Há duzentos anos, no 1º de Maio de 1818, John Keats escreveu o poema "Ode to Maia", que fez parte deste blogue desde o início. "Baiae" refere-se a uma cidade afundada, a cidade de Baia, que mencionámos no texto CSI Gaiola.
Passados 8 anos, pareceu-me tempo de fazer uma adaptação/tradução do escrito.
Mãe de Hermes! e ainda jovial Maia! Poderei cantar-te, como foste cantada nas margens de Baia? Ou poderei cortejar-te num luso siciliano? Ou, aos teus sorrisos, procurá-los como foram procurados, em gregos frisos, por bardos falecendo agradados ao belo escrito, deixando grandes versos a um pequeno clã? Oh, receba eu o antigo vigor! inaudito Salvo do silêncio da prímula, do afã celeste e sem ouvinte. Rodeado por ti, a minha canção se desvaneceria, satisfeita como sua seguinte, rica na simples adoração do dia.
MOTHER of Hermes! and still youthful Maia! May I sing to thee As thou wast hymned on the shores of Baiae? Or may I woo thee In earlier Sicilian? or thy smiles Seek as they once were sought, in Grecian isles, By bards who died content on pleasant sward, Leaving great verse unto a little clan? O give me their old vigour! and unheard Save of the quiet primrose, and the span Of heaven, and few ears, Rounded by thee, my song should die away Content as theirs, Rich in the simple worship of a day.
Um ciclone, furacão, ou tufão, são exactamente a mesma coisa com nomes diferentes.
Antigamente designavam-se por furacões os que atingiam a América, e por tufões os que atingiam a Ásia. Na metereologia ninguém dizia que Portugal ia ser atingido por um furacão, normalmente dizia-se que se aproximava um ciclone, e era bom tomar cuidado.
Como o nome "furacão" está associado a devastações maiores na América, serve o intuito de dar à manivela que agora também temos furacões, na ideia das "alterações climáticas". Se a moda continua, seguidamente iremos ter tufões. Para já serviu apenas para baptizar tempestades.
Entretanto, também herdámos a escala de ameaça do furacão que vai basicamente de 3 a 5, os que são de categoria 1 ou 2, enquadra-se naquilo que era chamado "ventos fortes".
Foi assim com alguma surpresa que a abrir os nossos noticiários vi o governador da Carolina do Norte lançar o pânico, e palavras como "chuvas épicas", perante o furacão Florence, de categoria 4. Afinal tinham havido no ano passado outros de categoria 5 (o Irma e o Jose), sem tanto alarme ou dramatismo no prelúdio.
De facto, este ano não tinha havido nenhum furacão de categoria 4 ou 5, e faltando notícias climáticas, aquele era o maior. Como esperado, o furacão passou, fez os estragos previsíveis, mas sem mais do que o isso (o número de vítimas do Irma foi 5 vezes maior, isto já para não falar do Katrina que em 2005 causou 50 vezes mais vítimas ~ 1500 mortos).
O olho do furacão é uma designação usada para denominar a área circular no centro do ciclone que não é afectada pelos ventos do furacão. Esta aréa do olho pode ter entre 30 e 60 Km de diâmetro, e pode estar aí um tempo excelente - céu limpo, ameno, e sem vento. O problema é que, à sua volta, os ventos atingem os 300 Km/h... e o centro vai-se deslocando. Porém, quem aguentar os ventos e entrar no olho do furacão, "só" tem que segui-lo, para se manter com bom tempo, e seguir o rasto de destruição, que este vai deixando à passagem.
Ora, é curioso que este tipo de movimento espiral é também observado em diversas galáxias que podemos ver com maiores ou menores telescópios. Um desses muitos casos é a Galáxia M101 (Pinwheel), que faz parte do grande grupo das galáxias espirais:
Galáxia espiral M101
Não se vê aqui nenhum "olho", mas a imagem não deixa de apresentar notáveis semelhanças. A questão de não se ver nenhum olho, não significa que não exista, porque ao contrário dos ciclones que se desenrolam sobre a superfície atmosférica da Terra, as galáxias não estão sobre nenhuma superfície. É mais natural que o olho não seja um disco, seja uma esfera, e por isso nunca seria visível por nós. Ou seja, este tipo de formações sugere um tipo de movimento típico de fluidos, e eventuais suspeitas de buracos negros... caso fossem fotografados, poderiam revelar esse olho, sem que isso correspondesse a nada de especial - talvez apenas a uma zona de ausência de gravidade.
Vem esta pequena divagação decorativa a propósito da tempestade em copo de água que começou por ser o caso Trump-Rússia. Essa tempestade tropical foi formada a propósito da campanha eleitoral americana, visando levantar ventos que abanassem a eleição republicana. Depois passou à fase de furacão, em que o presidente americano se viu alvo de um embaraçoso processo judicial. Agora, parece ter subido de categoria, já que Trump decidiu fazer algo novo - solicitou a divulgação dos documentos secretos relativos ao processo:
Claro que isto de revelar documentação secreta é complicado, e um representante dos democratas diz:
"With respect to some of these materials, I have been previously informed by the FBI and Justice Department that they would consider their release a red line that must not be crossed as they may compromise sources and methods."
... portanto Trump, dando-lhe jeito aqui o mote da transparência, está a cruzar linhas vermelhas do FBI, ou seja, está a elevar o grau da tempestade. Resta saber se está no olho do furacão ou não...
Em 1 de Maio de 2018, num edifício abandonado, degradado, e ocupado ilegalmente, ocorreu um incêndio de grandes proporções, que levou a um desabamento rápido, lembrando um pouco os desabamentos da duas torres gémeas do World Trade Center, em Nova Iorque, no 11 de Setembro.
Reportagem vídeo sobre o incêndio e desabamento do edifício.
Imagem do colapso do prédio em S. Paulo (1 de Maio de 2018)
Tratava-se do edifício Wilton Paes de Almeida, inaugurado em 1968 em São Paulo, e que durante anos serviu de sede a uma companhia vidreira, tendo depois servido como sede da polícia federal, até ter sido abandonado.
Não há qualquer comparação com o estado em que o prédio foi deixado, relativamente a outros prédios, a que aqui fizémos referência há dois anos:
Por exemplo, a já inexistência de elevadores tornou esses poços como fáceis correntes de convecção proporcionando uma situação extrema.
As pessoas que ocupavam ilegalmente o prédio foram rapidamente evacuadas antes do desmoronar, e o número de vítimas foi reduzido.
No entanto, acreditando que mais nada esteve envolvido, temos aqui um exemplo de desmoronamento que tem algumas semelhanças com o das duas torres gémeas, acrescido por a data de construção ser idêntica, e também pela semelhança de algumas ideias arquitectónicas aí presentes.
Neste caso a situação era agravada pela aparente existência de apenas 4 pilares principais.
Não querendo expor apenas uma versão, e tendo aparecido este exemplo, fica para confrontação.
Na minha opinião, este não é um caso semelhante. É preciso notar que a degradação de estruturas leva à sua queda, como foi agora o caso da ponte Morandi em Génova, ou tinha sido antes o caso da ponte Hintze Ribeiro em Entre-os-Rios.
De qualquer forma, retira o argumento de que não se conheciam casos semelhantes...
Ainda relativamente à tragédia das torres gémeas, em 11 de Setembro de 2001, convém notar que não foram apenas estas as torres afectadas, desabou ainda o edifício WTC 7, e uma pequena igreja ortodoxa (St Nichols Greek Orthodox Church) também despareceu nos escombros.
No entanto, o caso mais estranho terá sido o da Torre Millenium, muito próxima de uma das torres, e que sofreu pesadamente o efeito do desabamento. A figura seguinte compara a forma rectangular da Torre Millenium com o monólito do filme "2001 Odisseia no Espaço".
Não deixa de ser curioso que os atentados, tendo sido realizados em 2001, no primeiro ano do 3º milénio, isso coincidisse com o nome da torre (Millenium), e com o aspecto semelhante ao monólito do filme de Kubrick "2001".
Trata-se de um vídeo num artigo que apareceu o ano passado no Daily Star.
Engineers Steven Jones, Robert Korol, Anthony Szamboti and Ted Walter are part of the growing community of experts who say evidence indicates the towers were brought down in a controlled demolition. They wrote a paper for Europhysics News – released last year – highlighting four important pieces of evidence pointing to this conclusion. These were: – Fires are not normally hot enough to heat a massive steel structure enough for it to collapse – The majority of high rise buildings have sprinkler systems that prevent a fire from getting hot enough to heat steel to a critical level – Skyscrapers are protected using flame-proof materials – And they are designed so that if compromised, they do not collapse.
O caso do desabamento do edifício de São Paulo acabaria por questionar todas estas assumpções, pois lê-se ainda no artigo:
Its conclusion was that the “WTC Towers and WTC 7 [were] the only known cases of total structural collapse in high-rise buildings where fires played a significant role.”
Ou seja, para além dos 3 edifícios do WTC que desmoronaram melhor do que muitas implosões programadas e controladas (vejam-se alguns falhanços), veio juntar-se à lista um edifício que mesmo estando abandonado e degradado, usava uma arquitectura semelhante, e portanto deveria ter resistido ao incêndio...
Argumentar que os únicos casos conhecidos de desabamento de arranha-céus pelo fogo eram os 3 exemplos do WTC era um argumento demasiado simples e forte, para ser rebatido com ligeireza.
A queda do edifício de S. Paulo apareceu assim como providencial, para terminar com esse argumento - assumindo que a única causa do colapso foi o fogo, é claro.
A doença do 11 de Setembro
O número de vítimas dos atentados às torres gémeas vai crescendo por via dos problemas respiratórios que trouxeram um grande número de cancros pulmonares.
Contavam-se já mais 1000 vítimas há dois anos:
e este número foi aí estimado como podendo ultrapassar o próprio número de vítimas directas dos atentados no dia 11 de Setembro de 2001, no espaço dos próximos cinco anos, atendendo a que se poderiam contabilizar até 35 mil pessoas afectadas pelo problema.
O facto dos responsáveis terem garantido então aos nova-iorquinos que não haveria problema nenhum em respirar próximo do "Ground Zero", já teve um reconhecimento de erro pela responsável à época. Este reconhecimento de erro nem sequer poderá ser considerado homicídio por negligência, porque foi uma decisão de topo, retirada do "consenso científico" dos responsáveis.
Terá começado ontem uma conferência na Universidade do Porto que reunia cépticos sobre as "alterações climáticas", ou pelo menos sobre as suas causas.
Como o assunto é um "dogma científico" da moda, reunindo um grande consenso, criou-se rapidamente um "grupo de apedrejamento", de fervorosos zelotas nacionais, destinado a impedir que tal conferência se realizasse num espaço universitário. Felizmente, a Fac. Letras não seguiu os zelotas, e a Profª. M. A. Araújo pôde iniciar a conferência.
Abrimos este tópico "Snowmageddon" em Janeiro de 2014, e a paranóia continua, tornando a vida complicada a quem ousar duvidar de tamanha certeza.
Afinal, como podemos duvidar de tamanha certeza?
Costumava (no passado) verificar-se a razão quando as previsões acertavam.
Há um problema com o número 2020.
Era uma data distante em 2000, e pensava-se que chutar para 2020 era suficiente para alarmar caos.
Vejamos então algumas previsões colocadas em 2020 (falta pouco mais que um ano):
O Pentágono avisava Bush que em 2020 - "as maiores cidades europeias ficarão afundadas pelo aumento do nível do mar, e a Inglaterra seria mergulhada num clima siberiano":
Isto já para não falar dos "conflitos nucleares, mega-secas, fome, e grandes motins".
Era isto que os jornais e televisões anunciavam em 2004, e assim foram enchendo o nosso espaço informativo durante mais de duas décadas com esta conversa persistente.
(2) Ver por exemplo o artigo do mesmo jornal em 11 de Setembro de 2004 que considerando a previsão para 2020 tinha como título "The drowning world" (o afogamento do mundo), prevendo que navios já usariam já um Ártico descongelado para atalhar caminho, que o estreito de Bering estaria sempre sem gelo, entre muitas outras alarvidades.
Foi ainda em 2004 que foi lançado o filme "The day after tomorrow" com um cartaz sugestivo:
"As neves do Quilimanjaro" era um bom título, baseado no romance de Hemingway. Ficando em África, era um ponto quase seguro para este tipo de especulações de aumento de temperatura.
Assim vamos encontrando uma variação das previsões:
(i) Em 2002 dizia-se que iriam desaparecer em 2020 - artigo do Telegraph (já mencionado).
(ii) Em 2003 dizia-se que provavelmente em 2010 só haveria lama - artigo do New York Times.
(iv) Em 2011 começavam os problemas da previsão (o desaparecimento até 2015 não se verificaria):
AMHERST - If there is a poster child for global warming, it may be the vanishing snows of Kilimanjaro, which were predicted to disappear as early as 2015 in a widely-publicized report a decade ago.
Porque deixou-se de confrontar as previsões com o que aconteceu de facto!
Os dogmas são assim.
Não há discussão, cada um acredita ou não no dogma instaurado.
A ciência servia uma ponte de entendimento, que era confirmada ou desmentida pelos factos.
A religião não serve ponte de entendimento, é dogmática, baseada na fé - acredita-se ou não!
Cada vez mais a ciência comporta-se como religião fundamentalista.
Daí ter aparecido o nome "Alterações Climáticas" que substituiu o "Aquecimento Global"... porque alterações climáticas existem desde que existe tempo na Terra, desde que existem estações do ano. E por isso tanto o "frio" com o "calor" serviam à narrativa, para conformarem políticas, e mais do que isso apostas de casino... porque tudo isto será esquecido com políticas europeias de "direito ao esquecimento", e muito outras tangas, que querem massacrar a memória, para poder tratar toda a gente como crianças, acabadas de nascer.
Portanto, apesar de toda a evidência científica ter deitado por terra todos os alarmes catastrofistas das previsões bacocas, nada disso parece afectar a corja científica que gosta de fazer da ciência uma religião.
Nem todos, porque ao menos o prémio Nobel da Física (1973), Ivar Giaever, por causa disto decidiu abandonar a American Physical Society, um dos coros onde queriam agremiar os coiros do unanimismo:
Ivar Giaever (prémio Nobel) discursa contra o "Aquecimento Global"
É claro que Ivar Giaever é logo atacado, dizendo-se que está ligado ao lobby dos petro-dólares.
Assim já ninguém vai ver o que diz, a "inquisição" cataloga-o como "pagão" e já está!
Numa religião não interessa a evidência, interessa o clube de que se é adepto.
Então, e não houve interesse em vender a propaganda do CO2 (o gás que todos nós respiramos)?
Contra os carros que poderiam ser fabricados na Índia e na China a preços arrasadores, o que foi feito pela UE?
Colocou normas cada vez mais reduzidas, que obrigavam a uma alta tecnologia inexistente.
Nem interessou nada a Volkswagen ter sido apanhada pelos EUA, mostrando que também não conseguia acompanhar o que exigia, nada isso interessa, quando não há nenhuma punição, já que os governos europeus servem apenas para enfeitar.
Eu faço aqui ênfase neste ponto, porque o que está em causa não é apenas o "aquecimento global", que é claro que se pode ter manifestado em quantidades reduzidíssimas. A poluição é um problema global, que deve ser tratado... mas seriamente! Beneficiámos no ar das nossas cidades com a redução dos poluentes, mas confundir tudo no mesmo saco, não é a mesma coisa.
Interessa que esta corja científica que se reúne para apedrejamentos, para ameaçar e desonrar quem quer que seja que não alinhe nas suas tretas, está a crescer, porque o interesse monetário tratou de ser paradigma mundial no financiamento da investigação e nas universidades.
Isto leva à crescente inquisição científica... cheia de certezas de coisa nenhuma.
Com a vontade de explicar tudo, e não conseguir explicar muito, entra a matar onde está insegura, e onde as evidências de total incompetência aparecem.
Senão, vejamos alguns exemplos:
(1) Como apareceu o Universo?
Usa as equações da relatividade geral de Einstein no Big-Bang.
Então o Universo já sabia das equações para se formar em conformidade?
(2) Como apareceu a Vida?
Por acaso, apareceram umas moléculas que permitiram a vida.
Substituindo "acaso" por "vontade divina" e temos uma explicação religiosa.
(3) Como apareceu a Inteligência humana?
Por acaso, os neurónios começaram a desenvolver uma coisa a que se chama "inteligência".
Outra vez, substituindo "acaso" por "vontade divina" e temos uma explicação religiosa.
O facto de ter aqui apresentado explicações claras e simples, isso não interessa nada.
Não interessa nada, porque quando a ciência se faz por fé e grupos religiosos, nada o que não pertença ao clube, interessa.
Música electrónica foi um nome inicial, depois foi-se chamando "dance", "house", "techno", "rave", e agora será mais conhecida pelo nome "trance". Há distinções para os puros de ouvido, mas neste campo, eu continuo a classificar como faria há trinta anos atrás - para mim, é tudo música electrónica, sucessora dos velhinhos Kraftwerk.
Trago aqui um vídeo do tema "Domino" do DJ Oxia (Olivier Raymond)
... mas em termos musicais, prefiro a versão alargada da remix feita por Morten Granau:
Oxia - Domino (Morten Granau remix)
(4:00) we wanted... a new life... a new world... to us that was freedom
E lembrei este vídeo porque vai buscar a velha ideia do monolito, como solução misteriosa do início e futuro da humanidade, conforme presente no filme 2001 Odisseia no Espaço, mas agora numa versão "douradinha" :
Isto porque não vi ainda muito difundida a ideia (óbvia) de que os telemóveis actuais copiam o design do monolito que aparecia no filme. Fui procurar e encontrei um blog onde se fala um pouco do assunto (aparentemente há cópia até na proporção das dimensões):
O papel do monolito no filme "2001 Odisseia no Espaço"
Isto é apenas um apontamento de curiosidade, sem nenhuma intenção especulativa. É claro que podem dizer que Kubrick era um visionário, que antevia os telemóveis, ou que nos queria revelar o futuro que se preparava para nós, etc... Nada disso me parece fazer sentido, ou teríamos visto os macacos a partilharem imagens de bananas num fuçaboca qualquer.
Estou convencido que da mesma forma que o desenho do monolito era apelativo para o espectador, o desenho do telemóvel também o procura ser para o utilizador, e daí a cópia... mas é razoavelmente estranho todos os fabricantes terem optado por um formato único.
Como idolatração rápida de um objecto, de facto o telemóvel é um caso de expansão e dependência impressionante, pelo que visto à distância de 50 anos em que o filme foi feito, revê-lo acaba por trazer uma outra ideia, agora crítica sobre o próprio monolito, propagador de uma monocultura.