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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Nebulosidades auditivas (88)

Ok, a esta hora, há Biden e Trump:



e depois há... Kanye WestNa corrida presidencial dos EUA há sempre mais do que dois candidatos, simplesmente os que não são apoiados pelos partidos clássicos (Republicanos ou Democratas), não têm qualquer hipótese de ganhar um Estado, e assim recebem zero delegados para a votação presidencial. Um deles, nesta eleição de 2020 foi o músico rapper Kanye West.


Kanye West - Flashing Lights (2007), foi tema usado pela Dior, repetindo o
protagonismo de Charlize Theron para a publicidade do perfume J'Adore (2018).

Kanye West, chegou a incluir uma alusão a um Trump nú num vídeo seu, Famous, e tendo sido seu apoiante, foi entendido que a sua candidatura visava desviar algum voto rebelde, afro-americano, que poderia ir para Biden, mesmo assim numa percentagem pouco relevante, mas que poderia ser decisiva nos swing states.

A ultra-manipulada imprensa portuguesa, fez-nos chegar Trump com todos os seus defeitos, e sem dúvida que o actual presidente dos EUA é ilustrativo de como o seu poder à frente da maior potência do planeta, é razoavelmente diminuído pelas instituições de bastidores, que quiseram a todo o custo colocar no seu lugar uma velha marioneta empalhada.

Perante o sucesso económico interno dos EUA, no relançamento da produção "made in USA", protagonizado por Trump, não teriam qualquer hipótese de colocar o seu lugar em causa, não fosse uma pequena pandemia chamada "Covid-19", ou como Trump prefere, "China virus".

A excessiva manipulação das sondagens, a favor de Biden, tornou-as nas primeiras derrotadas na noite eleitoral. Trump irá disputar a eleição, mantendo praticamente todos os Estados que lhe deram o voto em 2016. Pensei que a vitória de Trump fosse mais clara, mas parece que terá ainda que ficar em suspenso.

Nada disto significa que a situação mude... os poderes mantêm-se inalterados, mas é muito diferente ver no palco um boneco empalhado, do que ter em cena um sujeito que sabe afrontar o politicamente correcto. Como Trump parece apostado em querer ser candidato ao Nobel da Paz, se se confirmar uma vitória sua, as empresas de armamento podem ter que se ficar pela investigação. Como não é de prever que os Democratas tenham ainda o desplante de pedir novo impeachment, é mais natural que a seguir a Biden caiam as negociatas do filho. Pelo entretanto, seja qual for o resultado, como será disputado, é ainda natural que a decisão electiva vá parar aos tribunais, como aconteceu em 2000.

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