É debatido se os vírus se podem considerar ou não como uma forma de vida.
A opinião mais comum é a de que não se trata de vida, normalmente porque não têm as propriedades celulares - não se reproduzem sozinhos, nem têm metabolismo próprio.
No entanto, tal como cucos, são bastante competentes a parasitar células, usando os processos celulares reprodutivos para se multiplicarem em quantidades assombrosas.
Com que propósito?
- Aparentemente, nenhum...
Imagem de corona-vírus em microscópio electrónico.
É razoavelmente diferente pensar em termos das consequências, ou seja, das doenças que são geradas por esse parasitismo, ou pensar em termos de propósitos. O que o vírus beneficia do processo de infecção é um nada, se exceptuarmos a sua reprodução. Só que nesse aspecto também não difere muito da própria célula infectada.
Comparação das dimensões e visibilidade em microscópio.
(Abaixo de 400 nanómetros, comprimento da luz violeta, já não é possível ver...)
Em termos de dimensões, o vírus será como uma carraça, encarando a célula com a dimensão do corpo humano. Só que a comparação da dimensão das pequenas células pulmonares, com o próprio corpo, será como comparar um homem com o distrito de Lisboa. Ou seja, se encararmos os vírus com a dimensão de carraças, grosso modo, o nosso corpo teria a dimensão do distrito de Lisboa.
Nas imagens de microscopia electrónica, estando fora do visível,
abaixo do violeta, as cores apresentadas nas imagens são falsas.
O modo de actuação dos vírus seria análogo a ter a carraça a entrar no corpo e a usá-lo para se reproduzir em milhares de carraças, destruindo-o em poucas horas. Isso aplicado às células pulmonares resulta na destruição das células dos alvéolos, responsáveis pela respiração. As pessoas infectadas, ao serem afectadas na respiração, naturalmente tossem, expelindo no processo os vírus para a atmosfera, com a natural probabilidade de cair em cima de outra pessoa.
Ao que parece estes corona-vírus aguentam-se algumas horas no ar, e eventualmente até 3 dias em superfícies metálicas. Com o tempo, e temperatura, vão-se degradando, perdendo a sua capacidade. Ou seja, é no contacto próximo e imediato que o vírus retém a sua funcionalidade nefasta.
Se a funcionalidade das células se pode resumir a executar determinadas funções essenciais à sobrevivência de um determinado corpo, a funcionalidade dos vírus não parece aparentar a sobrevivência de nenhum corpo ou entidade... aliás, pelo efeito que tem nos corpos infectados, podendo levar à sua morte, o demasiado sucesso do vírus acaba por levar à sua própria destruição, pela morte do hospedeiro, ou seja, o indivíduo afectado.
No entanto, se encararmos o vírus como um agente da natureza, os seus efeitos podem ser entendidos nesse contexto mais vasto. Assim, dessa forma, tal como as células funcionam visando o normal funcionamento do corpo, também os vírus podem visar um normal funcionamento da natureza.
Neste caso os vírus actuam de uma forma especialmente efectiva, com um único propósito destruidor das espécies afectadas. Não se tratando aqui de colocar uma cabeça na natureza, escolhendo um alvo, mas é razoavelmente claro que a eliminação de certas espécies pode favorecer outras.
No caso concreto, este é um vírus de "coroas", não tanto por afectar também cabeças coroadas (e.g. o príncipe monegasco Alberto, ou Carlos, filho de Isabel II), mas mais por afectar especialmente "coroas" com uma certa idade.
Claramente não se trata de um propósito da natureza em atacar mais velhos para favorecer mais novos, mas é inevitável que a existência deste vírus é responsabilidade do mesmo universo criador que nos formou. Não interessa se assumiu a forma criativa nalgum laboratório secreto, ou nalgum exagero noticioso, interessa que o seu aparecimento não deve ser visto como casual, mesmo que os propósitos mais concretos nos escapem actualmente.
Nota adicional:
(29.03.2020)
Seguindo a sugestão de José Manuel Oliveira, fica o
link e vídeo ilustrativo da actuação do vírus: