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sábado, 20 de junho de 2015

Uma FÍFIA até à Lua

É possível à bola que anima o futebol entrar em órbita?
O enfadonho circo mediático, que basicamente já não surpreende ninguém, conseguiu produzir agora uma conexão notável. 
A bola caída na lama ucraniana, foi argumento para um verdadeiro pesadelo russo... mas não pela perda de vidas no conflito, mas sim pela eventual suspensão do próximo Mundial, na Rússia, em 2018.

A resposta superou as expectativas... se o menino Barack quer tirar a bola ao menino Vladimir, então o menino Vladimir diz que os americanos não foram à Lua. 
Pronto! Toma lá, que já almoçaste!

(Moscow Times, 16 Junho 2015)

Imagem de bola de futebol degradada e lamacenta... simulando um quarto minguante.

Perante esta jogada na secretaria, Vladimir (Markin), o porta-voz russo do Comité de Investigação da Rússia, apostou no contra-ataque: (cf. notícia do Diário de Notícias):
... os "procuradores dos Estados Unidos auto-declararam-se os supremos árbitros dos assuntos internacionais de futebol"... pelo que não seria descabido que a comunidade internacional investigasse eventos suspeitos do passado dos EUA, nomeadamente o desaparecimento das imagens originais da chegada à Lua em 1969 e até dos cerca de 380 quilos de pedra lunar que foram recolhidos pelos astronautas ao longo das missões no satélite terrestre.
"Não estamos a dizer que eles não viajaram e simplesmente fizeram um filme sobre isso. Mas todos estes artefactos científicos - e talvez culturais - são parte do legado da Humanidade e o seu desaparecimento sem rasto é uma perda comum. Uma investigação irá revelar o que aconteceu"... disse Vladimir Markin.
Pois, uma coisa é o sofrimento das populações, ou mesmo as sanções económicas e arresto de bens de "oligarcas", outra coisa completamente diferente é a suspensão do próximo Mundial na Rússia.
Os segredos que os Estados guardam, que sabem uns dos outros, são só usados como chantagem em situações de verdadeira emergência.
Desde a sanção aos Jogos Olímpicos de Moscovo em 1980, e depois da resposta a Los Angeles em 1984, que não se viam este tipo de ameaças de boicotes olímpicos, que animaram aquele período "quente" da Guerra Fria.


5 comentários:

  1. Boa noite,
    Contente de ler sobre o mito da Lua americana, ninguém lávoltou porque não têm a tecnologia ainda para voos habitados, por isso não foram lá, serão os chineses a confirmar ou desmentir brevemente se é possível. Esta guerra de civilizações parece não ter fim.

    Re:"Os segredos que os Estados guardam, que sabem uns dos outros, são só usados como chantagem em situações de verdadeira emergência"

    A mim parece-me que é um aumento de provocações antes de acabarem à pancada. A tecnologia soviética sempre foi mais avançada qua dos ocidentais, o resto é propaganda hollywoodienna ...

    Cpts
    José-Manuel CH

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    1. Caro José Manuel, a transição que ocorreu em 1964, levou à deposição de Kruchev, e praticamente ao fim do projecto espacial russo - que nunca mais foi a mesma coisa desde dessa data, ou especialmente desde a morte de Sergei Koroliev que morreu 2 anos depois, em 1966.
      Até essa data não haveria dúvida em afirmar que os soviéticos estavam muito à frente... mas depois disso, houve todo o show hollywoodesco dos programas Apollo que não deixa perceber bem o que se passou... tem razão.
      O fim da URSS teria terminado com todo o programa russo, mas actualmente são apenas os russos a enviarem foguetões para o espaço, e as contradições entre estes declinios, deixa várias interrogações sobre o verdadeiro papel.
      Quanto à China, desde que vi aqueles vídeos com as bolhinhas
      http://odemaia.blogspot.pt/2014/01/comadres.html
      ... tenho sérias dúvidas sobre qualquer um desses programas espaciais.
      Abraços.

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  2. "nomeadamente o desaparecimento das imagens originais da chegada à Lua em 1969 e até dos cerca de 380 quilos de pedra lunar que foram recolhidos pelos astronautas ao longo das missões no satélite terrestre."
    Por acaso li, não sei onde, que a amostra de rocha lunar (de umas das missões Apolo) que se encontrava em Lisboa num museu, instituto ou observatório desapareceu ou foi roubada.

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    1. Sobre rocha lunar em museu de Lisboa não sei de nada... mas esta história sobre a descoberta de que a rocha lunar num museu holandês era madeira fossilizada do Arizona, é uma delícia:

      http://www.telegraph.co.uk/news/science/space/6105902/Moon-rock-given-to-Holland-by-Neil-Armstrong-and-Buzz-Aldrin-is-fake.html

      http://abcnews.go.com/Technology/apollo-moon-rocks-lost-space-lost-earth/story?id=8595858

      Ou então, chamar "rocha lunar" a uma amostra mais pequena que um grão de arroz, dá bem noção de todo o ridículo da situação.

      Obrigado pelo comentário!

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    2. Já dei com o furto em Lisboa da rocha lunar!

      Falei com alguém que me confirmou, e procurando melhor, encontrei este registo:

      http://www.publico.pt/ciencias/jornal/o-homem-foi-a-lua-ha-35-anos-191107

      ... onde se lê:

      Em 1973, o então Presidente dos EUA, Richard Nixon, ofereceu a Portugal uma rocha lunar, com cinco ou seis milímetros de diâmetro, que ficou exposta no Planetário da Marinha Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Em 1985, foi furtada. Dessa rocha, recolhida na missão Apolo 17 - em Dezembro de 1972, a última vez que o homem pôs os pés na Lua, no vale Taurus-Littrow -, nunca mais se soube o paradeiro.

      Quem me disse, também só sabia do roubo, mais nada.

      Com 6 mm de diâmetro não deveria colocar problemas de ser identificada como falsificação, como aconteceu no caso holandês.

      Há uma explicação fácil de serem consideradas amostras de muito pequena dimensão - basta serem amostras de "poeira" espacial, o que não deixa dúvidas sobre a sua proveniência não ser terrestre.

      Já será mais complicado apanhar um calhau maior na órbita terrestre... só com muita sorte - ou azar, se for contra a nave espacial.

      Ainda que o pessoal da "teoria da conspiração" indique a proveniência das rochas lunares serem de meteoros caídos na Antártida, não creio que o pessoal fosse tão burro - excepto no caso holandês.
      Porque haveria diversas características que as rochas não poderiam ter... ar, água, marcas de entrada na atmosfera, etc.
      Era mais seguro ir buscar micro-amostras ao espaço orbital, e vendê-las como originais lunares... porque se algum investigador concluísse que eram terrestres, também estaria errado.

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