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domingo, 22 de novembro de 2015

Nebulosidades auditivas (28)

A propósito do comentário de hoje que o José Manuel colocou no Alvor-Silves, falando no filme Cloud Atlas, cujo título se baseava no nome de uma obra musical, fica aqui o tema Atlas dos Coldplay.

Este tema fazia parte da banda sonora do filme "Jogos da Fome" - Catching Fire.

Normalmente, sendo raros, evito colocar dois postais no mesmo dia... mas como estava a escrever um apontamento sobre o último filme da série, estreado há dois dia - a Segunda Parte do "Mimo-gaio" (Mocking-Jay), pareceu-me indicado juntar ambos os temas, não num mesmo postal - porque o assunto é diferente, mas sim aparecendo no mesmo dia - porque a circunstância é a mesma, e a coincidência o sugere.

Sendo Maia e as pombas Peleiades as filhas dedicadas do pai Atlas (um titã rebelde condenado por Zeus a suportar o mundo nas colunas de Hércules), há dois anos que considerei colocar aqui nestas "nebulosidades" esta canção dos Coldplay... o que se justificaria também com outras músicas.
No entanto, a minha interpretação racional do vídeo sobrepôs-se à emocional, e optei por não o fazer... até porque no final de 2013 as circunstâncias ainda eram diferentes, para embarcar numa lírica ambígua oferecida ao ouvinte.

Transportaremos todos os mundos que sucumbiram, vendo e vi-vendo, no único universo que os pôde conter de forma autoconsistente. E caímos aqui, porque para quem chegou ao fim dos tempos, sem disso saber, este era o único tempo que restava para continuar... começando num princípio a meio do tempo anterior. Esse tempo anterior tinha toda a inteligência do universo, mas ninguém para a contemplar. Existir é assim um recordar do que foi sem ser.

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