sábado, 20 de julho de 2019

50 anos depois

Um vídeo é suposto ser falso e o outro verdadeiro... qual? - depende da crendice.




No primeiro vídeo ouve-se:
"Cut!... So, I guess you wanna do it again!"

A questão é justamente:
So... I guess you never wanna do it again?

Há 10 anos atrás, se alguém me dissesse que não acreditava na ida à Lua, eu acharia que o sujeito era ignorante ou estava armado em parvo.
Passados 10 anos, e sem o mínimo ensejo de alguém repetir a senda de Kennedy, que desafiou a NASA a colocar um homem na Lua no espaço de 8 anos... pois, hoje passa-se o contrário!

Quando vemos a encenação do primeiro vídeo, vemos a velocidade a que o astronauta cai na Terra, mas também vemos a sua facilidade em mexer os braços e em movimentar-se.
Quando vemos a encenação do segundo vídeo, vemos a velocidade diminuída, que seria prevista para a queda na Lua, mas o que não seria previsto é que todos os movimentos ocorressem a uma velocidade reduzida, com dificuldade em mexer-se... quando sem grande atracção gravítica, os movimentos dos astronautas deveriam ser muito mais rápidos.

Talvez por falta de comparação, ou simplesmente porque se quis acreditar, esta piadola de 50 anos está aí jovial e pronta para viver mais 50 anos, mesmo depois dos astronautas (agora com quase 90 anos) terem morrido.


6 comentários:

  1. o filme original desapareceu quando da mudança de sítio dos arquivos da NASA...https://www.futura-sciences.com/sciences/actualites/astronautique-apollo-11-video-originale-alunissage-bientot-vendue-encheres-19933/

    Cumprimentos
    José Manuel

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    1. Sim, mas também não sei bem a que se referem, quando falam em "filme original".
      Foi suposto tratar-se de uma transmissão televisiva!
      Portanto as câmaras não registavam nada, simplesmente mandavam a imagem captada para a Terra. O sinal depois era enviado da NASA para todas as televisões do mundo... Ora, sendo em "directo", todos receberiam o mesmo, ou quase o mesmo. Como a NASA gravou o sinal antes de enviar aos outros, creio que não seria bem em directo, e talvez seja dessa gravação que se fala.

      Mas há vários detalhes engraçados.
      Houve 2 naves no processo:

      https://en.wikipedia.org/wiki/Apollo_(spacecraft)#/media/File:Apollo_Spacecraft_diagram.jpg

      Uma na qual ficou Collins em órbita lunar, e outra em que desceram Aldrin e Armstrong.
      Está-se toda a gente a borrifar para como foi feito o processo, mas há coisas que simplesmente não ligam bem.
      Se os 3 astronautas iam na nave conjunta, não havia nenhum caminho nessa nave que permitisse aos 2 sair da nave inicial, passar pelo reactor, e entrar no LEM (módulo lunar). Ninguém nunca disse que os 2 iam instalados originalmente no LEM (isso seria a única coisa lógica).
      Nunca ninguém viu imagens do LEM a desprender-se da nave original. Teria sido possível, já que as mesmas câmaras registaram a chegada de Armstrong.

      Esquecendo o facto da chegada não ter feito cratera nem ter deixado pó, da velocidade principal ser horizontal e a descida ter sido vertical... enfim, não compliquemos a vida à NASA.
      Esquecendo tudo isso, depois, parte do LEM descolar de novo, e acertar numa minúscula nave (que estava em órbita)... é tarefa irrepetível. Tudo isto com combustível a menos que o mínimo.
      Grande pompa foi feita em 1975 para a junção da Soyuz com a Apollo:

      https://en.wikipedia.org/wiki/Apollo%E2%80%93Soyuz_Test_Project

      mas no caso da Lua, estaríamos a falar de um LEM que teria que superar a velocidade de escape da Lua, ou seja, teria que sair mais rápido que uma bala, atingindo 6 vezes a velocidade do som.
      Depois de serem disparados a essa velocidade, o módulo de Collins teria que atingi-los, agora de forma muito suave - como um toque de borboleta, para que os 2 "que foram à Lua" passassem para o módulo que voltaria à Terra.

      Tudo isto foi uma história de ficção científica, sem registos comprovativos minimamente suficientes ou até credíveis.
      Os aspectos mais técnicos são ignorados, porque o povão não os entende, e quem os entende não está minimamente interessado em fazer contas para questioná-los.

      Abraço.

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  2. Pelos vistos os "nuestros hermanos" tiveram um papel importante na logística deste evento.
    https://www.lavanguardia.com/historiayvida/la-conquista-de-la-luna_40443_102.html

    Apesar de não indicar neste artigo o papel específico dos espanhóis, vou ver se consigo colocar os links com foto do artigo em versão papel:

    https://1.bp.blogspot.com/-8Em4XXUMRiE/XTNn05EaUkI/AAAAAAAAt3Q/_6LjWmdnEQwJc62hlm0o7O31Yh788WaAQCEwYBhgL/s1600/Historia%2BY%2BVida%2BJulho%2B2019%2Bb.JPG

    https://1.bp.blogspot.com/-NTOyTRsKtIM/XTNoNVrt1hI/AAAAAAAAt3o/Z9LvcgtcDEwRQ4yrNlsSusKWrQ4tYW1FgCLcBGAs/s1600/Historia%2BY%2BVida%2BJulho%2B2019%2Bc.JPG

    São duas páginas. Espero que consiga visualizar.

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    1. Olá Amélia.
      Também já tinha visto essa pretensão espanhola de se associar ao "evento".
      Para manter as coisas minimamente credíveis, havia a questão de serem precisos 3 pontos na Terra, para que na rotação da Terra, um estivesse sempre "a ver a Lua".
      Escolheram a Espanha para o efeito, foi isso... talvez porque Franco garantisse que não iriam haver perguntas!
      De resto, o papel espanhol não terá sido outro, senão dar um local, e fazer poucas perguntas.

      O período 1969-73, das supostas idas à Lua, coincide com um único presidente americano - Richard Nixon.

      Abraço.

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  3. Olá boa noite, assunto fascinante o da Lua, ver "Os segredos que a Lua (ainda) esconde" na Visão :
    Como se formou a Lua?
    Como é que a água foi parar à Lua?
    Porque é que as rochas trazidas da Lua são mais novas do que a própria Lua?
    Porque é que vemos sempre o mesmo lado da Lua?
    http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2019-07-20-Os-segredos-que-a-Lua--ainda--esconde
    a lua seria um nave espacial que trouxe a humanidade para a Terra e está estacionada para a levar quando estiver em perigo, daí não quererem que se saiba muito disto, prefiro esta visão protetora reconfortante, e de seguida vou escutar Pink Floyd Reunion - Time https://www.youtube.com/watch?v=oEGL7j2LN84

    Cumprimentos
    José Manuel

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    1. Bom dia,
      as comemorações dos 50 anos da ida à Lua, foram quase tão pífias como parecem vir a ser as comemorações para os 500 anos da circumnavegação de Magalhães.
      Se ninguém parece ter tido problemas em repetir a viagem de Magalhães, já a ida à Lua parece ter sido facto singular da presidência de Nixon. Será de questionar o que as escutas do Watergate, que levaram à sua demissão, teriam para dizer acerca do assunto.

      Quanto ao artigo da Visão, é daqueles artigos que se mete quando não há mais nada para reportar. Aliás, se querem saber da existência de gelo, seria simples mandar o Buzz Aldrin à zona polar da Lua...

      Quanto à Lua exibir sempre o mesmo lado, durante algum tempo pensei que fosse algo singular, mas aparentemente essa particularidade chama-se
      "tidal locking":
      https://en.wikipedia.org/wiki/Tidal_locking
      ... e ocorre numa grande quantidade de outros satélites.

      O que será caso único é que a Lua exibe um disco de dimensão muito semelhante ao disco Solar, permitindo eclipses feitos quase à medida.

      Boa escolha de música... o tempo. Mistério mais significativo será o tempo lunar estar alinhado com o ciclo menstrual feminino humano, e não tanto com o de outros animais. Será como se a reprodução humana estivesse sincronizada pela Lua.

      Sobre a formação da Lua, como é óbvio só poderá haver teorias, mais ou menos polémicas. Lembro-me da troca de comentários com o Paulo Cruz sobre:
      Lua Recente

      A Lua manteve um certo aspecto protector sobre a Terra, apanhando com uma série de meteoros, que doutra forma teriam caído de forma muito mais significativa sobre a Terra.

      Funciona como uma espécie de escudo protector.
      No entanto, misturam-se causas e consequências. Se não tivesse havido essa protecção, a vida na Terra não se teria desenvolvido da mesma forma. Tal como nem teria saído do mar, se não houvesse a Cintura de Van Allen. Mas a consequência disso ter sido a vida como a conhecemos, não significa que houvesse esse propósito. A causa não se desliga da consequência.

      Abraço,
      da Maia.

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