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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Aproximação joviana-venusiana

Reparando no céu ao entardecer, vemos durante estes dias uma aproximação cada vez maior de Júpiter a Vénus, e que irá ter o seu momento mais próximo nos pôr-de-sol de 30 de Junho e 1 de Julho de 2015.

Há uns dias já se viu um belo triângulo formado pela Lua, Júpiter e Vénus, conforme registado nesta foto:

... e sem nuvens, veremos Júpiter como um ponto brilhante muito perto da ainda mais brilhante Vénus, o que irá ocorrer nesta terça-feira. Por isso, será bom perder um momento e olhar para o céu logo a seguir ao pôr-de-sol.
Conforme se pode ler aqui

quando a Lua reaparecer em quarto-crescente, em 18 ou 19 de Julho, mais oportunidades de ver uma nova conjunção dos três corpos. Em contraponto, para quem acorda cedo, e conseguir encontrar Mercúrio de madrugada, verá uma conjunção com Marte no dia 16 de Julho.



Mitologicamente não foi registada muita interacção entre Júpiter e Vénus (ou entre Zeus e Afrodite), mas nos céus não é invulgar vermos a aproximação entre Júpiter e Vénus, os corpos mais brilhantes do céu (excluindo obviamente o Sol e a Lua). 
Irá repetir-se em 2016, e já aqui a tinhamos registado em 2012.

sábado, 20 de junho de 2015

Uma FÍFIA até à Lua

É possível à bola que anima o futebol entrar em órbita?
O enfadonho circo mediático, que basicamente já não surpreende ninguém, conseguiu produzir agora uma conexão notável. 
A bola caída na lama ucraniana, foi argumento para um verdadeiro pesadelo russo... mas não pela perda de vidas no conflito, mas sim pela eventual suspensão do próximo Mundial, na Rússia, em 2018.

A resposta superou as expectativas... se o menino Barack quer tirar a bola ao menino Vladimir, então o menino Vladimir diz que os americanos não foram à Lua. 
Pronto! Toma lá, que já almoçaste!

(Moscow Times, 16 Junho 2015)

Imagem de bola de futebol degradada e lamacenta... simulando um quarto minguante.

Perante esta jogada na secretaria, Vladimir (Markin), o porta-voz russo do Comité de Investigação da Rússia, apostou no contra-ataque: (cf. notícia do Diário de Notícias):
... os "procuradores dos Estados Unidos auto-declararam-se os supremos árbitros dos assuntos internacionais de futebol"... pelo que não seria descabido que a comunidade internacional investigasse eventos suspeitos do passado dos EUA, nomeadamente o desaparecimento das imagens originais da chegada à Lua em 1969 e até dos cerca de 380 quilos de pedra lunar que foram recolhidos pelos astronautas ao longo das missões no satélite terrestre.
"Não estamos a dizer que eles não viajaram e simplesmente fizeram um filme sobre isso. Mas todos estes artefactos científicos - e talvez culturais - são parte do legado da Humanidade e o seu desaparecimento sem rasto é uma perda comum. Uma investigação irá revelar o que aconteceu"... disse Vladimir Markin.
Pois, uma coisa é o sofrimento das populações, ou mesmo as sanções económicas e arresto de bens de "oligarcas", outra coisa completamente diferente é a suspensão do próximo Mundial na Rússia.
Os segredos que os Estados guardam, que sabem uns dos outros, são só usados como chantagem em situações de verdadeira emergência.
Desde a sanção aos Jogos Olímpicos de Moscovo em 1980, e depois da resposta a Los Angeles em 1984, que não se viam este tipo de ameaças de boicotes olímpicos, que animaram aquele período "quente" da Guerra Fria.