Sei que algumas das coisas que aqui escrevo parecem estranhas, julgadas mais fabulosas do que ligadas à realidade desvendada pelos olhos... e por isso é também aconselhado ver o que as borboletas nos trazem aos olhos, sem ser figurativamente.
Neste caso um alfabeto borboleta!
Kjell Bloch Sandved, um fotógrafo de borboletas compilou padrões nas asas de borboletas, que se parecem bastante com números e letras do nosso alfabeto:
Padrões alfanuméricos em asas de borboletas (imagem em io9.com)
É claro que haverá quem diga que se trata de coincidência, de pareidolia, como quando uma mancha ou uma nuvem nos lembra uma cara, uma região... mas não vale a pena discutir sobre isso.
As imagens estão aí, e há muitas outras que Sandved recolheu desde 1960, publicou na revista do Smithsonian, e apresenta no seu site:
É de facto impressionante! Será que ele encontrou a numeração romana, ou até outro conjunto de grafismos que podemos trocar pelo alfabeto convencional? Caso para aquela máxima do serviço militar: não inventes porque já esta tudo inventado.
ResponderEliminarPS: o outro espaço esta abandonado.
Olá Sid,
Eliminara numeração romana sai imediatamente por estarem presentes o IVXLCDM, já não sei dizer sobre outros alfabetos.
Ainda que seja espantoso, as borboletas exóticas exibem padrões complexos, e os padrões alfanuméricos são complicados, mas não excessivamente. Poderia tentar-se uma explicação causal... do género "há um certo mecanismo fotográfico que levaria as borboletas a reproduzir as formas geométricas exóticas que encontravam abundantemente no contexto", do género "camaleão" que se adapta à textura ambiente, mas mesmo assim parece uma explicação algo escassa.
Cada vez estou mais convencido, até pelos exemplos que encontro na língua portuguesa, e não só, mesmo em outras deambulações sobre símbolos, que há uma espécie de reflexão associativa. No sentido em que a estrutura ambiente acabará por reflectir em realidade visível a nossa estrutura ideológica perene. Fizeram um caminho separado, mas tendem a unir-se... não só os nossos modelos se adaptaram a uma realidade, como a realidade poderá tender a adaptar-se aos nossos melhores modelos. É só uma questão de consistência justificativa que permita a sua ligação.
Abraço.