13 de Setembro de 1999... para quem não sabe, a Lua deixou a órbita terrestre, e navega pelo espaço.
Essa antevisão de futuro aparece agora como lembrança do passado.
Não é a mesma coisa transmitir depois essa informação à população por palavras, por quadros, por música... pode-se tentar sugerir, mas é completamente diferente, até que o outro sinta o mesmo.
As ideias são colocadas à porta, mas não é nada claro que o receptor abra essa porta para as recolher, porque simplesmente pode nem se aperceber que há ali uma porta.
Falta o clique... e esse clique pode ocorrer no final de um episódio do Espaço 1999 (pois!), no final de um filme, pela leitura de um livro, etc. Por isso, o efeito de inspiração introspectiva que o Soma desperta poderá ser obtido doutras formas, beneficiando de forma indirecta da inspiração de outros.
Passar do cinema à simulação de realidades virtuais é tentação à condução de realidades feitas por outros, e não é o caminho do próprio.
Beneficiará mais em "ví-deos", colocando-se a meio caminho, entre a sua percepção e o convite alheio.
Porque a visão é estereoscópica, e deu-os olhos, um olhar interior, e um olhar exterior. Vi-são dual. Se há convite à união ou totalidade, conforme é dito, isso é um erro - porque não se pode igualar o que é distinto... dois não podem ser um, efectivamente. Só o podem ser como ideia potencial, sempre inacabada, sempre incompleta.
Era hábito na primeira série de Espaço 1999 abordar de forma simples temas com um complexo significado filosófico. Poderíamos ver facilmente alusões à "alegoria da caverna" platónica, ao problema da imortalidade, etc... Os produtores cinematográficos e televisivos, desde a estreia da Twilight Zone, em 1959, empenharam-se em desafiar à reflexão filosófica.
Numa modelação simplificada, quando somos forçados a esquecer átomos, moléculas, etc... todo um complexo caos, que parte do universo decide que as bolas do Euromilhões saem para o Fulano X e não para o Y? Um grão de poeira, um sopro de ar, basta isso para alterar dramaticamente a vida, a muitos quilómetros de distância?
Onde ficariam os milhões de universos alternativos, onde calha a combinação Y e não a X?
Ora, cada micro-evento destes passa-se 25 vezes a cada segundo, e de entre as múltiplas alternativas, sabemos que estamos presos a uma única versão. Em parte é decisão nossa, no sentido em que sabemos justificar escassas acções conscientes, mas isso é uma minúscula parte, quando comparamos com tudo aquilo que nos escapa por completo.
Neste episódio Another Time, Another Place, vemos o confronto entre duas versões alternativas do universo, mas a questão é o que determina uma versão e não outra qualquer?
Por muito que melhoremos a modelação, teremos que ter afastados o nosso melhor modelo da realidade que presenciamos?
A minha perspectiva acerca disso é muito simples...
Teremos o maior caos possível dentro da mínima ordem.
A ordem será a necessária para que tudo seja explicável, e o caos será o suficiente para que não seja possível fazer isso completamente em tempo algum.
As razões já foram aqui apresentadas.
Por isso, e como os processos físicos vão sendo condicionados, pouco a pouco, com o nosso conhecimento da verosimilidade, o maior factor caótico de instabilidade não virá da natureza, respeitando os seus propósitos implícitos.
A maior instabilidade estará no pensamento. Ou seja, curiosamente a tendência parecerá ser permitir o maior número de pensamentos alternativos, sem que essa divergência condicione uma convergência saudável, mínima.
Do ponto vista informativo, de um universo que cria informação constante, não apenas por criar... interessa criar o maior número de observáveis distintos, e o maior número de observadores que interpretem consistentemente o resultado... procurando relações a um nível cada vez superior.
O nihilismo avançou com a ideia caótica de que tudo era equivalente, tudo era indiferente. Isso é uma influência de um mundo de sonhos sem referência de realidade. Só que até os sonhos precisam de uma realidade para existirem... até a noção de vazio precisa de alguém que a pense.
Para haver verdade só pode existir um universo.
Havendo dois ou mais universos, seria possível ser num e não-ser noutro. Havendo só um, isso é contraditório. É a unicidade universal que determina a contradição.
As outras ramificações da árvore de possibilidades são apenas ideias, sonhos, fora deste tempo, deste universo.
To be or not to be... ou como escrevi levemente há uns tempos:
1 01 A? - One or not one, hey?
2 02 B? - To or not to be?
3 03 C? - Tree or not tree, see?
4 04 D? - For or not for thee?
Gimme 5!
A alternativa OU, está explícita geometricamente nas letras O e U.
O - é o universo fechado.
U - é o universo aberto.
O fecho do universo num aquário é uma possibilidade impossível.
A capacidade reprodutiva é conceptualmente imparável a qualquer tempo. Se o universo fosse um aquário com um peixinho laranja, automaticamente haveria um universo superior com uma infinidade de aquários com peixinhos laranja, e depois com peixinhos de todas as cores e feitios, etc...
O universo que é único é o universo aberto, que acolheu a árvore de possibilidades sem se fechar, engolindo tudo no único acordo possível, que equilibra as bifurcações dos ramos com as das raízes.
É para esse acordo que acordamos.
Com a ligação conjuntiva E vemos É 3.
Nestes símbolos, sim bolas ou bolos, vemos como a geometria das letras tem co-reias de ligação, e só mencionamos as mais evidentes (p.ex. outras S Z 2 5).
Por isso, as somo e assumo que sumo e soma podem ter outros significados, inclusive somar e sumir.
Essa antevisão de futuro aparece agora como lembrança do passado.
Espaço 1999 foi uma série de culto dos anos 70, produção de 1973-74, da ITV inglesa e da RAI italiana, estreou em 1975 (em Portugal em 1977, creio).
Nos Pinewood Studios, onde Kubrick tinha realizado o "2001 Odisseia no Espaço", Gerry e Sylvia Anderson iriam produzir uma "série de culto" dos anos 70 e seguintes, depois de se terem estreado com UFO, uma série sobre abdução para efeitos de transplantes de órgãos (trama depois abordada de forma notável no filme de 2005, "A Ilha").
Nesta produção europeia, havia uma significativa evolução de cenários futuristas, relegando quase para fantasia grosseira a anterior, e mais famosa série, Star Trek (1966-69).
Nos Pinewood Studios, onde Kubrick tinha realizado o "2001 Odisseia no Espaço", Gerry e Sylvia Anderson iriam produzir uma "série de culto" dos anos 70 e seguintes, depois de se terem estreado com UFO, uma série sobre abdução para efeitos de transplantes de órgãos (trama depois abordada de forma notável no filme de 2005, "A Ilha").
Nesta produção europeia, havia uma significativa evolução de cenários futuristas, relegando quase para fantasia grosseira a anterior, e mais famosa série, Star Trek (1966-69).
Martin Landau (John Koenig), Barbara Bain (Helena Russell)
com os produtores Gerry e Sylvia Anderson.
É claro que o tempo não perdoa, e as calças boca-de-sino típicas dos anos 70 marcam um desses aspectos de antevisão de moda falhada.
Porém o mais interessante é relembrar como algumas concepções mudaram muito na passagem entre os anos 70 e 80, sendo mais impressionante o conceito de computador. Quando não vivemos a época é difícil perceber a mudança de mentalidades, e quando a vivemos esquecemo-nos facilmente.
Um computador antes de 1980 era uma caixa com luzes coloridas ou com fitas magnéticas.
A entrada e saída era feita com cartões e papelinhos. Nos episódios de Espaço 1999 não temos nenhum écran de computador, temos sim écrans televisivos. Quando muito, os computadores falavam (caso de HAL em 2001), ou então mandavam recadinhos em papel... nada de écrans. E isto era suposto ser normal.
Quando nos anos 1970 apareceram os primeiros relógios digitais, ou calculadoras, que hoje custam 1 euro, foi uma novidade imensa. Só quando em 1980 apareceu o primeiro Sinclair e pouco depois o ZX Spectrum, é que o público percebeu que o écran da televisão podia ser usado para leitura de computador. Os walkie-talkies eram aquilo que mais se aproximava de um telemóvel, mas a ideia de ter um pequeno aparelho móvel de comunicação (como os do Capt. Kirk), era mesmo ficção. Poder ver a cara do outro num pequeno écran, como no caso dos comunicadores da Base Alfa, era ainda muito futurista.
Por um lado olhamos para trás e vemos como estavam distantes dos nossos olhos tecnologias que se vieram a impor como naturais - mas só foram vistas como naturais, simples, depois de explicitadas. No entanto as ideias eram conhecidas de quase todas as pessoas ligadas ao meio.
Sou daqueles que não viu grande interesse na internet, mas essa ideia existia. Logo com os ZX Spectrum o pessoal podia passar programas com um telefone e gravador... A questão era a dissociação com o aspecto comercial. Não liguei à internet, mas passados 5 anos já tinha feito um "facebook" para comunicar com os amigos. Era algo muito simples de fazer, muita gente o fez, e o facto da ideia ter sido apenas popularizada 10 anos depois, dando protagonismo a um qualquer miúdo, é apenas um conto de fadas de Hollywood.
No entanto, se computadores e telemóveis pareciam coisas complicadas nos anos 70, mas naturais nos anos 80, a possibilidade de ter uma Base Alfa na Lua em 1999, era algo perfeitamente aceite como possível nos anos 70, e já vista como improvável nos anos 80.
Em 1973-74, estávamos ainda em rescaldo do programa lunar Apollo, e o nome "Águias" dado às naves, seria influência do módulo lunar "Eagle", registada na célebre frase da Apollo XI:
"The Eagle has landed"
(curiosamente também nome do último filme de Sturges, 1976, que invoca um duplo de Churchill).
A guiar o Águia estava Alan, guia australiano, e a guiar a reflexão científica estava o Prof. Victor Bergman, isto na 1ª série, já que na 2ª série (1976) entraria a célebre Maya, com a faculdade da metamorfose.
Águia e Maya já teriam há muito justificado esta menção a 1999, noutra altura até mais apropriada, e tendo em atenção este episódio "Another Time, Another Place", a colisão de dois universos representados na Lua, poderia ter sido tema há dois meses atrás, ou há mais de dois anos atrás (na imagem que a guia pousou uma águia com água pelo bico).
As coincidências são para ser tratadas como empatia entre observador e observado, com culpas e desculpas remetidas a ambos.
Retomamos aqui o artigo sobre o Soma, citando A. Sramana sobre essa bebida:
Astrologicamente, Soma é o regente invisível da Lua, que representa também o símbolo da ilusão, da Deusa Maya. Soma é o Deus misterioso que desperta a natureza mística e oculta da humanidade.Se há psicotrópicos que levam ao mais íntimo confronto do Ego consigo, com a totalidade, etc... o que é certo é que essas imagens íntimas podem servir de inspiração a muita arte, religião, filosofia e ciência.
(...) Hoje em dia essas plantas são chamadas enteógenas, que significa: capaz de suscitar a experiência de Deus em si mesmo. (...) O seu uso desperta na consciência a sensação inefável de fazer parte da Totalidade. Esta não é uma abstração e sim uma verdade que se encontra nas camadas mais profundas do nosso ser.
Não é a mesma coisa transmitir depois essa informação à população por palavras, por quadros, por música... pode-se tentar sugerir, mas é completamente diferente, até que o outro sinta o mesmo.
As ideias são colocadas à porta, mas não é nada claro que o receptor abra essa porta para as recolher, porque simplesmente pode nem se aperceber que há ali uma porta.
Falta o clique... e esse clique pode ocorrer no final de um episódio do Espaço 1999 (pois!), no final de um filme, pela leitura de um livro, etc. Por isso, o efeito de inspiração introspectiva que o Soma desperta poderá ser obtido doutras formas, beneficiando de forma indirecta da inspiração de outros.
Passar do cinema à simulação de realidades virtuais é tentação à condução de realidades feitas por outros, e não é o caminho do próprio.
Beneficiará mais em "ví-deos", colocando-se a meio caminho, entre a sua percepção e o convite alheio.
Porque a visão é estereoscópica, e deu-os olhos, um olhar interior, e um olhar exterior. Vi-são dual. Se há convite à união ou totalidade, conforme é dito, isso é um erro - porque não se pode igualar o que é distinto... dois não podem ser um, efectivamente. Só o podem ser como ideia potencial, sempre inacabada, sempre incompleta.
Era hábito na primeira série de Espaço 1999 abordar de forma simples temas com um complexo significado filosófico. Poderíamos ver facilmente alusões à "alegoria da caverna" platónica, ao problema da imortalidade, etc... Os produtores cinematográficos e televisivos, desde a estreia da Twilight Zone, em 1959, empenharam-se em desafiar à reflexão filosófica.
Numa modelação simplificada, quando somos forçados a esquecer átomos, moléculas, etc... todo um complexo caos, que parte do universo decide que as bolas do Euromilhões saem para o Fulano X e não para o Y? Um grão de poeira, um sopro de ar, basta isso para alterar dramaticamente a vida, a muitos quilómetros de distância?
Onde ficariam os milhões de universos alternativos, onde calha a combinação Y e não a X?
Ora, cada micro-evento destes passa-se 25 vezes a cada segundo, e de entre as múltiplas alternativas, sabemos que estamos presos a uma única versão. Em parte é decisão nossa, no sentido em que sabemos justificar escassas acções conscientes, mas isso é uma minúscula parte, quando comparamos com tudo aquilo que nos escapa por completo.
Neste episódio Another Time, Another Place, vemos o confronto entre duas versões alternativas do universo, mas a questão é o que determina uma versão e não outra qualquer?
Por muito que melhoremos a modelação, teremos que ter afastados o nosso melhor modelo da realidade que presenciamos?
A minha perspectiva acerca disso é muito simples...
Teremos o maior caos possível dentro da mínima ordem.
A ordem será a necessária para que tudo seja explicável, e o caos será o suficiente para que não seja possível fazer isso completamente em tempo algum.
As razões já foram aqui apresentadas.
Por isso, e como os processos físicos vão sendo condicionados, pouco a pouco, com o nosso conhecimento da verosimilidade, o maior factor caótico de instabilidade não virá da natureza, respeitando os seus propósitos implícitos.
A maior instabilidade estará no pensamento. Ou seja, curiosamente a tendência parecerá ser permitir o maior número de pensamentos alternativos, sem que essa divergência condicione uma convergência saudável, mínima.
Do ponto vista informativo, de um universo que cria informação constante, não apenas por criar... interessa criar o maior número de observáveis distintos, e o maior número de observadores que interpretem consistentemente o resultado... procurando relações a um nível cada vez superior.
O nihilismo avançou com a ideia caótica de que tudo era equivalente, tudo era indiferente. Isso é uma influência de um mundo de sonhos sem referência de realidade. Só que até os sonhos precisam de uma realidade para existirem... até a noção de vazio precisa de alguém que a pense.
Para haver verdade só pode existir um universo.
Havendo dois ou mais universos, seria possível ser num e não-ser noutro. Havendo só um, isso é contraditório. É a unicidade universal que determina a contradição.
As outras ramificações da árvore de possibilidades são apenas ideias, sonhos, fora deste tempo, deste universo.
To be or not to be... ou como escrevi levemente há uns tempos:
1 01 A? - One or not one, hey?
2 02 B? - To or not to be?
3 03 C? - Tree or not tree, see?
4 04 D? - For or not for thee?
Gimme 5!
A alternativa OU, está explícita geometricamente nas letras O e U.
O - é o universo fechado.
U - é o universo aberto.
O fecho do universo num aquário é uma possibilidade impossível.
A capacidade reprodutiva é conceptualmente imparável a qualquer tempo. Se o universo fosse um aquário com um peixinho laranja, automaticamente haveria um universo superior com uma infinidade de aquários com peixinhos laranja, e depois com peixinhos de todas as cores e feitios, etc...
O universo que é único é o universo aberto, que acolheu a árvore de possibilidades sem se fechar, engolindo tudo no único acordo possível, que equilibra as bifurcações dos ramos com as das raízes.
É para esse acordo que acordamos.
Com a ligação conjuntiva E vemos É 3.
O U ... E 3 ... W M
(símbolo de Touro, Mercúrio+) (oito) (símbolo de infinito)
Por isso, as somo e assumo que sumo e soma podem ter outros significados, inclusive somar e sumir.