Quando pensamos nos circos romanos, há alguma tradição em associar os combates de gladiadores, invocando muitas vezes celebrações de vitórias em batalhas.
O que talvez não seja tão conhecido é que chegou a ser popular a evocação de batalhas navais... o que implicava alguma engenharia surpreendente para a criação de piscinas internas, onde se simulavam combates com embarcações. Esses espectáculos navais eram designados Naumaquias e em Mérida ainda é possível encontrar o fosso onde se colocaria a base para a piscina artificial.
Anfiteatro de Mérida, onde eram exibidas Naumaquias.
O mais interessante é o já primitivo conceito de pavilhão multi-usos... quando vemos hoje em dia as adaptações que estes pavilhões sofrem para acomodar as diferentes representações, percebemos com as naumaquias que o conceito é afinal bem antigo. A primeira naumaquia registada é de César, mas usando o Tibre como cenário, o seu uso em cenário de anfiteatro romano é posterior, iniciado com Nero.
A alternância entre espectáculo aquático e terrestre dará uma ideia da sofisticação de engenharia presente à época romana.
Ao contrário do que é habitual educar-se, não houve uma lenta evolução do génio humano... houve sim uma poderosa restrição desse mesmo génio, destinado a ficar confinado a uma lamparina para que a lâmpada não fosse revelada.
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