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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Naica e os cristais gigantes

Na mina de Naica, no meio de um deserto mexicano, zona de Chihuahua, foi encontrada em Abril de 2000 uma surpreendente caverna, a uma profundidade de 350 metros.
Naica project (imagem) Discovery channel

O notável é a dimensão dos cristais que se produziram... estamos habituados a ver formações de cristais deste tipo, mas em escalas 10 vezes menores. Aqui os cristais surgem como autênticas colunas que atravessam a caverna. Quando vi estas imagens pensei que se tratava de manipulação fotográfica (... já começamos a pensar assim, de forma naturalmente desconfiada), porém o assunto tem merecido a devida atenção científica, como podemos ver na reportagem do Discovery Channel:

Reportagem da National Geographic (vídeo anterior inactivo)

Numa região "Chihuahua" é um pouco irónico encontrar estruturas gigantescas.
Porém esta descoberta não é propriamente um "grande mistério", só o será em termos da escala, e deveria levar os geólogos a reverem algumas das convicções enraizadas. Contudo, é até engraçado ver na sequência de vídeos a equipa de especialistas a tentar produzir uma data... o esquema é o "mesmo de sempre", ver o crescimento hoje, durante um ano, e depois dividir pelo tamanho dos cristais! É assim que se faz ciência... o que se mede hoje e aqui serve para toda a eternidade e mais além! Não é que seja um exercício inútil, e pode dar uma ideia... o problema é que passados uns anos esta "primeira aproximação" já serve para quase tudo! A maior piada que daí resultou são as medições astrofísicas e as conjecturas sobre o "início do universo"...

O único ponto aqui, para além de apontar as notáveis imagens, será enfatizar que estas estruturas se encontraram a 350 metros do solo... Nem sequer estamos a explorar a 1 Km no interior da Terra, e já estamos a encontrar estruturas menos vulgares - que parecem doutros tempos, digamos de um tempo de gigantes. A crosta é suposto ser bastante maior, podendo atingir perto de 100 Km... pelo que há uma "infinidade" de desconhecimento interno, especialmente se notarmos que nem a superfície (por exemplo, as profundezas marítimas) estão bem identificadas. O modelo mais simplificado, que remonta a Rayleigh, já foi revisto para comportar uma divisão entre litosfera e astenosfera, pelas inconsistências das medições sismográficas do terramoto de 1960 no Chile.

Não será novidade dizer que bastarão 100 metros de entulho em cima da nossa "avançadissima" civilização, para que ninguém suspeitasse que aqui alguma vez tinha existido alguma coisa! No sentido contrário, talvez se escavássemos a algumas centenas de metros aparecessem mais grandes surpresas, de outros tempos... 
Bom, e quem pode fazer perfurações na Terra? 
As indústrias petrolíferas... e as perfurações vão continuando a ser necessárias, porque o petróleo continua a não ser substituído por fontes alternativas de energia...

2 comentários:

  1. Gostei muito de visionar estes vídeos, mas penso que os nazis sabiam muito mas muito mais sobre o interior da Terra, paralelismos entre gigantismos dos cristais de Naica com as formas do deserto de Nazca ? http://sobrefotos.com/wp-content/uploads/2008/04/nazca1.jpg
    Mas como dizem que esta aranha só é visível ao microscópio... o que é certo é que depois da próxima inversão dos pólos magnéticos tudo será diferente, quem sobreviver re escreverá a sua aldrabice como história da humanidade, só que cristais e granitos a desmentirão... até poderem de novo ler nas memórias cromossómicas dos mutantes sobreviventes, ou encontrarem os arquivos alemães da gruta de sal gema...

    Cpts

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  2. Caro José-Manuel,
    o mais interessante é que as representações Nazca sobreviveram... e não me parece conveniente que tenham sobrevivido.
    Como tanta coisa que se destruiu, se o pessoal encarregue de destruir tivesse sabido daquele detalhe, seria natural nunca termos visto nada!
    Isto para dizer que me parece que os agentes de destruição estão algo limitados pelo conhecimento... há muita coisa que lhes escapou, e vai escapando.
    Se reparar bem, isto é uma boa notícia... dentro das más notícias.
    Abraços,
    da Maia

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