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segunda-feira, 1 de junho de 2020

Space XXX

A comédia, que neste caso é hardcore, continua, e diz respeito à festarola feita pelo 'sucesso' da SpaceX, e por que razão?
- Nenhuma. Zero. Bola.

O New York Times fala em momento histórico:

e, pois, é claro que sim! 
Ora vejamos, há todo um mundo de possibilidades que se abre:
- Colombo ia ao serviço de Espanha. Quem foi o primeiro privado?
- Vasco da Gama ia ao serviço de Portugal. Quem foi o primeiro privado?
- Pedro Álvares Cabral ia ao serviço de Portugal. Quem foi o primeiro privado?
- Fernão de Magalhães ia ao serviço de Espanha. Quem foi o primeiro privado?
- etc, etc, etc...

A lista de novas possibilidades para grandes "exploradores" a título privado, estava por "explorar".
Falta a lista de exploradores cujo primeiro nome começa por Z.

A paródia não acaba... onde foi feito o lançamento? 
- Terá sido na fábrica da Tesla?... é claro que não, foi feito em Cabo Canaveral, na NASA.
- Mas então, o Elon Musk comprou a NASA? - claro que não, é ainda governamental.
- etc, etc.

Pronto, mas as imagens espaciais são agora coisa séria, certo?
Citando Rui Veloso, esse grande cosmonauta privado:
- Não há estrelas no céu a dourar esse caminho, por mais amigos que tenham sentem-se sempre sozinhos.
Imagem do espaço negro e da cápsula da SpaceX aquando da pseudo-chegada à Estação Espacial Internacional.

Depois continua... não há.... não há... estrelas no céu!

Como alguém terá dito: " I'm just going to say that the fake moon landing looked more convincing than that SpaceX thing yesterday and that was 50 years ago! "

Bom, mas de facto há aqui sinais de fumo.
Musk, menino bonito do arrivismo da última década, e do mais politicamente correcto, chegou a criticar Trump, em várias ocasiões, alinhando cautelosamente com todos os lados, sempre que possível... já que o negócio assim o exigia. 

No entanto, com esta colagem de Trump a Musk, para mais uma fantochada espacial, parece indicar que vêm aí tempos de boa imprensa para Trump.
Porquê?
Trump deve ter perguntado a algum assessor, qual era o segredo para ter uma vida descansada na presidência dos EUA, fazendo todas as imbecilidades que Bush Jr. fez. Alguém lhe deve ter dito que para isso teria que engolir a pílula... ou seja, teria que alinhar com a versão Hollywood dos EUA. Nada melhor do que um momento especial, ou melhor espacial, para a fotografia sem estrelas no céu.
Engolindo essa pílula, não há Covid-19, nem protestos raciais, que lhe perturbem a reeleição... que já era praticamente um dado adquirido. Trump alinhou com a fantochada, e certamente daí irá beneficiar... não em demasia, que é para a malta não desconfiar.
Daqui a uns tempos se verá, mas isto promete mais encenações espaciais especiais... e daqui a um ano, poderemos ter aqueles que criticavam Trump (p.ex. toda a gente que balbucia um arroto, a que em Portugal se chama comentário) a rever a sua posição em alta, lá para o espaço estratosférico...

4 comentários:

  1. Caro Alvor Silves,

    É interessante. Mas eu tenho dúvidaas que a Space X não tenha acopolado à Estação Espacial Internacional.

    Se se baseia no facto de não haver estrelas - que reconheço ser estranho - deixe-me que lhe diga que o meu telemóvel também não capta as imagens das estrelas se apontado para o céu... tirando uma ou outra.
    Essencialmente, isso não prova nada. É estranho mas não é suficiente...

    E Musk não é assim tão submisso ao políticamente correcto quanto isso, mas também não interessa muito...

    Cumprimentos,
    IRF

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    1. Aconselho ler o que escrevi em 2013:

      https://odemaia.blogspot.com/2013/11/ver-estrelas.html

      Ou seja, ao contrário do que aconteceu com os americanos, os russos não tiveram problemas em mostrar as estrelas no espaço, desde 1965.

      Quem quiser ver as coisas sempre do mesmo lado, dirá que as fotos russas é que são invenção... invocando a cartilha americana.
      Só que mostrar estrelas no espaço arrisca muito mais, porque implica poder-se questionar quais eram, e se estavam naquele local naquele ângulo. Fazer isso em 1965 era sujeitar-se à contestação americana, que nunca ocorreu... mas também é verdade que os russos não contestaram a ida americana, pelo que sabemos.
      Simplesmente há uma incongruência - ou é possível, ou não é.

      Em cidade, as estrelas são pouco visíveis, só as mais brilhantes escapam.
      Se for para o campo, com o céu limpo, o cenário é totalmente diferente.
      Se for para o espaço, sem restrição da atmosfera, é só imaginar, pela diferença entre uma coisa e a outra.

      Até se poderia dizer que, em face de uma superfície muito brilhante, o resto não aparece, mas não é assim, e mesmo quando apanha um flash a disparar, consegue ver ao lado do clarão. Pior, eles poderiam simplesmente apontar as câmaras para as estrelas, e dizer - este é o céu que vimos da Lua, ou do espaço, no dia D, à hora H, no sítio S.

      Alguma vez fizeram isso na altura?
      Népias - zero.

      Porquê?
      Ao contrário dos russos, tiveram medo.

      Convém notar que, desde que Putin tomou conta, os EUA estiveram na posição humilhante de ter que pedir aos russos para ir ao espaço, em particular à estação espacial internacional.
      As naves Soyuz tiveram o exclusivo desde 2011 (o último space shuttle foi o Atlantis em Julho de 2011), de todas as viagens humanas.

      Este Space-X foi a primeira ida americana desde 2011, agora também está em projecto, o Boeing Starliner-1... para 2021.

      Não estou a dizer que não foram, simplesmente, às imagens continua a faltar uma certa estrelinha.

      Cumprimentos.
      Este foi o primeiro caso, desde

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  2. Só li isto agora.
    Faz sentido, defende bem o seu caso... faz sentido.

    Cumprimentos,
    IRF

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    1. Interessante é também a abordagem do filme "Interstellar":

      https://www.youtube.com/watch?v=3s-9VKuYflo

      Cooper: You don't believe we went to the Moon?

      Ms. Kelly: I believe it was a brilliant piece of propaganda, that the Soviets bankrupted themselves, pouring resources into rockets and other useless machines...

      Isto para além de múltiplas outras referências de filmes, vídeos, etc, que vão trazendo de vez em quando o "assunto proibido".

      Cumprimentos.

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