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sábado, 11 de setembro de 2010

Alucinações físicas

S. Hawking decidiu invadir o domínio religioso, talvez por falta de utilidade dos inúmeros disparates que sempre foi proferindo, a partir da não menos disparatada teoria do Big-Bang... Resta-lhe a utilidade de questionar a utilidade de Deus na ciência, e das Teogonias, aproveitando um mercado literário crente na fama do físico, desconhecedor ora de Física, ora de Teogonias.
Todos os liliputianos têm direito a uma cosmogonia até serem esmagados pelos pés de Gulliver. É sempre interessante quando apesar das inconsistências teóricas, a observação feita do planeta Terra (pequeno no espaço, mas provido destas iluminárias) é suficiente para explicar o Universo... e mais além, certamente!

Como qualquer simples positivista, Hawking tenta usar um ou dois martelos para pregar no deserto de ideias. A ideia da "Criação Espontânea" para o Universo, faz lembrar uma velha ideia medieval para o aparecimento de larvas. Os fundamentos são os mesmos, as ideias também - magister dixit.
Para quê estudar filosofia, se o positivismo de Hawking satisfaz os físicos?
Em termos de crendice, Hawking acaba de se igualar a qualquer religioso... com a diferença de usar equações matemáticas, que não se adaptam ao modelo que sustenta.
Hawking é ainda mais divertido, admite que Deus pode existir, mas que não é necessário para a nossa compreensão do Universo... será de perguntar "afinal, que ideia tem Hawking de Deus"? - Será a de um colega de faculdade, ou falará de Gus O'Donnell (G.O.D), o chefe do funcionalismo público britânico:
G.O.D. : Gus O'Donnell

A matéria negra, que invadiu a mente de Hawking, e que alastrou pelos físicos, está a fazer regressar a Física aos tempos da alquimia. O preocupante é que os meios são maiores, e as experiências inconscientes podem levar a ocorrências um pouco mais graves... Quando se pensa em experiências que levem a "buracos negros", percebe-se que a Física está à solta... procurando recriar competências divinas, em cérebros com competências adequadas aos mais básicos primatas.

2 comentários:

  1. “Quando se pensa em experiências que levem a "buracos negros", percebe-se que a Física está à solta... procurando recriar competências divinas, em cérebros com competências adequadas aos mais básicos primatas.”

    Competências divinas essa é boa, então o caro também se está a pôr na pele de Deus ao querer aparentemente decidir quem têm competências para fazer isto ou aquilo, eu não acredito tão-pouco na teoria da grande explosão que originou o cosmo, as respostas estão na natureza que nos rodeia, tudo se transforma nada se perde, é o esquema da reciclagem universal, por isso acredito na contracção e expansão do Universo, onde tudo se repete como a nossa existência também, teria que acreditar em algo, mas a matéria negra ou as cordas que sustentam o Universo têm que existir como existem os buracos negros e outros mais interessantes os Quasar, e como é que vamos viajar pelos túneis de lagarta do universo se não aprendermos a abrir buracos! Se temos capacidade para entender e criar isto deveria ser para os crentes sinal que estamos por Deus criados para tal, se ele existe, pois acredito que o cérebro humano não tem ainda capacidade para entender nem o universo nem a sua própria existência.

    É só uma ideia e opinião, também não gosto deste tipo de cientistas de Big-Bang’s, mas fico sem saber em que acredita odemaia.

    Cumprimentos,
    José Manuel CH-GE

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  2. Caro José Manuel,

    Os buracos negros são basicamente idealizações que resultam de observações astrofísicas. Supondo que o efeito de Doppler é suficiente para explicar uma poderosa atracção - fala-se de anã branca ou buraco negro consoante é ou não visível luz do seu centro. Mesmo dos buracos negros, acho que é observável radiação gama, o que significa que não é propriamente "negro"... conduzir a worm-hole é uma teoria, outra é que toda a matéria é processada em radiação (gama e outras).

    Falar em competência divina, é no sentido mitológico-filosófico... ou seja, há alegorias em mitos que nos avisam para os perigos de cataclismos ligados à ambição humana em imitar o divino - por exemplo a torre de Babel.
    Estamos de acordo que há registos que fazem crer que as civilizações antigas podem ter atingido níveis de desenvolvimento elevados, que são menosprezados/ocultados. Dessas épocas restaram os mitos difusos... como aviso perdido nos tempos.
    Quando se avança ao nível de destruição atómica, nuclear, acho que seria altura de parar para compreender - experiências a esse nível satisfazem os físicos, que asseguram o controlo - o problema é que há várias falhas teóricas, que não asseguram nenhum controlo. Asseguram por isso muita incerteza e perigo.
    Se calhar, a última mensagem que sai dos buracos negros é - não repitam esta experiência! Isto já para não falar que se abrirmos worm-holes podemos deparar-nos com muitos worms desconhecidos!
    Não é advogar a paragem completa - é advogar a paragem para pensar, para refazer teorias consistentes e só depois, quando tudo bater certo, então avançar! Não é isso que se faz... avança-se na esperança de se ser famoso, confirmando uma teoria ou refutando-a.
    A coisa é tanto mais engraçada que toda a teoria do universo está assente em observações terrestres - um planeta ínfimo, numa pequena estrela num braço de uma galáxia entre milhões.
    Neste momento dou mais crédito às dúvidas legadas pelos antigos, do que às certezas encapotadas pelos nossos contemporâneos.
    Quando se houve um Hawking percebe-se a fragilidade dos raciocínios.
    Em qualquer momento (este já não é o primeiro), a Ciência pode invocar o conhecimento universal... e o que não se sabe, não pode ser sabido! (pela grande incerteza, etc.)
    Creio que foi Kelvin que disse no final do Séc.XIX que já estava tudo explicado... faltavam só três coisas - e cada uma delas deu origem a "pequenos" ramos da Física - electromagnetismo, relatividade, e física quântica.
    Falta sempre pouco, para quem se satisfaz com pouco e opta por parecer grande, em vez de o ser.

    A Ciência serve para nos ajudar, e para nos divertir... apenas poderá explicar uma pequena parte do que experimentamos. Outros usos da Ciência são nocivos. O resto... o resto, acho que estará numa filosofia mais científica e mais abrangente, bebendo muito do caldo mítico-religioso (que o positivismo se encarregou de desprezar).

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