Os resultados contados às 21:00 (hora Barcelona) segundo o Diário de Girona:
... previam uma maior vitória dos independentistas, que ainda assim conseguiram uma maioria de 70 lugares contra 65, apesar de terem menos votos expressos:
Resultados finais (1h08 de Barcelona).
Os independentistas venceram de novo, apesar do partido mais votado ser o Ciudadanos, liderado por uma andaluza residente há 10 anos em Barcelona, o que torna mais caricato o resultado eleitoral.
O PP terá perdido 8 deputados para o Ciudadanos, e sem 6 desses deputados o Ciudadanos teria ficado em 3º lugar, o que torna a sua vitória uma mera contagem, sem significado real. O mesmo não se poderá dizer do número de votantes - os independentistas conseguiram 47.5% não chegando a metade dos votos, numa participação eleitoral que teve mais de 80% dos votantes.
Numa situação, algo similar, ainda hoje quase metade dos habitantes de Riga, capital da Letónia, é de origem russa, e caso semelhante acontece em Talin, na Estónia. Isto, porque a Rússia quando anexou os estados bálticos, achou boa ideia "colonizar" o território com população de origem russa.
Uma forma do "país invasor" condicionar a expressão da vontade independentista local, é fomentar a deslocação de populações. Por isso numa Convenção de Genebra ficou escrito que:
"A potência ocupante não poderá deportar ou transferir parte
da sua população para o território que ocupa."
A situação não é bem a mesma. Aqui, mais por razões económicas, uma parte considerável da população residente em Barcelona tem origem noutros territórios espanhóis, nomeadamente da Andaluzia. Mas para evitar o problema com os russos residentes nos estados bálticos, não foi concedida nacionalidade a uma grande parte destes... com muito mais do que 10 anos de residência aí - afinal, um pequeno detalhe que não preocupa a UE.
Ainda assim, com um parlamento de novo dominado pelos independentistas, conforme seria expectável, se Madrid não exagerasse na trafulhice... parecem ter-se acabado ao governo espanhol os argumentos legais para resolver o problema catalão. No máximo poderá continuar a convocar eleições, até que o resultado mude, ou então poderá tentar a última manobra - efectuar um referendo para a independência, segundo os seus moldes. Esta última hipótese será ainda tentadora, porque em número de votos, não houve vitória independentista clara...
Agora, a Espanha fica com o mesmo "pequeno" problema político e jurídico por resolver... pelo lado jurídico, os vencedores independentistas estão presos ou exilados, com ordem de prisão; pelo lado político, a Espanha esgotou os elementos jurídicos, isto se quiser respeitar o resultado democrático eleitoral.
O solstício de inverno apareceu hoje depois da Lua nova.
Faz lembrar a questão de Olivença porque muita da população original oliventina foi substituída. Hoje, são mais as famílias oriundas de outras zonas espanholas do que propriamente de origem portuguesa.
ResponderEliminarBoas Festas.
JR
Exacto.
EliminarBoas festas, e bom ano de 2018.