Num comentário ao postal anterior, João Ribeiro indicou um documentário da campanha do Brexit que penso ser muito instrutivo, apesar de poder ser encarado apenas como uma excelente propaganda que serviu para o voto de saída da União Europeia.
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(É apenas uma tradução automática, mas funciona bem... ou quase sempre bem)
Muitos de nós já viram documentários parecidos, mas isso não altera a pertinência do que é dito. Marinho e Pinto terá sido dos poucos entre nós que terá falado do escândalo do que se passava no Parlamento Europeu... mas para além de não ter prescindido das principescas regalias, no que foi duramente atacado pelos seus compagnons de route, não tornou explícita a completa inutilidade do Parlamento Europeu, que aqui é dita - ou seja, serve apenas para ratificar leis da Comissão Europeia. O parlamento não tem poder para revogar ou propor novas leis. Ou seja, é um completo teatro de fachada, destinado a subsidiar principescamente uma elite, que é mesmo financiada para nem sequer comparecer às sessões...
O documentário é ainda ilustrativo para mostrar como o sector de pescas do UK sofreu praticamente o mesmo destino que o português - foi subsidiado o seu declínio. Mostra também como a verborreia legislativa da UE serve como forma de proteccionismo, destinada a impedir concorrência, já que novas empresas não conseguem cumprir exigências que requerem um arsenal de advogados. É dado como exemplo que há 1246 leis para o pão, e 12 653 leis para o leite... Montanhas de comida foi armazenada a apodrecer para criar a ideia de que havia falta de comida, permitindo assim aumentar o preço até 20%. Enfim, são múltiplos os exemplos, que ilustram como o Brexit foi uma decisão informada de muitos votantes conscientes, e não intoxicados com os meios de comunicação completamente controlados.
Porquê?
Essa pergunta não é respondida no filme, mas não é difícil de conjecturar.
Uma visão idealista do que seria um objectivo da elite que nos governa, é dado no filme Elysium, estreado em 2013 e que é suposto antever o futuro a 150 anos de distância... ou seja, a construção de uma Estação Espacial paradisíaca, que permite afastar a elite de toda a populaça terrestre. E se chegar à Lua coloca problemas, saindo do escudo protector da Cintura de Van Allen, a criação de uma estação espacial em órbita nem sequer se trata de ficção científica!
Porquê?
Essa pergunta não é respondida no filme, mas não é difícil de conjecturar.
Uma visão idealista do que seria um objectivo da elite que nos governa, é dado no filme Elysium, estreado em 2013 e que é suposto antever o futuro a 150 anos de distância... ou seja, a construção de uma Estação Espacial paradisíaca, que permite afastar a elite de toda a populaça terrestre. E se chegar à Lua coloca problemas, saindo do escudo protector da Cintura de Van Allen, a criação de uma estação espacial em órbita nem sequer se trata de ficção científica!
Elysium (2013)
O grande problema de uma elite é manter o seu estatuto, nada mais... para além de definir algumas regras inquebráveis para que a competição interna, dentro dessa elite, não a ameace. O resto é o medo da populaça - o demo.
Para esse efeito é necessário manter necessidades artificiais, crises, para manter a população entretida.
A população não pode ser eliminada, porque, por azar, precisará sempre de trabalho e especialmente de motivação para manter um arsenal de invenções e criações, que lhe garantam melhoria da qualidade de vida. Assim, apesar de haver condições para toda a humanidade poder viver já num paraíso terrestre, a competição é estimulada para os assuntos mais preocupantes... doenças, envelhecimento, longevidade, etc. Algumas das poucas coisas em que estamos sujeitos ao mesmo fado, independentemente do nascimento. Curiosamente, é praticamente certo que quanto mais isso for procurado ocorrer apenas como benefício de poucos, não ocorrerá como benefício de nenhuns... porque isso seria um passo irreversível condenatório.
A maior diferença da elite dos últimos séculos, face à aristocracia anterior, foi abrir a entrada do clube a novos membros, desde que aceitem as regras de desequilíbrio como inevitáveis. Assim, o que se pretende das políticas dos estados nada tem de racional. É uma pura questão de manter um enorme show em funcionamento, enganando 99.99% da população, que trabalhará afincadamente no meio de crises, para combater assimetrias e necessidades fabricadas.
Tudo o que vemos se destina a manter o ascendente das grandes empresas e empresários existentes, e combater energicamente a ascensão de uma nova burguesia ao topo do poder.
Essa prisão feita ao homem moderno, conforme é descrito no filme, é feita pela imposição de regras, regulamentos em cima de regulamentos, e pela criação de necessidades pelo efeito de crises artificiais. Assim, enquanto nos congratulamos com a boa decisão britânica, tal efeito irá provavelmente servir de enredo para mais uma crise financeira, que afectará mais uns tantos milhões...