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domingo, 23 de março de 2014

HARP e HAARP, harpas e hárpias

Projecto HARP 
Uma das ideias que constava já nos livros de Júlio Verne, seria a de enviar um projéctil, disparado por um canhão, com velocidade suficiente para escapar à atracção terrestre, e pelo menos entrar em órbita.

Essa ideia pode parecer caricata, tal como foi ilustrada num filme mudo conhecido de George Méliès
Le voyage dans la Lune - George Méliès (1902)

No entanto, o canadiano Gerald Bull levou a cabo uma série de iniciativas entre as quais:
um projecto iniciado em 1961 e que visava a colocação de satélites em órbita, não através do lançamento por um foguetão, mas sim por um enorme canhão... tal como pensado por Verne e encenado por Méliès.

A certa altura houve uma desistência do projecto, mas Gerald Bull não desistiu de colocar a ideia no espaço. Teve então uma proposta de Saddam Hussein para a construção do canhão no Iraque, tendo muito sido feito para evitar isso, nomeadamente a sua prisão nos EUA, e em 1990, Gerald Bull acabou assassinado. Em 1991 começaria a primeira Guerra do Iraque.

O nome do projecto com Saddam Hussein era Projecto Babilónia, e pouco depois deu origem a um filme sobre a vida de Gerald Bull.
Filme de 1994 sobre Gerald Bull

Projecto HAARP
Hoje em dia fala-se pouco desse projecto HARP e o mais comum é haver referências ao projecto
... as siglas são curiosamente semelhantes, mas este é dedicado à investigação sobre a ionosfera, onde se produzem auroras, e tem sido mantido sob um certo sigilo. Esse sigilo e o intuito real do programa tem despertado uma série de acusações sobre eventual associação a uma série de fenómenos, nomeadamente terramotos (do Haiti, ou do Japão - "Last year I confronted the former Japanese Finance Minister over control of the Japanese Finance System to a group of American and European Oligarchs. He and his envoy told me that because Japan has been threatened by an earthquake machine." - vídeo de Benjamin Fulford). Outras associações dizem respeito a eventuais fenómenos de "ball lightning".

Como em muitos outros casos, o que não se sabe sobre o assunto leva a imensa especulação, sendo que a produção de eventuais ressonâncias na ionosfera não é facilmente relacionável com movimentos na crosta terrestre. Há fenómenos de vibração bem conhecidos, que começam por ser evidenciados na simples vibração de cordas, como numa harpa... e a escolha da sigla não será completamente ocasional, da mesma forma que o duplo "a" pode simplesmente servir para a distinção relativamente ao programa anterior.
Acresce que há ainda a referência a hárpias... as hárpias estão mitologicamente ao serviço de Zeus, por sua vez conectado às manifestações atmosféricas.
As hárpias aparecem na mitologia ligadas à viagem de Jasão pelas paragens do então grande Mar Negro, e faziam cumprir uma punição de Zeus ao Rei Phineas da Trácia, pela revelação de segredos pertencentes apenas aos deuses. Seriam os argonautas de Jasão que o livrariam dessa punição.

A questão principal sobre o HAARP ou similares é mais genérica. Diz respeito à possibilidade de criação de armas que passam por ser efeitos naturais... os governantes saberiam da ameaça, mas a sua concretização dificilmente poderia ser ligada ao executante, porque poderia ainda ser um simples fenómeno atribuível a causas naturais. O ministro não pode dizer à sua população que a inundação ou um sismo foi devido a um outro país... passaria por simples lunático. Por outro lado, a ideia de que estes fenómenos seriam controláveis passaria a responsabilizar a nação que detivesse tal tecnologia, mesmo que estivesse ilibada.
Este tipo de ameaças existe desde que há armas biológicas, que podem espalhar uma doença num determinado ponto, mas que são incontroláveis... o vírus pode sofrer mutações imprevisíveis e vir a afectar o próprio atacante. Da mesma forma quando se joga com outra simulação de fenómeno natural, as suas repercursões podem passar o alvo, e afectar todo o sistema.

O caos, que normalmente é visto como um obstáculo ao controlo humano benigno, tem também esse aspecto de evitar o controlo humano maligno... Porque num mundo completamente ordenado, quem detivesse a ordem controlaria o resto sem aparentes restrições. Digo "sem aparentes" porque a restrição maior, que surge inevitavelmente, mais tarde ou mais cedo, é o confronto com a cópia. Porque um universo que cria uma estrutura, criaria sem problemas uma réplica... se a ideia fosse o inevitável confronto só com vista a uma melhoria infindável.

Aditamentos (23/03/2014)
1. Convém notar que o veículo das notícias que mostram um embuste global é praticamente o oficial, ou seja, o mesmo. Portanto não devemos ser ingénuos e pensar que quem controla a informação por um lado, a deixa escapar pelo mesmo lado. É claro que há sempre imprevistos, mas o desenvolvimento de "teorias da conspiração" foi alimentado pelo mesmo lado que é atacado. Desta forma, sabendo que é uma fraqueza, controla o ataque informativo, definindo os pólos de atenção.
Quando se fala de mapas antigos, vai-se sempre buscar o de Piri Reis... os outros são sempre ignorados. Quando se fala de controlo antigo vão-se buscar os Anunaki, que afinal eram chamados Anedotos.
Portanto há uma mistura de denúncias que fazem sentido com outras que não fazem.

2. Neste caso do Iraque, creio que nunca foi enfatizado este projecto Babilónia, e o canhão HARP seria uma razão popular para justificar uma intervenção americana, juntando a isso as armas químicas ou biológicas. Assim, quando não foi encontrado nada no Iraque não significa que nada tenha sido encontrado. Se foi fácil convencer previamente da existência dessas armas, com o controlo absoluto sobre o Iraque, teria sido igualmente fácil fabricar provas de que havia efectivamente essas armas. No entanto, houve uma clara opção de tornar aquela intervenção como completamente injustificada nesse aspecto. Se pensamos que as notícias foram manipuladas num sentido, não é de estranhar que tenham sido no outro.

3. Tem-se notado uma sucessiva tentativa de despertar uma consciência internacional de que há uma manipulação global. Desde a ocasião do 11 de Setembro de 2001, ele próprio cheio de contradições, que se notou uma inconsistência noticiosa sem precedentes. Isso tem alimentado a questão conspirativa muito para além dos mistérios habituais que eram divulgados anteriormente - Atlântida, Bermudas, Ovnis, etc...
Essa tentativa de despertar consciências tem dois aspectos:
- procura motivar e avaliar a capacidade de percepção e resposta da população ao embuste;
- torna clara a impotência da população para se opor a isso, pelos meios convencionais.
O último aspecto disso é a impotência das democracias alterarem a forma de governação, já que não se nota qualquer diferença no governo pela mudança de governantes. Esta última forma de explicitação é especialmente desmoralizante, porque como é óbvio também não será pelo efeito de manifestações que nada será mudado.

4. Num dos links que o Paulo Cruz acabou de colocar:
http://www.bibliotecapleyades.net/haarp/esp_HAARP_51.htm
acrescenta-se a informação de que o projecto HAARP chegou mesmo a envolver experiências ao nível da Cintura de Van Allen, e conforme ali é informado num relatório de 1998 da União Europeia, os buracos feitos a nível da ionosfera, ou ainda mais alto, podem abrir o escudo defensivo natural que a Terra tem contra a perigosa radiação cósmica. O caso do ozono era só um aspecto muito particular e levou a grandes preocupações à época. Aqui o perigo poderia ser ainda maior... quando se deixa actuar livremente aprendizes de feiticeiro. Daí haver também esta necessidade de tornar público os maiores perigos, por parte de alguns elementos mais conscientes.

21 comentários:

  1. Bom dia!

    Várias antenas que pertencem ao projeto instaladas em diferentes locais no planeta.

    http://thoth3126.com.br/wp-content/uploads/2013/08/haarp5.jpg
    http://thoth3126.com.br/haarp/

    Um mapa da localização das antenas em todo o mundo..

    http://www.bibliotecapleyades.net/imagenes_haarp/haarp51_02.jpg
    http://www.bibliotecapleyades.net/haarp/esp_HAARP_51.htm

    Aqui neste Blog tem muita informação dessa geringonça...

    http://www.geoengineeringwatch.org/want-to-know-about-haarp/

    Bom fim de semana.

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  2. Peço desculpa pela minha pergunta não ser directa a este verbete, mas é impressão minha ou num dos dois blogs colocou uma questão deveras interessante: a impossibilidade do ser humano provar ou comprovar a sua própria morte?...

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    1. Olá Amélia.
      Coloquei em ambos, mas aqui retirei.

      No alvor-silves está num comentário ao Paulo:
      http://alvor-silves.blogspot.com/2014/03/haplogrupo-e-ha-pelo-grupo.html?showComment=1395505787213#c7465952468435430473

      ... porque, tendo sido antes questionada a originalidade de tudo o que era escrito nestes dois blogs, pelo José Manuel, lancei o desafio:

      «... que me provem de acordo com os pressupostos da ciência actual que a morte física do próprio é impossível.»

      Ora, não retiro o que disse, mas achei que era meio infantil estar a fazê-lo sob a forma de desafio... e ainda que uma pessoa se possa irritar com certas afirmações, depois toma uma pílula de bom senso. Certamente que não era bom senso passar além do mero comentário ocasional. Foi dito, por isso não vou retirar, mas não vou empolar o assunto.
      Assim, poucas horas depois, retirei daqui o postal correspondente.

      Por outro lado, eu sigo um certo critério no andamento, e não gosto de ser influenciado para falar de coisas, antes de ter previsto falar nelas.

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    2. Sobre o assunto da morte, do ponto de vista filosófico é argumento racional que o próprio não pode conceber a sua morte. Qualquer idealização que se faça disso corresponde a pensar nos outros sem ele... mas quem é que está a pensar, senão o próprio?

      Acresce que nós somos universos em nós.
      Qualquer universo pode iniciar-se mas não extinguir-se.
      É completamente diferente da percepção da morte dos outros... essa corresponde ao mero desaparecimento. Desaparecerem coisas é consequência de haver tempo. Sempre que há mudança, há uma coisa que cessa e outra que toma o lugar presente. Agora o que não pode deixar de existir em nenhum universo é o presente.

      Estou com um postal preparado sobre isso... mas achei que ainda não era tempo para falar do assunto, por isso estou a adiar!
      De qualquer forma esse postal era apenas sobre a questão filosófica.
      Aqui, no caso referido, o assunto é colocado mesmo de acordo com a ciência.
      Ou seja, eu sei como se demonstra cientificamente, de acordo com os pressupostos usados actualmente, que a morte do próprio não tem lugar, nem sequer do ponto de vista físico. Isto pode parecer muito estranho, eu sei, e por isso não o escrevi ainda. Note-se que isto diz respeito só à morte do próprio, e não à dos outros. Não consigo provar com a mesma clareza e indubitabilidade que estaremos todos vivos e juntos num futuro, mas creio que sim, que também implica isso.

      Por outro lado, o próprio desafio podia parecer uma atitude arrogante, mas era simples objectividade validativa. Eu sei perfeitamente do valor das coisas que aqui escrevi.
      Independentemente de muitas poderem ter sido tocadas doutra forma antes, há aqui assuntos do mais fundamental que se pode imaginar e que não encontra noutra parte.
      Não é só uma questão de prosa, conforme pensou o José Manuel, é muito tutano mesmo.

      Ora, eu não estou em disputa com ninguém, isso é altamente improdutivo. Se eu quisesse ter algum acréscimo pessoal, certamente que não partilhava as coisas, sem registo legal prévio, e ainda mais sem nome próprio. Por isso, só por uma questão de clarificar eventuais leitores, quis deixar claro que não se trata de trazer aqui cultura doutro lado, fosse de revistas genéricas, como a Science et Vie, ou doutras.

      Há o batuque do tambor, há música clássica, e no Séc. XX apareceu a música popular... alguma erudita. Eu vejo este meio, o "blog", como uma forma literária popular, que se despe dos formalismos da música clássica (artigos em revistas científicas), pode integrar o tambor numa bateria (temas fabulosos e especulativos), e aparece assim disponível à compreensão de mais pessoas. Mas não se trata de fazer Rock com Beethoven ou Wagner, é música nova... Claro, não deixa de usar as notas musicais e acordes, mas isso não o torna semelhante com o clássico... a menos que o ouvido seja mesmo duro.

      Porém, como tenho um grande ímpeto de partilhar as coisas, e não as guardar para mim, tratarei de abordar este assunto futuramente. Pode ser amanhã, daqui a um mês, um ano, não sei... Por uma questão de ordem natural, deverei começar com o texto pronto, na perspectiva filosófica, apenas.

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    3. Ora boas...estive um pouco ausente... e só agora li a sua resposta...
      Mais uma vez agradeço... e quanto à pergunta propriamente dita (sobre a morte do próprio), a minha resposta é claramente não. Do que sei e li... creio tal não ser possível.. mas, e nem a propósito, li recentemente uma noticia curiosa de um sueco (se não estou em erro) que em estado de coma conseguiu ouvir, sem conseguir reagir, à conversa dos médicos com a sua família sobre o seu estado ser irreversível e da possibilidade de lhe retirarem os órgãos.. Valeu-lhe uma médica que no dia seguinte a esta conversa, percebeu que o senhor em questão ainda tinha hipóteses de sobreviver... E sobreviveu... e agora vai processar o hospital em questão...
      Também achei interessante um dos comentários a esta noticia...
      "Anónimo disse...
      Há muitos anos, quando os ventiladores eram raros, um médico teve um acidente e ficou em coma, ligado a um ventilador no Hospital de Santa Maria.
      Em poucos dias a equipa de "cuidados intensivos" (na altura nem havia o termo) verificou que ele tinha todos os critérios de morte cerebral. Sem reflexos alguns, encefalograma plano (sem actividade), etc, etc. Hoje, teria sido dado por morto e os seus órgãos iriam para transplantes.
      Ao fim de umas semanas começou a recuperar e 3 meses depois saiu pelo seu pé.
      O que é para lembrar é que na despedida ele disse que o seu terror era ouvir, todos os fins-de-manhã, a equipa que o assistia analisar se "o desligavam da máquina", ou não.
      Assim percebemos que de nada sabemos."
      Creio que esta última frase diz muito sobre as nossas limitações e que pelos vistos actualmente muito boa gente pretende ou faz questão de ignorar!

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    4. Olá Amélia. Pois, também ando a precisar de uma pausa.
      Bom, esses relatos são interessantes, mas o problema é que nunca se sabe se isso não foram ideias formadas a posteriori, ou se simplesmente o sujeito quer vender uns livros...
      Para além disso, nem é claro que os próprios tenham ficado mais descansados sobre o assunto... porque não compreendem o que se passou. E a questão é sempre essa... até que se compreenda bem, haverá sempre insegurança, muitas vezes transportada para uma falsa segurança comprada nas palavras de terceiros.
      Porém, não nos conseguimos enganar verdadeiramente a nós próprios. Assim, a compreensão não é nada que seja dada pelos outros... esses podem ajudar, mas é uma procura que exige trabalho do próprio. Eu sei onde residem as minhas seguranças, e sigo-as de fio a pavio, mas por muito que as explicite e sejam inquestionáveis, elas não correspondem ao mesmo sentimento nos outros, por formação e percurso diferente. O normal, quando me respondem é dizerem "não consigo argumentar contra, mas não me chega"!
      Depois, dentro dessas compras, há quem ache que a argumentação é irrelevante, e que basta a fé... só que a fé entre ser e não ser dá 50% para cada lado, e nada mais. A argumentação científica não dá nada mais, porque não tem dados experimentais! Resta a lógica racional na filosofia.

      De qualquer forma, vou então deixar uma consideração científica, que se prende com o chamado "Gato de Schrödinger":
      http://pt.wikipedia.org/wiki/Gato_de_Schr%C3%B6dinger

      A mecânica estatística abriu essa possibilidade de incerteza, e criou-se até a noção de universos paralelos. Num, o veneno mata o gato, noutro não mata. Sob essa perspectiva não haveria apenas dois, há sempre uma infinidade de possibilidades.

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    5. Segundo essa teoria, a magia é possível, e há uma probabilidade não nula de aparecer agora sentado ao seu lado um chinês. Só que a probabilidade é tão reduzida, que não ocorre... nem que houvesse chineses em todas as galáxias!
      Porém, ainda que pareça estranho, não é preciso mecânica nenhuma para saber que há coisas mais possíveis que outras. E a questão é saber se há impossíveis, e esses dificilmente os encontra na ciência experimental, os impossíveis são todos lógicos ou matemáticos... o resto são só suposições.
      Assim, como se vê, a ciência actual não nega a possibilidade do mundo mais fantasioso que se possa imaginar... simplesmente remete a sua probabilidade a zero, na prática.
      Portanto, por aqui vemos que a ciência actual não nos diz que morremos, simplesmente parece dizer que a probabilidade de viver eternamente é basicamente nula.

      No entanto, e isto é que é novo, ao mesmo tempo que diz isso, acaba por admitir que iremos viver eternamente.
      E isso só não é visto, porque as pessoas não sabem o que são e o que é o tempo.
      Porquê?
      Porque admitir a morte seria declarar uma impossibilidade de vida futura.
      Com que base é declarada essa impossibilidade?
      Com nenhuma. Ora se não há impossibilidade comprovada, existe uma possibilidade, por mais infinitamente pequena que seja.
      Mas nunca se vai verificar, dirão alguns... mas não podem dizer, porque isso seria declarar a impossibilidade, que não podem fazer, porque não há nada que o impeça.

      A questão é que por muito infinitamente pequena que seja a possibilidade, também o tempo é infinitamente grande... e portanto ao admitir a mais pequena probabilidade, está implicitamente a aceitar que irá acontecer, a menos que se encontre o caixote de lixo para onde desaparece o universo, nas fantasias impossíveis do "fim do mundo" - essas sim logicamente impossíveis.

      Portanto, tem aqui a resposta, não completa, mas creio que suficientemente elucidativa.
      Resumindo, não morremos fisicamente, porque existe uma possibilidade ínfima de se reconstruir o corpo no futuro, mas essa possibilidade passa a certeza pelo facto do tempo ser infinito.
      Isto usa exclusivamente a teoria científica actual, e esta conclusão acho estranho não estar escrita ainda, por alguém.
      Agora, a questão é... onde fica a pessoa no entretanto?
      O que se passa com a descontinuidade?
      Mas isso, deixo para outra altura.

      Abraços.

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  3. Re : «... que me provem de acordo com os pressupostos da ciência actual que a morte física do próprio é impossível.»

    Simplesmente diria que nada se perde tudo se transforma, e por isso a morte física é somente uma transformação, nada morre definitivamente nem o carbono que nos constitui.

    No meu entender já lhe respondi antes de mo ter perguntado indirectamente com dois post:

    A vida veio do espaço sideral - Panspermia
    Quando aqui escrevi em 3 de Março 2010 Tardigrade (ursinho de água) e o gelo no pólo Norte da Lua (...)
    http://portugalliae.blogspot.ch/2013/09/a-vida-veio-do-espaco-sideral-panspermia.html
    8 de Fevereiro de 2011e 3 de Março 2010 (o bicho não morre...)

    Blade Runner, Perigo Iminente 1982 & Craig Venter 2010 - quando a ficção se torna realidade
    Quando a ficção se tornou realidade!
    Segundo John Craig Venter isto é “Um passo importante na história da nossa espécie”, eu diria o dia em que o homem imitou o seu criador e colheu por si próprio o fruto da árvore da vida e da morte podendo-se tornar como os Deuses da Bíblia imortais, pois com esta descoberta científica para alguns significa que “estão vivas as pessoas que alcançarão mil anos de existência”:
    “Certains affirment que la personne qui vivra mille ans est déjà née” - “Désormais, créer de toutes pièces des animaux, des plantes et, peut-être demain, des êtres humains, c’est possible”. Extracto do ParisMatch.com: Craig Venter a réinventé la vie
    http://portugalliae.blogspot.ch/2010/09/blade-runner-perigo-iminente-1982-craig.html
    11 de Setembro de 2010 (não precisam do Craig, podemos viver para sempre quando quiserem aplicar o sistema da auto reparação do ADN do Tardigrade nos humanos, é só querem...).

    Sem querer re entrar em discussões de “tutanos” quando disse que nada tinha sido descoberto no Alvor/Da Maia referia-me a 12 excelentes artigos duma revista que gostaria de partilhar, mas tenho que os traduzir, é da Sciences et Avenir de Abril /Maio 2001 - DES COUPS DE GÉNIES, LES GRANDES DÉCOUVERTES, e começa com entrevista a,
    Michel Meyer
    http://fr.wikipedia.org/wiki/Michel_Meyer_%28philosophe%29
    e depois um artigo do Luc Brisson “Découvrir, c’est se ressouvenir “ (como entender actualmente a tese da reminiscência). A capa da revista termina com um “Que resta ainda a descobrir?”, eu depois de ler os 12 artigos fiquei convencido que nada foi inventado mas sim re descoberto ou relembrado.

    Questiono-me se o Alvor andará a visitar a matéria negra do seu ADN, memórias cromossómicas provavelmente, mas que todos os humanos as têm. Cada qual as descreve à sua maneira, por isso podem parecer originais, mas no fundo não as são, o “tutano” é só um, por supuesto, é esta a minha matéria negra em escrita de cordel.

    Cumprimentos,
    José Manuel CH-GE

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    1. Caro José Manuel,
      antes de mais, obrigado pelo comentário e resposta.
      Não sei como me fazer mais claro, mas por vezes tenho mesmo a sensação que por mais explícito que seja, há algo que impede que se entenda o que digo. Por isso mesmo seria precisa uma clarificação.
      Quando eu falo de que a morte do próprio é impossível, falo mesmo disso, não estou a falar da habitual transformação da matéria, nem tão pouco estou a falar de que poderá vir a ser conseguida, ou da longevidade.
      Porque, ainda assim, os tardigrades morrem e o Craig Venter não está a pensar na recuperação do sujeito que morre numa explosão, nem tão pouco de todos os ancentrais que já morreram.
      O José Manuel pode associar a esses ou a outros assuntos, mas isso é apenas forçar uma ligação a um assunto que conhece.
      Assim, compreendo a observação sobre o "tutano"... é claro que se associar tudo o que lê ao que já conhece, dificilmente poderá ver novidade substancial... Em última análise associamos tudo o que lemos às palavras que herdámos e esse será então o único tutano, segundo o seu conceito. E estas palavras têm tradução, pelo que é uma herança de todas as linguagens.

      Agora as palavras que temos servem também para distinguir as coisas. Neste caso servem para distinguir que a longevidade por razão genética... ainda que tal fosse conseguido, não evitaria múltiplas mortes, seja por acidente, doença, etc.
      Nessa perspectiva científica a matéria desagrega-se e por isso é normalmente considerado que o sujeito, seja ele tardigrade ou não, deixa de existir. Até o carbono não está ausente de desaparecimento em estrelas, quando acabam de consumir os elementos mais leves, hidrogénio e depois hélio.
      Por isso, a ciência actual como associa a vida do sujeito às suas funções cerebrais, requer pelo menos que hajam condições mínimas para ter uma parte do cérebro em funções. Ora isso é incompatível com vários acidentes que destroem o cérebro por completo. O cérebro desagrega-se e por isso a pessoa morre. Morre para nós. O que estou a dizer é que ainda assim essa pessoa não morre, mantém o seu suporte de pensamento material, de acordo com os pressupostos da física.
      Para levar para coisas que conhecerá, pense na viagem no tempo de Einstein... ele achava que um minuto para um observador próximo da velocidade da luz poderia corresponder a um milénio terrestre... ou mais, conforme fosse mais depressa.
      Mas eu não estou a falar dessa tanga, que até é aceite - a ciência tem as suas crendices.
      O que estou a falar é que a perspectiva é similar.
      Para um observador ocorre uma coisa, para outro ocorre outra.
      Agora, por favor, lá por citar este exemplo, não venha depois dizer que o tutano estava no Einstein, que eu aí desisto de conversar.
      De qualquer forma, até agora não expliquei nada, nem justifiquei nada. Quando falo não é de possibilidades, é de coisas concretas, que se passam hoje, e se passaram sempre.

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    2. Fica em aberto, para que se perceba que o assunto nunca foi sequer congeminado, quanto mais abordado.
      Porquê? Porque desde pequeno que eu percebi que as pessoas não fazem a mais pálida ideia do que é o tempo, e continuam sem saber.

      Finalmente, quanto à reencarnação... se é o que quer dizer, já pensei se tal seria possível, cheguei até a estar convencido que seria assim uma maneira de as coisas fazerem sentido, mas não é. Não há homens duplicados. A amnésia poderia justificar a coisa, mas a descontinuidade é tal que implicaria uma duplicação de personalidades.
      O que pode haver, isso sim, é o aparecimento em nós de ideias estranhas. Podem aparecer por via de sonhos ou outras alucinações. O ponto crucial na formação da identidade é saber o nexo que une a nossa pessoa. Assim, ainda que tivesse imagens de outras ocorrências vistas pela minha pessoa, teria que saber distinguir se tinha ou não estado presente. A única coisa que é estrutural e impede que o nosso edifício caia, é o nexo.
      Se a memória não tiver nexo na nossa estrutura mental, não é nossa.
      Pode haver manifestações bipolares, em que duas estruturas mentais concorram sobre o mesmo corpo, e por isso a única solução é o indivíduo identificar um nexo que não admita bifurcações.

      Abraços.

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  4. Olá bom dia,

    De mau compreendido a mal entendido, também desde sempre tive essa sensação, ou as pessoas são muito burras ou eu muito diferente para elas me compreenderem, ou não estamos na mesma onda de frequência, consigo ser entendido por castelhanos alemães e britânicos melhor que por latinos, os árabes são muito inteligentes mas vivem com outro calendário... vivo numa vila tipo Torre de Babel. Dito isto, quando me refiro a memória cromossómicas estou a falar da informação com que se nasce herdada, se observar os outros mamíferos, os progenitores não lhe ensinam a fazer coisas vitais, e não as observam aos seus congéneres, pois existe a tal informação inata e só pode estar armazenada nos cromossomas, uma filosofia hinduísta se não erro na origem diz que tudo está armazenado no nosso organismo, o universo inteiro, ainda há a descodificar a tal matéria negra do ADN, curioso a capa da revista também aborda o Einstein com um “La relativité est-elle une création artistique?”

    Vou scanner paginar em pdf a tal Sciences et Avenir - DES COUPS DE GÉNIES, LES GRANDES DÉCOUVERTES, pois não tenho pachorra para a traduzir, aqui vai a capa e o sumário:
    http://portugalliae.blogspot.ch/2014/04/que-resta-ainda-descobrir.html

    Sobre a morte cerebral e acabar com o tempo o Philip K. Dick tem dois romances extraordinários que li onde aborda o assunto, num o cientista provoca a sua própria morte e com a sua invenção regenera o seu cérebro e ressuscita, no outro através dos compartimentos do tempo um “anarquista” contra a ordem estabelecida consegue parar a repetição temporal universal, fim da repetição eterna, eu de filosofias não sigo nenhum mestre... nem me prostro no chão a nenhum mestre budista... e bipolar felizmente não sou, mas todos temos dois principais “cérebros” o SNC e o escondido o SNE:

    O TERCEIRO CÉREBRO
    Recebo em casa gratuitamente o magazine da Universidade de Lausanne “Allez Savoir !” , e gostaria de partilhar convosco um artigo publicado no seu n° 21 em Outubro 2001, que quanto a mim remete o homem no seu lugar:
    NOUS AVONS UN TROISIÈME CERVEAU, LE CERVEAU ABDOMINAL
    Tema proscrito pelo Establishment (como o dos Tardigrades), afinal não seria conveniente de se divulgar que o homem reza às tripas, se suicida fazendo haraquiri (Seppuku) abrindo o abdómen com uma wakizashi (sabre curto) ou um punhal tipo tantō, o que liberta a alma (seika tanden), interroga os Deuses e espíritos mas quem lhe responde é seu próprio terceiro cérebro, e diz a sabedoria popular que alguns têm “o intestino ligado ao cérebro”! ou como se diz em francês pois em português é ordinário de o citar; avoir des idées de merde, que indica bem o centro das ideias ou da alma, pois para os asiáticos a sede das emoções está no ventre:
    O VENTRE É A SEDE DAS EMOÇÕES NA ÁSIA:
    Hara ookii “você tem uma grande barriga”, poderia vexar no Ocidente, enquanto no Japão é um elogio que significa" você tem um grande coração “; Hara no watte” abrir o seu ventre" corresponde ao nosso “ter o coração na mão”; Hara no misenaï, “não mostra o seu ventre”, que significa “esconder os seus pensamentos”, o inverso é Hara no yomeru (“ler dentro do seu ventre”) e significado que se pode “ler os seus pensamentos”, então que ele é honesto no que diz (...).
    http://portugalliae.blogspot.ch/2011/02/o-terceiro-cerebro.html

    Cumprimentos,
    José Manuel CH-GE

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    1. Caro José Manuel,
      claramente falamos de coisas diferentes, e por mais que eu explique, o José Manuel continua a chutar para canto de coisas conhecidas, algumas das quais já aqui trouxe há vários anos, como seja o "cérebro abdominal".
      Nunca tive problemas em falar dos tópicos que outros introduzem na conversa, mas não me vou repetir. O assunto foi lançado, está muito claro, e nada do que disse aflora minimamente a questão. Ninguém falou de ficção científica nem de alguém individualmente evitar a sua morte, como já disse e volto a insistir, aplica-se a qualquer um, quer queira ou não queira, e não depende minimamente de nenhuma intervenção.

      Cumprimentos.

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  5. Boa tarde,

    Re: “Quando eu falo de que a morte do próprio é impossível, falo mesmo disso”
    A filosofia de “que a morte do próprio é impossível” é sua... só o Alvor a pode compreender bem, eu não compreendi o seu “desafio” em resposta ao meu nada foi descoberto ou inventado, mas sim redescoberto ou relembrado, e a revista que aponto como referência, sustenta bem a ideia.

    Re: “e nada do que disse aflora minimamente a questão”
    Cada qual vive na sua “bolha”, eu consigo viver fora das bolhas, o meu artigo sobre o cérebro escondido SNE trata da morte e da alma das pessoas.

    Re: “como já disse e volto a insistir, aplica-se a qualquer um, quer queira ou não queira, e não depende minimamente de nenhuma intervenção”
    Ficamos a aguardar pela leitura da sua abordagem filosófica ao “a morte do próprio é impossível”.

    Cumprimentos,
    José Manuel CH-GE

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    1. Boa tarde, José Manuel,
      meu caro, a informação de que "nada foi descoberto ou inventado" ou é vaga, ou é absurda.
      No sentido habitual é absurda, porque uma redescoberta implica uma descoberta prévia. Portanto, nalgum momento houve descoberta, antes ou depois.
      Procurando vasculhar nas possíveis ideias platónicas de remniscência, indo a um conhecimento pleno numa forma anterior, perdido nesta, isso implicaria inevitavelmente um conceito de conhecimento total, vindo do nada - já que se negaria o conceito de descobrir. Ora esse conceito de conhecimento total, é o conceito de divindade suprema, auto-criadora, que cai imediatamente no habitual paradoxo do ovo e da galinha.
      Portanto, por aí só consigo retirar contradições sucessivas.

      No entanto, a afirmação pode fazer algum sentido, quando se encara uma certa perspectiva de existência prévia à descoberta. Ou seja, quando se acredita que a estátua estava na pedra, antes de ser esculpida pelo escultor.
      Mesmo assim, não se pode dizer, pelo menos, que o escultor não a pôs a descoberto, ou seja, que a descobriu. Pela sua acção, o escultor descobre a estátua... ou então inventa-a. A noção de invenção é mais individual porque implica que a estátua é ligada de forma única ao seu produtor. Sem o escultor, aquela estátua não existiria.
      Essa questão tem pelo menos cem anos, mas tem antecedentes mais antigos.

      Não se trata de nenhuma "bolha"... simplesmente quando fala de cérebro escondido no estômago, tem que pelo menos redefinir o conceito de cérebro, sob pena de ser uma afirmação vazia. Vazia, porque o cérebro é definido como um órgão específico, e a sua parte fora do crâneo é zero. Se quiser, o que pode dizer é que o sistema nervoso do aparelho digestivo participa na formação de ideias. Mas, meu caro, isso não se aplicaria então a todo o sistema nervoso? Sem querer brincar com o assunto, há outras partes nervosas do corpo que até é costume dizer que pesam mais no pensamento... se é natural que a parte alimentar influencie, é mais corriqueiro fazer esse atributo à parte sexual.
      Agora, procurar no corpo algo tão etéreo quanto a "alma" é matar por completo o conceito de alma, que não é aplicável a nenhuma parte do corpo físico. Portanto, mais uma vez só vejo contradição.

      Finalmente, não precisa de aguardar sobre a abordagem filosófica, ela está extensamente descrita ao longo dos muitos textos e comentários que fiz.
      Mais uma vez, aqui, voltei a referir o assunto, e no comentário resposta à Amélia, pode ler um resumo em duas linhas:
      Acresce que nós somos universos em nós.
      Qualquer universo pode iniciar-se mas não extinguir-se.


      ... não precisa de mais nada, a menos que duvide de cada uma das frases.
      Se duvidar de cada uma delas, também posso voltar a detalhar.

      Portanto, sob o ponto de vista filosófico a questão nem é novidade neste blog.
      No entanto, eu sei que apesar de escrever as coisas explicitamente, e mais explicitamente seria difícil, elas podem não ser entendidas como tal. O que posso fazer mais, senão repetir?
      A única novidade será o argumento científico que, conforme disse, usa os pressupostos aceites pela ciência moderna. Esse ainda não abordei, até porque na minha opinião é menos fiável, já que usa argumentação científica e não meramente racional.

      Cumprimentos.

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  6. Re : “Agora, procurar no corpo algo tão etéreo quanto a "alma" é matar por completo o conceito de alma, que não é aplicável a nenhuma parte do corpo físico. Portanto, mais uma vez só vejo contradição”

    Não sou eu que o afirmo, é a cultura nipónica, tem razão, é diferente e contradiz a ocidental.

    Para quem acredita nas almas, ela anima um corpo e estão alojadas para uns na cabeça para outros no coração e aprendo que para muitos no aparelho genital, se compreendi bem, mas para os japoneses está no ventre, não há aqui contradições mas sim diferentes visões.

    Mas não vou incomodar mais, como se diz por aqui “não cuspa na sopa antes de a provar”, a revista merecia ser lida por uma pessoa com o nível elevado do Alvor Da Maia, não digo que lhe iria ensinar algo, apesar de toda a gente estar sempre a “descobrir” coisas novas que estão visíveis mas nunca reparámos nelas, é um pouco isso a descoberta.

    Eu não tenho interesse em ir estudar o diálogo de Ménon onde Platão diz “descobrir é memorizar [se recordar] reactualizar um conhecimento que já existia, mas de maneira não consciente. Luc Brisson que no primeiro artigo vai abordar este tema ; “descobrir é conhecer ou fazer conhecer o que e até esse momento era ignorado (...) pois nunca se conseguiu dar uma explicação definitiva do que é o conhecimento”, são 12 artigos que abordam diferentes conceitos do que é a descoberta ao longo da civilização.

    Não volto a intervir sobre este assunto, é tempo perdido.

    Cumprimentos,
    José Manuel CH-GE

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    1. Creio que a melhor tradução desse conceito seria "âmago" e não alma... ainda mais se afinal remete agora para a ligação física ao espiritual e não a um "novo cérebro". De qualquer forma, é bem sabido que há uma divisão cerebral e que não controlamos por completo os nossos instintos. Normalmente isso continua a remeter-se para o cérebro, para a zona do cerebelo. É natural que todo o sistema nervoso actue como um todo e não apenas localizado no crânio. Agora falar de uma ligação entre o espírito e o corpo é como falar da relação deste texto com o suporte físico em que o vai ler. Tanto pode lê-lo no computador de casa, como no do café, como num papel... o texto é sempre o mesmo, mas o suporte físico é distinto e indiferente para o significado.
      Dizer-me que a ligação se faz através do estômago, é o mesmo que eu lhe dizer que a ligação ao texto é feita pelo Google Chrome. Se quer dar importância ao browser, ou ao suporte físico, é algo que não compreendo, mas não posso fazer nada contra isso...

      Claramente que aqui há frequências diferentes, e não se trata de nenhum nível "elevado". Simplesmente demorei tempo a encontrar as minhas harmónicas e, como pode constatar, facilmente vejo se há alguma harmonia ou desafinamento noutras coisas... e como compreenderá não vou perder tempo em longos concertos desconcertados, por muita respeitabilidade que os senhores tragam como cartão de visita.

      Podem fazer-se imensas obras sobre o vazio, iniciado com um simples erro básico, por uma confusão de conceitos, etc... isso é simples literatura de entretenimento, enredada em sabedoria erudita, pela respeitabilidade no grupo.

      Vou-lhe dar um exemplo - Damásio escreveu "O erro de Descartes"... e devia começar por se chamar "O erro básico de Damásio". Quando ainda andava no ciclo preparatório, no caminho para casa, concluí que todo o nosso pensamento vem dos sentidos, e escrevi isso num texto que guardei. Na altura nunca tinha ouvido falar de filosofia, e fiquei muito convencido do assunto. Depois, quando tive a disciplina curricularmente, 4 anos depois, percebi que a teoria platónica era bem mais profunda do que a ciência, e vi o meu erro... Damásio acho que não viu o seu.
      Teria ingressado em filosofia, mas percebi que esse tipo de conhecimento conseguia sozinho, e o que me interessava não era exibir o que sabia, mas procurar o que não sabia.
      Assim, as pesquisas de Damásio eram interessantes, mas mostravam mais uma falha filosófica persistente na ciência. Pode-se atacar Descartes pela parte científica, mas não se belisca minimamente no conceito filosófico fundamental... pelo contrário, vêem-se os erros nos conceitos científicos sem filosofia.
      Desde essa altura percebi que as abordagens filosóficas modernas eram quase cópias complicadas do que os gregos tinham escrito de forma simples. O assunto tinha avançado o suficiente nessa altura, e pouco mais foi dito de significativo... as questões fundamentais continuavam por responder. Eu já aqui tratei desses velhos problemas... de todos, e fui mais longe, e vou continuar nisso.
      Agora, você pode continuar a falar de bugalhos, mas eu falei mesmo de alhos.
      Na realidade não vale a pena continuar a confundir alhos com bugalhos.

      Como não gosto de deixar nada de significativo por responder, basta dizer que a afirmação "nunca se conseguiu dar uma explicação definitiva do que é o conhecimento"... pois não! Experimente-se fazer um dicionário em que explica as palavras sem usar palavras!
      Há simplesmente coisas que são impossíveis, e irrita-me a ignorância misturada com erudição que vejo nesse tipo de afirmações, e que bebem nos equívocos elementares de Kant.

      Abraços.

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  7. Re: “Desde essa altura percebi que as abordagens filosóficas modernas eram quase cópias complicadas do que os gregos tinham escrito de forma simples”

    Também fiquei com essa ideia desde pequeno, em casa ouvia muitas vezes um “os antigos faziam melhor as coisas que agora”, e especialmente depois de ler sobre a Panspermia do Anaxágoras de Clazómenas em 2013.

    Re: "nunca se conseguiu dar uma explicação definitiva do que é o conhecimento"... pois não! Experimente-se fazer um dicionário em que explica as palavras sem usar palavras!”

    Telepatia...

    Re: “e como compreenderá não vou perder tempo em longos concertos desconcertados, por muita respeitabilidade que os senhores tragam como cartão de visita”

    A revista ia ser digitalizada de propósito para si... é dava trabalho, não é de salão nem somente sobre filosofia, tem coisas interessantes como o da NASA utilizar o modelo geocêntrico de Ptolomeu etc. desculpe mas de música e de agricultura pouco entendo, não falo de alhos nem de bugalhos.

    Fique bem,
    Abraços.

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    1. Caro José Manuel,
      não é minha intenção irritar ninguém, e certamente que agradeço toda a atenção.
      Talvez ande com menos paciência do que é habitual, e por isso se fui rude nos modos, no confronto de ideias, peço desculpa.

      Não me admira que a NASA use o modelo geocêntrico, é um excelente modelo, e o mais útil na Terra. Essa foi a opinião que Pedro Nunes deu quando lhe falaram do modelo que Copérnico foi repiscar a Aristarco de Samos. O modelo heliocêntrico era o mais vulgar e Ptolomeu inovou na altura ao substituí-lo por um mais prático, e que terá servido para a máquina de Anticitera.

      Quanto a telepatia... presumo que não seja disso que fala o artigo de Brisson!
      Ainda assim, por estranho que pareça, tive uma experiência interessante sobre o assunto... mas não a quero levar a sério.
      Levei a sério na altura, porque a questão poderia ser séria.
      Porém, para falar disso, teria também que admitir que a Terra esteve sob ameaça de colapso há uns meses atrás... e certamente que ninguém vai acreditar numa história dessas, e eu não estou minimamente interessado em contá-la, porque não tem ponta por onde se lhe pegue... face ao conhecimento partilhado na comunidade, que nada tem a ver com o conhecimento individual.

      Abraços.

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  8. Re: “teria também que admitir que a Terra esteve sob ameaça de colapso há uns meses atrás... e certamente que ninguém vai acreditar numa história dessas”

    Como certamente que ninguém vai acreditar na história do HARP que provoca alterações climáticas maiores...

    La Terre l'aurait-elle échappé belle, le 23 juillet 2012 ?
    Il semblerait, en tout cas, qu'elle ait évité une tempête magnétique géante… Selon des chercheurs américains et chinois, en juillet 2012, plusieurs éjections de masse coronale (CME) faisant suite à d'intenses éruptions solaires se sont succédé rapidement. Ces nuages de particules magnétiques ont été projetés dans l'espace vers les autres planètes dont la Terre, du moins presque. En effet, d'après les scientifiques, ces éjections ont manqué notre planète de peu. Si l'évènement s'était produit à peine neuf jours plus tôt, la tempête solaire aurait frappé la Terre de plein fouet, perturbant probablement le réseau électrique, rendant les satellites et GPS aveugles et interrompant les vies extrêmement électroniques de millions de personnes. Les scientifiques pensent que ces explosions solaires auraient enveloppé la Terre de feux d'artifices magnétiques.

    Un scénario semblable à celui qui s'est produit lors de l'éruption solaire la plus importante de l'Histoire, observé par l'astronome Richard Carrington en 1859.

    Publiés dans la revue Nature Communications, les physiciens Ying D. Liu et Janet G. Luhmann et leurs collègues ont analysé cette tempête magnétique, repérée par STEREO. Un coût démesuré les données solaires de STEREO, les satellites jumeaux, ont montré que, le 23 juillet 2012, une énorme éjection de masse coronale a jailli d'un côté du Soleil à une vitesse de 2.896 à 3.540 km par seconde, soit quatre fois la vitesse d'une tempête magnétique classique. STEREO-A, situé à quelque 143 millions de kilomètres du Soleil, a enregistré une vitesse de 1.200 km par seconde lorsque l'orage solaire est passé près du satellite avant de continuer dans l'espace. Il a ainsi franchi l'orbite de la Terre mais, heureusement, aucune des planètes ne se trouvait sur son chemin. "Si la tempête avait frappé la Terre, cela aurait été probablement comme en 1859, mais les effets, aujourd'hui avec nos technologies modernes, auraient été démultipliés", affirme Janet Luhmann, de l'Université de Berkeley, dans un communiqué. Selon une étude récente, le coût des conséquences de l'évènement aurait pu s'élever à 2.600 milliards de dollars (1.870 milliards d'euros).

    "Un super-orage solaire est un événement peu probable mais avec de graves conséquences qui posent de sévères menaces pour les infrastructures de la société moderne. Un tel événement solaire extrême nécessiterait 4 à 10 ans de reconstruction", prévient Ying Liu du China's State Key Laboratory of Space Weather, repris par The Register.

    Des éjections en série cet orage magnétique serait en fait le résultat de deux éjections de masse coronale séparées d'à peine 10 à 15 minutes, relâchant l'équivalent en énergie d'un milliard de bombes à hydrogène.

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  9. Leur très grande vitesse aurait, elle, été acquise grâce à une autre CME qui est apparue quatre jours auparavant. En effet, celle-ci aurait éliminé tous les matériaux susceptibles de les ralentir. "Ces vicieux et sinueux lacets d'énergie magnétique, issus de l'éjection de masse coronale, explosent depuis le Soleil vers le reste du système solaire, empilant les matériaux devant eux. Et, lorsque ce double marteau frappe la Terre, il déforme le champ magnétique de la Terre dans toutes les directions, relâchant son énergie à tous les coins de la planète", précise Janet Luhmann. En savoir plus sur ces phénomènes considérés par la majorité comme des événements assez rares, ce genre de tempête magnétique se produit constamment dans le système solaire, bien qu'elles ne soient pas toujours observées. "C'est comme les tremblements de terre : il est difficile de sensibiliser avec efficacité les gens, à moins qu'ils ne soient confrontés à un séisme de magnitude 9", déplore la scientifique. Grâce à STEREO et aux autres satellites, les chercheurs espèrent comprendre comment et pourquoi ces larges tempêtes solaires sont relâchées. Ils espèrent également pouvoir les prédire, notamment durant le cycle solaire qui dure 11 ans. Dans ce cas, cet orage magnétique très intense n'aurait pas pu être observé si STEREO-A ne précédait pas la Terre sur son orbite, tandis que STEREO-B surveillait les arrières de notre planète.

    Re: “e por isso se fui rude nos modos, no confronto de ideias, peço desculpa”

    Eu sem querer raciocino em francês, quando me exprimo em português tenho dificuldade em ser entendido, a culpa é minha. O planeta Terra está ultimamente a passar perto de grandes catástrofes, para a nossa sociedade...o planeta sobreviverá, nós provavelmente não, não é querer ser difusor de teorias ou crenças apocalípticas, é para que pressionem os governos a fazer prevenção que divulgo.

    Boas leituras, cumprimentos, José Manuel CH-GE

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