Normalmente, uma boa maioria das TED Talks são alguns minutos desperdiçados com trivialidades, ou nos casos mais graves, com simples imbecilidades mais próprias para standup comedy.
Este é o aspecto demolidor a falar, porque havendo tanta coisa que desconhecemos, é também agradável poder ter um assunto apresentado em 10 ou 15 minutos.
Só que, convém não esquecer, trata-se de uma difusão do mainstream, ou seja, não iremos normalmente ver ali ninguém a falar de assuntos que não interessam ser difundidos.
A religião actual, do "politicamente correcto", tem necessidade de organizar uma espécie de palestras de "verdade oficializada", para instruir conveniente o pensamento da população. Como se instituiu uma sociedade cortesã de aparências e maldicências, contra o perigo das opiniões dissonantes elevam-se uma série de personalidades (pode haver quem lhes chame palhaços), ao estatuto de gurus, dão-se-lhes os mais espalhafatosos palcos (ao estilo "web summit"), para que os outros entendam aquilo que dizem como "verdades inquestionáveis", ou seja as "verdades" da moda.
Ao que interessa...
Devido a um comentário do José Manuel fui encontrar uma palestra TED sobre o Oumuamua, que é suficiente para introduzir a questão, mas não serve mais que isso. Excepto talvez para elucidar como funciona a astronomia de hoje, e que o objecto não é fonte de qualquer radiação, colocando um pouco de fora hipóteses de ser uma sonda alienígena.
Interessou-me ver outra palestra sugerida denominada
"Where are all the aliens?" (Stephen Webb)
porque perguntar - onde estão todos os aliens? - ia no sentido oposto da versão mainstream, que praticamente considera heresia duvidar-se da existência de civilizações extraterrestres.
Com o mesmo simples argumento estatístico, que é usado para nos convencer que é provável existirem outros planetas com vida, Webb coloca uma série de outros factores, que são normalmente descartados, para argumentar que o mais natural é admitir que só existe vida inteligente na Terra.
Tal como no caso da existência, esta hipótese de não existência, é ainda pura especulação estatística.
Se tivesse que apostar num sentido ou noutro, a minha aposta iria no mesmo sentido de Webb.
No entanto, como são irrelevantes estas opiniões estatísticas, interessa-me algo mais definitivo e menos especulativo.
Ora, o que é mais definitivo e não é especulativo, é que existindo alguma outra inteligência, ela manifestar-se-ia da mesma forma que a nossa. Por isso, a interacção com extraterrestres mais, ou menos inteligentes, funcionaria da mesma forma do que a interacção entre pessoas mais inteligentes e pessoas menos inteligentes... que em muito se resume à vontade de entendimento e colaboração.
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