Na sequência iniciada aqui, e atendendo aos 3 níveis explícitos no texto Sapiens Sapiens, temos uma antiga libra:
A refracção da luz foi estudada por Newton, que clarificou a dispersão da luz branca, no prisma
ficando assim clara a decomposição que também é visível no arco-íris
Esta explicação que trouxe luz a uma antiga questão física, teve ainda interpretações metafísicas (John Locke). As cores há muito que tinham ainda um significado simbólico, cujo aspecto político mais explícito terá sido colocado na Revolta de Nika.
Para além de todas as variantes concorrentes, colocando mais ou menos luz sobre o assunto, na divisão sobre as três estruturas, parece-me indicado considerar o vermelho como respeitante aos homens, um animal sapiens, o verde para os restantes animais (não sapiens), enquanto que o azul será para toda a parte não animal, sem dúvida a mais vasta, e que suporta as anteriores.
A divisão triangular, com 3 cores base (RGB), nada tem a ver com o triângulo de cores. Tem aqui a ordem que sai da refracção prismática, e não poderia estar proporcional (para isso, a parte não animal deixaria as restantes como um simples ponto), estabelecendo-se a descontinuidade nos três estados de consciência.
Se o prisma estabelece uma hierarquia que vai do vermelho ao violeta, fica evidente no círculo cromático (no outro lado da balança) que essa diferença se pode dissipar numa continuidade.
A provar que a questão das cores não foi apenas um assunto técnico, Goethe escreveu uma Teoria das Cores, onde apresentou a sua roda:
Goethe decidiu classificar as cores com outros atributos... do belo vermelho, passando por um nobre laranja, um amarelo bom, um verde útil, até um azul mau e um violeta desnecessário!
É habitual dizer-se que "cores não se discutem", resta perceber em que contexto isso se diz...
A opção entre pirâmides e rodas é até constatável na alimentação... com a apresentação da pirâmide alimentar ou com a alternativa roda dos alimentos (que terá caído em desuso).
Como é mais ou menos óbvio, do topo da pirâmide, a estrutura pensante (o Homem) decide considerar que tudo o que está abaixo está à sua disposição e serviço. Do ponto de vista puramente materialista, essa estrutura irá porém desagrupar-se, pela sua morte, e o homem regressará ao imenso reino não animal.
O refúgio do ego é normalmente admitir que a Fortuna reservou para o próprio uma sorte diferente.
Apesar de mudarem os tempos, não mudam as vontades... e a vontade dificilmente será um equilíbrio dinâmico, a vontade é sempre colocada em termos da singularidade e do desequilíbrio, donde o próprio emergiu abençoado pelo acaso das circunstâncias. Nessa perspectiva, o ego está demasiado preocupado em justificar a sua singularidade nalguns actos, para sequer admitir ser fruto de uma sucessão de "acasos", que não controlou... começando pelo nascimento e contexto circundante.
Na realidade, nem tem controlo sobre si próprio... seja pelo simples facto de não saber se vai sonhar ou não, nem tão pouco saber o que vai pensar, ou por que razão o pensou! Aí, apesar de tudo parecer fruto do acaso, o próprio assume como pertença sua um acaso que não controla!
O panteão de divindades foi assim substituído por uma única deusa - a Fortuna. A maior parte do discurso simplesmente substituiu a noção de um Deus providencial, por um simples acaso. A diferença é mínima, apenas mudam os nomes, mas é máxima... aumenta a inconsciência da ignorância, e também aumenta o desconforto pessoal. Esse desconforto ocorre pelo Homem não se assumir como é, mas sim por um constante e insaciável desejo de controlar o incontrolável... ou seja, tudo. O próprio fica assim numa eterna dívida para com as suas aspirações, e verá os restantes homens como ameaças para as mesmas aspirações.
(efeito da refracção numa "gota de água")
Esta explicação que trouxe luz a uma antiga questão física, teve ainda interpretações metafísicas (John Locke). As cores há muito que tinham ainda um significado simbólico, cujo aspecto político mais explícito terá sido colocado na Revolta de Nika.
Para além de todas as variantes concorrentes, colocando mais ou menos luz sobre o assunto, na divisão sobre as três estruturas, parece-me indicado considerar o vermelho como respeitante aos homens, um animal sapiens, o verde para os restantes animais (não sapiens), enquanto que o azul será para toda a parte não animal, sem dúvida a mais vasta, e que suporta as anteriores.
A divisão triangular, com 3 cores base (RGB), nada tem a ver com o triângulo de cores. Tem aqui a ordem que sai da refracção prismática, e não poderia estar proporcional (para isso, a parte não animal deixaria as restantes como um simples ponto), estabelecendo-se a descontinuidade nos três estados de consciência.
Se o prisma estabelece uma hierarquia que vai do vermelho ao violeta, fica evidente no círculo cromático (no outro lado da balança) que essa diferença se pode dissipar numa continuidade.
Colour Wheel e correspondente no espectro visível
(o rosa e o púrpura não aparecem como cores do arco-íris)
(no nosso caso, consideramos uma progressão da saturação
inversa - não dirigida a um centro, mas sim ao exterior)
Goethe decidiu classificar as cores com outros atributos... do belo vermelho, passando por um nobre laranja, um amarelo bom, um verde útil, até um azul mau e um violeta desnecessário!
É habitual dizer-se que "cores não se discutem", resta perceber em que contexto isso se diz...
A opção entre pirâmides e rodas é até constatável na alimentação... com a apresentação da pirâmide alimentar ou com a alternativa roda dos alimentos (que terá caído em desuso).
Como é mais ou menos óbvio, do topo da pirâmide, a estrutura pensante (o Homem) decide considerar que tudo o que está abaixo está à sua disposição e serviço. Do ponto de vista puramente materialista, essa estrutura irá porém desagrupar-se, pela sua morte, e o homem regressará ao imenso reino não animal.
O refúgio do ego é normalmente admitir que a Fortuna reservou para o próprio uma sorte diferente.
Apesar de mudarem os tempos, não mudam as vontades... e a vontade dificilmente será um equilíbrio dinâmico, a vontade é sempre colocada em termos da singularidade e do desequilíbrio, donde o próprio emergiu abençoado pelo acaso das circunstâncias. Nessa perspectiva, o ego está demasiado preocupado em justificar a sua singularidade nalguns actos, para sequer admitir ser fruto de uma sucessão de "acasos", que não controlou... começando pelo nascimento e contexto circundante.
Na realidade, nem tem controlo sobre si próprio... seja pelo simples facto de não saber se vai sonhar ou não, nem tão pouco saber o que vai pensar, ou por que razão o pensou! Aí, apesar de tudo parecer fruto do acaso, o próprio assume como pertença sua um acaso que não controla!
O panteão de divindades foi assim substituído por uma única deusa - a Fortuna. A maior parte do discurso simplesmente substituiu a noção de um Deus providencial, por um simples acaso. A diferença é mínima, apenas mudam os nomes, mas é máxima... aumenta a inconsciência da ignorância, e também aumenta o desconforto pessoal. Esse desconforto ocorre pelo Homem não se assumir como é, mas sim por um constante e insaciável desejo de controlar o incontrolável... ou seja, tudo. O próprio fica assim numa eterna dívida para com as suas aspirações, e verá os restantes homens como ameaças para as mesmas aspirações.
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