domingo, 25 de julho de 2010

China UFO

O evento é de 7 de Julho...
Antigamente estas notícias de visionamentos de OVNIs eram habituais, com a devida moderação, mas apareciam rapidamente. Actualmente, parece que os jornalistas (portugueses e outros) já não se importam muito com estas coisas! Mesmo assim, apareceu qualquer coisa (timidamente) na TVI-24-online e depois uma pseudo-explicação (típica: míssil) no Correio da Manhã Online.
Para todos os efeitos, como levou ao encerramento de um aeroporto na China, dificilmente se encontram casos tão flagrantes de OVNIs - ou seja, tratou-se mesmo de um Objecto Voador Não Identificado pelas autoridades chinesas, que assim tomaram as devidas precauções!
Fotografia de OVNI na China (7 de Julho de 2010) (link)
 Vídeos relacionados apresentados em TV. (ex link)

Podemos falar que só no dia 16 ou 17 de Julho, é que foi conhecido no "Ocidente" (10 dias, certamente fruto da censura chinesa... é claro!), mas ainda mais impressionante é que deverá ter havido imensas notícias importantes que impediram a habitual divulgação disto entre nós (aqui a censura chinesa deve ainda ser mais forte!).

Outras fontes sobre a mesma notícia:
Ver também:

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terça-feira, 20 de julho de 2010

Berlenga (etimologia)

Começamos não com a nossa conhecida ilha Berlenga,
mas sim com uma Berlanga em Castela.
Antiga e imponente fortaleza de Berlanga de Duero (construções sucessivas até séc. XV)

O nome Berlenga é suficientemente estranho no nosso léxico...
Após algumas tentativas de etimologia, procurando numa decomposição ber + lenga e passando por "berberes" ou associações análogas, encontramos três Berlangas em Espanha:
No entanto, há um pouco mais a acrescentar... em termos de etimologia e brasões:
Berlanga de Duero, Berlim, Berna (brasões)

Torna-se mais ou menos evidente (até pela tradição nas línguas germânicas), que BER se associa a Urso (não sendo exaustivo, há associações dissimuladas como Berwick, na Escócia).

Decompondo Ber, ficaríamos com Lenga... do qual temos apenas um registo bizarro a lenga-lenga, com etimologia declarada africana (umbundo?). Ainda em Espanha, encontramos Langa-de-Duero, e outras povoações denominadas Langa.
Mas a mais surpreendente é talvez a associação a Langa-Shetland e à provável origem do termo viking para ilha comprida. Sendo comum o nome em múltiplas ilhas escocesas denominadas Linga, devemos lembrar que em registos inglesas a nossa ilha é designada Berlinga. Esta ligação escocesa (ou viking), prolonga-se até na existência de uma ilha denominada Barra na Escócia.

Terminamos esta deambulação etimológica sobre a Berlenga, notando que Barlang é um nome húngaro para caverna/gruta, que se poderia aplicar às grutas na Berlenga.
No entanto não é conhecida nenhuma influência eslava ou húngara significativa que suporte esta derivação directa. Há uma derivação indirecta é que a relação de ursos com cavernas, o que pode estar na origem do nome húngaro (decompondo bar-lang).

Neste ponto, sem falar na designação romana da Berlenga, que era Londobris (e o que daria uma outra estória... tendo até sido relacionada a Londinium - Londres), a origem do nome Berlenga pode estar relacionada com uma primitiva denominação que ligue Ber (urso) a Linga (ilha).

De forma independente (ou não) o nome Berlingr é associado a um anão numa Saga viking Sörla þáttr o que reforça a origem viking do nome.

Por outro lado, não convirá esquecer as referências de Frei Bernardo de Brito (Livro 5, fl.24) que associa a Berlenga a uma cidade que esteve na Costa da Lusitania (cf. Pomponio Mela, livro 3, cap.2) e que se apartou da terra firme em 582 AD, e que estaria ainda associada à Eritreia.

Nota: Como facto lateral, não é de excluir a associação de Ber com alguma etimologia importante para a designação de povos bárbaros. O nome "Berber" é admitido ser um desvio de "Barbar", para povos estrangeiros/estranhos. É interessante considerar que essa designação estaria relacionada com uma nomeação de ursos (muito comuns nas partes interiores da Europa)...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Batimetria Google (California)

Conforme sugestão em comentário (José Manuel - CH), reparei que está também disponível batimetria de alta resolução no Pacífico, junto à zona da California.
(clique na imagem para aumentar) 
Há montanhas submarinas, quase horizontais, que se prolongam partindo da zona de Cape Ridge (CA), e que se notavam já na batimetria de baixa resolução disponível anteriormente. É interessante verificar que as novas imagens disponíveis com batimetria de alta resolução, não alteram significativamente esta extensão quase rectilínea que apresenta contornos pouco comuns.
(clique na imagem para aumentar)

Detalhe da zona com alta resolução, aumentando a iluminação:
Link directo para esta zona no Google Maps.

No outro lado dos USA, na zona da Carolina do Norte, encontramos Cape Hatteras/Lookout, com esta particularidade:
(img)

Junto a esta formação peculiar que define a Pamlico Sound, com enormes praias, encontramos também na batimetria de profundidade, no exterior do Cabo Lookout, formações ainda mais estranhas na sua geometria quase perfeita:
Link para zona do Cabo Lookout no Google Maps

É claro que estas imagens podem ter várias justificações, sendo a mais provável "algum erro"... mas são persistentes em várias partes do globo terrestre... e desde interpolações de dados, a efeitos sombra, ou compressões JPEG, só mesmo um erro grosseiro poderá justificar a presença de tais imagens "pouco naturais".

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Marcas em Marte (1)

O Google Earth permite uma visualização do solo marciano, baseado na colagem de várias imagens retiradas em órbita pelas missões espaciais a Marte (tal como faz com a Lua).
Há imagens razoavelmente conhecidas, como a "Face", numa zona denominada Cydonia. Claramente, é possível reconhecer padrões antropomórficos de formas não relacionadas, e isso depende até da iluminação e sombras.
No entanto, próximo dessa zona, no "Labirinto de Cydonia", e usando imagens de "infravermelho diurno", é-nos revelado isto:
(clicar nas imagens para aumentar) 
Para além das zonas a negro, que claramente indicando ausência de informação, surgem linhas verticais que se desvanecem. Estas linhas, de tão perfeitas, apenas poderiam ser resultado de algum erro na visualização, resultado talvez de colagens. No entanto, se aumentarmos um pouco a imagem identificamos as zonas de colagem das imagens (que colocámos a azul claro):
... conclui-se que o problema destas linhas perfeitas, que atravessam estas imagens da paisagem marciana, fica por esclarecer!
Poderia ser um problema nas fotografias de infravermelho?...
Seguimos para as fotografias do visível... há duas zonas que aparecem demasiado iluminadas (sobre-exposição?). Numa das quais, numa área denominada "Hellas", onde também encontrámos traços que parecem quase linhas rectas (mas não são linhas rectas), aproximadamente a meio da imagem seguinte (em direcção quase horizontal):
Finalmente, próximo da outra zona, numa região denominada "Hellespontus Montes", e precisamente onde terá aterrado a sonda Marte 2 da USSR (1971), encontramos outras linhas rectas:
Estas linhas diagonais paralelas estão bem circunscritas a uma parte da fotografia, já que devido a uma "não boa" colagem com o restante, é perfeitamente identificável. Neste caso verifica-se ainda que as linhas são interrompidas pela presença da elevação (sendo ausentes nas zonas branca e preta, que assim cortam as linhas).
A sonda soviética foi dada como perdida, nunca tendo emitido nenhuma informação.
Não deixa de ser interessante notar, que tal como no caso da batimetria oceânica, também no planeta Marte encontramos estas estes aparentes sulcos rectilíneos no solo.

sábado, 10 de julho de 2010

Batimetria Google (Porto Rico)

Perto da ilha de Porto Rico, a Google Maps disponibilizou dados de batimetria com uma qualidade muito superior ao habitual... com todas as precauções devidas a serem dados tratados, as imagens não deixam de ser espantosas e intrigantes:
(clique na imagem para aumentar)
Notamos que é persistente ver-se um espaçamento de 5Km vertical (salientámos a vermelho 7 zonas numa extensão de 35 Km), ou então espaçamentos de 2Km na vertical. que pode ser explicado por má colagem de dados vindos de fontes distintas. Por outro lado, esta colagem de dados não é sistematicamente assim... se por um lado apresenta este padrão regular, ele é pronunciado nuns casos e noutros é inexistente. Mesmo sem informações adicionais, é suficientemente estranho.

Por outro lado, os padrões submarinos são complexos e nalguns casos podem sugerir até "formas antropomórficas ou biomórficas" com alguma imaginação... basta experimentar explorar a zona com suficiente zoom. Note-se que estes padrões são muito diferentes dos que habitualmente vemos em areias, dunas, e formações geradas por movimentos de fluidos nos desertos:
Típico padrão de dunas no deserto (prox. golfo da California, Google Maps)

A batimetria do Golfo do México (na zona onde ocorreu o "acidente da BP") mostra ainda formações estranhas, pela presença de um sistemático quadriculado em várias direcções... 
(nota: no canto inferior direito, a imagem perde a alta resolução de batimetria, que evidencia no restante... muito poucas zonas do globo têm ainda esta batimetria de alta resolução no Google Maps)

Pela sua dimensão exagerada, a zona onde foram primeiro notadas estas tendências quadriculadas foi na Irlanda, conforme se poderá ver facilmente aqui:


Referimos ainda os outros apontamentos sobre imagens, com padrões, do Google Maps, já aqui colocados:


sexta-feira, 9 de julho de 2010

Triamgo Bermudas

Nos mapas antigos é possível encontrar uma ilha denominada Triamgo nas Bahamas:
Livro de Marinharia, de João de Lisboa, início Séc. XVI
(assinalamos Triamgo num rectângulo verde)

Ao analisar a batimetria disponível no Google Maps, reparamos haver exactamente duas linhas rectas, no fundo submarino, entre as Bahamas e a Bermuda, conforme se pode observar:
tornamos isso mais evidente, colocando a amarelo as depressões que se evidenciam, e a branco uma extensão dessas rectas, que acidentalmente se cruzam nas Bermudas, dando assim ideia de um triângulo, com vértices nas Bermudas, em Triamgo (actualmente Mayaguna, que foi a famosa ilha de piratas) e em Great Abaco, ambas no arquipélago das Bahamas.

A costa da Florida foi denominada Terra de Bimini (mapa de Jorge Reinel, 1519) e esse nome ainda se mantém associado a outras ilhas a noroeste, e esteve associado a um mito da fonte da juventude...
Podemos encontrar vestígios submarinos denominados "Estrada de Bimini" a baixa profundidade, próximo de Bimini
(img) img

Há, é claro, uma explicação científica para esta estrutura peculiar, que ainda assim aparenta ser única e se estende por 800 metros.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Pleiades (3)

Nas Caldas de Óbidos, actualmente chamadas Caldas da Rainha, foram construídos 3 chafarizes invocando as 7 Pleiades, mas de forma curiosa. Há um identificado com a primeira Pleiade, outro com a segunda, e finalmente um outro agrupando as restantes 5 Pleiades - o denominado Chafariz das Cinco Bicas:

A sua construção no reinado de D. João V, em 1749, destinou-se ao abastecimento de água à localidade, onde o rei, tal como D. João II, D. Sebastião e D. Carlos I fizeram vários desenvolvimentos. Fica por explicar esta estranha separação 7=1+1+5, mas está talvez esteja relacionada com uma tríplice fonte de Mercúrio, para além da habitual presença do 5 na tradição portuguesa.

Mercúrio nasceu na Arcádia, no Monte Cyllene (ninfa da montanha), e foi banhado numa fonte tríplice pelas ninfas do Feneu. Mercúrio ficou conhecido por algumas travessuras na sua juventude, nomeadamente com o sol Apolo, ficando com a sua vara de ouro, por troca com uma flauta, e com os seu bois, por troca com uma lira que inventou. Enquanto menasageiro, está ainda associado a ter trazido de Tebas o renascido Baco para as ninfas de Nisa, por ordem de Jove.

Durante o tempo dos descobrimentos, é referida pelo Cardeal Saraiva, a procura de minas de mercúrio pelos portugueses, encontrando-se ainda registos incas das minas de mercúrio de Huancavelica (Villa Rica de Oro).

Está ainda por explicar qual o interesse intenso que havia em explorar minas de Mercúrio naquela época...

Acerca do deus Mercúrio, referimos o poema de Ovídio (*)


Agora tu, de Atlante illustre neto,
belo filho, que a Pleiade mais bela
n'esses montes da Arcádia há dado a Jove;
tu, que pões guerra ou paz a teu arbítrio
entre os cumes do Olympo, entre os do Averno;
tu, que os ares alípede transcorres;
tu a quem lira, a quem palestra prazem,
e por quem a eloquência ao homem veio.



Referimos ainda que Mercúrio passa ocasionalmente pelas Pleiades, havendo várias efemérides astronómicas relacionadas (ver por exemplo aqui)

(Parte 3 de 7)

(*) Informação adicional sobre o deus Mercúrio:
Archivo Pittoresco (1862): http://books.google.pt/books?id=zddGAAAAMAAJ 

Pleiades (2)

Maia, a mais velha das Pleiades teria como pai Atlas, sendo conhecidos os seus descendentes como Atlantes.
São bem conhecidas as referências associadas - as montanhas do Atlas, o Atlântico, etc... e pela relação com a banida mitologia portuguesa (ver Damião de Castro, http://alvor-silves.blogspot.com) há ainda a conexão dos irmãos Atlante Itálico e Oro Hércules, o que nos leva ao mito da sustentação do mundo por Atlas nas colunas de Hércules.
Recordamos a representação romana de Hércules (o etrusco Hercle, ou grego Heracles)...
... fazendo notar que é representado empunhando uma MAÇA - e por outro lado uma MAÇÃ.
Relativamente à MAÇA, é curiosa a presença da tal estátua do Homem da Maça... já relativamente à MAÇÃ, prende-se com as maçãs de ouro das Hespérides (outras ninfas filhas de Atlas).
Ou seja, trata-se do 11º trabalho de Hércules, referente ao Jardim das Hespérides (possivelmente associados às ilhas Hespérides - Caraíbas). Nesse trabalho aparece um dragão Ládon... que acidentalmente é outro elemento nessas estátuas do Monte de São Brás.

Toda a mitologia relativa às Hespérides, e a sua conexão com o ouro das Américas, já foi abordada anteriormente em http://alvor-silves.blogspot.com . Talvez seja de acrescentar as armas da cidade de Coimbra onde é patente a luta entre o dragão e o leão (símbolo do Infante D. Pedro), e onde no meio se encontra o Cálice, o eventual Graal. Em breves palavras o Infante das Sete Partidas, D. Pedro, procurou lutar contra a imposição draconiana de não descobrir a América, que já era bem conhecida e navegada, mas que se mantinha encoberta e não descoberta, era um segredo, representado por um "cale-se", ou cálice.

Como nota final, o castigo imposto a Atlas, comoveu as filhas Pleiades, que terão cometido suicídio colectivo... ou mais rebuscadamente, isso ficou representado pela paixão da filha Electra pelo pai Atlas, e tem expressão no conhecido Complexo de Electra (análogo feminino ao Complexo de Édipo).

(Parte 2 de 7)

Sobre as conexões entre as Pleiades e as Antas e monumentos megalíticos portugueses, ver:
http://portugalliae.blogspot.com/2009/05/o-enigma-das-antas-portuguesas.html

Pleiades (1)

As Pleiades são ninfas da água da mitologia grega, filhas de Atlas e Pleione, mas também constituem um notável grupo estelar, na constelação de Touro, denominado M45:
Maia é uma estrela azul gigante, denominada estrela de Mercúrio-Manganésio pelo destaque espectral da sua luz no elemento Mercúrio (e outros).

Maia é ainda a mais velha das 7 irmãs, e é algumas vezes confundida com Gaia, e o nome grego pode ser associado a mãe. Ela é conjuntamente com Jupiter (Zeus) mãe de Mercúrio (Hermes) na mitologia greco-romana. 
 Apolo visita Zeus e Maia, com o filho Hermes

É interessante a relação entre Mercúrio e Maia, que ocorre na mitologia, e só por grande coincidência volta a ocorrer num acaso do espectro da estrela Maia com tendência para o elemento químico Mercúrio!

(Parte 1 de 7) 

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Canhão da Nazaré

Perto da Nazaré há um bem conhecido vale submarino denominado "Canhão da Nazaré".
 Canhão da Nazaré   (img

Perto das Berlengas/ Farilhões a depressão submarina atinge profundidades entre 1 e 2 Km.
 
 Berlenga  (img) ;     Farilhões  (img)

O nome Nazaré está relacionado com o mito do aparecimento de Nª Srª da Nazaré a D. Fuas Roupinho (almirante de D. Afonso Henriques), e foi local de peregrinação de Vasco da Gama, antes e depois da viagem à India, conforme se atesta num padrão do Sítio da Nazaré
Apesar de não haver nenhum registo antigo de conhecimento desta particularidade submarina (a mais pronunciada na Europa), temos dois nomes maiores das "navegações" nacionais ligados ao mito de Nª Srª da Nazaré.
A vila da Pederneira, antigo porto principal, acabou por dar lugar, já no séc. XIX, à povoação na praia que ficou com o nome de Nazaré, sendo actualmente apenas um bairro num ponto mais alto na povoação.

Ver ainda: http://www.cm-nazare.pt/

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Nota (Agosto 2014): imagens repostas - links perdidos.

domingo, 4 de julho de 2010

Na Rota das Pedras

Na Rota das Pedras é um blog interessantíssimo:

o autor é Célio Rolinho Pires, e tem imagens muito interessantes da serra, como por exemplo esta:

Homem da Maça

Em Santa Cruz do Bispo, no Monte de São Brás, encontra-se uma estátua enigmática, que no Séc. XIX ainda empunharia uma maça (daí o nome)...
A datação da escultura parece não ser consensual (mais uma vez), apontando para tempos romanos num caso, ou renascentista noutro caso...


Nota adicional (em 07/07/2010):
O Homem da Maça tem características que o podem ligar a uma representação de Hércules (que aparece com uma maça e uma maçã nas esculturas romanas)

sábado, 3 de julho de 2010

Cambra

Uma das zonas que parece preservar alguma beleza natural da primitiva flora lusitana é o Vale do Rio Cambra.
O nome foi mudado, no Séc. XIX passou-se a chamar Rio Caima, mas algumas das povoações ligadas ao mítico rio mantiveram a sua ligação ao nome Cambra. 
O Vale de Cambra apresenta ainda a bela cascata da Frecha da Mizarela, notando que Frecha significa Flecha.

Por outro lado, Cambra é um nome associado à região de Câmbria (Umbria) na Inglaterra, mas também de forma mais estranha, ao Rio Gâmbia, por derivação da designação primitiva - Gambra.

Mizarela, é uma estranha designação que "vai aparecendo":
1. Cascata da Frecha de Mizarela (Rio Caima, Vale de Cambra)
2. Ponte da Mizarela (Rio Rabagão, Gerês) 
3. Ponte da Mizarela (Rio Mondego, próximo da Guarda) 

Temos ainda uma curiosa descrição em 1862:


Fonte alta — Ao meio dia da cidade da Guarda e a distancia d'uma légua, está a povoação de Porcas, e ao sul d'ella e mui proximo, um pequeno monte ou serrania, que bem se pode dizer ser uma das ramificações das cordilheira da serra da Estrella. Ha n'elle uma singularidade que me não consta existir em nenhum outro monte, ou serrania da Europa, e talvez do mundo conhecido: nascem alli aguas que tomão diversas direcções: umas correm para o sul, vão encor trar-se e confundir-se com as aguas do rio Zezere, perto de Belmonte, e de lá correm para o Tejo; dirigem-se outras para o norte em busca do Mondego, que encontrão proximo á ponte da Mizarela; d'alli correm até á Figueira da Foz; outra emfim, encaminhão-se para o nascente até encontrarem o Côa e todas juntas demandão o rio Douro, a que se unem perto de Villa Nova de Foscôa, d'onde vão até á foz do Porto.

Este monte singular, e sem rival, manda suas aguas para tres dos portos principaes de Portugal, a saber: Lisboa, Figueira da Foz e Porto, ajudando primeiro a fertilizar as margens dos rios a que vão unir-se.

André da Fonseca Corsino. 11 de JANEIRO 1862
  
Com esta indicação vinda de há 150 anos... fomos procurar o tal "monte singular", com a ajuda do Google Maps. Não sinalizámos com certezas o dito monte, mas não faz mal... encontrámos algo mais surpreendente:

Na imagem, as setas vermelhas apontam para formas sinusoidais primitivas, que lembram inscrições tipo nazcas.
Num círculo rosa podemos ver outras formas que podem também ter origem humana, nomeadamente formas circulares e ângulos rectos nalgumas rochas em redor.

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Nota (25.08.2014):
O texto foi editado. O título passou a ser Cambra e não "Cambra... e desenhos no solo"...  já que esta interpretação de "desenhos no solo" é ainda demasiado especulativa.
As imagens foram reunidas numa única, pois os links perdem-se...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Selene

Estas polémicas são antigas... mas ainda ninguém me explicou onde foi parar a sombra do mastro da bandeira americana, nesta fotografia que se encontra no site da NASA, referente à missão Apollo XI:

É claro que há outras images polémicas e outros detalhes... é só um exemplo, e nem "por sombras" estou a colocar em causa as missões espaciais. Apenas estou a colocar interrogações sobre o tratamento na divulgação das imagens... o solo é sempre exageradamente cinzento, não parecendo haver nada com cor na superfície lunar.

Mais recentemente (2008) apareceram umas imagens polémicas sobre Marte: 

... à esquerda há uma forma com semelhanças humanas - é apenas um detalhe de uma imagem muito maior que pode ser encontrada no site da NASA:

Neste caso, a justificação é de que seria uma pedra, mas que por ilusão óptica parece um humanóide.
Não é difícil ver que as sombras têm uma consistência tridimensional, e um zoom permite evidenciar que aquela figura destoa mesmo do conjunto:
 

Selene, a Lua, nosso satélite natural tem uma particularidade interessante... desde tempos imemoriais - escondeu-nos sempre uma das suas faces, graças a uma prodigiosa combinação: - a sua rotação está sincronizada com o seu período da órbita.
As probabilidades de tal acontecer... são muito pequenas (basta ver que um impacto de meteoro poderia alterar a velocidade de rotação - por muito pequena que fosse a diferença), e não há outro satélite com essa característica. (*)

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(*) Já deveria ter corrigido esta informação há mais tempo... aparentemente é reportado ser mais comum este efeito noutros satélites e ao fenómeno chama-se "tidal-locking", ou rotação sincronizada.
24.08.14