domingo, 9 de fevereiro de 2020

Trampa contra Trump

Um dos episódios mais caricatos da história americana recente foi a tentativa de Joe Biden, em conjunto com o seu partido democrata, promoverem o impeachment de Donald Trump.
Primeiro, porque a história começa por comprometer a própria família Biden, em que o pai tenta um arranjinho para o filho na Ucrânia, usando para esse efeito o próprio Obama. Essa circunstância, de si, mereceria uma investigação aprofundada, sobre presidentes e vice-presidentes, a procurarem aproveitar-se da fragilidade económica de um país europeu. 
Depois, quando a Ucrânia se procurava finalmente livrar do Biden filho, contando com o óbvio auxílio de Trump, os democratas acabam em desespero virar a história ao contrário, acusando Trump de lhes estragar o arranjinho... como se tal coisa não fosse mais do que corrigir a lógica corrupta subjacente às negociatas e aproveitamento das famílias políticas... e aqui não há grande distinção entre democratas e republicanos.

Trump, tem sido alvo preferencial de uma imprensa internacional, que é completamente controlada pelo sector que apoia agora os democratas, e que se identifica a um certo sector judaico. 
Tem sido ridicularizado até ao tutano (em boa parte, por sua própria culpa), mas acabou por fazer as coisas virarem-se a seu favor, e esmagou os democratas na votação do Senado, onde os republicanos em peso apoiaram Trump (exceptuando Mitt Romney).
Já se tinha percebido com Dilma Rousseff que pseudo-motivos de justiça iriam agora servir para colocar em causa os presidentes eleitos, especialmente quando estes não estão nas boas-graças...

Este episódio ridículo que os democratas promoveram, divulgando massivamente pela imprensa internacional, e quase sem contraditório visível, foi agora coroado pela actuação de uma barbie-doll em fase terminal. Nancy Pelosi, que parece uma boneca com discurso em fita gravada, serviu o show de péssimo guião e actores, rasgando o discurso de Trump, sobre o Estado da União.


Provavelmente Nancy foi mal aconselhada, como já tinha sido durante todo o tempo do impeachment, onde disse pouco mais que barbaridades. Se fez aquilo sem ter sido aconselhada, então o caso é mais sério, pois normalmente os actores não devem pretender ser argumentistas.

6 comentários:

  1. A reacção ao Trump, desde que formalizou a sua candidatura, tem sido tão surreal, mas tão surreal, que começo a desconfiar que há aqui um interesse recíproco entre ambas partes (parece estar tudo combinado entre uns e outros - qual teoria da conspiração). Até digo mais, este presidente foi o melhor que aconteceu ao partido azul... assim muita coisa passa despercebida, mesmo os erros e políticas menos auspiciosas desta governação... que aparentemente parecem escapar aos próprios democratas que supostamente não deixam escapar uma... enfim é a minha opinião.

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    1. Cara Amélia,
      eu também estou de acordo com essa percepção.
      Aliás, eu diria que não são apenas os democratas, é quase toda a comunicação social, que com excepção da Fox, está a eles associada. Durante estes anos foram chegando piadas sobre Trump tão ridículas na mesquinhez, que serviriam para rir de quem as fazia ou promovia. Ou seja, foi mesmo entrar numa fábula por eles próprios construída.
      Volta a ter razão quando diz que isto restabeleceu os republicanos, porque com a sua política mais proteccionista, Trump facilmente promoveu a indústria norte-americana, e reanimou uma economia em decadência. É claro que Trump age como um burgesso assumido, e com isso deixa o politicamente correcto com os nervos em franja. Mas objectivamente, e até a nível da política internacional, acabou por ser o presidente que menos estragou os equilíbrios internacionais.
      Volta ainda a ter razão quando diz que no meio de tanta palhaçada, devem estar-nos a passar despercebidas muitas coisas... mas isso, como é hábito, só mais tarde saberemos.
      Abraço.

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  2. Durante décadas, a CIA e os serviços secretos alemães espiaram as comunicações secretas de governos um pouco por todo o mundo. O seu cavalo de Troia? A empresa suíça de encriptação Crypto AG que desde os tempos da Guerra Fria até aos anos 2000 forneceu a mais de 120 países, entre eles Portugal, aparelhos para encriptarem as comunicações mais delicadas.Orgulhosa de uma tradição de neutralidade que a levou a só aderir à ONU em 2002, a Suíça há muito convivia com os rumores em torno da Crypto AG. E o facto de o governo helvético ser um dos poucos que recebeu uma das máquinas cujo código os EUA e a Alemanha não conseguiam decifrar parace provar que este tinha conhecimento da espionagem em curso.

    https://www.dn.pt/mundo/a-empresa-suica-que-a-cia-e-a-secreta-alema-usavam-para-espiar-o-mundo-11818859.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+DN-Mundo+%28DN+-+Mundo%29

    Cumprimentos
    José Manuel

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    1. O grande problema da encriptação, é que normalmente convém ser fácil para o utilizador, mas quase impossível para o interceptor.
      Os casos de sucesso para o interceptor contam-se pelos dedos... e referem-se a processos pouco sofisticados, do estilo substituir umas letras por outras.
      Normalmente, quem quiser codificar uma mensagem, consegue fazê-lo, sem dar quaisquer hipóteses a ser interceptada. Por isso, parece-me muito natural que essa Crypto AG tivesse um processo de fazê-lo.

      Hoje em dia, parece-me muito difícil conseguir fazê-lo, porque basicamente o serviço de espionagem está dentro dos computadores. Ou seja, eu não tenho nenhuma forma de comunicar uma cifra consigo, sem que esse processo seja visto por todos.
      O grande avanço nesse campo foi conseguir fazê-lo usando uma chave pública:
      https://en.wikipedia.org/wiki/Public-key_cryptography
      Isso permitiu a comunicação codificada pelo processo RSA, que hoje em dia é sempre feita na internet.

      Portanto, mesmo à vista de todos, é possível partilhar informação que é quase impossível de descodificar... mais fácil será ainda, se isso não for feito à vista de todos, e for feito secretamente.

      Abraço.

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  3. Olá boa noite,

    O que queria “alertar” com isto da empresa suíça de encriptação Crypto AG eram duas coisas, mas não tive tempo para desenvolver,

    a primeira é que o fim da prescrição dos arquivos de estado nos USA é de cinquenta anos, estão a aparecer muitos detalhes comprometeres para quem eles quiserem, isto da Suíça país neutro ter colaborado com a CIA durante anos a espiar os serviços secretos de quase todo o mundo por intermédio deste descodificador encriptador que fabricava e vendia é um escândalo, pois envolveu ministros do governo, e descredita a Suíça no plano internacional atualmente, visto que Portugal comprou a máquina em questão resta apurar que influência teve na guerra do ultramar, 25 de Abril etc. e especialmente a morte de Sá Carneiro, atualmente a antena da NSA aqui na Suíça escuta tudo,

    antes desta espionagem houve o fim do segredo bancário imposto pelos USA à Suíça,
    e entre dois a recusa dos USA atualizarem os 34 F/A 18 caças americanos que a Suíça comprou,
    provavelmente os fundos de pensões americanas depositadas nos bancos suíços vão para outro lado (Londres?),

    sinais de reagrupamento dum novo “Commonwealth”, a Suíça esta semana acabou com a ajuda monetária ao desenvolvimento na América Latina, os milhares de francos despendidos pela Confederação Helvética passam a ser dados aos países africanos, maioritariamente os fora da alçada da França (Commonwealth) o xadrez geopolítico está a reposicionar-se em dois blocos. A África subsaariana vai sair do franco francês (franco CFA) para adotar um moeda própria o Eco,

    USA / Commonwealth estão-se a preparar-se para a batalha do mar da China, tempos de grandes mudanças,

    Cumprimentos

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    1. Obrigado pela informação interessante.
      Duvido que os segredos após 50 anos sejam abertos... veja-se com o caso do Kennedy. Eles só deixam sair o que bem entendem e que não oferece problemas!
      Também não vão deixar sair informação classificada sobre a Lua...
      Como a guerra fria foi suavizada, a revelação desse tipo de material é agora mais pacífica.
      Mas, sim, é verdade que agora vão surgir novas/velhas alianças, especialmente depois do UK estar formalmente fora da UE, devem aparecer posicionamentos mais claros.
      Cumprimentos.

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