Uma banda que é mais ouvida do que conhecida, são os noruegueses Röyksopp, que aqui trago com um vídeo suficientemente estranho associado à canção "What else is there?", realizado por Martin de Thurah. Os Röyksopp não têm propriamente um vocalista fixo, convidando diferentes cantores para as músicas, neste caso, a sueca Karin Andersson.
Röyksopp - "What else is there?" (2005)
O aspecto que me prendeu a atenção no vídeo foi a flutuação da cantora, uns poucos centímetros do solo, e não tanto as casas que se desprendiam numa ausência gravitacional.
É claro que não se trata de uma produção tipo NASA, em que as astronautas a bordo da estação orbital não só flutuam, como têm a obrigação de ter os cabelos em pé - para o espectador acreditar que estão no espaço! A esse propósito, deixo um vídeo bastante ilustrativo, que usa a modelo Kate Upton, para tirar dúvidas...
É claro que não se trata de uma produção tipo NASA, em que as astronautas a bordo da estação orbital não só flutuam, como têm a obrigação de ter os cabelos em pé - para o espectador acreditar que estão no espaço! A esse propósito, deixo um vídeo bastante ilustrativo, que usa a modelo Kate Upton, para tirar dúvidas...
Bom, não há propriamente limites para a desfaçatez, mas este texto não é sobre os graves no fandango da NASA, mas sim sobre sonhos...
Sonhos daqueles em que se está numa realidade diferente do habitual, e já me ocorreu sonhar com a mesma capacidade de flutuar que Karin Andersson exibe no vídeo, a uns meros centímetros do solo, ou então bem mais alto... mas sem a postura de vôo típica do "superhomem". Sempre em posição vertical, e naturalmente... Assim, o interessante é que ao invés de surgir a pergunta "como era isto possível?", a pergunta apareceu ao contrário "sendo tão fácil, como é que não o tinha feito antes?". Mais engraçado, como esse sonho surgiu mais que uma vez, nunca essa memória foi inibidora, de nova aparência, com o mesmo grau de credibilidade. Gostava de conhecer o "outro eu", baptizado de "subconsciente", que realiza o sonho, e supostamente me prega este tipo de partidas, porque a coisa é bem feita, e convincente. Na prática, o problema é que o próprio se identifica como personagem do sonho, mas muitas vezes assume nesse contexto um tipo de atitudes com que já não se identifica. Isso poderá corresponder à sua personalidade noutra época, e por isso não é visto como um enxerto de pensamentos alheios na sua cabeça, mas pode não corresponder à personalidade actual. No caso concreto, se obtivesse do nada uma capacidade de flutuar, semelhante à de andar, não iria achar isso nada natural, nem aceitaria o presente gratamente, sem procurar perceber a origem do evento.
Porém, no contexto do sonho, a questão nem se coloca, e o personagem sobrepõem-se ao pensador, sem quaisquer problemas.
Vejamos um outro caso, que também é algo ilustrativo. Há uns dias, tive o enésimo sonho funesto... já foram tantos, que lhes perdi a conta. Um tema não raro é um apocalipse do tipo nuclear. Vemos cair a bomba à distância, e sucede a deflagração, mas como daí não surge nenhum efeito, manifesto o excesso de confiança, de que nada se iria passar. Porém, depois surge a surpresa de ver os edifícios a desaparecer, como pixeis que desaparecem de uma imagem. Já numa atitude defensiva, e perdendo a confiança, coloco o braço à frente, e vejo-o igualmente desaparecer da mesma forma. Ao contrário do que é habitual agora, por breves instantes aceito o fim, quando sinto uma dor forte. Mas, ao mesmo tempo, não deixo de manter a curiosidade de saber o que se iria passar. Entretanto, nada se passa, a dor desvanece, e concluo que deveria acordar, só que acordei ainda para outro sonho, antes de acordar para este. Afinal, foi um sonho e não um pesadelo... pesadelos, de estar ou acordar sobressaltado, foi coisa que me abandonou há bastante tempo, e por completo, nestes últimos anos. No entanto, como somos mais espectadores do que actores, nada disso é coisa certa, e muito depende do filme em que nos queiram meter...