Para a confusão conveniente há dois significados para Arianismo.
Em 467 o Rei Suevo Remismundo converteu-se ao
arianismo, e não falamos do que hoje em dia é associado ao arianismo nazi... conotado com racismo, falamos de uma filosofia cristã.
No
Conselho de Nicéia (325 d.C) foi definitivamente encerrada a questão da dualidade cristã sobre a duplicidade Pai e Filho, em Deus e Jesus Cristo. A doutrina "ariana" - que foi assim chamada por ser proponente
Arius de Alexandria, preconizava uma diferença entre o Filho-Cristo e o Pai-Deus.
O reino Suevo foi talvez o único a adoptar essa diferença cristã, e após 469 d.C, com o seu filho, o rei Veremundo (... "mundo verdadeiro"?), os Suevos entraram no chamado Período Obscuro.
Durante quase 100 anos não existem registos... até ao regresso do reino à filosofia cristã de Roma, com Carriarico. O último rei suevo na filosofia arianista foi Teodemundo (... "deus do mundo"?), que morreu em 550 d.C. É também nesta altura conturbada que surgem os mitos de Artur, Merlim e Lancelote, na Britânia.
Assim, é curioso o aparecimento de um arianismo suevo, que se confunde com as designações nazis da
NeuSchwabenLand e de um outro arianismo racista que nos foi transmitido no séc. XX, enquanto filosofia racista. Por questões polémicas do obscurantismo actual, que induziu reacções pavlovianas sobre a discussão destes assuntos, ficarei por aqui...
O aspecto mais fascinante apresentado no recente post do blog Portugalliae,
Mare Suevorum, é a particularidade dos crânios de guerreiros, com deformações que lembram as tradições Maias, ou Aztecas, e que seriam dos suevos ou dos vizinhos alanos.
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Crânio de guerreiro suevo/alano (à esq.), crânio de elemento da alta sociedade maia (à dir.).
Esta deformação crâniana, tem ainda ponto comum anterior com as representações de Akhenaton, Nefertiti, ou os seus filhos
(conforme também já salientou Maria da Fonte). Foi esta geração de faraós que procurou introduzir o culto monoteísta, e que foi rapidamente substituída na dinastia Egípcia.
Um ponto comum em 3 partes distintas e aparentemente desconexas - México, Hispânia, Egípcio... a conexão agora submersa, foi uma conexão emersa durante o tempo de navegações esquecidas.
A parte misteriosa não é apenas sueva, já que os alanos constituiram igualmente um reino independente em Portugal, sendo Alenquer uma das suas principais cidades - Alan Kher : Castelo dos Alanos.
Dir-se-ia ainda que a própria designação de Alancastro, que era usada em Portugal para designar os descendentes de Phillipa de Lancaster, teria um propósito que ia para além do trivial, talvez procurando espelhar Alan-Castro : Castelo de Alanos. Aliás Alenquer era uma das vilas das rainhas, a que Phillipa deu particular atenção.