa, a questão é que os Comités ao remeterem para os atletas a culpa, não descartam a sua culpa em permitir que as fraudes tenham ocorrido.
Em última análise, poderá verificar-se que todos os participantes devem ser desclassificados... porque com uma análise mais cuidada ainda, verificar-se-à que todos os atletas consumiram produtos que ajudaram à sua performance.
Pior, tanto podem ter sido os atletas, como alguém que deu a substância aos atletas, e em casos mais complicados, a culpa pode ser remetida a rivais (e as histórias são imensas - porque ou trocaram as amostras, ou lhes deram uma bebida gratuita no avião, etc.)
O processo nunca fica acabado, e todos os méritos deixam de ser do indivíduo e passam a estar na mão de um Comité qualquer.
O ridículo instala-se alegremente e é de perguntar:
- quem faz a despistagem de drogas ao Comité Olímpico?
É porque o propósito de desvalorizar a competição está a ser conseguido... e o lema de que "o importante é participar" ganha outra significado, porque até o último pode chegar a primeiro, por intervenção da secretaria.
Apenas se vê que o propósito do Comité é outro, porque em troca da ourina, exige o ourinho, de volta.
A fama não é mérito do indivíduo, é atributo de quem dá ou tira, controlando as multidões para o efeito.
Usain Bolt já veio concordar com a decisão... não vá o Comité lembrar-se de lhe retirar outros títulos, reduzindo-o à desgraça que caiu sobre Lance Armstrong.