Num comentário ao postal anterior, João Ribeiro indicou um documentário da campanha do Brexit que penso ser muito instrutivo, apesar de poder ser encarado apenas como uma excelente propaganda que serviu para o voto de saída da União Europeia.
Para seleccionar a legendagem em Português clique na [roda dentada] (entre [CC] e [YouTube]).
Escolha "SubTitles" e depois "Auto-Translate", nessa lista escolha "Português".
(É apenas uma tradução automática, mas funciona bem... ou quase sempre bem)
Muitos de nós já viram documentários parecidos, mas isso não altera a pertinência do que é dito. Marinho e Pinto terá sido dos poucos entre nós que terá falado do escândalo do que se passava no Parlamento Europeu... mas para além de não ter prescindido das principescas regalias, no que foi duramente atacado pelos seus compagnons de route, não tornou explícita a completa inutilidade do Parlamento Europeu, que aqui é dita - ou seja, serve apenas para ratificar leis da Comissão Europeia. O parlamento não tem poder para revogar ou propor novas leis. Ou seja, é um completo teatro de fachada, destinado a subsidiar principescamente uma elite, que é mesmo financiada para nem sequer comparecer às sessões...
O documentário é ainda ilustrativo para mostrar como o sector de pescas do UK sofreu praticamente o mesmo destino que o português - foi subsidiado o seu declínio. Mostra também como a verborreia legislativa da UE serve como forma de proteccionismo, destinada a impedir concorrência, já que novas empresas não conseguem cumprir exigências que requerem um arsenal de advogados. É dado como exemplo que há 1246 leis para o pão, e 12 653 leis para o leite... Montanhas de comida foi armazenada a apodrecer para criar a ideia de que havia falta de comida, permitindo assim aumentar o preço até 20%. Enfim, são múltiplos os exemplos, que ilustram como o Brexit foi uma decisão informada de muitos votantes conscientes, e não intoxicados com os meios de comunicação completamente controlados.
Porquê?
Essa pergunta não é respondida no filme, mas não é difícil de conjecturar.
Uma visão idealista do que seria um objectivo da elite que nos governa, é dado no filme Elysium, estreado em 2013 e que é suposto antever o futuro a 150 anos de distância... ou seja, a construção de uma Estação Espacial paradisíaca, que permite afastar a elite de toda a populaça terrestre. E se chegar à Lua coloca problemas, saindo do escudo protector da Cintura de Van Allen, a criação de uma estação espacial em órbita nem sequer se trata de ficção científica!
Porquê?
Essa pergunta não é respondida no filme, mas não é difícil de conjecturar.
Uma visão idealista do que seria um objectivo da elite que nos governa, é dado no filme Elysium, estreado em 2013 e que é suposto antever o futuro a 150 anos de distância... ou seja, a construção de uma Estação Espacial paradisíaca, que permite afastar a elite de toda a populaça terrestre. E se chegar à Lua coloca problemas, saindo do escudo protector da Cintura de Van Allen, a criação de uma estação espacial em órbita nem sequer se trata de ficção científica!
Elysium (2013)
O grande problema de uma elite é manter o seu estatuto, nada mais... para além de definir algumas regras inquebráveis para que a competição interna, dentro dessa elite, não a ameace. O resto é o medo da populaça - o demo.
Para esse efeito é necessário manter necessidades artificiais, crises, para manter a população entretida.
A população não pode ser eliminada, porque, por azar, precisará sempre de trabalho e especialmente de motivação para manter um arsenal de invenções e criações, que lhe garantam melhoria da qualidade de vida. Assim, apesar de haver condições para toda a humanidade poder viver já num paraíso terrestre, a competição é estimulada para os assuntos mais preocupantes... doenças, envelhecimento, longevidade, etc. Algumas das poucas coisas em que estamos sujeitos ao mesmo fado, independentemente do nascimento. Curiosamente, é praticamente certo que quanto mais isso for procurado ocorrer apenas como benefício de poucos, não ocorrerá como benefício de nenhuns... porque isso seria um passo irreversível condenatório.
A maior diferença da elite dos últimos séculos, face à aristocracia anterior, foi abrir a entrada do clube a novos membros, desde que aceitem as regras de desequilíbrio como inevitáveis. Assim, o que se pretende das políticas dos estados nada tem de racional. É uma pura questão de manter um enorme show em funcionamento, enganando 99.99% da população, que trabalhará afincadamente no meio de crises, para combater assimetrias e necessidades fabricadas.
Tudo o que vemos se destina a manter o ascendente das grandes empresas e empresários existentes, e combater energicamente a ascensão de uma nova burguesia ao topo do poder.
Essa prisão feita ao homem moderno, conforme é descrito no filme, é feita pela imposição de regras, regulamentos em cima de regulamentos, e pela criação de necessidades pelo efeito de crises artificiais. Assim, enquanto nos congratulamos com a boa decisão britânica, tal efeito irá provavelmente servir de enredo para mais uma crise financeira, que afectará mais uns tantos milhões...
Bom dia,
ResponderEliminarEste tentativa de controlar tudo e todos por parte do governo central de Bruxelas encontra paralelismo com o império de Carlos V. Também ele desejou os vários países debaixo das mesmas regras e leis... e falhou. Ao que parece a história repete-se ciclicamente. Se as pessoas aprendessem com os erros do passado teríamos evitado toda esta balbúrdia da UE.
Ab
Já há muito que ando no Exprexo (MaresSalgados) e outros jornais a comentar contra a UE e nimguem deu cavaco a isto:
EliminarPortugal e a UE violam os direitos humanos?
La ratification parlementaire du traité de Lisbonne décidée par M. le président N. Sarkozy, en contradiction avec le rejet du traité constitutionnel par le référendum du 29 mai 2005 viole le droit du peuple à des élections libres tel que garanti par l’article 3, protocole n° 1 de la Convention européenne de sauvegarde des droits de l’Homme (CESDH icon Convention européenne de sauvegarde des droits de l’Homme).
L’article 3, protocole n° 1 de la CESDH dispose :
Article 3 Droit à des élections libres Les Hautes Parties contractantes s’engagent à organiser, à des intervalles raisonnables, des élections libres au scrutin secret, dans les conditions qui assurent la libre expression de l’opinion du peuple sur le choix du corps législatif.
Nous pouvons collectivement introduire une requête devant la Cour européenne des droits de l’Homme afin de faire reconnaître la violation de nos droits politiques. Cette action doit être engagée rapidement afin de faire échec à la ratification parlementaire prévue au début de l’année 2008.
Avant toute chose, nous devons réunir le plus de contacts possibles, le plus vite possible, avant la mi-décembre dernier délai.
Si l’initiative vous plaît, parlez-en autour de vous.
Souvenez-vous de ce qui a fait le succès de notre mobilisation populaire en 2005: pas les médias, NOUS!
A partir de la mi-décembre, nous devrons avoir effectué les formalités juridiques nécessaires pour introduire une requête collective qui rassemble plusieurs milliers de personnes.
Le chiffre symbolique de 1 million doit être notre objectif. Il faudra impérativement que tout le monde signe un mandat pour que l’avocat puisse nous représenter devant la Cour. Il faudra également que nous ayons la liste exacte des personnes représentées. Ces formalités demanderont la participation de tous, pour que la requête puisse être introduite dans les délais.
Quando virem um FBI Europeu a operar em Portugal, e um exército Europeu a desfilar nas ruas de Lisboa, a maioria dos portugueses (iletrados) talvez se apercebam que Portugal já não é um país independente. Não compreendo o fundo do « porquê » de tanta obcecão histérica que têm os políticos portugueses pela União Europeia !?
Battle Group
Os militares portugueses passam a estar a deposição desta UE (Napoleónica...) para serem integrados nos tais Battle Group que o pequeno Sr. Ministro da Defesa da província portuguesa da União Europeia fez alusão recentemente. Francófilo e membro do Institut de Stratégie Comparée, Commission Française d'Histoire Militaire, Institut d'Histoire des Conflits Contemporains, não era de admirar.
Quinta-feira, 25 de Outubro de 2007
O guarda-chuva atómico francês da UE.
Senhor Engenheiro (?) Sócrates,
A França alargou o seu “parapluie nucléaire” aos 27 “estados” da UE.
Quantos mísseis com ogivas nucleares russos serão apontados para Portugal? (porreiro pá... ) Quantos mísseis Ariane- franceses serão instalados nos Açores? (Já acordamos pá...) já sabemos que com este tratado somos mais fortes... e vamos comandar o mundo com a França à frente. Que bom é ser cidadão europeu à força!
Já há muito que ando no Exprexo (MaresSalgados) e outros jornais a comentar contra a UE e nimguem deu cavaco a isto...
Isto é inutil de contestar a UE pois os portugueses por si nao o farao em referendo, já se sentem europeus e pouco portugueses, coisa que os britanicos fizerem antes de perderem a sua...
Cpts.
José Manuel CH-GE
Caro João, estou em crer que os vícios não foram herdados, mas sim induzidos. Ou seja, houve uma intenção propositada de que a UE caísse nos vícios habituais de um poder sem regulação, mas que impõe todas as regulações aos restantes. Também por isso, inicialmente foi fomentado um certo proteccionismo, conforme é ilustrado no filme, para depois entrar numa falência da maioria das suas indústrias, quando a Organização Mundial de Comércio impôs uma abertura, especialmente ao mercado chinês.
EliminarPortanto, parece-me que há muito que a situação é tão escandalosa, que não é só por descuido ou afronta, é propositadamente induzido.
Assim, tudo indica um novo confronto à escala económica global, entre o modelo desregulado de comércio - cujos símbolos são Wall Street e a City de Londres, versus o modelo centralizado de um grande estado europeu, preconizado por Berlim, Paris e Roma.
Por isso, esta iniciativa do Brexit, ainda que aparentemente seja penalizada pelos mercados, irá usar os mesmos mercados, especialmente por intermédio da China, para pressionar a UE à sua completa desagregação ou irrelevância.
Tem razão, José Manuel... se houvesse um referendo em Portugal, parece-me que sem dificuldade ganharia a permanência na UE, mas essas coisas são voláteis, porque a mentalidade portuguesa mais parola é a do "junta-te aos bons"... o que apenas significa que a UE só interessa enquanto tiver relevância. Se cair no descrédito, os que antes eram a favor, serão os principais críticos, porque isto é malta que aprendeu a encostar-se às facilidades. Faz lembrar a Jacqueline Kennedy, que facilmente passou a Onassis, para manter um certo estilo de vida.
Abraços
Olá caros amigos,
EliminarPenso que se a situação fosse bem exposta e explicadinha ao povo Português, que Portugal votaria numa saída da UE. O problema é que ao contrário de Inglaterra onde existiam 2 partidos, um que defendia a permanência e outro a saída, em Portugal falta o partido que defende a saída. Como é este que explica o que é realmente a UE, fica portanto o povo Português (na sua maioria) na ignorância dos factos. Ainda assim oiço cada vez mais vozes de contestação... Veremos o que isto vai dar. Costa já veio dizer em tonzinho subliminar que está "mais uma vez desiludido com a UE". Enfim, mesmo dando-lhe o crédito que merecer que é pouco ou nenhum, é um começo.
Ab
(...) "Ler não é somente juntar letras e formar palavras, mas também, e, fundamentalmente, significa saber interpretar, descodificar a mensagem"
EliminarEste é o problema dos portugueses, digamos desde sempre, o que não seria de estranhar pois são herdeiros diretos de 400 anos de Islão, ver o que são escolas coranicas para se compreender, passam disso ao catolicismo católico romano, e o resultado foi os contadores para as índias,dá numa mentalidade boa repetitiva, 1 e 1 / aeiou e sair disto é impossível por razões culturais, por isto tudo fico pela do Marques de Pombal "só la vão a chicote", veio o chicote da CEE depois o da UE não estou a ver um que ponha os portugueses fora da UE e virados para o mar... infelizmente.
A identidade do multiculturalismo e Petit Prince francês imposta aos portugueses depois de Abril 74 resultou na perca total da identidade herdada do seu império, em 24 horas passaram de ricos a pobres alegremente, povo que se move por quimeras e ideologias o português!
Cpts.
José Manuel GE-CH
P.S.
O tratado de Lisboa prevê a pena de morte em caso de tumultos graves... divulguei isto e minguem quis saber! se quiserem fazer outro 25 de Abril contem com as tropas espanholas debaixo da bandeira da UE em poucas horas em Lisboa...
José Manuel, sim, tem razão sobre a questão da pena de morte...
Eliminar«One last point: Professor Schachtschneider pointed out that it also reintroduces the death penalty in Europe, which I think is very important, in light of the fact that, especially Italy was trying to abandon the death penalty through the United Nations, forever. And this is not in the treaty, but in a footnote, because with the European Union reform treaty, we accept also the European Union Charter, which says that there is no death penalty, and then it has a footnote, which says, "except in the case of war, riots, upheaval"—then the death penalty is possible. Schachtschneider points to the fact that this is an outrage, because they put it in a footnote of a footnote, and you have to read it, like really like a super-expert to find out!»
www.larouchepub.com/hzl/2008/3510referendum_lisbon.html
http://acordem.com/blog/14263/
Abraço.
Talvez, caro João, mas para isso precisava de ter uma comunicação social que tivesse como objectivo informar, e não apenas conduzir o pessoal para a conversa do costume.
ResponderEliminarAguardemos, porque no Reino Unido isso aconteceu, ou seja, houve jornais de grande tiragem que fizeram a apologia do Brexit, e portanto isso significa que houve uma parte do poder instalado que apostou na saída.
Sendo assim, é natural que o novo poder que irá chegar ao UK tenha interesse em enfraquecer a UE, e nesse sentido desenvolver reacções em países mais propensos a colher esses argumentos, pelas sanções a que têm sido sujeitos.
Ou seja, no fundo bastaria que o novo poder que orientar o UK, alicie os subsídio-dependentes nacionais a tirar mais vantagens fora da UE do que dentro dela.
É que convém não esquecer que saindo o UK da UE, eles irão virar-se para alianças preferenciais com o grande mercado anglo-saxónico, ou seja com EUA e Canadá à cabeça.
Se nos lembrarmos do Echelon, toda a grande comunidade de língua inglesa partilha uma afinidade que é preferencial, e se tiver que optar entre UK e UE, dificilmente a UE será a escolha.
Por outro lado, a UE faz tontices em cima de tontices...
Vejamos no que isto vai dar.
Abç