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sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Não há cérebro B

Quem passear pelo país, poderá ver o exemplo típico do despudor demagógico num cartaz do Bloco de Esquerda, que é agora "politicamente correcto":
"Não há planeta B" - nem um grau a mais, nem uma espécie a menos
O cartaz deve ser convenientemente modificado para
"Não há cérebro B" - nem um grau a mais para esta mesa

No total desplante demagógico, num jogo de corda, de um lado aparece uma velha geração num planeta cinzento, e do outro uma nova geração, basicamente de crianças, com um béu-béu a ajudar  (para satisfazer e chamar o eleitorado PAN), num planeta verducho.

Escusado será dizer que a ideia e concretização do cartaz não veio de ninguém com menos de 20  ou 30 anos, e assim quem fez e promoveu o cartaz estaria do lado "cinzentão". Os líderes do BE não são eternamente jovens, e azar, Francisco Louçã já tem 62 anos, e até as superpromovidas manas Mortágua já têm mais de 30 anos.

O que vemos neste cartaz é todo um receituário de falácias.
Trata-se de um simples plano de regressão civilizacional, onde ficamos mais escravos do que somos.
Começando pelas pás eólicas, o BE terá esquecido que não havia qualquer necessidade delas, e o intuito de introduzir a energia eólica foi dar prebendas a correlegionários do regime, que arranjaram enormes rendas à custa de aumentarem a factura de electricidade do cidadão comum.
A situação é tanto mais ridícula, que continuamos a ter só entradas de 220 volts, quando a maioria dos aparelhos eléctricos modernos trabalharia com 12 volts, sendo necessários transformadores que desperdiçam energia sob a forma de calor, para fazer a conversão. 
Quem fala disto? Ninguém! Ninguém, porque não interessa baixar o consumo, não interessa baixar as rendas de quem vive de não fazer coisa nenhuma, no sector eléctrico. Produz-se 3 vezes mais energia para completo desperdício, mas não deixamos de pagá-la.
Depois é toda a história macaca do colectivismo, com comboios e autocarros... que são na prática os maiores poluidores. O preço dos transportes públicos é ridiculamente alto, ao ponto de ser mais barato a pessoa deslocar-se de carro, já para não falar da maior conveniência, mesmo pagando o estacionamento.
O transporte colectivo vive da ideia do rebanho de carneiros, que segue em manada, guiado pelo pastor. É um conceito contrário à liberdade individual. 
Como ponto de liberdade individual, o que temos? - A bicicleta! Mas não são bicicletas quaisquer, são as bicicletas de aluguer, negociadas pelas novas empresas de oportunismo e clientelismo.
É uma mudança de mentalidade, onde a bicicleta, que era nossa propriedade vulgar desde que crescemos, passa a ser um artigo de aluguer, para dar rendimento a mais uns tantos escroques.
O carro é claro, é um bem maléfico...

Do outro lado, vemos a poluição industrial... como se as bicicletas, os autocarros, os comboios, etc, nascessem nas árvores! Como se os carros eléctricos não tivessem baterias com poluentes mais perigosos que os outros existentes...
Acresce ainda o símbolo da energia nuclear, uma das mais limpas e ecológicas, que foi decidido depois fazer parte das energias malévolas, já que os EUA quiseram parar o desenvolvimento de centrais nucleares, que era feito pela França e Alemanha. É claro que as centrais nucleares são um problema, um risco, como seriam as hidroeléctricas, se fossem deixadas sem manutenção, sujeitas a uma inundação por colapso da barragem.

Mas a ideia mais ligeirinha é beatificar o esforço político dos jovens - necessariamente mais manipuláveis e menos conhecedores da perversidade humana, colocando-os contra a geração dos pais e avós, para quem já destinaram o lar de terceira idade. Não é novidade que o nazismo, através da juventude hitleriana, ou o salazarismo, através da mocidade portuguesa, tentaram usar o raciocínio juvenil, ou melhor, a falta dele, para conduzir as suas campanhas. Não é novidade também que o comunismo fez a mesma coisa. Sempre a falta de conhecimento juvenil foi usada para a crendice e militância, não é novidade usar-se isso agora para as campanhas "ecológicas"... enfim, como se as campanhas ecológicas não tivessem começado nos anos 50, ou seja há mais de 70 anos, estando tão velhas quanto os mais velhos.

Na realidade, o problema principal desta esquerda frugal é a típica falta de cérebro, valendo o ditado que "de boas intenções está o inferno cheio". Qualquer energúmeno que pretenda passar por intelectual, não tem que ter um cérebro funcional, basta colocar-se do lado da corda onde é suposto ficar a intelectualidade. A situação chegou rapidamente ao ponto limite - os intelectuais têm um nível de inteligência que roça o analfabetismo puro. Não é assim de espantar que iluminárias do BE tenham feito campanhas contra o "machismo" da língua portuguesa, querendo mudar o "Cartão de cidadão" para "Cartão da cidadania", e estejam prontos para outras manifestações... em que a única coisa que transparece é a completa ausência de cérebro.

6 comentários:

  1. Com estes sucessivos avisos, vindos das mais "altas" instâncias", sejam mundiais, regionais e locais.... em suma, estão em todo o lado! Pelo sim pelo não, é melhor voltarmos à agricultura de subsistência com algumas galinhas para o consumo de proteína animal... a questão é onde arranjar espaço para cultivar e pôr as galinhas dentro de um apartamento (visto que a nível mundial, a população tem vindo a concentrar-se nos grandes centros urbanos) de uma qualquer cidade.. enfim... temos que nos preparar para piores dias... eles bem que avisam...

    https://observador.pt/2019/07/07/ha-uma-crise-climatica-por-semana-avisa-a-onu/

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    1. Cara Amélia,
      depois do fim da Guerra Fria, a ONU foi-se transformando cada vez mais num objecto decorativo. É como um jarrão, herança da bisavó, que estando tão fora de moda, já foi substituído pelo G7, às vezes G8.

      Guterres pouco mais faz do que figura de parvo. Foi a florzinha que decidiram pôr no jarrão, tão discreta que não tira a vista a ninguém, nem aparece... e por vezes quando aparece era mesmo melhor nem aparecer.

      Essa da crise climática por semana, só choca mesmo quem não se lembra dos concertos de 1980 estilo "Life Aid", em que as vítimas que morriam em África resultavam, segundo se dizia, de secas, e outros problemas climáticos... ou seja, coisas que sempre existiram.

      O que esse anúncio parece querer dizer é que vão tocar os sinos todas as semanas com uma notícia sobre o clima...

      Porém o governo mundial dos órgãos de comunicação social "politicamente correctos" está com um problema com Trump, Bolsonaro, etc... (e agora com Boris Johnson), já que nessa eles não querem embarcar.

      A questão dos fogos na floresta amazónica é mais velha que eu, e já em 2007 eles andaram com a mesma conversa:

      https://news.mongabay.com/2007/10/2007-amazon-fires-among-worst-ever/

      Ainda sou do tempo da ditadura brasileira, em que se dizia que as autoestradas que os generais faziam, arrasavam a floresta, e colocavam em perigo o habitat dos "minhocas na cabeça".

      Em cada Verão têm que se lembrar de uma "novidade", normalmente "velha".

      O Macron serviu esse papel ridículo, mas agora é mais difícil ir na cantiga do bandido:
      https://oglobo.globo.com/sociedade/governo-brasileiro-decide-rejeitar-ajuda-de-us-20-milhoes-do-g7-para-amazonia-23906801

      Aliás, este tipo de atitude só é pior, porque junta mais os apoiantes de Bolsonaro contra a interferência externa, e pode levar à moda de ser patriótico borrifar-se numa "destruição da Amazónia".

      Como não me desagrada esta agenda "politicamente correcta de esquerda", que tem sido imposta de forma tão suave como um cilindro compressor, não me chateia nada que haja mais cuidado com a poluição, etc... o único problema é que temos que pagar o preço da mentira - e a longo prazo isso não costuma dar bom resultado.

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  2. A informação é o poder, quem a tiver pode sobreviver, temporariamente, pois poucos escaparão às cíclicas destruições, inversão dos polos magnéticos, iper actividade solar, reajuste da rotação da Terra no seu eixo, a humanidade teve tem terá capacidade de quando dessas destruições “emigrar” para outros planetas, mas poucos serão selecionados,

    no imediato em vez da galinhas praticaria na produção de cogumelos, spirulina e fabricar tintura de iodo, bom para ter água esta é uma velha ideia:
    https://www.youtube.com/watch?v=JR0MJRlT4jw

    Cumprimentos
    José Manuel

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    1. A palavra secreta para informação é "inteligência", no sentido das "centrais de inteligência" como a CIA (central intelligence agency).

      O problema da "informação" é distingui-la da "contra-informação", ou seja a informação concorrente, em tudo igual à outra, só que uma é útil e verdadeira, e a outra é falsa ou inútil.

      Caindo no perigo de extinção, após a Guerra Fria, a CIA e as outras agências similares, foram alinhando numa cruzada de definir e criar inimigos a si própria. Um desses resultados foi alimentar, criar e apoiar grupos terroristas.
      Para condicionar governos e políticas convenientes, haverá sempre a predisposição de criar e inventar perigos. Por enquanto estamos na fase em que esses perigos são fictícios, o que é igualmente eficaz e mais indolor.

      É sempre inútil pensar numa escapatória individual, porque mesmo que alguém conseguisse safar-se sozinho de qualquer catástrofe, viveria uma vida miserável, sem rei nem roque, onde poderia ser eclipsado por qualquer multidão irracional.

      Cumprimentos, da Maia

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  3. É a continuação dos opressores/oprimidos do passado! TODA a retórica esquerdistas assenta nesse ponto!
    A esquerda é uma força parasitária que nada dá a ninguém- embora a muitos tal pareça- a não ser aproveitar-se do que alguém construiu e, no momento certo- quando as pessoas já têm segurança suficiente para pensar além do prato de sopa de amanhã- dar o golpe!
    SEMPRE assim foi!
    A esquerda nada constrói!
    Tudo na esquerda é destruição e destabilização!
    A medida que os alvos se revelam insuficientes, ou datados, a esquerda move-se noutro sentido qualquer na eterna busca de "oprimidos" a arremessar contra a sociedade no geral, ou seja contra "opressores".
    As pessoas que se mantêm à esquerda são aquelas que nunca passam da fase de rebeldia primária, contra tudo e contra todos!
    Caso contrário dariam VALOR ao que têm no Ocidente- por isso é para cá que o resto do "planeta" quer vir- e iriam "lutar" para paragens onde as suas reivindicações até poderiam fazer algum sentido!
    Mas não! É AQUI, confortavelmente, que assentam os seus arraiais lutadores, onde SABEM perfeitamente que nada por aí além lhes acontecerá, ou a acontecer, mais tarde, farão o que sempre fazem: apelam à culpabilização alheia e , mais habitualmente, ao livre mercado/ capitalismo.
    A esquerda é um problema gravíssimo no Ocidente, que poucas pessoas têm exacta noção ou identificam correctamente, emergindo não da lógica, necessidade ou razão, mas sim das meras emoções - o cartaz é disso bem elucidativo- e que é,no fundo, o reflexo de desajustes do foro psicológico!

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    1. Bom, há todo um discurso semelhante, aplicável ao que se chama "direita". Nem vivem bem uma sem a outra... Por exemplo, o controlo sindical pelo PCP é a forma mais sinistra de controlar protestos, que poderiam ser muito mais complicados de controlar, caso o PCP não fizesse de conta que estava interessado em "defender trabalhadores".
      Sempre que aparecem movimentos que não estão alinhados nas tradicionais afiliações esquerda/direita são cilindrados pelo sistema.
      Até porque sempre que movimentos de esquerda alcançaram algum poder, passaram a governar com aquilo a que tradicionalmente se chamam políticas de direita. Porque a lógica de quem tem poder é mantê-lo, e a de quem não tem é procurá-lo. Tudo isso é perfeitamente natural, mas o que não há paciência é para ver histórias da carochinha, ou caça aos gambuzinos, vendidas a adultos. Só o fazem porque esses adultos se comportam como crianças.

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