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domingo, 11 de novembro de 2018

Sós

Normalmente, uma boa maioria das TED Talks são alguns minutos desperdiçados com trivialidades, ou nos casos mais graves, com simples imbecilidades mais próprias para standup comedy
Este é o aspecto demolidor a falar, porque havendo tanta coisa que desconhecemos, é também agradável poder ter um assunto apresentado em 10 ou 15 minutos. 
Só que, convém não esquecer, trata-se de uma difusão do mainstream, ou seja, não iremos normalmente ver ali ninguém a falar de assuntos que não interessam ser difundidos.

A religião actual, do "politicamente correcto", tem necessidade de organizar uma espécie de palestras de "verdade oficializada", para instruir conveniente o pensamento da população. Como se instituiu uma sociedade cortesã de aparências e maldicências, contra o perigo das opiniões dissonantes elevam-se uma série de personalidades (pode haver quem lhes chame palhaços), ao estatuto de gurus, dão-se-lhes os mais espalhafatosos palcos (ao estilo "web summit"), para que os outros entendam aquilo que dizem como "verdades inquestionáveis", ou seja as "verdades" da moda.

Ao que interessa...
Devido a um comentário do José Manuel fui encontrar uma palestra TED sobre o Oumuamua, que é suficiente para introduzir a questão, mas não serve mais que isso. Excepto talvez para elucidar como funciona a astronomia de hoje, e que o objecto não é fonte de qualquer radiação, colocando um pouco de fora hipóteses de ser uma sonda alienígena.

Interessou-me ver outra palestra sugerida denominada 
"Where are all the aliens?" (Stephen Webb)
porque perguntar - onde estão todos os aliens? - ia no sentido oposto da versão mainstream, que praticamente considera heresia duvidar-se da existência de civilizações extraterrestres.

Com o mesmo simples argumento estatístico, que é usado para nos convencer que é provável existirem outros planetas com vida, Webb coloca uma série de outros factores, que são normalmente descartados, para argumentar que o mais natural é admitir que só existe vida inteligente na Terra.
Tal como no caso da existência, esta hipótese de não existência, é ainda pura especulação estatística.

Se tivesse que apostar num sentido ou noutro, a minha aposta iria no mesmo sentido de Webb.
No entanto, como são irrelevantes estas opiniões estatísticas, interessa-me algo mais definitivo e menos especulativo.

Ora, o que é mais definitivo e não é especulativo, é que existindo alguma outra inteligência, ela manifestar-se-ia da mesma forma que a nossa. Por isso, a interacção com extraterrestres mais, ou menos inteligentes, funcionaria da mesma forma do que a interacção entre pessoas mais inteligentes e pessoas menos inteligentes... que em muito se resume à vontade de entendimento e colaboração.

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