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terça-feira, 20 de novembro de 2018

Focos californianos

Há fogos que destroem fogos...
É estranho usar a contabilidade das habitações com o nome de fogos, talvez porque a presença de fogo fosse a maneira mais fácil de identificar que casas eram ou não habitadas. Confundem-se as palavras fogo e foco, com um mesmo significado anterior, agora diferenciado.

As habitações, os fogos de Paradise, na Califórnia, apareceram reduzidos a cinzas devido aos fogos que inflamaram o estado americano.
Foto aérea de Paradise, onde as árvores ficaram, mas casas desapareceram...

É sempre estranho ver as árvores permanecerem, os relvados verdes, e ver as casas completamente consumidas pelas chamas. Estas imagens já deram lugar às mais variadas especulações...

Numa altura em que se contam 80 mortos, o balanço dos fogos que têm consumido a Califórnia desde 8 de Novembro é ainda especialmente assustador pelo número de desaparecidos, que chegou a ser superior a 1000 pessoas atingindo os 1300 desaparecidos.
Podendo ser um problema de organização na contabilidade, mas se há mesmo 1000 pessoas desaparecidas não se espera outro desfecho, que não seja de uma enorme tragédia. Mesmo que sejam reencontrados salvos 90% dos dados como desaparecidos, mesmo 180 vítimas seria um número demasiado grande para ignorar.

Camp Fire - um dos principais focos, onde se contabilizaram 77 vítimas até agora.

Com registo semelhante encontramos apenas fogos florestais de 1914, em Cloquet (com 1000 vítimas estimadas), ou o incêndio de Peshtigo em 1871, que vitimou entre 1500 e 2500 pessoas, e que ocorreu praticamente ao mesmo tempo do Grande Incêndio de Chicago, ao Incêndio de Port Huron, e outros, levando a várias especulações de teoria da conspiração sobre a origem de diversos fogos na mesma região e na mesma altura.

Cloquet Fire, Minnesota, 1914
A causa apontada para o incêndio de 1914 em Cloquet, Minnesota, foi uma prolongada seca, tal como essa é a causa mais apontada para estes incêndios de Novembro. 
Claro que em 1914 poderia haver uma grande seca a norte, capaz de motivar um grande incêndio, isso não era relacionado com nenhuma mudança climática, até porque era uma época de temperaturas baixas. 
100 anos depois, quando um incêndio é motivado por uma grande seca a sul, numa região fronteiriça de desertos como o "Vale da Morte", o tópico da moda impõe-se num inverno que se começa a anterver frio. É uma oportunidade de falar em "alterações climáticas".

Da mesma forma que se especula com a teoria da moda, há quem avance com experiências que o exército americano andaria a fazer no sentido de alterar o clima.

Sim, digamos que se um exército quiser usar o clima como arma destrutiva, convém que use isso a coberto de "alterações climáticas", que são culpa de toda a humanidade. Circulam bastantes vídeos na internet, com especulações mais ou menos bizarras.

No entanto, há uma coisa que ninguém parece ter vontade de explicar... a completa inoperância do exército americano perante uma ameaça interna que parece colocar em risco um maior número de vidas, muito maior do que as ameaças terroristas. 
Já se sabia que isto acontecia em Portugal, mas no caso dos EUA, estamos supostamente a falar do exército mais eficaz do mundo... e praticamente inoperante perante uma ameaça desta dimensão.

Se não é grande conspiração, parece restar a grande incompetência...  

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