terça-feira, 20 de abril de 2021

A revolta da batata

Em 13 de Maio de 1917 ficou conhecido como o dia d'a parição de Fátima.
E uma semana depois? Cito o artigo do Jornal de Negócios:

Há um século Lisboa e Porto estavam em estado de sítio. Em protesto contra a fome e o aumento do custo de vida a população pilhou as mercearias e armazéns. Entre 19 e 21 de Maio de 1917 os confrontos com as forças da autoridade fizeram 40 mortos. Esta explosão social ficou conhecida como “A Revolta da Batata”.

Qual era o governo em 1917?
- Era o governo de A. Costa, o correspondente ao governo de A. Costa.
- Uma diferença - na altura havia estado de sítio, agora há estado de emergência:

Em cima, notícia do Público, na foto a proporção 4 para 1 é luta que imagina.
A "revolta da batata" remete para o artigo do Jornal de Negócios.

Ambos se ligam na imensa e frutuosa herança macavenca.
Ou seja, uma variante mundana da maçonaria GOL (Grande Oriente Lusitano), que é no fundo uma embaixada esbirra ao serviço da loja parisiense, subsidiária ateia da loja londrina.
Como todas as lojas de sucesso, têm imensos fregueses que gostam de fiado.
Para quem não sabe, ou tem dúvidas, de onde veio a simbologia, a sua ligação às rosas de Lancastre e York, etc, basta seguir o link dos makavenkos:
Não vou explicar outra vez, começando com o processo do Marquês (de Pombal):
quem tiver paciência, leia, e leia os links associados, nomeadamente este:

Aliás, começa antes, começa pelo menos na piada da Ordem dos Jarretas "Honi soit qui mal y pense", e se este link é da wikipedia, foi porque ainda não fiz uma pesquisa decente sobre essa estória de sopeira.
Não se vislumbrando nada de nobre, todo este fandango me dá náuseas.
Por conveniência na aliança britânica, os reis de Avis fizeram gala de ser jarretas.

A única coisa de verdadeiramente nobre, que nos foi deixada por egrégios avós, foi mesmo a língua.
É essa que nos ensina que revolução, como a revolução da Terra, é voltar ao mesmo sítio, e que revolta é apenas mais uma volta para o carrossel do poder.


Assim, lá voltaremos à distribuição de sopa para os pobres, aos bancos alimentares, e chás de caridade com scones, bridge e canasta. Com os beneméritos do costume... dedicados à caridadezinha.
Ou como diziam os habitantes de Viena no 1º de Maio de 1945 - nesse dia o exército vermelho brindou-nos com abundância de comida... uma parte da mesma que nos haviam roubado nos dias anteriores.

2 comentários:

  1. Realmente, muito pouco se sabe ou se deixa saber sobre esse período... por alguma razão será!
    Não sabia dessa "revolução"... pelos vistos não mereceu estatuto suficiente para ficar registada na história.
    E por coincidência, ou não, sai mais uma séria na RTP sobre esse período, mas só a partir de 1919. E pelo enredo já "promete"
    https://espalhafactos.com/2021/04/06/vento-norte-entre-a-pre-ditadura-e-os-loucos-anos-20-conhece-a-nova-serie-da-rtp/

    Destaco - "A trama desenrola-se em redor da história dos Mello, uma família aristocrata do Minho, em princípios do século XX, mas também dos seus criados. Todos juntos, num pós Primeira Guerra Mundial, vivem as suas vidas ao mesmo tempo que assistem ao desenrolar dos acontecimentos entre 1919 e que vão culminar no golpe de 28 de maio de 1926, que institui a Ditadura Militar e, mais tarde, o Estado Novo.
    É neste cenário, num país de brandos costumes com segredos e jogadas políticas, que amores impossíveis e paixões arrebatadoras dão cor ao ecrã. Uma quase dicotomia entre o Portugal que se aproxima de uma ditadura e aquela que ficou conhecida como a época de maior efervescência do século passado."

    ..."a época de maior efervescência" dizem eles... pois, pois.

    A. Saavedra

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    1. Eu também não sabia até há pouco tempo.
      Há coisas que interessam, e outras que não interessam.
      A "carrinha fantasma", se tivesse ocorrido no tempo de Salazar, seria brandida como um exemplo do seu vil carácter, etc, etc, etc...

      Como foi no tempo da 1ª República, foi "um pequeno excesso".

      Conforme já disse uma vez o Rui Ramos, se formos contar o número de mortos associados ao período conturbado da 1ª República, comparado com o número de mortos associados à repressão na 2ª República, pois isso é uma conta que não cai bem a Afonso Costa, ao GOL, e a toda a malta a ela associada.

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