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domingo, 30 de setembro de 2018

Ode Maia

Há duzentos anos, no 1º de Maio de 1818, John Keats escreveu o poema "Ode to Maia", que fez parte deste blogue desde o início. "Baiae" refere-se a uma cidade afundada, a cidade de Baia, que mencionámos no texto CSI Gaiola.


Passados 8 anos, pareceu-me tempo de fazer uma adaptação/tradução do escrito.

Mãe de Hermes! e ainda jovial Maia!
Poderei cantar-te,
como foste cantada nas margens de Baia?
Ou poderei cortejar-te 
num luso siciliano? Ou, aos teus sorrisos,
procurá-los como foram procurados, em gregos frisos,
por bardos falecendo agradados ao belo escrito,
deixando grandes versos a um pequeno clã?
Oh, receba eu o antigo vigor! inaudito
Salvo do silêncio da prímula, do afã
celeste e sem ouvinte.
Rodeado por ti, a minha canção se desvaneceria,
satisfeita como sua seguinte,
rica na simples adoração do dia.


MOTHER of Hermes! and still youthful Maia!
May I sing to thee
As thou wast hymned on the shores of Baiae?
Or may I woo thee
In earlier Sicilian? or thy smiles
Seek as they once were sought, in Grecian isles,
By bards who died content on pleasant sward,
Leaving great verse unto a little clan?
O give me their old vigour! and unheard
Save of the quiet primrose, and the span
Of heaven, and few ears,
Rounded by thee, my song should die away
Content as theirs,
Rich in the simple worship of a day.



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