Páginas

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Levitar sonoro

Num vídeo que chegou à caixa de comentários do blog alvor-silves, de uma conferência de Michael Tellinger, acerca de estruturas na África do Sul:

... começa por falar-se do som e de algumas propriedades.

1) É colocada a questão de ultrassons permitirem aquecer água... 
Qual é a novidade?
Há certas coisas que me espantam sempre, e uma delas é não se fazer uma simples consulta à internet.
Antigamente poderia aceitar-se alguma falta de informação, mas com o Google, Wikipedia, Youtube, houve milhares e milhares de pessoas que colmataram voluntariamente essa falta informativa. 
Há quem insista em não pesquisar... tudo bem, pode não ser fácil sempre, nem sempre as palavras chave funcionam. Mas vejamos este caso, que já conhecia. 
Tentamos "Ultrasound heating", o tema em questão, e zás:
onde se lê:
The first large scale application of ultrasound was around World War II. Sonar systems were being built and used to navigate submarines. It was realized that the high intensity ultrasound waves that they were using were heating and killing fish. This led to research in tissue heating and healing effects. Since the 1940s, ultrasound has been used by physical and occupational therapists for therapeutic effects.
Portanto, de facto, desde 1940 que se sabe que os ultrassons permitem aquecer água... não há nenhum conhecimento secreto. Pelo contrário, há terapias a serem desenvolvidas, usando o aquecimento dos ultrassons, e aplicam-se na próstata e outros tumores.
Por isso, estas coisas deixam-me espantado pelo orador e a passividade da assistência.
Tudo o resto vai do estilo conferência TED "bate-punho", até chegar ao lado místico, para apimentar.
Este é só um exemplo, que até é razoável até certa altura... depois perde-se a paciência!
Há tópicos que chamam a atenção... Atlântida, Pirâmides, Maias, Incas, Stonehenge, etc. junta-se tudo com ETs, Anunaki, etc., e temos 90% dos vídeos deste género no youtube.

Temos vantagens e desvantagens nisto. As vantagens são que no meio de tanta desinformação acaba por haver informação relevante, mesmo. As desvantagens é que a maioria das pessoas não conseguirá distinguir o trigo do joio... Isso também se passa comigo, como é óbvio, mas por isso mesmo é importante partilhar e trocar opiniões e informações.

2) Outra questão diferente, e esta é mais pertinente, é a da levitação por ultrassons.
Felizmente aqui o orador fez pesquisa no Youtube e partilha um vídeo ilustrativo, mas há muito outros, com experiências reais em laboratório. Deixo aqui mais um:

E neste assunto, faz todo o sentido a associação a velho conhecimento.
Temos um exemplo rudimentar com uma tigela tibetana:
... não será muito espectacular, mas dá para ver que a ideia estava presente no Tibete, um sítio aliás bem popularizado pela "levitação". Talvez não chegasse ao ponto de levantar monges, mas talvez fosse suficientemente impressionante para criar esse mito.

Portanto, mesmo no meio de uma conferência especulativa, acabamos por ser alertados para ideias a que não tínhamos dado relevo... seja porque fazem parte do discurso, seja porque o discurso nos levou a pensar nelas. A informação tem esse aspecto sugestivo, que não é menos importante.

Soar e suar
Não suava quem soava bem... o aspecto do trabalho físico versus intelectual esteve sempre em causa - uns soavam ordens e os outros suavam trabalhos, nem sempre suaves, nem sempre na sua vez.
O soar chega a confundir-se com o ser, quando soo que sou.
O som passou a ser o meio de comunicação privilegiado por uma boa parte dos animais, em particular mamíferos e aves.
Para vós, a voz, o vocal. No bucal estava a foz de um sopro de cordas, onde a língua servia uma língua, e no agir, uma linguagem inspirada no acordo fonético. Esse acordo serviria a ligação social.

O som permitiu a arte, mas é pura matemática... uma expressão em que se nota como a simplicidade da base pode levar a uma enorme complexidade no resultado. Com apenas sete notas musicais se escreveram partituras que nos tocaram desde os tempos mais infantis...

O que se ouve dessa criança passada que fez sonhos? - Dó de ser ré de mim, que faz sol lá em si, dó se o acordo desperta dor.

4 comentários:

  1. Boa noite!

    Sobre o seu post... encontrei este artigo a momentos e quis mostrar que eles são reais e o que aconteceu foi exactamente no mesmo país.

    http://uolesporte.blogosfera.uol.com.br/2014/01/08/objeto-nao-identificado-sobrevoa-estadio-do-werder-bremen-e-intriga-policia/

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Enganou-se no post... este não fala sobre os UFOs de Bremen.
      De qq forma, ninguém coloca em causa a existência de Ovnis.
      A definição aceite é "objecto voador não identificado" - sempre os houve, alguns foram identificados, outros não.
      Ligar Ovnis a "extra-terrestres" é que é uma teoria por provar...

      Eliminar
  2. "A definição aceite é "objecto voador não identificado" - sempre os houve, alguns foram identificados, outros não.
    Ligar Ovnis a "extra-terrestres" é que é uma teoria por provar..."
    Bem visto...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sim, cara Amélia, e o problema são os "terrestres" que se assumem "extra", extraordinários que manipulam os outros como ordinários.
      Quem tem invenções o que faz?
      Vai apresentá-las à hierarquia superior... basta ficar no topo e esperar que os inventos lhes sejam apresentados. Os inofensivos podem ser popularizados, os mais incómodos são guardados como informação secreta, e usados fora do conhecimento popular.

      Por exemplo, os "drones" certamente que foram apresentados como invenção há muitas décadas, mas causam um problema social se forem popularizados. Exemplos na China e na Alemanha mostram como isso pode perturbar o tráfego aéreo... e ninguém gostaria de ter um drone do vizinho a espiolhar o seu quintal, ou a aterrar nos jardins do Palácio de Belém.
      Por isso, estas invenções são naturalmente secretas. Também como é natural haver psicólogos do exército americano que possam ter pensado em simular raptos por ETs, só para perceber como reagiria a população. Não me espanta que se apresentem justificações defensivas perante medos.
      O psicólogo do exército questionava - como distinguir se um cidadão dos EUA é raptado pela URSS e pensa que é raptado por ETs? - O que fazer? - Vão eles próprios fazer isso, e assim ficariam com material de referência.
      Há muitas justificações terrenas, e só depois de esgotadas é que devemos pensar nas extra-terrenas.
      Um abraço!

      Eliminar