Por um lado, os mais entusiastas do "fenómeno OVNI" levantam questões sobre o encobrimento de visitas alienígenas (no presente, ou no passado - conforme é moda no Canal História).
Por outro lado, houve quem colocasse a conspiração num outro ponto - que o "governo mundial", através da NASA, iria fantasiar uma visita ET, tendo em vista um descrédito das religiões existentes, e o início de uma nova religião esotérica, do tipo New Age.
Podemos encontrar vantagens em simular um poder alienígena, remetendo decisões controversas para uma culpa exterior, e captando a simpatia das populações para os dirigentes, que assim defrontariam uma pretensa ameaça mundial. Considerando que a NASA pode ter simulado e mantido a ideia de uma ida à Lua, sem grande adversidade, não seria difícil produzir o mesmo tipo de enredo para simular um contacto extraterrestre.
Além disso, havendo uma pré-disposição para acreditar, tudo fica muito mais fácil.
Como pode ser visto num
relatório da CIA, na década de 1950, foi pensado usar o fenómeno do avistamento OVNI como táctica de guerra:
... ou seja, os avistamentos poderiam ser usados como arma psicológica de guerra - quer defensivamente, quer ofensivamente.
Portanto, quer se acredite ou não nesta teoria, a CIA considerou a possibilidade de usar em seu favor a credulidade no fenómeno OVNI. Isso poderia ser feito defensivamente, colocando os ET's como força superior que estaria do lado dos EUA, motivando as suas tropas... Como também poderia ser usado ofensivamente, desmoralizando o inimigo com a crença de que poderiam ser invadidos por uma força ET... caso a simulação fosse convincente.
As aplicações de projecções de imagens têm aplicações militares, para além de muitas outras.
A eventual projecção de imagens de santos ou divindades - que, consta, poderá ter sido usada na Guerra do Iraque, não seria de espantar, nem da utilização, nem do efeito crédulo que poderia gerar em soldados crentes ou supersticiosos.
Num aspecto completamente diferente, em 2016, a
MTV bateu um record ao projectar, o anúncio dos MTV Awards, num imenso écran transportado por um helicóptero que sobrevoou Nova Iorque. Neste caso não havia intenção de ocultar a projecção, o objectivo era impressionar, e isso foi conseguido.
Cada vez mais, com algum progresso tecnológico, confunde-se a capacidade de distrinçar o admirável do vulgar, usando como substituição de critério ser menos ou mais comum, captar mais ou menos a atenção.
Também não seria de estranhar que, os primeiros amantes da projecção cinematográfica, decidissem no início do século passado... digamos por volta de 1917,
projectar numa árvore, digamos numa oliveira na Cova de Santa Iria, uma imagem que seria suficientemente boa para suscitar a credulidade de pequenas crianças, numa comunidade fortemente religiosa. A tecnologia existia, e a credulidade também. Além disso, num céu enublado, o efeito de uma forte projecção circular de luz sobre as nuvens, rodopiando, não seria difícil de conseguir, mesmo nessa altura.
A capacidade de iludir esteve sempre presente, e a realidade é apenas conveniente quando funciona melhor, ou substitui, uma ilusão dispendiosa.
(*) Nota: O vídeo que aqui coloco merece ser visto, mas há que distinguir entre as actuais possibilidades de hologramas 3D, com composições visuais que aparecem em écran (ou seja, o efeito da baleia parece ter sido visualizado pelos alunos presentes no ginásio - desconheço se foi verdade ou não, mas os restantes aqui têm o olhar das pessoas não nos objectos, mas sim num écran onde a imagem era composta). O problema da tecnologia é que é demasiado tentadora para não ser mostrada e assim ser o primeiro a obter o reconhecimento do grande público...